segunda-feira, 25 de maio de 2020

“BANG-BANG” FATAL ENTRE CASAL BOLSONARISTA: DELEGADO E MODELO “TROCAM TIROS”, ELA MORRE... MAIS UM CASO QUE A CLASSE MÉDIA DE EXTREMA-DIREITA É ALVO!


Um assunto aparentemente “secundário” vem se mantendo no topo da mídia nos últimos dias (como no Fantástico/Globo e no Domingo Espetacular/Record de ontem), mesmo em plena pandemia de Coronavírus e merece a atenção dos Marxistas Revolucionários apesar de todos os temas políticos centrais que polarizam a conjuntura nacional: a morte da modelo Priscila Barrios dentro do apartamento do delegado bolsonarista Paulo Bilynskyj no último dia 20. Informações preliminares obtidas pela investigação são de que o delegado e a modelo eram namorados e teriam discutido. Segundo ele, Priscila teria atirado nele e se matado em seguida. A versão de que a modelo atirou no delegado foi feita pelo próprio policial no hospital, mas está sendo contestada pela família que aponta para o crime de feminicídio. O policial não fez exame de pólvora na mão em um claro acobertamento de seus parceiros de profissão. O delegado “alvejado” afirmou, em vídeo que circula nas redes sociais de policiais, que a namorada viu uma mensagem de uma ex-namorada em seu celular e depois que ele saiu do banho, ela deu 6 tiros nele (todos em regiões menos fatais do corpo). “Ontem [terça-feira, dia 20], Priscila, minha namorada, viu uma mensagem de antes de ela ir para minha casa. Hoje [quarta-feira], antes de eu sair do banho, ela deu seis tiros em mim. Depois deu um tiro nela mesma”. O delegado é conhecido por postar vídeos com armas e fotos com o amigo... Eduardo Bolsonaro, além de ser alvo de vários processos na corregedoria da polícia civil de São Paulo por cometer inúmeros delitos. O pano de fundo desse crime está diretamente ligado à realidade que atravessa nosso país tendo como principal base social um amplo setor da classe média imbecilizada, entorpecida e reacionária, um fenômeno que vem ganhando grande impulso mundial. Ampla parcela da pequena-burguesia patrocina abertamente as tendências neofascistas como parte de seu ódio de classe contra a “esquerda” e o “comunismo”, ao mesmo tempo em que deseja holofotes para seu “glamour deslumbrado” diante da miséria do povo pobre duramente atacado pela crise econômica e a pandemia, que desgraçadamente acaba também sendo arrastado para a direita diante da desmoralização provocada pela política de conciliação de classes do PT que pertimiu o ascensão de neofascista Bolsonaro ao Planato. A morte da modelo tem como pano de fundo esse panorama universal que vem ganhando força avassaladora no Brasil pandêmico e reacionário.


Nas redes sociais do delegado bolsonarista, notam-se mensagens de teor nazi-machista tipo “O que a mulher faz, além de iludir”. Várias mensagens retratavam como ele, um claro doente psicótico, enxergava um relacionamento: “Celular de homem só tem louvor e foto de arma. Nem adianta querer olhar”, “Se o homem disser, ‘só falo com você’, pode acreditar, homem não mente!”, “Verdades sobre relacionamento. Homem quando demora pra responder é pq tá imaginando um futuro com vocês. #BoaNoite”, “Homem é tudo igual, fiel, carinhoso e só consegue olhar pra uma mulher só. #boanoite”. O advogado da família contesta o suposto tratamento contra a depressão da modelo e a forma como ela teria tirado a própria vida. A família da modelo não acredita na versão apresentada pelo delegado Paulo Bilyinsky. Segundo a defesa dele, Priscila viu uma mensagem de uma ex-namorada do delegado e disparou seis tiros contra ele, antes de disparar contra ela. Investigadores do caso suspeitam, na verdade, de um feminicídio. Priscila morava até abril em Curitiba, onde trabalhava com um primo. Consultado pela Rede Globo, o primo afirmou que “a família não acredita” no relato do delegado. “Primeiro, pelo pouco tempo de manuseio com arma”, disse o familiar, que não foi identificado. “Ela não gostava que maltratasse animal, preservava muito a vida.”.


O Boletim de Ocorrência do caso que resultou na morte da modelo Priscila, com marca de tiro na altura do peito, revelou a presença de seis armas de fogo no apartamento do delegado Paulo Bilynskyj, 33, que foi baleado em São Bernardo do Campo (SP). Ele deixou o imóvel sozinho e pediu socorro. No chão do corredor, em meio a poças de sangue, havia uma pistola Glock 9mm. Uma carabina Taurus CTT 40 encontrava-se sobre o sofá da sala. Outras armas de fogo foram vistas sobre a cama de um quarto do apartamento, além de grande quantidade de munições de diversos calibres. Um fuzil, por exemplo, tinha 862 cartuchos. As armas apreendidas pela polícia e citadas no B.O. são: duas pistolas, dois fuzis, uma metralhadora e uma espingarda (esta última teve registro vencido em abril de 2019, cuja proprietária é mencionada como Helenice Vaz de Azevedo Corbucci). Dentre estas seis armas, somente uma pistola Taurus está ligada à Polícia Civil. O vizinho Arthur Mancio Prata ouviu uma sequência de disparos e acionou a Polícia Militar antes de ser procurado por Paulo, que, ferido por tiros no dedo, na perna e no abdômen, deixou o apartamento sozinho e pediu socorro. Porém, o vizinho disse à Polícia Civil que não escutou mais disparos depois que o delegado baleado bateu em sua porta; além disso, afirmou que não ouviu vozes femininas em momento algum da suposta discussão. Paulo disse que Priscila teria atirado contra ele seis vezes, mas Arthur Mancio Prata relatou ter ouvido cinco disparos iniciais e, posteriormente, outros tiros intercalados por pausas.


O proletariado deve denunciar esta questão como parte das barbaridades próprias do capitalismo senil a ser liquidado pela ação consciente da classe trabalhadora, com independência diante da burguesia e seus agentes, sejam de que sexo e cor forem. Os Revolucionários defendem consignas democráticas pela igualdade de direitos entre os sexos, mas não omitem a verdade para as trabalhadoras dizendo que terão seus sofrimentos derivados da opressão e da exploração de classe solucionados dentro dos marcos do capitalismo e menos ainda disseminam ilusões de que o aprimoramento do aparato repressivo capitalista trará melhor sorte para elas. Os Marxistas repudiam publicamente o agressor covarde fascistoide sem cair no apoio ao feminismo burguês de “mercado” que encobre as relações capitalistas mercenárias e vazias que geram crimes desta natureza bárbara, nesse brutal “bang-bang” que contagia cada vez mais as relações no interior da reacionária classe média de nosso país.