sexta-feira, 17 de março de 2023

GOVERNO LULA SEGUE COM AS PRIVATIZAÇÕES: PETROBRAS CONFIRMA VENDA DE SEU PATRIMÔNIO (PÓLOS PETROQUÍMICOS E LUBNOR)

O governo Lula vai continuar privatizando e cumprindo a cartilha neoliberal. Não por acaso, a Petrobras informou ao "Deus Mercado" nesta sexta-feira (17) que realizou um estudo sobre os processos de desinvestimentos em curso (entrega) e, até o momento, não verificou fundamentos para suspender os projetos em que já houve contratos assinados. As afirmações constam em resposta da diretoria executiva da Petrobras a um ofício do Ministério de Minas e Energia. Antes do comunicado de hoje da estatal, a Petrobras havia convidado as empresas privadas envolvidas na privatização para reiniciar as reuniões de transição em relação à vende do Polo Norte Capixaba. Posteriormente, anunciou que a estatal ratificou a continuidade do processo de transição do Polo Potiguar para a 3R Petroleum. Os rentistas comemoraram a decisão. Goldman Sachs, JPMorgan e Bradesco saudaram publicamente a decisão do governo Lula e da direção neoliberal da Petrobras!

A Petrobras tem, atualmente, cinco contratos assinados, aguardando conclusão do negócio, para venda dos ativos:

- Refinaria Lubnor, no Ceará, para a Grepar Participações, no valor de US$ 34 milhões;

- Polo Potiguar (campos terrestres no Rio Grande do Norte), para a 3R Petroleum, no valor de US$ 1,38 bilhão;

- Polo Norte Capixaba (campos maduros onshore no Espírito Santo, para a Seacrest, por US$ 544 milhões;

- Polos Golfinho e Camarupim, no pós-sal da Bacia do Espírito Santo, para a BW Energy, por US$ 75 milhões;

A reação fortemente positiva dos ativos RRRP3, que subiram mais de 15% nesta sexta, ocorre uma vez que parte do recente desempenho ruim das ações da companhia pode ser explicado pelos riscos de a Petrobras não avançar com a venda dos ativos.

O JPMorgan destaca que a confirmação do processo pela Petrobras deve ser visto como uma tendência do governo Lula de seguir privatizando “Neste momento, falta à 3R apenas a licença ambiental do Ibama (condição precedente para a transação), que a empresa espera obter até o final do mês”.