quarta-feira, 7 de abril de 2021

LULA DECLARA APOIO A GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO EM NOME DO COMBATE A PANDEMIA: PETISTA SE APRESENTA PARA SER O CANDIDATO DA “NOVA ORDEM SANITÁRIA DO IMPERIALISMO” NO BRASIL 

O site “247”, um veículo midiático oficioso das posições do PT acaba de publicar o artigo “Lula propõe governança global para a luta contra a pandemia da Covid-19”. O ex-presidente declarou em nota que “Os governantes do mundo precisam trabalhar juntos para estender a todos as vacinas que os cientistas desenvolveram. As Nações Unidas, o G-20, as instituições multilaterais precisam trabalhar juntas contra o coronavírus. Não há saída individual possível para cada país”. O petista adere a governança global do capital financeiro e se apresenta para ser o candidato da nova ordem sanitária do imperialismo. 

Lula sabe que importantes setores da burguesia nacional e do golpismo mais “sofisticado” captaram bem os sinais emitidos pela nova gerência da Casa Branca na direção de resgatá-lo para o jogo político das próximas eleições presidenciais. A nota emitida pelo ex-presidente foi no sentido da vigorosa defesa da Nova Ordem Sanitária do Imperialismo. O “sinal verde” do imperialismo à Lula, operado pela via do STF (um apêndice de Washington), tem por objetivo “cancelar” o presidente neofascista Bolsonaro, elemento considerado “indesejável” a governança global do capital financeiro na senda de promover o Grande Reset da economia capitalista.

O pestista sabe bem que a orientação política geral do imperialismo ianque para o Brasil é isolar Bolsonaro e Moro (lixo já descartado do entulho golpista), colocando-o novamente no jogo eleitoral. Entretanto esta “jogada” no tabuleiro do xadrez político, ainda está muito longe de significar uma decisão do imperialismo em reempossar Lula no Planalto.

Corresponde no momento ao início de uma ação mais enérgica da governança do capital financeiro indicando que não aceitarão mais um mandato do presidente neofascista, repetindo desta forma o caminho já trilhado nos EUA. O PT e seu arco de apêndices (PSOL, PCdoB, PSOL, PCO e PSTU) agora tem a função principal da contenção do movimento de massas diante da profunda crise capitalista, que tem a pandemia como uma tentativa de “escape” para o Grande Reset da economia. Porém isso não significa que o rentismo internacional tenha se inclinado para uma vitória de Lula em 2022.

Quando a elite financeira chegar a uma decisão consensual sobre quem “coroar” nas próximas eleições (assim como optaram por Bolsonaro em 2018), muito provavelmente o PT será novamente colocado em segundo, assumindo somente uma pequena parcela na gerência do Estado capitalista, enfim mantendo sua estratégia posição de “camisa de força” do movimento de massas.

Em resumo, a jogada do imperialismo não deixa dúvidas que se trata de mais um lance no tabuleiro do xadrez político da conjuntura nacional, onde o comando geral é “cercar e sangrar” (agora até utilizando Lula) o gerente neofascista do Planalto, “elegendo” Bolsonaro como a representação do “satanás no Brasil”, enquanto os maiores genocidas da governança global do capital financeiro, vão promovendo o Grande Reset da economia capitalista, tentado evitar a rebelião popular diante do colapso do atual modo de produção da burguesia.

Na verdade é a governança do rentismo internacional a maior criminosa do planeta, inflando uma “oportuna” pandemia para eliminar uma parte da população considerada “não produtiva”, negando aos mais necessitados e infectados a possibilidade de tratamento preventivo contra a Covid. Estes abutres da Big Pharma e mídia corporativa são os genuínos negacionistas!

Para a esquerda domesticada que tem seu foco girado totalmente para as eleições de 2022, nada melhor para promover sua demagogia eleitoreira, do que a existência de gerente de extrema direita, que atuando como uma “escada” para o Centro Civilizatório do capital financeiro, denigre qualquer tentativa séria de se estancar o mais rapidamente possível esta covarde sindemia contra a população mais carente do planeta.