NOVO LANÇAMENTO EDITORIAL NA LIVRARIA LEITURA: “MITOS E UMA VERDADE MARXISTA SOBRE A GUERRA COMERCIAL CONTRA A CHINA”
No último dia 29 de maio (quinta-feira) foi realizada na Livraria Leitura do shopping “Rio Mar”, o lançamento do livro “Mitos e uma verdade marxista sobre a guerra comercial contra a China”. Em uma atividade concorrida, com direito a autógrafos do autor da obra, o lançamento desta nova publicação da “Editora Nova Antídoto” faz parte das comemorações dos 30 anos de fundação da Liga Bolchevique Internacionalista (LBI), que se completará no próximo mês de junho deste ano. O lançamento deste livro, um grande esforço de elaboração teórica da direção da LBI, em meio da enxurrada de negação do Marxismo Leninismo, prostituído pela “tese” revisionista do chamado “multipolarismo”, defendido pela exquerda reformista no mundo todo, marca uma trajetória histórica, em três décadas de combate pelos princípios trotskistas e defesa do programa revolucionário no Brasil. A seguir oferecemos aos nossos leitores do Blog da LBI a apresentação do livro, que também será lançado e disponibilizado em outras livrarias do país.
APRESENTAÇÃO
O IMPÉRIO DA GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO: UMA ETAPA HISTÓRICA MAIS AVANÇADA DO QUE A DO “TRADICIONAL“ IMPERIALISMO DA VELHA ORDEM
A Ordem Mundial do pós-guerra, sob a hegemonia estadunidense, foi definida em Yalta, Potsdam e Bretton Woods, expressando a hegemonia das corporações do capital financeiro , com as suas empresas multinacionais e as suas elites rentistas. O núcleo central de poder se concentrou no imperialismo dos Estados Unidos, seguido pelo Reino Unido e pelos grupos dominantes da Europa Ocidental (eixo franco-alemão) e do Japão, que foram incorporados como potências econômicas das periferias eurasiáticas, mas sem autonomia estatal estratégica, portanto, protetorados militares dos EUA. Isto somou-se ao crescimento das oligarquias burguesas das periferias e semiperiferias capitalistas, completamente subordinadas ao “Grande Irmão do Norte”. O polo de poder mundial secundário foi estabelecido sob a primazia da URSS e da China. Esta velha Ordem Mundial imperialista já não existe mais, ou pelo menos em sua plenitude histórica. Deu lugar a uma Nova Ordem da Governança Global do Capital Financeiro, onde este Império Mundial apátrida subjugou até mesmo o poderoso imperialismo norte-americano.
A desintegração da URSS e de grande parte dos Estados Operários, por volta dos anos 90, potencializou enormemente a ofensiva neoliberal. A chamada globalização financeira foi implantada em todo o seu “esplendor”, ou seja, não somente na sua esfera econômica, mas fundamentalmente de um poder estatal mundial.
Nesta Nova Ordem Mundial, o mundo tornou-se unipolar, incluindo a atual China capitalista que tenta fazer a demagogia da defesa de um “mundo multipolar”. Nesta direção a Governança Global emergiu como uma descrição geopolítica da nova fase do capitalismo mundial, mas também como um projeto político estratégico para a manutenção do poder nas mãos de um seleto grupo de rentistas.
A transnacionalização financeira, produtiva e também em
grande parte cultural, deveria ser acompanhada por uma estrutura de poder
global centralizado, que administraria a nova ordem do sistema político
mundial. Uma nova concentração de poder político mundial era necessária para
sustentar e impulsionar uma fase de acumulação de capital.
Diante da crise de esgotamento seminal do atual modo de produção, o projeto da hegemonia absoluta dos Estados Unidos como um poder imperialista soberano em todo o planeta, deveria dar lugar a uma nova forma de dominação ainda mais superior: A Governança Global do Capital Financeiro.
Este novo processo de institucionalização transnacional e apátrida foi testado e colocado à “prova de fogo” com a articulação da farsesca “Pandemia Covid-19”, um esquema regulatório global, que aprofundou os mecanismos de subordinação do então governo imperialista dos EUA (Trump 1.0) ao Império da Governança Global do Capital financeiro. É neste exato contexto histórico que está ocorrendo a “badalada” guerra comercial entre os EUA e a China, onde ambas economias capitalistas, apesar dos conflitos tarifários, estão sob a mesma dinâmica do poder imperial da Governança Global do Capital Financeiro.
OS EDITORES
MAIO/2025
