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ELEIÇÃO EM HONDURAS: NOVA TENTATIVA DE ASCENDER UM GOVERNO DA CENTRO-ESQUERDA BURGUESA QUE ACEITOU DEPOIS DO GOLPE A FRAUDE NAS ÚLTIMAS DISPUTAS PRESIDENCIAIS

Nas vésperas das eleições gerais de 28 de novembro em Honduras, a candidata presidencial do partido Liberdade e Refundação (Libre), Xiomara Castro, esposa de Manuel Zalaya, represetando a centro-esquerda burguesa supera Nasry Asfura, do governista Partido Nacional, e Yani Rosenthal, do Liberal, o segundo maior da oposição, segundo as pesquisas de intenção de voto. O prazo para a divulgação das pesquisas terminou em 28 de outubro, mas segundo amostras veiculadas poucos dias antes da data limite Castro, esposa do ex-presidente Zelaya, que foi derrubado em 28 de junho de 2009, leva vantagem sobre Asfura. Somente uma fraude orquestrada pela OEA e a Casa Branca, com já ocorreu nas últimas três disputas presidenciais e foram aceitas pelo clã Zelaya, pode derrotar a centro-esquerda burguesa. 

Neste dia 28 de novembro também serão eleitos três vice-presidentes, 20 deputados para o Parlamento Centro-americano (Parlasen), 128 deputados para o Congresso Nacional, 298 prefeitos e seus respectivos conselheiros (um total de 3038 cargos).

 Após as últimas eleições – marcadas por denúncias bem fundamentadas de fraude que desembocaram na reeleição de Hernández e como consequência da pressão por meio de uma alta participação da população em manifestações públicas em 2017 –, a legislatura havia prometido uma reforma eleitoral. No entanto, foi em 2021, depois da visita do diretor para a América Central do Departamento de Estado dos EUA, Patrick Vendrell, que foi realizada a reforma à lei eleitoral. Entre as mudanças na lei, destaca-se a comprovação da impressão digital por meio de leitores eletrônicos, cujo objetivo é verificar a identidade dos cidadãos que estão inscritos para votar e evitar a possibilidade de votos realizados com dados de pessoas falecidas ou ausentes. 

A candidata Xiomara Castro (Partido Libre), em sua última intervenção na Assembleia Extraordinária do partido, foi enfática ao levantar a necessidade de consolidar um novo pacto social como base de seu governo de colaboração de classes.

A disputa eleitoral começou e continua a escalar diante de um acentuado aprofundamento da crise econômica, social, sanitária e dos altos níveis de violência institucional, cabendo aos revolucionários lutarem contra a fraude sem depositar ilusões no governo da centro-esquerda burguesa.