quinta-feira, 10 de junho de 2021

LUCRO DOS PLANOS DE SAÚDE SOBEM 22% E MENSALIDADES AUMENTAM ATÉ 49% NA PANDEMIA: PELA ESTATIZAÇÃO DA REDE MÉDICO-HOSPITALAR SOB O CONTROLE DOS TRABALHADORES!

Na ponta do lápis, constatamos que em 2021 apesar de a Agência Nacional de Saúde (ANS) ter autorizado reajuste de 8% na assistência médica, o percentual de aumento nas mensalidades, quando acrescidos os valores não pagos durante a pandemia, ficou nas alturas. O impacto no bolso é de 12% a 49% a mais, dependendo da modalidade do contrato (individual ou coletivo, considerando mudança de faixa). Enquanto os clientes se queixam, diante da necessidade urgente de atendimento na crise sanitária, somente no primeiro trimestre de 2020, as empresas de plano de saúde reduziram suas despesas em 3,6% e aumentaram o lucro líquido em 72,4%, em relação ao mesmo período de 2019. Em meio à pandemia, os planos de saúde registraram lucro líquido 22% maior no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a Agência Nacional de Saúde (ANS).

Além do aumento do número de segurados, as operadoras lucraram – e muito – com o já conhecido e pernicioso aumento dos planos acima da inflação. Com a suspensão do reajuste no ano passado, em função da pandemia, as operadoras de saúde receberam autorização para cobrar o acumulado de uma vez só, fazendo com que o aumento de alguns planos este ano chegue a 49%. 

Neste mesmo período, apesar da crise sanitária, o custo assistencial não aumentou na mesma medida: de acordo com a ANS, os planos estão gastando 8,7% mais com procedimentos, internações e consultas. Gastando menos do que se deveria para atender aos usuários, o caos da superlotação de leitos que estampa os noticiários não se restringe ao SUS: em março, alguns hospitais privados do país chegaram a ter 100% de lotação. 

O índice de reajuste dos planos de saúde privados deste ano será aprovado nos próximos dias, com pressão das operadoras de que seja na casa dos 10% alegando aumento dos custos.

Os Marxistas Leninistas levantam diante da grave crise mundial uma plataforma concreta de ação política para a mobilização do proletariado internacional, este programa não poderia ser outro a não ser o genuíno Programa de Transição Trotskista, única ferramenta revolucionária das massas para derrotar a sinistra pandemia do Coronavírus, o que passa pela estatização de todo o setor de saúde e alocamento massivo de verbas públicas para os hospitais sem qualquer restrição orçamentária e de tetos.