sexta-feira, 8 de outubro de 2021

VALÉRIO ARCARY FAZ “JOGO DE CENA” E PEDE QUE LULA ENCABECE FRENTE DE ESQUERDA: PSOL APOIARÁ O PT JUNTO COM GOLPISTAS E A DIREITA, SEM A MENOR “RESISTÊNCIA”

O PSOL negocia aliança com PT para apoiar Lula em 2022. Se for concretizada, será a primeira vez que a legenda não terá um candidato próprio e apoiará o PT logo no primeiro turno. A estratégia é patrocinada pela cúpula do PSOL devido à “gravidade do momento político do Brasil” dizem os reformistas sob o comando de Ivan Valente. Quem está na vanguarda desta defesa é Valério Arcary e seu grupo (sic!) “Resistência” que pede que Lula encabece uma frente de esquerda. Segundo o Esquerda On line (08.10), “Lula não foi ao ato pelo Fora Bolsonaro. Mas se reuniu com golpistas do MDB, como o Eunício Oliveira. Um erro. Os acordos com a direita terminam sempre em traição. Não foi o MDB que deu golpe contra Dilma? Lula precisa liderar uma Frente de Esquerda e não alianças com golpistas”. Valério Arcary apenas faz um cínico “jogo de cena” para a platéia interna do PSOL e pede que Lula encabece uma “Frente de esquerda” mas sabe que o PSOL não fará qualquer “resistência” séria a política de colaboração de classe. Apoiará o PT mesmo com as alianças com golpistas e a direita para formar um governo servil ao grande capital.

Para melhor justificar essa aliança utiliza-se do real e concreto perigo do avanço do fascismo e da escalada reacionária que o país atravessa. Ocorre que longe de ser um instrumento político útil para barrar a ofensiva da direita pela ação direta dos trabalhadores, a Frente Popular formada pelo PT e PSOL (cada um tendo seu papel no campo do reformismo) patrocina ilusões do circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos e orienta os trabalhadores a acreditar nas decadentes e apodrecidas instituições do regime político burguês. 

De fato, com a atual política de integrar o chamado "centro civilizatório" que apoia o programa ditado pelo OMS (lockdown, vacina e testes, tripé do famoso "fique em casa" para paralisar a luta de classes) não há qualquer motivo para o PSOL não apoiar Lula e uma ampla aliança burguesa para a disputa de 2022. Bolsonaro é usado por um grande arco político (que inclui a Famiglia Marinho e o Itáu) como o "espantalho" de extrema-direita para forjar essa frente de colaboração entre as classes sociais. 

Valério declarou recentemente que “com um acordo programático, Lula unifica e representa a esquerda desde o primeiro turno”. O grupo Resistência se alinha com Ivan Valente, Edmilson Rodrigues e a direta do partido para, com sua linha social-democrata, construir a aliança com o PT desde o primeiro turno da disputa presidencial. 

Como se observa, trata-se de uma frente eleitoral em gestação que não serve como um ponto de apoio para a luta direta das massas, uma continuidade das gestões petistas que desmoralizaram o movimento operário e corromperam as lideranças sociais via sua integração ao Estado capitalista. 

A LBI defende um a Frente Única de Ação contra o fascismo, a construção de comitês populares de autodefesa e da construção da greve geral contra a intervenção militar e para barrar o recrudescimento das ações das hordas fascistas. A “Frente Democrática” entre PT e PSOL desgraçadamente se opõem a esse objetivo de luta direta e aponta o caminho eleitoral. 

O PSTU ja avisou que podemos até lançar nossa candidatura testemunhal no 1º turno mas com toda a certeza vamos votar em Lula (PT) e na Frente Ampla burguesa quando chegar a hora, ou seja, no 2º turno da eleição presidencial de 2022! 

Cabe ao Marxistas Revolucionários denunciaram mais esse engodo "civilizatório" defendido por Valério que está a serviço de construir governos subservientes a nova ordem mundial do capital financeiro, que mesmo posando de "progressistas" e cinicamente "defensores da vida e da ciência" jogam o proletariado e sua vanguarda nas mãos dos verdadeiros genocidas que representam o grande capital e seu terror sanitário!