quarta-feira, 6 de outubro de 2021

ÚLTIMO MOMENTO: PEDRO CASTILLO ACEITA A RENÚNCIA DO PRIMEIRO-MINISTRO GUIDO BELLIDO NA TENTATIVA DE GARANTIR SUA GOVERNABILIDADE BURGUESA NO PERU

O presidente Pedro Castillo, conhecido como o "Lula peruano", deu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira após a renúncia de Guido Bellido, chefe do Conselho de Ministros, mais uma passo da completa submissão de seu governo de centro-esquerda burguesa as ordens do imperialismo. "Hoje aceitamos a renúncia do presidente do Conselho de Ministros, Guido Bellido Ugarte, a quem agradeço por seus serviços", disse Castillo em uma breve mensagem à nação. “Anuncio a posse do novo gabinete para hoje às 8h da noite”, acrescentou o presidente peruano. Castillo explicou que sua prioridade continua sendo enfrentar os "grandes problemas" do país, que em sua opinião são a saúde, a fome e a pobreza. Com base nisso, “decidi tomar algumas decisões a favor da governabilidade”, disse o presidente, destacando que “o equilíbrio de poderes é a ponte entre o Estado de Direito e a democracia”. Adicionalmente, o Chefe do Executivo afirmou que a este equilíbrio cabe garantir a tranquilidade e coesão do governo. “Assim, tanto a questão da confiança, interpelação e censura não devem ser usadas para criar instabilidade política”, acrescentou.  Na véspera, o Conselho de Ministros informou que o seu presidente iria enviar uma mensagem aos meios de comunicação locais às 05:00 da tarde (hora local) para falar sobre “questões da conjuntura nacional”. Esta manhã, uma sessão foi suspensa apenas 30 minutos após o seu início. “Tendo cumprido todas as funções correspondentes à instituição, estou a cumprir a minha renúncia irrevogável ao cargo de Presidente do Conselho de Ministros conforme solicitou”, diz a carta de demissão enviada por Bellido a Castillo, segundo a imprensa local. Como o Blog da LBI alertou, o governo de Pedro Castillo de colaboração de classes, cercado pela burguesia e sempre capitaluando ao grande capital, será marcado por crises permanentes, diante das profundas ilusões das massas que ele irá enfrentar o imperialismo, o que obviamente não ocorrerá.

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