quarta-feira, 3 de março de 2021

PREFEITO SARTO (PDT) ORDENA REPRESSÃO A SERVIDORES PÚBLICOS DE FORTALEZA: FORTALECER E RADICALIZAR A GREVE GERAL DO FUNCIONALISMO CONTRA A REFORMA NEOLIBERAL DOS FERREIRA GOMES!

Os servidores municipais retornaram ontem à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) a fim de frear o andamento de alterações na lei que abrem caminho para a reforma neoliberal da Previdência municipal. Por volta das 10h da manhã, a Guarda Municipal de Fortaleza tentou dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, uma ação repressiva ordenada pelo prefeito Sarto (PDT) e vereadores da base de apoio da Oligarquia Gomes. A tramitação da proposta que abre caminho gerou embates tanto dentro quando fora da Câmara Municipal de Fortaleza. O ápice da tensão ocorreu quando o vereador José Freire (PSD) foi cercado pelo grupo de servidores e precisou fugir correndo do confronto. A Guarda tentou dispersar os manifestantes usando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha mas os servidores permaneceram no local com bandeiras e faixas de entidades sindicais, a luta continua hoje, 03 de março, com greve geral do funcionalismo nesta semana.

O projeto de reforma neoliberal da previdência copia as medidas draconianas aprovadas pelo neofascista Bolsonaro, além de afirmar que as aulas presenciais serão retomadas, sem que a prefeitura tenha investido em um plano de para reforçar a rede pública de saúde municipal e a melhoria das condições sanitárias das escolas, além de não ter garantido a continuidade do auxílio emergencial em Fortaleza. 

Uma das propostas encaminhada à Câmara será a elevação de 11% para 14% da contribuição dos servidores, mudança semelhante a que foi feita na Previdência dos servidores estaduais no fim de 2019, no Governo Camilo Santana (PT), seguindo o que fez Bolsonaro. Sarto era presidente da Assembleia na aprovação do ajuste neoliberal feito pelo Governo do Estado, ordenando uma brutal repressão contra os manifestantes. 

O candidato de Ciro Gomes teve apoio do PT, PCdoB, do PSOL e da direção petista do Sindicato dos Professores (Sindiute) no segundo turno sob o cínico pretexto de “derrotar o fascismo” pela via eleitoral agora vai aplicar um duro ataque aos direitos dos servidores do município e a vida da população, copiando as mesmas medidas contra a aposentadoria do funcionalismo aprovada pelo neofascista. 

Cinicamente, a direção do Sindiute que apoiou Sarto declara “O ano começa assim, com o Prefeito Sarto falando em Reforma da Previdência, se igualando a Bolsonaro na retirada de direitos. Então se prepare para a guerra, vai ter muita luta. Não pense que será igual ao que fizeram no Estado. Não vamos admitir que os trabalhadores paguem o preço do endividamento do Estado. Taxem os ricos! Fique de olho, pois a política do Bolsonaro, propõe centralizar as maldades! Se preparem para a luta! Diretoria SINDIUTE”. 

Agora a direção do Sindicato vai para outro extremo, e parabeniza os vereadores bolsonarismo e o seu chege, deputado capitão Waganer que até ontem chamam de fascista: "Hoje o vereador Julierme Sena, me informou que o Capitão Wagner orientou voto da bancada contra a REFORMA DA PREVIDÊNCIA do prefeito Sarto. Parabéns Capitão Wagner! Nosso reconhecimento a sua posição em defesa dos direitos, tanto na esfera municipal, estadual e federal".

O que os petistas da Articulação (PT) não dizem é que apoiaram Sarto nas eleições municipais mesmo sabendo que o homem da Oligarquia Gomes iria lançar esses ataques logo no começo de seu mandato, a burocracia sindical sequer arrancou em troca do apoio ao candidato do PDT um “compromisso” que ele não iria aplicar a reforma neoliberal de Bolsonaro em Fortaleza, sequer esse teatro se dispôs a fazer tamanha sua política de colaboração de classes. 

Ao contrário, na época a presidente do Sindiute, Ana Cristina Guilherme, declarou “O prefeito Roberto Cláudio é um gestor extremamente sensível, democrático e aberto ao diálogo, inclusive no debate das pautas da campanha salarial. A nossa categoria não aceitará retrocessos. Nosso apoio será destinado ao Sarto”. O candidato de Ciro Gomes que também teve apoio do governador do PT Camilo Santana e do Deputado Renato Roseno (PSOL) assim como do grupo Resistência, aplica uma política totalmente direitista de ataque aos trabalhadores. 

Registre-se que o retorno das aulas presenciais sem investimento na saúde pública, sem a extensão do auxílio emergencial e sem novas estruturas sanitárias nas escolas é mais uma prova da demagogia cínica da Oligarquia Gomes que faz o discurso em “defesa da vida” nas não aposta na melhoria das condições de vida dos trabalhadores atacando suas conquistas e direitos. 

Revela que não há diferença entre a extrema-direita de Bolsonaro e o chamado “centro civilizatório” (a velha direita neoliberal) como é o caso de Ciro e Sarto, no que diz respeito ao que representam no terreno da luta de classes, ou seja, defensores dos interesses do capital e inimigo dos trabalhadores. 

A LBI e o núcleo dos professores da TRS defendem que é preciso denunciar essa política criminosa do PT, PSOL, PCdoB e da direção do Sindiute-CUT e organizar o funcionalismo contra estes brutais ataques representados pelas contrarreformas neoliberais da previdência e administrativa, sendo necessário fortalecer e radicalizar a greve geral na base da categoria dos servidores públicos de Fortaleza!