quinta-feira, 4 de março de 2021

GRÉCIA CRUZADA PELA MOBILIZAÇÃO POPULAR: PELA IMEDIATA LIBERTAÇÃO DE DIMITRIS KUFONDINAS! 

As enormes manifestações políticas que chegaram ao quinto dia consecutivo, reúnem mais de 10 mil pessoas por dia na Praça Syntagma em Atenas, capital da Grécia. Organizações de esquerda gregas informaram nesta última quarta-feira (03/03) que milhares de pessoas voltaram às ruas de Atenas para exigir a libertação do líder do grupo guerrilheiro “17 de novembro”, Dimitris Kufondinas, que permanece em greve de fome há 54 dias ininterruptos. Os protestos, que começaram em 27 de fevereiro, reuniram mais de 5.000 manifestantes a cada dia, concentrando-se na Praça Syntagma para marchar em direção à Praça Omonia, tradicional centro político. 

Os manifestantes exigem que Kufondinas seja transferido para uma prisão em Atenas, onde reside sua família. Condenado com onze penas de prisão perpétua, o dirigente guerrilheiro cumpriu seus primeiros 16 anos de pena em uma prisão regular do sistema carcerário.No entanto, as autoridades gregas decidiram mandá-lo para um presídio de segurança máxima a 250 quilômetros da capital, após a decretação das restrições sanitárias da pandemia. Os atos públicos dos últimos dias reuniram mais de 7 mil pessoas em Atenas, exibindo faixas com slogans como: "Não à vingança, vitória pela vida" ou "As vidas dos prisioneiros também contam".

Há duas semanas, Kufondinas, de 63 anos, está internado no hospital de Lamia, onde não é permitido receber alimentos por via intravenosa. Esta é sua quinta greve de fome. A ação anterior ocorreu em 2018, quando não obteve autorização de prisão condicional, apesar de ter cumprido as regras judiciais.Em fevereiro passado, várias personalidades gregas, exigiram a libertação de Dimitris Kufondinas. Os signatários, entre os quais o escritor Vasilis Vasilicós, destacaram que a transferência de Kufondinas viola diversos dispositivos da lei e expressam a preocupação de que ele morra em decorrência da prolongada greve de fome. Os Marxistas Leninistas estão incondicionalmente pela liberdade do dirigente da organização guerrilheira grega, independente das profundas diferenças programáticas que estabelecemos com sua organização política.