quarta-feira, 10 de agosto de 2022

HISTÓRICO GENOCIDA DO IMPERIALISMO IANQUE: OS CRIMES DA GUERRA QUÍMICA DOS EUA NO VIETNà

Há 61 anos, em 10 de agosto de 1961, os EUA iniciaram a guerra química no Vietnã, tendo pulverizado 77 milhões de litros de desfolhantes sobre o Vietnã do Sul até o final de 1971. Ao longo da década, cerca de três milhões de vietnamitas se tornaram vítimas da dioxina, causadora de várias doenças e mutações genéticas. Ao todo, 14% do território do Vietnã acabou sendo afetado por este veneno, que levou a consequências trágicas para a terra e a natureza. Quase por completo foram erradicados 500 mil hectares de manguezais e cerca de um milhão de hectares de floresta tropical acabou infectado, junto com 100 mil hectares de bosques. O Exército norte-americano arruinou 70% das plantações de coco e 60% das plantações de seringueiras.

Todo o equilíbrio ecológico do Vietnã foi quebrado. Nas áreas afetadas, das 150 espécies de aves apenas 18 sobreviveram, enquanto os anfíbios e insetos foram extintos quase por completo, e a quantidade de peixes nos rios diminuiu.

A composição microbiológica do solo foi alterada. As mudanças na fauna levaram à expulsão de uma espécie de ratos pretos, que não representavam ameaça para o homem, por outras espécies, portadoras de peste. Ao mesmo tempo, portadores da malária apareceram entre os mosquitos.

No Vietnã, há uma ameaça potencial constante do nascimento de crianças deformadas. Até hoje, várias aldeias têm sido fechadas ao público, por nascerem crianças com várias deformidades. Existe uma série de internatos especializados em que vivem crianças com defeitos genéticos.

O Centro Tropical russo-vietnamita tem conduzido estudos dos efeitos da guerra química norte-americana no Vietnã desde a sua criação. De fato, o centro foi fundado para isso. "Foi colocada perante nós uma tarefa: devíamos determinar se o contato com a dioxina leva a alterações genéticas em humanos e se tem um efeito prejudicial sobre o solo, a flora e fauna. Chegamos à conclusão: sim, leva e afeta. Os resultados do nosso trabalho foram publicados e relatados às autoridades vietnamitas, incluídos os Ministérios da Defesa e da Saúde."

"Revelamos que o rumo mais eficaz e global para prevenir o efeito destrutivo da dioxina sobre o homem é cuidar ao máximo da sua saúde. Isto é, o Vietnã tem de investir na saúde pública muito mais do que países que não foram expostos à infecção por este produto tóxico", especificou Kuznetsov.

Ainda é impossível dizer quando o Vietnã deixará de observar os efeitos da guerra química desencadeada pelos EUA, já que é o primeiro e único país do mundo a ser afetado pelos ataques químicos em massa, concluiu Andrei Kuznetsov.