sexta-feira, 16 de julho de 2021

RÚSSIA DENUNCIA: TERRORISTAS “MADE IN CIA” PREPARAM ATAQUE QUÍMICO PARA ESTE SÁBADO, DIA DA POSSE DE BASHAR ASSAD NA SÍRIA 

Terroristas “made in CIA” estão preparando um ataque químico em Idlib, na Síria, para este sábado (17.07), dia da posse do presidente sírio, Bashar Assad, afirmou o contra-almirante Vadim Kulit, vice-chefe do Centro Russo de Reconciliação para a Síria. Os grupos amados pelos EUA têm se tornado mais ativos na Síria nas áreas controladas pela coalizão liderada pelo imperialismo ianque afirmaram altos oficiais das forças russas. Como se vê, não se trata de nenhuma "Teoria da Conspiração" mas sim de uma séria denuncia da Rússia.

“Terroristas planejam encenar um 'ataque químico' na linha de contato nas áreas dos assentamentos de Seraqab e Khan Sheikhoun com o envolvimento da organização pseudo-humanitária 'Capacetes Brancos' e recursos da mídia local para encenar as filmagens para acusar as forças do governo sírio de usar de substâncias venenosas contra civis", disse Kulit em entrevista coletiva nesta sexta-feira (16).

Na terça-feira (13), o vice-chefe do Centro Russo de Reconciliação para a Síria havia afirmado que grupos radicais têm se tornado mais ativos na Síria nas áreas controladas pela coalizão liderada pelos EUA. "As atividades dos grupos radicais de intensificaram na parte oriental da Síria, no território controlado pela coalizão liderada pelos EUA", disse Kulit na ocasião.

O presidente sírio Bashar Assad ganhou um quarto mandato depois de conseguir 95,1% dos votos nas eleições de maio. Assad toma posse no sábado (17) e governará o país por mais sete anos.

Assad tem condenado em repetidas ocasiões as ações da coligação liderada pelos EUA no leste da Síria, em meio a relatos de que as forças norte-americanas estariam envolvidas em saques de petróleo e trigo da Síria, além de transportar terroristas da Síria para bases no Iraque.

Oficialmente, o governo sírio nunca solicitou que os EUA enviassem forças para o país e Damasco não aprova a presença norte-americana em seu território.

A União Européia, porta voz da OTAN, declarou que "não reconhecerá o resultado das eleições". Não poderia ser melhor a comprovação do acerto histórico das massas sírias, ao identificar o nacionalista Assad como um ponto de apoio para a defesa da soberania do país árabe.

Do outro lado da trincheira, os chacais do imperialismo vociferaram: “Estas eleições não foram livres e justas, não vão contribuir para a solução do conflito, não vão levar à normalização das relações entre a comunidade internacional e o regime sírio, por isso não podemos reconhecer este processo”, afirmou Josep Borrell, no final de uma reunião informal de Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Portugal.

Embora pareça incrível para o imperialismo, o povo sírio, aquele que compareceu em massa as suas eleições presidenciais e que derrotou os grupos terroristas financiados pelos EUA e Israel, não tem o poder (segundo os critérios europeus e de Washington) de cumprir o direito constitucional de eleições livres nas democracias burguesas, as quais é o povo quem escolhe seus governantes. 

Vejamos que a Síria está muito distante de se considerada um regime socialista, mas como seu governo representa o fio de continuidade do nacionalismo burguês árabe, não pode ser tolerado pelas corporações do capital financeiro, que espoliam a região há vários séculos.