segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

GUETO DE VARSÓVIA: AS RAÍZES HISTÓRICAS DO ATUAL FASCISMO SANITÁRIO PROMOVIDO PELO IMPERIALISMO “DEMOCRÁTICO”

Em 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, o Terceiro Reich lançou um dos filmes de propaganda nazista de maior orçamento. Era “Robert Koch, Bekämpfer des Todes”, dirigido por Hans Steinhoff.  Dessa forma, o personagem  Koch foi incorporado à iconografia nazista como um soldado da ciência, um precedente para o próprio Führer. O modelo do personagem nazista era um médico cientista dedicado ao combate às doenças contagiosas que, na época, diziam vir do leste, da Polônia, como hoje o Pentágono diz vir da China ou da África. A Alemanha precisava de um "cordão sanitário" para proteger sua população de doenças e mortes, causadas pela sujeira em que viviam as populações judias, eslavas e orientais.

Já antes de 1933, a elite dos médicos alemães eram os mais entusiastas apoiadores de Hitler. Em 1939, mais da metade deles estava filiado ao partido nazista e até mesmo às SS. Durante anos foram educados em faculdades impregnadas de racismo e eugenia. Muitos deles participaram da discriminação da população. Cabia a eles decidir quem eram os arianos e quem se enquadrava na categoria de subumanos. Quem controlava as organizações de saúde era o Ministério do Interior.  O Departamento IV de Saúde e Proteção da População foi chefiado por um Secretário de Estado, Dr. Arthur Gütt, e depois, de 1935 a 1945, pelo Dr. Leonardo Conti.  A partir desse Departamento de Saúde, os nazistas dirigiram a Academia de Medicina e a Cruz Vermelha Alemã.

Em 1933, o Colégio de Médicos foi confiado aos membros da Liga Nacional Socialista de Médicos Alemães e Gebhard Wagner tornou-se seu presidente. Dois anos depois, tornou-se a Câmara Médica do Reich. Todos os médicos alemães tinham que ser registrados na Câmara para exercer a profissão. Mudaram as portarias que regulamentavam o exercício da medicina. O antigo código de ética foi revogado e eles criaram seus próprios tribunais para garantir que cada médico realizasse sua tarefa de acordo com os princípios “científicos” nazistas.

O "cordão sanitário" e os guetos que o Terceiro Reich impôs na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial o justificaram com uma suposta epidemia de tifo. A eugenia alemã considerava que os eslavos, por exemplo, eram os portadores naturais da doença, por isso deveriam ser enviados para campos de concentração para serem desinfetados. Em 1941 uma obra coletiva intitulada “Guerra de Epidemias. A missão de saúde alemã no Leste”, onde o Terceiro Reich declarou que um “surto epidêmico” havia eclodido na Polônia que precisava ser tratado.

Segundo os teóricos nazistas, a Europa Oriental era povoada por povos atrasados, contaminados e sujos, portadores de doenças, enquanto a Alemanha era uma terra limpa, governada por médicos e que utilizavam os fármacos de sua indústria nacional. O progresso da higiene e da ciência fez da Alemanha a “pátria da saúde”, sempre ameaçada pelo contágio de seus vizinhos contaminados.

“Graças” aos nazistas, os alemães desfrutaram de uma dieta saudável e natural, sem carne, gorduras e com muitos remédios de sua Big Pharma da época. Era o sonho de Hitler na época e parece ser o da Social Democracia europeia agora. Os nazistas primeiro “limparam sua casa” dos supostos contaminados judeus e depois passaram a “limpar seus vizinhos potencialmente doentes”, trancando “populações contaminantes” em guetos e levando-as para campos de concentração para desinfetá-las.

Em 1917, após a revolução russa, o tifo foi considerado na Alemanha como uma “doença eslava e bolchevique” e, vinte anos depois em 1937, como uma doença judaica. Era um caso claro de obsessão paranóica, produzida para fins políticos e econômicos.

Assim que a Polônia foi invadida, os nazistas criaram toda uma rede de “instituições preventivas” contra o tifo, embora nenhuma epidemia grave ainda tivesse ocorrido. Como os judeus eram os portadores naturais do tifo, a partir de novembro de 1939 começaram a sequestrar a população que consideravam judia e os confinando em “campos de isolamento”, que depois da derrota da Alemanha foram chamados corretamente  pelos historiadores como “campos de concentração”.

Mesmo antes da construção dos muros do “apartheid sanitário” que separavam alguns bairros de outros em Varsóvia, o perímetro do futuro gueto podia ser conhecido pelas placas que mostravam em letras garrafais: “Seuchensperrgebiet”(zona proibida por causa de epidemias). Os nazistas amontoaram um terço da população de Varsóvia, quase meio milhão de pessoas, em 5% de sua área, cerca de 160 hectares.

Naturalmente, antes não havia nenhuma epidemia, mas a superlotação de milhares de pessoas em ambiente fechado causou o resultado desejado, o tifo, a epidemia que se pretendia prevenir. Cerca de 100.000 pessoas contraíram tifo no gueto de Varsóvia, com uma taxa de mortalidade próxima de 40%. Como aconteceu tantas vezes na história da medicina dos grandes negócios da Big Pharma, é o remédio que causa a doença. Por sua vez, a epidemia ocorrida alimentou políticas nazistas discriminatórias, separação racial e histeria coletiva de saúde pública. O apartheid sanitário imposto pelo III Reich ajudou a exterminar uma parte significativa da população polonesa.

Sob o pretexto de combater o tifo, o regime nazista introduziu passaportes de saúde e o isolamento social. Antes de embarcar em um trem, era necessária uma autorização médica especial e foram estabelecidos assentos de uso exclusivo no transporte público, uma vez que a transmissão de doenças infecciosas é facilitada pelo uso comum de equipamentos coletivos.

Obviamente que qualquer semelhança com a política sanitária que o “imperialismo democrático” está promovendo atualmente com a pandemia não é mera coincidência! O consórcio farmacêutico ianque-alemão, Pzifer&Biontech, é hoje o grande promotor das vacinas experimentais no mundo inteiro, determinando que todos aqueles que não aderirem ao seu fármaco de pouca eficiência, devem ser “isolados” e até “confinados em campos de concentração” caso rejeitem o neofascismo da “salvação imposta pela Big Pharma!”…