sábado, 15 de agosto de 2020

BOLSONARO SOBE E PIB DESABA: A CAPTURA DO ESTADO NACIONAL (ENDIVIDADO) PELOS RENTISTAS EXPLICA O “ESTRANHO FENÔMENO” 

A economia capitalista brasileira desabou 10,94% no segundo trimestre de 2020, na comparação com o trimestre anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, divulgado nesta sexta-feira (14/08).É a maior queda para um trimestre em toda a série histórica do BC, iniciada em janeiro de 2003. O IBC-Br é considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.O resultado oficial do PIB do segundo trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia primeiro de setembro e deverá confirmar esta “sombria” projeção, o que não inclui o incremento do índice de desemprego no país. A pandemia chegou no Brasil em em meio a uma economia já estagnada, refletindo os grandes vetores de crise da economia capitalista mundial, acrescida  pela desastrosa política neoliberal de Bolsonaro e Guedes.

Os efeitos dos cinco meses da quarentena nacional na economia foram amortizados para uma parcela da população por medidas excepcionais de contração de crédito por parte do Estado nacional, gerando a aprovação do auxílio emergencial de R$ 600 para milhões de brasileiros, incluindo este valor dobrado para o Bolsa Família e a liberação do crédito emergencial a estados e municípios, para destinação em programas sociais. Esta “bolha” de recursos, que obviamente extrapolaram o ajuste monetário do “teto de gastos”, dos anos anteriores, acabou por aumentar ainda mais a dívida pública do país, tornando o Estado refém absoluto dos rentistas internacionais, que na “hora certa” apresentarão a fatura para pagamento ou amortização considerável deste imenso débito financeiro fraudulento. 

É importante registrar que este “protocolo” econômico, ou seja expansão da dívida pública e adoção de alguma forma de “renda mínima” foi imposto a todos os países do planeta(imperialistas e imperializados), pelo “Clube de Bilderberg” uma espécie de consórcio global dos principais bancos e grandes corporações capitalistas, no curso da “encomendada” pandemia do coronavírus. Desde os EUA, até a Nigéria, o subsídio do capital financeiro para cobrir as necessidades dos Estados deficitários em função da paralização parcial da economia, foi uma “regra de ouro” que não poderia ser quebrada, sob a ameaça da adoção de sanções internacionais contra o país. Ou seja, o “helicóptero dos rentistas decolou no mundo fazendo chover dinheiro”... 

Mesmo com algum amparo estatal(muito limitado aos pequenos e generoso aos grandes)no Brasil mais de 700 mil empresas fecharam suas portas e 40 milhões de trabalhadores estão a procura de emprego. Porém para uma população carente que recebia uma Bolsa Família no valor de no máximo um quinto do salário mínimo(mesmo nos governos do PT), passar a receber metade e em muitos casos até mais do que o mínimo, produziu uma compreensível sensação de gratidão ao atual governo do neofascista Bolsonaro. Isto explica à subida do “genocida” nas recentes pesquisas. 

Para uma parcela grande da população não “colou” a política demagógica da oposição burguesa de ficar comemorando as mortes do coronavírus e colocando a tragédia toda exclusivamente nas suas costas. A população não é tão burra como pensam as lideranças do PT, e sabe muito bem que a responsabilidade da falta de assistência sanitária e de assistência médica deve ser creditada na conta dos governos estaduais e municipais, que se “encharcaram” de verbas do SUS para construírem hospitais “vagabundos” de campanha, sem medicamentos e com trabalhadores precarizados por ONS à serviço da corrupção.