segunda-feira, 5 de outubro de 2020

GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO: O “IMPÉRIO DO BIG MONEY”, ACIMA DO IMPERIALISMO E DOS ESTADOS NACIONAIS, FOI O ELEMENTO QUE POSSIBILITOU A DECRETAÇÃO DA PANDEMIA E CONFINAMENTO EM TODO MUNDO

O mundo todo está sendo enganado sobre as reais causas e consequências da crise sanitária, ou melhor dito, da pandemia deflagrada pela OMS e seguida por todos os países, inclusive os que têm governos “negacionistas” de extrema-direita, como o Brasil e os EUA. Por mais espasmos alegóricos contra a longa “quarentena social, Trump, Modi, Jonhson e Bolsonaro não moveram uma palha (além dos discursos inócuos para quem tem o controle de um governo central), para anular as orientações gerais da OMS em seus países. Mas porque? Que poderosa “força oculta” estaria acima inclusive da Casa Branca neste planeta?

AS ORGENS DA PANDEMIA

A crise é marcada por uma “emergência” de saúde pública sob os auspícios da Organização Mundial da Saúde (OMS) que serve de pretexto e justificação para desencadear um processo global de reestruturação econômica, social e política do modo de produção capitalista, em uma etapa de esgotamento de suas contradições entre a produção e a circulação (fluxo) financeira mundial.

O que está acontecendo não tem precedentes na história mundial. Cientistas de prestígio apoiam o confinamento sem questionar, apresentando-o como uma única "solução" para uma emergência de saúde global. Há muita documentação mostrando que as estimativas de COVID-19, incluindo mortalidade, são altamente manipuladas. Foram criadas plataformas de algoritmos exclusivamente para a projeção estatística de mortos, sem qualquer relação com o que estava se passando nos hospitais do mundo todo. A mídia corporativa global, também pela primeira vez na história, trabalha de forma altamente centralizada para espalhar o pânico na população, com um noticiário dedicado exclusivamente aos óbitos por três meses consecutivos.

Em 30 de janeiro de 2020, o Diretor Geral da OMS determinou que o surto de coronavírus representava uma “Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional” (PHEIC).  A decisão foi tomada com base em 150 casos confirmados fora da China, os primeiros casos de transmissão pessoa a pessoa: 6 casos nos Estados Unidos, 3 casos no Canadá, e 2 no Reino Unido.

O Diretor-Geral da OMS teve o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, Big Pharma e do Fórum Econômico Mundial (WEF). Não por coincidência a decisão da OMS de declarar uma emergência global foi tomada paralelamente ao Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, Suíça (21 a 24 de janeiro).

Um dia depois (31 de janeiro) do lançamento da "emergência global" da OMS, o governo Trump anunciou que impediria a entrada de estrangeiros "que viajaram para a China nos últimos 14 dias". De repente, ocorreu uma crise no transporte aéreo, no comércio entre a China e os Estados Unidos, bem como na indústria do turismo. A Itália fez o mesmo, em 31 de janeiro cancelou todos os voos para a China. A primeira fase da Pandemia foi acompanhada pela interrupção das relações comerciais com a China e pelo fechamento parcial do setor manufatureiro voltado para a exportação.

MEDO DA POPULAÇÃO E MANIPULAÇÃO DO MERCADO ACIONÁRIO, “CASSINO” EM FESTA

Ao longo de fevereiro, desdobrou-se uma crise financeira global que terminou com o colapso dramático dos títulos do mercado de ações e uma queda histórica dos preços internacionais do petróleo bruto.

Este colapso foi manipulado. Graças a informações privilegiadas e conhecimento prévio. A campanha do medo desempenhou um papel fundamental no crash do mercado de ações. Em fevereiro, cerca de US$ 6 trilhões desapareceram dos mercados de ações em todo o mundo. Tem havido perdas maciças de poupança pessoal, agora sem qualquer remuneração, sem falar na pandemia de falências.

Foi uma bonança da qual os especuladores institucionais, incluindo fundos de hedge corporativos, tiraram proveito. Assim, a crise financeira levou à transferência de riqueza monetária para o bolso de um punhado de instituições financeiras, rentistas públicos e “ocultos”.

Os Estados nacionais, inclusive os governados pela extrema direita neoliberal, foram forçados a implantar programas de renda mínima, assim como destinarem bilhões e bilhões de dólares na aquisição de equipamentos de medicina e montagem de hospitais de campanha (muitos dos quais não recebeu um único paciente) especialmente para o tratamento da Covid.

FECHAMENTO E CONFINAMENTO, A PARALISAÇÃO PARCIAL DA ECONOMIA

O colapso financeiro em fevereiro foi seguido por um bloqueio social no início de março. O lockdow e o confinamento apoiados pela nova “engenharia social” foram fundamentais na reestruturação da economia global, “cancelando” setores já falidos ou fortemente deficitários. Aplicado em um grande número de países quase simultaneamente, o fechamento levou ao fechamento da economia nacional, juntamente com a desestabilização das atividades comerciais, de transporte e de investimento em infraestrutura, em contraste com a ascensão de plataformas de tecnologia e serviços financeiros.

A decretação da pandemia constituiu um ato de guerra econômica contra o setor mais vulnerável da humanidade que resultou em mais pobreza e desemprego em escala global, além de uma orientação sanitária completamente “equivocada”, do ponto de vista da ciência. Na Índia, por exemplo cercaram favelas “apestadas” com cerca de 5 milhões de pessoas em seu cinturão, o país até o momento tem oficialmente perto de cem mil óbitos por Covid (em 6 meses de pandemia), e meio milhão a mais do que a média anual de mortos por desnutrição!

A tarefa que mobilizou os maiores rentistas do planeta, não é outra senão levar a cabo o projeto de reestruturação produtiva, que consiste em frear parte da atividade econômica industrial em todo o mundo, para favorecer a especulação financeira, com a forte redução do contingente da classe operária pela via da introdução do trabalho remoto e de novas tecnologias da transmissão de dados e informações.

Nos Estados Unidos, eles estão muito preocupados com a reabertura da economia antes do desfecho eleitoral em novembro de 2020. Essa campanha midiática em oposição à reabertura da economia nacional e mundial é apoiada por "muito dinheiro", estamos falando de trilhões de dólares...

Nas principais regiões do mundo, os governos nacionais foram instruídos por poderosos interesses financeiros a manter o bloqueio e impedir temporariamente a reabertura da economia, ainda que alguns presidentes (governos) de extrema direita vociferarem contra, seguiram as ordens como “cordeiros berrando” no caminho do matadouro.

Não há nada espontâneo ou acidental. A recessão econômica foi conduzida nos níveis nacional e global. Ao mesmo tempo, essa crise faz parte do planejamento militar e de inteligência dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Pretende não apenas enfraquecer a Rússia, mas também desestabilizar o tecido econômico da União Europeia, fazendo-a também refém do “clube” do capital financeiro.

A GOVERNANÇA GLOBAL DO RENTISMO E SUAS CORPORAÇÕES FINANCEIRAS

Estamos em um novo estágio na evolução do capitalismo global. Um sistema de "governança mundial" controlado por poderosos interesses financeiros, incluindo fundações corporativas e grupos de pressão em Washington, que supervisionam a tomada de decisões em nível nacional e global. Os governos nacionais, inclusive os imperialistas, estão subordinados a esta “governança global”. O conceito de "Governo Mundial" foi levantado pelo falecido David Rockefeller na reunião do Bilderberg Club em Baden, Alemanha, em junho de 1991: “Somos gratos ao The Washington Post, The New York Times, a revista Time e outras publicações excelentes cujos editores participaram de nossas reuniões e mantiveram suas promessas de discrição por quase 40 anos ...Teria sido impossível para nós desenvolver nosso plano para o mundo se tivéssemos sido expostos aos holofotes da mídia durante esses anos. Mas o mundo agora está mais sofisticado e pronto para avançar em direção a um governo mundial. A soberania supranacional liderada por uma elite intelectual e banqueiros mundiais é certamente preferível à autodeterminação nacional praticada nos séculos passados." (Citado por Aspen Times, 15 de agosto de 2011).

Em suas memórias, David Rockefeller afirma: “Há quem acredite até que fazemos parte de uma camarilha secreta que trabalha contra os melhores interesses dos Estados Unidos, caracterizando minha família e eu como 'internacionalistas' e conspirando com outras pessoas ao redor do mundo para construir uma estrutura política e econômica global.  mais integrado, um mundo. Se for essa a acusação, eu me declaro culpado e tenho orgulho disso”.

O cenário de governança global do capital financeiro impõe uma agenda totalitária (controle sanitário sob o pânico do contágio viral), mas também de uma nova engenharia social do isolamento, incluindo a submissão econômica do setor produtivo industrial. Constitui uma extensão radicalizada da estrutura política neoliberal imposta desde a queda da URSS, tanto aos países imperializados, como as nações imperialistas. Em resumo, consiste em eliminar a "autodeterminação nacional" e construir uma rede mundial de regimes políticos pró-OMS (rígidas regras sanitárias e de comportamento social) controlados por uma "soberania supranacional", um governo imperial “oculto” aos olhos do povo, sem fidelidade a nenhuma burguesia nacional específica, formado por instituições financeiras bilionários e suas fundações filantrópicas. Esta realidade nada tem a ver com a tese revisionista do “superimperialismo”, muito pelo contrário, é a sua negação!

O “Cenários para o futuro da tecnologia e da área de desenvolvimento internacional” da Fundação Rockefeller (2010), produzido em conjunto com a Global Business Monitoring Network, já havia delineado as características centrais desse tipo de governança. E foi colocado à prova, de forma exitosa, com a decretação da pandemia global.

A campanha do consórcio midiático mundial para disseminar o medo e os números da morte, desempenhou um papel crucial na aceitação social e submissão a uma “soberania supranacional liderada por uma elite rentista”, que todavia foi mascarada por um organismo sanitário que dizia se preocupar exclusivamente em salvar vidas, além de condenar os “hereges ao fogo do inferno”, ou seja, os poucos, mas verdadeiros cientistas que apontavam outros caminhos clínicos e medicinais diante do coronavírus. A governança global estabelece um “consenso sanitário” que é então imposto aos governos nacionais "soberanos" em todo o mundo. A ideia de fechar parcialmente, por um determinado tempo, a economia mundial e isolar socialmente a população para “salvar vidas” foi aceita como única forma de combater o vírus. A esquerda reformista e domesticada ao capital, entrou nesta campanha covarde com todo seu cretino vigor de traidores compulsivos da classe operária mundial.

GOVERNANÇA GLOBAL E O ATUAL CENÁRIO ECONÔMICO

A crise pandêmica, ápice da crise capitalista de superprodução, redefiniu a estrutura do cenário econômico mundial. Desestabiliza pequenas e médias empresas em todo o mundo, afunda setores inteiros da economia mundial, incluindo transporte aéreo, infraestrutura, turismo, indústria e manufatura, etc... O confinamento (“apestamento”) cria fome e mortalidade em massa nos países periféricos, por exemplo na Índia até agora morreram oficialmente de Covid pouco mais de 100 mil pessoas, enquanto de fome e doenças que ficaram sem tratamento por conta do coronavírus, faleceram no mesmo período mais de 2 milhões de habitantes.

O Pentágono e a inteligência dos EUA (Deep State) estão envolvidos até a medula na construção desta pandemia. A crise do coronavírus afeta a condução das guerras lideradas pela indústria armamentista dos Estados Unidos e sua Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Oriente Médio, Síria, Iraque, Afeganistão, Líbia, Iêmen, Líbano e no futuro a própria China e Rússia. Eles também são realizados para atingir e desestabilizar países específicos, incluindo Irã e Venezuela. Esta crise não tem precedentes na história mundial. É um ato seminal que anuncia uma nova de guerra mundial.

O "estabelecimento" da governança financeira global não é completamente homogêneo, pressupõe fricções e atritos frontais entre os próprios segmentos capitalistas de grande poder econômico e político. A existência de um governo com as características de Trump nos EUA, é a prova viva desde fenômeno contraditório e que recém inicia sua “era histórica”. Não admitir este fator seria como negar a existência da luta de classes, substituindo por uma espécie de pastelão da “teoria da conspiração”.

CAPITALISMO FINANCEIRO SEM PÁTRIA E INTERESSES NACIONAIS

Os interesses do “Big Money” (interesses financeiros globais) se sobrepõem e subordinam aos da Big Pharma, Big Oil, dos empreiteiros do Departamento de Defesa, etc. As principais instituições corporativas bancárias, incluindo JP Morgan Chase, Bank of America, Citigroup, Wells Fargo, State Street Co., Goldman Sachs, etc... estão investindo pesado em laboratórios e na economia de guerra, incluindo o desenvolvimento de armas nucleares no âmbito do programa de armas hipersônicas. Também o 5G é uma área estratégica. O mais interessante é que esses investimentos do “Big Money” são totalmente apátridas, e ocorrem simultaneamente desde o próprio EUA, até a China, os dois principais contendores globais na conjuntura atual. Essa é exatamente a marca e o “DNA” da governança global!

O objetivo final do "Big Money" é transformar os Estados nacionais (com suas próprias instituições e economia nacional) em "territórios econômicos abertos". Esse foi o destino experimental do Iraque, Líbia e Afeganistão. Porém as “revoluções coloridas”, financiadas pelo “Big Money”, pretendem ampliar em muito esta lista. Vamos ser claros.  É uma agenda imperial. O que as elites financeiras mundiais querem é quebrar (com altos níveis de endividamento) e depois privatizar o Estado para depois assumir e privatizar todo o planeta em sua governança global.

“A intenção impronunciável do capitalismo global é a destruição do Estado-nação e de suas instituições, o que causará pobreza mundial em uma escala sem precedentes”. Esta citação de Lenin, datada de dezembro de 1915, no auge da Primeira Guerra Mundial, alerta para algumas das contradições que enfrentamos hoje. Não existe possibilidade de mediação para curso criminoso da dominação do rentismo global, as “inocentes” teses dos reformistas de “controlar e taxar” o fluxo do capital financeiro internacional, não passa de mais uma idiotice reacionária. Nesta etapa histórica não pode haver “meio termo”, ou seja, uma espécie de “capitalismo humanizado”, gerido pela esquerda Social Democrata. A disjuntiva colocada para a classe operária internacional, exatamente quando irrompe no cenário uma nova ordem mundial ainda mais reacionária e regressiva, não pode ser outra: Socialismo ou Barbárie!