quarta-feira, 14 de julho de 2021

GOLPE DAS CORPORAÇÕES IMPERIALISTAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL: DIZEM “TER MUITAS PERDAS” E QUE O CONSUMIDOR TEM QUE PAGAR MAIS PARA MANTER SEUS LUCROS 

Alegando perda de receitas, as corporações imperialistas distribuidoras de energia elétrica no Brasil, iniciaram uma negociação com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pois afirmam terem “deixado de ganhar R$ 5 bilhões no ano passado”.Essas “ditas” perdas devem ser analisadas pela diretoria da Aneel nas próximas semanas, mas ainda não há data. Caso elas sejam reconhecidas, fontes do governo dizem que os consumidores é que vão pagar essa conta. Que isso seria feito parceladamente nos próximos anos, certamente criando mais pressão sobre as de contas de luz da população. O neofascista Bolsonaro assiste o golpe das distribuidoras inerte e complacente, jogando a culpa pelo aumento das tarifas de energia elétrica na “falta de chuva”, é o “conto do vigário” da suposta crise hídrica.

As pequenas e médias empresas, como bares e restaurantes, mercados do bairro, etc... Em geral perderam receitas e tiveram maiores problemas nas suas cobranças. A pandemia afetou principalmente os pequenos e médios negócios.Todos enfrentaram essas perdas com recursos próprios (queima de patrimônio) ou endividamento no sistema financeiro. Recorreram ao “minguado” Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, ou ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), criaram novas soluções de redução de custos para manter vivas suas atividades, fizeram das “tripas coração”, no dito popular. Várias faliram nesse processo de concentração de renda e dos monopólios. 

As distribuidoras multinacionais de eletricidade, não! Querem que o consumidor brasileiro pague R$ 5 bilhões. Mesmo economizando KW/h, e ficando sem recursos, sem emprego, com o auxílio emergencial capenga em 2020/21 para pagar a conta de luz. Mesmo a tarifa social é lucrativa e sua inadimplência é muito bem administrável. A primeira coisa que a maioria das famílias fazem é pagar a conta de água, depois a conta da luz. A mesma coisa as empresas. 

Com uma agravante. O governo neofascista autorizou o uso de todas essas usinas, até mesmo as mais caras, para garantir o abastecimento de energia no País. O custo bilionário dessa opção vai acabar na conta de luz do próximo ano. O custo adicional desse “racionamento” vai ser de R$ 13,1 bilhões para os brasileiros, especialmente, os que menos têm.A situação do abastecimento de energia elétrica no país está mostrando, neste período de estiagem de 2021, como a falta de planejamento e do investimento do Estado nos trouxe ao racionamento econômico, forçado pelo alto custo do KWh, e o risco de apagões. 

O setor elétrico foi, talvez, o mais atingido pelas privatizações que culminaram com a venda da Eletrobrás há semanas atrás. A política de privatizações transferiu a propriedade do Estado para monopólios particulares. Estes grupos internacionais pegaram as estruturas montadas, fizeram relativamente parcos investimentos adicionais e ficaram engordando suas carteiras com lucros dos ativos de resultados garantidos. As ampliações da estrutura de produção elétrica, ainda com novas hidrelétricas, e nas novas fronteiras da energia eólica ou fotovoltaica ou até mesmo nuclear, ficaram estagnadas. 

Havia, como há, uma demanda de energia elétrica a ser atendida, tanto imediata, como de longo prazo. A iniciativa privada, no entanto, não se apresentou para assumir esse “risco”, apesar do grande potencial lucrativo. Os grandes capitais preferem ter o ganho certo e vultoso das privatizações, passeiam pelo mundo, especulando de manhã no Brasil e depois na bolsa de valores em Singapura, aplicam seu capital nas dívidas dos Estados soberanos que foram transformadas em seus dependentes.

Arriscam emplacar os Bitcoins, uma moeda acima de todas as demais, mas construir usinas hidroelétricas como uma Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) ou uma Furnas Centrais Elétricas S/A, ou simplesmente Eletrobrás Furnas (Furnas) não lhes parece atrativo.Especialmente quando temos a dupla neofascista Guedes/Bolsonaro entregando duas Hidrelétricas prontinhas para o rentismo internacional.