quinta-feira, 24 de setembro de 2020

DECLARAÇÃO UNIÃO OPERÁRIA COMUNISTA/COLÔMBIA: “OS MASSACRES CONTRA O POVO DEVEM SER INTERROMPIDOS COM A LUTA POPULAR”

Anyeli Alejandra Úsuga, 13 anos, foi assassinada em Segóvia (Antioquia) em 18 de setembro, sepultada no dia seguinte, e no domingo seus assassinos a tiraram do fundo de sua sepultura para estuprar, queimar e espancar seu corpo. Alexandra Pisanda, uma líder indígena, foi assassinada na segunda-feira, dia 21/09 em Mallama (Nariño), enquanto um setor da sociedade se rasgava por causa da demolição da estátua de um conquistador genocida. Também no dia 21, enquanto o povo marchava nas cidades, 4 homens foram massacrados em Mosquera (Nariño), ao mesmo tempo que se os seus algozes estavam gravando as cenas quando executaram este abominável ato no meio dos matagais. No dia 20 de setembro, 7 pessoas já haviam sido assassinadas em Buenos Aires (Cauca), distrito de Munchique, entre as quais um menor. No dia anterior, no distrito de Aguas Claras, em Ocaña (Norte de Santander), três jovens foram assassinados em um celeiro.

E assim, os massacres vão e vêm nesta vala comum que é o país e na qual o estado capitalista, hoje governado pela máfia de Uribe e pelo regime paramilitar de Duque, ignora completamente. Massacres ordenados nas capitais ou grandes propriedades pela burguesia e latifundiários que lucram com a produção e distribuição de narcóticos, mineração e safras intensivas.Mulheres e jovens são as principais vítimas da guerra contra o povo, na qual bandidos, garimpeiros e grupos agroindustriais lutam para conquistar o lucro deixado pela exploração das terras que produzem uma renda extraordinária para o sucessivo investimento de capital, utilizando  para isso, tanto as forças militares oficiais e paramilitares, quanto os exércitos privados.

O principal responsável por este massacre é o estado de ditadura dos grandes capitalistas e monopólios, e o regime mafioso que hoje administra os negócios dos ricos.Enquanto os massacres são contados, os mortos choram, os algozes intelectuais e materiais são responsabilizados nas redes sociais e nos meios de comunicação populares, a luta contra o terrorismo de Estado nas ruas também é redobrada, apesar e contra as denúncias dos  sindicatos patronais que culpam os protestos por não permitirem a "reativação da economia".

Eles teriam visto tal absurdo reacionário: além de massacrar o povo, eles querem silenciá-lo?  Não faltou mais nada! Pelo contrário, perante o terror de Estado que assassina o povo na impunidade da justiça burguesa, devemos redobrar as denúncias, os bloqueios e a mobilização nas ruas! Todas as iniciativas e esforços devem ser colocados juntos para avançar na preparação da Greve Geral Indefinida!

Devemos nos preparar para construir uma sociedade onde os massacres contra o povo sejam coisa do passado, onde as armas estejam em suas mãos e com elas garantam o fim das causas das guerras: propriedade privada e classes sociais!

UOC/23 de Setembro 2020