quinta-feira, 2 de julho de 2020

“VERDES E ECOLOGISTAS” ALEMÃES: NA LINHA DE FRENTE DA ODIOSA CAMPANHA IMPERIALISTA CONTRA A CHINA


Na última sexta-feira (26/06) os conhecidos senadores norte-americanos Marco Rubio (Republicano) e Bob Menéndez (Democrata) fundaram o IPAC (Aliança Interparlamentar contra a China), um novo bloco reacionário ianque para manter a pressão contra o antigo Estado Operário asiático, que ameaça a hegemonia do imperialismo em vários terrenos. O IPAC é liderado pela pelos Estados Unidos, com apoio dos títeres Austrália e Japão. Na direção executiva do IPAC, estão figuras da extrema direita, que impulsionam a campanha pela “democracia” em de Hong Kong, como o Dr. Darren Mann, cirurgião britânico com experiência em zonas de guerra e conflitos armados, e o vice-presidente do Congresso Mundial Uigur (minoria muçulmana da China) Robert L. Suettinger, que estranhamente tem sua sede em Munique, sem um único representante da minoria religiosa. O IPAC “envolveu” membros de doze parlamentos nacionais, incluindo os do Partido Verde Alemão, Margarete Bause - membro do Bundestag alemão - e Reinhard Bütikofer - membro do Parlamento Europeu - que estão entre os vice-presidentes da entidade imperialista. Um dos objetivos do IPAC é conseguir que a União Européia aplique as sanções econômicas dos Estados Unidos contra o governo de Pequim, uma proposta que sequer conta com o apoio da maioria dos governos europeus, mas sim com o do Parlamento Europeu. Em março deste ano, durante a Conferência de Segurança de Munique, Reinhard Bütikofer, um membro ambientalista do Parlamento Europeu, já propôs a criação de um grupo de pressão legislativo contra a China, ele agora é vice-presidente do IPAC.

Na Alemanha, o Partido Verde é a espinha dorsal da política imperialista dos Estados Unidos na Europa, e seus parlamentares não se importam em coincidir com a escória ao estilo reacionário mais podre dos Estados Unidos, como os senadores Rubio e Menéndez. Em particular, o ecologista Bütikofer é um cão de rapina que se declarou um defensor de várias guerras imperialistas realizadas por seu país, como a da Iugoslávia em 1999, na qual a OTAN bombardeou a embaixada chinesa em Belgrado. As medidas do governo chinês em Hong Kong e Xinjiang (região do conflito com a minoria muçulmana) são o pretexto para a campanha de sabotagem imperialista. O patético neofascista Trump em breve promulgará uma moção sobre Xinjiang, ao estilo da que está em vigor em Hong Kong desde o ano passado. O ecologista Bütikofer falou recentemente a favor da criação de um mecanismo de sanções concentradas a partir do continente europeu, a fim de alcançar "a imposição de sanções por violações dos direitos humanos por líderes do Partido Comunista chinês".

Há algum tempo na Grã-Bretanha, um grupo de apoio particularmente submisso aos Estados Unidos insiste em que a decisão do governo britânico sobre o envolvimento limitado da Huawei no estabelecimento da rede 5G britânica seja anulada. Recentemente, o último governador colonial britânico de Hong Kong e o ex-comissário de Relações Exteriores da União Europeia, Chris Patten, conclamou com base na nova lei de segurança decidida pela China em Hong Kong, para que os governos imperialistas adotassem medidas conjuntas contra China. O apelo teve como objetivo mobilizar o maior número possível de parlamentares para adotar uma política de confronto armado com Pequim. O sinistro apelo do ex-governador colonial britânico recebeu apoio especialmente entusiasmado dos Verdes alemães. A cooperação entre os verdes alemães e a reação mais obscurantista dos Estados Unidos tem uma longa tradição na política do imperialismo em relação à China. Os ambientalistas alemães e a reação americana apoiam há muitos anos os círculos tibetanos vinculados ao Dalai Lama, que recorrem ao terrorismo em oposição ao regime de Pequim, chegando a exigir que o Tibet se separe da China. Na histeria reacionária contra as ações do governo de Pequim em Xinjiang, a extrema direita dos EUA e os ambientalistas alemães estão trabalhando de mãos dadas. Os Verdes (talvez mais pelas notas de dólares que recebem da Casa Branca) se opõem ao justo combate da China contra os fanáticos jihadistas uigures, enquanto defendem os crimes maciços cometidos desde “11 de setembro” pelos imperialistas ianques em sua "guerra ao terror", como sequestros, torturas e assassinatos em massa.