terça-feira, 4 de agosto de 2020

TRUMP DÁ O PRIMEIRO PASSO PARA ATACAR O HEZBOLAH: GOVERNO LIBANÊS DE COALIZAÇÃO AINDA MOSTRA CAUTELA EM APONTAR POSSÍVEIS RESPONSÁVEIS... 

Sem oferecer provas, o presidente  Donald Trump, afirmou na noite desta terça que a explosão na área portuária de Beirute, capital do Líbano, parece ter sido "um terrível ataque".Quando questionado sobre a forma como descreveu a explosão, disse que havia conversado com oficiais militares americanos que consideravam a explosão próxima a um “ataque de algum tipo". Trump seguiu na linha de acusação, sem ainda apontar os possíveis responsáveis:"Parece isso, com base na explosão. Encontrei nossos generais, e eles acham que foi isso. Não foi um evento do tipo 'explosão de fábrica'. Parece, e eles sabem melhor que eu, que foi um ataque”.

Por outro lado Israel negou qualquer ligação com o atentado: “o governo do país não tem nada a ver com a explosão, conforme relatado pelo Ministério de Relações Exteriores, “esquecendo” o que Netanyahu declarou em 2019, sobre o porto de Beirute ser uma região civil onde estariam “armazenados mísseis pertencentes ao Hezbollah”. O governo nacional de coalizão do Líbano até o momento vem mostrando cautela em apontar responsáveis pela explosão, o chefe de segurança interna, Abbas Ibrahim, afirmou que o incidente ocorreu em uma seção contendo materiais "altamente explosivos". Além disso, Ibrahim se recusou a especular sobre a causa da detonação, assegurando que "as investigações não podem ser antecipadas". Já o Primeiro Ministro, Hassan Diab, teria se pronunciado em tom mais ameaçador:”Prometo que esta catástrofe não passará sem que os responsáveis paguem o preço deste dano”.

Como o Blog da LBI assinalou no artigo anterior, a marcha dos terríveis acontecimentos caminha na direção da deflagração de grave conflito político e militar em toda a região, envolvendo Irã, Síria e Hezbolah de um lado e o enclave sionista de Israel e os EUA do outro. A trágica explosão, que ceifou a vida de quase uma centena de libaneses, pode ser o estopim de uma guerra, muito mais que regional, para assumir um caráter mundial, jogando a Rússia e China para dentro deste “caldeirão efervescente”.