domingo, 8 de maio de 2022

“A MÃE”, DE MÁXIMO GORKI: A LUTA CONTRA O CAPITALISTMO NAS MÃOS DA MULHER TRABALHADORA QUE AVANÇA NA SUA CONSCIÊNCIA DE CLASSE PARA A MILITÂNCIA REVOLUCIONÁRIA!

O livro A Mãe, de Máximo Gorki, é um retrato dramático e fascinante da luta revolucionária vista a partir da ótica familiar e do mundo dos trabalhadores. Em tempos que os “laços de família” são cada vez mais ditados por “laços de interesse”, onde a “união de sangue” vale muito mais pela disputa das heranças que gera na acumulação capitalista do que pela verdadeira amizade e companheirismo, a obra de Gorki nos relata outra realidade, a transformação de uma mulher oprimida em uma militante apesar da idade avançada, trazendo uma reflexão sobre a importância da participação das mulheres operárias na luta pela revolução socialista. Vale a pena ler em homenagem as verdadeiras mães que não abandonam seus filhos em meio a luta, ao contrário, somam-se a eles na trincheira!!!

Há obras que marcam a literatura por seu caráter épico e por sua atualidade. A mãe é uma delas. Não apenas por relatar a transformação de uma mulher oprimida em uma militante revolucionária, mas por trazer uma reflexão atual e profunda aos leitores sobre o processo da revolução socialista, na Rússia, e a importância da participação das mulheres na luta contra as injustiças que ainda se mantêm em nossas vidas. 

O romance foi escrito em 1907, inspirado em acontecimentos reais: a manifestação do 1º de Maio de 1902, na cidade de Sormovo, e o subsequente julgamento dos jovens trabalhadores pela repressão czarista. As personagens centrais desses acontecimentos — o operário Piotr e sua mãe, Anna — passam da tragédia familiar e alcançam a força épica da luta de classes.

A mãe é o retrato da mulher que trabalhou pelo marido e pelo filho, presa às duras rotinas do trabalho doméstico. Ela nunca imaginaria que sua vida ganharia um sentido libertário em uma idade tão avançada. Por isso, há mais de cem anos o romance A mãe ganhou popularidade em todo o mundo.

A obra é um retrato dramático e fascinante da luta revolucionária vista a partir da ótica da mulher oprimida que conquista a participação política na luta de classes. Quando aquela que se via apenas uma mulher oprimida e sem as energias da juventude se coloca contra a violência do regime Czarista ao lado dos companheiros do filho, percebe que sua luta é maior, pelo fim da opressão capitalista.

Com certeza, poucas obras da literatura universal despertaram tanto entusiasmo político em velhos e jovens militantes de esquerda, reacendendo a disposição para a luta por um mundo socialista: sempre é tempo de lutar pela revolução. 

Depois da morte de Lênin, passou pela pressão do governo Stalin para a formatação de um estilo único de arte, o realismo socialista, perdendo muito da força de sua literatura inicial.

Gorki ainda estava escrevendo A vida de Klim Samgin, quando supostamente morreu de pneumonia, em 18 de junho de 1936. Foi sepultado com todas as honras oficiais e seu féretro acompanhado por Stálin e Molotov. Entretanto, em 1938, Leon Trótski denuncia com o artigo "Quatro médicos que sabiam demais" de Stálin de ter envenenado Gorki. Máximo Gorki (1868–1936) é considerado um dos fundadores da literatura soviética. Um autêntico romancista da revolução proletária.