sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

O NOVO NEGÓCIO MILIONÁRIO DA PANDEMIA: A VENDA DE “AUTO-TESTES” PARA COVID-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), completamente subordinada as transnacionais do setor farmacêutica, decidiu, nesta sexta-feira (28), que vai liberar a venda de autotestes de Covid-19 no Brasil gerando mais uma negócio milionário na pandemia. Cada empresa interessada em comercializar sua versão do produto precisa pedir o registro junto à agência, que vai analisar cada solicitação. A Anvisa informou que espera ter os primeiros produtos aprovados em fevereiro. A grande piada que mostra o caráter farseco do estelionato em curso é que o resultado do autoteste não servirá para apresentação para viagens ou atestado médico. Lembremos que dias antes a própria Anvisa havia determinado o recolhimento de dois testes de Covid-19. A medida suspendeu a comercialização, distribuição, fabricação, importação e propaganda dos exames “Teste Covid meu DNA PCR-LAMP Autocoleta de Saliva”, da empresa Empreendimentos Pague Menos S/A, e “Autoteste Covid-19 Isa Lab”. De acordo com a Anvisa, o produto “Autoteste Covid-19 Isa Lab” não possuia registro junto à agência e estava sendo comercializado por empresa não regularizada. O produto “Teste Covid meuDNA PCR-LAMP Autocoleta de Saliva” também não possuia registro junto à Anvisa, o que revela a ansiedade em gerar lucro no mercado da doença. Como se, vê trata-se apenas de mais um negócio em torno da pandemia da Covid-19 inflado pelos grandes laboratórios farmacêuticos e associados com o aval da "agências sanitárias" que não passam de apêndices dos grandes laboratórios e mega-redes de farmácias!

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Vale registrar que a  Coppe/UFRJ e o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF), da UFRJ, desenvolveram um novo teste sorológico para detecção de anticorpos para a Covid-19. Batizado com o nome S-UFRJ, o teste desenvolvido sob a coordenação dos professores Leda Castilho, da Coppe, e André Vale, do Instituto de Biofísica, terá custo inferior a R$ 5,00.

O S-UFRJ embarca tecnologia escalonável e custo reduzido de produção da proteína S (spike), presente na estrutura do novo coronavírus. O baixo custo da proteína desenvolvida no Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (Lecc) da Coppe, associado a uma coleta de amostras mais simples e acessível, possibilita o acesso e a expansão da testagem, que são fatores importantes, principalmente em países em desenvolvimento. No Brasil, testes rápidos aprovados pela Anvisa têm sido comercializados em farmácias por mais de R$ 200,00.