segunda-feira, 22 de novembro de 2021

CHACINA NO SALGUEIRO: PM TORTURA E MATA PELO MENOS 8 MORADORES... PELA DESTRUIÇÃO DO APARATO REPRESSIVO DO ESTADO BURGUÊS! 

Moradores do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, encontraram corpos em um manguezal no bairro das Palmeiras na manhã desta segunda-feira (22/11). No domingo (21), o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar realizou uma operação no local um dia depois do assassinato do sargento Leandro Rumbelsperger da Silva, que fazia patrulhamento na comunidade. Os moradores do local disseram, ainda, que os corpos tinham sinais de tortura. “Os corpos estão todos jogados no mangue, com sinais de tortura. As pessoas, uma jogada por cima da outra. Estava com sinal totalmente de chacina mesmo”. relatou outra. A tarefa de derrotar e destruir a PM assassina e a violência dos bandos mafiosos organizados pelo Estado capitalista está nas mãos da classe trabalhadora e do povo pobre organizado, através da unidade dos trabalhadores da cidade e do campo a partir do norte programático da destruição do regime burguês e a construção de um novo modo de produção baseado nas necessidades de cada um e não de um punhado de endinheirados, sobre o escombros do Estado burguês e seu assassino aparato de repressão.

De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, em 2021, aconteceram 58 chacinas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com 242 pessoas mortas. São Gonçalo é um dos municípios que integra o Grande Rio, e a entidade contabilizou, desde 2016, 47 chacinas com 169 mortos só na cidade, sendo que 35 delas ocorridas durante ações e operações policiais, que resultaram em 121 mortos. No Complexo do Salgueiro, nos últimos cinco anos, foram 11 chacinas, cinco delas só neste ano.

O Complexo do Salgueiro também foi palco, em 2017, de uma chacina que deixou oito mortos e que segue sem solução. Em 11 de novembro daquele ano, as vítimas foram baleadas a tiros de fuzil numa operação do Exército com a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) da Polícia Civil. O caso foi arquivado em 2019 e nenhum agente assumiu ter atirado.