terça-feira, 27 de setembro de 2022

VENCEU A EXTREMA DIREITA ITALIANA: É HORA DE RECORDAR PARA GIORGIA COMO TERMINOU SEU INSPIRADOR FASCISTA…

As eleições parlamentares na Itália, realizadas no último final de semana, confirmaram as previsões dos analistas políticos, o trio de extrema-direita (Berlusconi, Salvini, Meloni) obteve uma maioria muito grande para governar o país. O cansaço da sociedade italiana com a Social Democracia e a Centro-Direita “civilizatória” resultou em uma abstenção histórica, um país onde a participação era próxima de 90% há pouco tempo despencou. Milhões de homens e mulheres italianos deixaram claro que não encontraram na suposta "esquerda" burguesa uma ferramenta para deter o fascismo, e o resultado eleitoral refletiu esse fenômeno social de retorno da extrema direita a gerência do Estado capitalista.

Os derrotados, o conluio do Partido Democrático (uma mistura composta pelos setores mais anticomunistas do antigo PCI desaparecido, junto com os remanescentes da Democracia Cristã e acréscimos de tecnocratas neoliberais heterogêneos com desejo de viver da política a todo custo). Ironicamente são chamados pela mídia de a força unificadora do “progressismo”, uma piada de muito mau gosto.

A triunfante, Giorgia Meloni, será a presidente do governo neofascista e assim encerra uma longa degradação política da esquerda reformista que começou com a decisão do PCI de se imolar e abraçar o "Eurocomunismo".

Domesticados, uma nova forma de chamar os Social-Democratas que tinham um objetivo claro: eliminar o combate pelo comunismo e entrar no sistema do capital financeiro, muito mais do que já tinham ingressado. Então Berlusconi apareceu fazendo valer a importância de controlar a mídia corporativa de forma obscena.

Enquanto esperamos os últimos resultados finais no parlamento, que determinarão a composição derradeira do novo governo, queríamos lembrar o dia em que o proletariado italiano enforcou Mussolini e seus bandidos fascistas em Milão. "A história ocorre duas vezes: a primeira como uma grande tragédia e a segunda como uma farsa miserável", escreveu nosso grande mestre Karl Marx.