quarta-feira, 13 de outubro de 2021

CPI DA COVID VAI AO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: PORQUE A CORTE IMPERIALISTA DE HAIA VAI “JULGAR” BOLSONARO SE JAMAIS INVESTIGOU OS CRIMES DE GENOCIDAS GLOBAIS COMO BUSH, OBAMA OU NETANYAHU?

Anuncia com alarde a grandre imprensa burguesa sob o comando da Globo que “a CPI da Covid vai encaminhar ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, cópia do seu relatório final, denunciando o presidente Jair Bolsonaro por crime contra a humanidade. A decisão foi acertada entre o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e o grupo majoritário da comissão, o chamado G7. A denúncia se sustentará em dois pontos: a crise com o desabastecimento de oxigênio em Manaus e a falta de políticas de proteção para os povos indígenas durante a pandemia.” Não resta dúvida, com denunciou o Blog da LBI, que tudo vale nesse jogo midiático-eleitoral burguês, até recorrrer a corte imperialista de Haia, se for para “colar uma etiqueta” contra o neofascista Bolsonaro ou mesmo consolidar a “narrativa” da Família Marinho e da oposição burguesa de que o bufão no Planlato é o único genocida nesta pandemia, livrando a cara dos prefeitos, governadores com as mortes causadas pelo intubamentos irresponsáveis, além da própria Big Pharma, com suas vacinas experimentais para Covid que deixou um rastro de doentes e mortos.

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Lembremos a sorte de Slobodan Milosevic assassinado sob a custódia da ONU no cárcere do TPI ou mesmo kaddaffi que foi assassinado pelo rebeldes da OTAN antes de ser “julgado” em Haia, sob a falsa acusação que de genocida por ter ordenado a suas tropas dispararem contra seu povo.

Esbanjando uma obscena moral dupla, o TPI acolheu a petição de um país, os EUA, contra Kadaffi, que não somente não assinaram o tratado, como não reconhecem sua jurisdição sobre os cidadãos estadunidenses, e ainda lançaram uma acintosa campanha contra o mesmo, obrigando mais de uma centena de países da periferia capitalista a renunciar seu direito de denunciar no TPI cidadãos estadunidenses responsáveis por crimes bem piores e reais!

Não por acaso, líderes da União Africana (UA) reunidos em uma cúpula extraordinária em Adis Abeba, na Etiópia, concluíram que nenhuma acusação deve ser levada a um tribunal internacional contra um chefe de Estado ou de governo em exercício. Os líderes da UA se reuniram para decidir se deixavam ou não a jurisdição do Tribunal Penal Internacional, considerando que desde sua criação a Corte de Haia só condenou africanos (30 pessoas) e tem aumentado a emissão de mandados de prisão internacionais contra governantes africanos. No comunicado final do encontro, a UA se referiu ao TPI como uma corte "imperialista e racista".

A concentração das investigações da corte sobre a África gerou acusações de que o TPI teria um viés racista ou de que agiria motivado por interesses imperialistas. Em 2016, Burundi, Gâmbia e África do Sul pediram seu desligamento do TPI. Além dos casos na África, nos últimos anos o tribunal iniciou uma investigação sobre supostas violações cometidas na invasão da Rússia à Geórgia, em 2008, ou seja, contra o governo Putin, adversário da Casa Branca.

Não esqueçamos que o TPI confirmou recentemente a recepção de uma denúncia contra vários dirigentes cubanos, incluindo Raúl Castro e o atual presidente Miguel Díaz-Canel, por alegada “escravatura” de médicos enviados para o estrangeiro, além das acusações contra magistrados chavistas na Venezuela. Já os crimes cometidos pelo enclave de Israel contra o povo palestino nunca esteve em pauta!!!

Os Estados Unidos foram responsáveis por muitos desastres humanitários em todo o mundo, de acordo com o Histórico das Violações dos Direitos Humanos nos Estados Unidos em 2019. Os Estados Unidos estiveram envolvidos em guerras no Iraque, Afeganistão, Síria e Iêmen, causando enormes baixas civis e perdas de propriedades. Apesar disso, a Casa Branca, tanto na gestão dos Republicanos como dos Democratas, sempre impediu o TPI de investigar os guerra cometidos pelos Estados Unidos, ameaçando com congelamento de fundos ao TPI.

Por que o TPI não ordenou a captura de Bush, Obama ou mesmo do ex-primeiro ministro de Israel, o chacal genocida Netanyahu? Nada disso importa para a esquerda domesticada  brasileira que aplaude a medida totalmente arbitrária e servil ao imperialismo protocolada pelo comando da CPI da Covid.

Ao tentar “julgar” o neofascista Bolsonaro pela via da extrema direita imperialista travestida de “humanitária e em defesa da vida”, abre-se um perigosíssimo flanco de “legitimidade” para futuras intervenções, ações ou julgamentos patrocinados pelo imperialismo em nosso continente. Somente uma esquerda reformista do quilate do Causa Operária, completamente degenerada como o atual Chavismo e seu similar brasileiro, o Lulismo, pode admitir a reivindicação de uma intervenção ianque, em nome da defesa de uma falsa “ciência” dos bandidos da OMS&BigPharma. É verdade que existem genocidas nesta pandemia global, os primeiros da lista são as corporações do capital financeiro e sua governança mundial do rentismo. Com certeza estes assassinos mais “qualificados” não estão principalmente em Brasília e sim concentrados em Davos (Fórum Econômico Mundial), Bruxelas (OTAN), Washington (Casa Branca), no TPI (Haia) e na sede da ONU em Nova York!