domingo, 18 de julho de 2021

CUBA NO SÁBADO: CEM MIL EM HAVANA PARA DEFENDER AS CONQUISTAS AINDA EXISTENTES DA REVOLUÇÃO, PARA CONDENAR O CRIMINOSO BLOQUEIO E O ATAQUE BACTERIOLÓGICO FEITO PELA CIA CONTRA A ILHA 

Mais de 100 mil cubanos se concentraram durante este sábado (17/07) na capital cubana em Havana para defender as conquistas ainda existentes da Revolução e condenar o criminoso bloqueio do imperialismo ianque, assim como denunciar o ataque bacteriológico feito pelo Pentágono/CIA, despejando na ilha uma enorme carga viral da cepa Delta do coronavírus. Registre-se o fato de até um mês atrás, Cuba apresentava um dos menores índices globais de contágio e óbitos por Covid. Porém tanto a esquerda reformista que diz defender Cuba, assim como a própria burocracia castrista se recusam a denunciar mais esta sabotagem criminosa da CIA, que não é a primeira nem será a última, pelo menos enquanto sobreviver o Estado Operário.

Desde a madrugada começaram a chegar estudantes e trabalhadores para o ato que se organizou na faixa litorânea da capital cubana, o Malecón, em ato político-cultural que também teve a participação de artistas e foi encabeçado pelo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e pelo líder maior da burocracia, Raul Castro. Díaz-Canel denunciou a agressão ao país e que “nenhuma mentira sobre Cuba foi lançada por casualidade, tudo está sendo friamente calculado e de acordo com os manuais intervencionistas”, afirmou Canel sem no entanto falar das sabotagens históricas e a atual contra a ilha.

Desta vez Canel deixou as acusações contra a CIA em tom subliminar: “ainda que se trata de uma guerra não convencional de ingerência em território alheio usando a mentira, o medo e meios tecnológicos não bélicos”. Por sua vez a esquerda reformista, domesticada pelo capital financeiro e sua Big Pharma, nem sequer “toca no assunto” da guerra híbrida promovida pela Casa Branca&CIA para desmontar os traços da revolução ainda presentes no Estado Operário.

No vitorioso ato em rechaço à operação terrorista que partiu dos EUA, os mais de 100 mil cubanos presentes portavam bandeiras de Cuba, do Movimento Revolucionário 26 de Julho e fotografias de Fidel e Raul Castro e entoavam palavras de ordem como “O povo unido jamais será vencido!”. É certo que existe um claro desconforto da população cubana, privada de ter acesso pleno a suprimentos básicos para uma melhor qualidade de vida.

Entretanto em um pequeno país latino-americano (ilha) que dispõe de poucos recursos naturais e ainda por cima atravessa um bloqueio econômico, comercial e financeiro por mais de 60 anos, não há outra alternativa a não ser manter a planificação da economia (já muito comprometida) e lançar sua revolução ao mundo para romper o cerco imperialista. Isso é tudo que a burocracia castrista quer sepultar lentamente, caminhando para adotar com segurança a “via chinesa” da restauração capitalista. Acontece que o imperialismo ianque não está disposto a esperar uma “transição lenta” da burocracia, lançando agora com o Democrata Biden uma ofensiva letal contra o Estado Operário.

A disjuntiva programática colocada pelos Marxistas Leninistas é: Aprofundar as conquistas da revolução e “exportá-las” ao mundo, ou sucumbir aos ataques da guerra híbrida imperialista promovidos pela Casa Branca!