QUIRGUISTÃO NA ENCRUZILHADA: DECRETAÇÃO DO ESTADO DE EMERGÊNCIA E FORMAÇÃO DE UM NOVO GOVERNO SÃO PARTE DA “QUEDA DE BRAÇO” NO CURSO DA “REVOLUÇÃO COLORIDA”
Após as manifestações contra os resultados das eleições legislativas no Quirguistão, o Parlamento do país da Ásia Central aprovou a direção e programa de Sadyr Zhaparov, ligado ao setor “moderado” da oposição pró-imperialista como primeiro-ministro. Pouco antes, o presidente quirguiz Sooronbai Zheenbekov, após decretar o Estado de Emergência, afirmou estar pronto para deixar seu posto e pode dar esse passo em um período de dois ou três dias. Zheenbekov disse que renunciaria somente se o país tomar o caminho da legalidade e que "nenhuma posição está acima da integridade do Estado, da unidade do povo e da paz da sociedade". Na sexta-feira (9), Zheenbekov declarou que o destino do Quirguistão está "em perigo" e referiu o perigo de se "perder o país" se os tumultos continuarem. Agora, o Quirguistão (ao lado da Bielorússia) é a bola da vez da reacionária ofensiva do imperialismo, que tomou grande impulso com a derrubada do regime Kadaffi pela OTAN e o alinhamento da Ucrânia ao imperialismo ianque, tendo Sooronbai Zheenbekov como o “adversário” indesejado a ser removido do governo por ser aliado de Putin!
Como parte do acordo, o ex-presidente do Quirguistão
Almazbek Atambaev, que se alinha mais abertamente com os EUA foi detido no
âmbito da investigação sobre a organização de motins em massa em Bishkek,
informa o Comitê de Segurança Nacional do país. Além do antigo presidente,
também foram detidos seus apoiadores que desempenhavam papel de guarda-costas,
e ex-vice-chefe do Ministério do Interior do Quirguistão Asanov foi detido por
organizar motins em massa. O Comitê informou também que outros cúmplices também
estavam sendo detidos. "Em 10 de outubro, em resultado das investigações
realizadas pelo Comitê de Segurança Nacional do Quirguistão junto com o
Ministério do Interior, com base em um despacho rogatório no âmbito da
investigação criminal sobre a organização de motins em massa em Bishkek, foi
detido Almazbek Atambaev".
No meio dessa encruzilhada, nos opomos pelo vértice à política dos grupos revisionistas, que depois de saudarem a farsesca “revolução árabe” e de marchas neonazistas na Ucrânia, agora apoiam as manifestações da direita na Bielorússia assim como festejaram no passado as “revoluções das cores” na Ucrânia, Geórgia, Quirguistão.
Tais “revoluções” nada
mais eram que a segunda etapa da restauração capitalista em curso nas antigas
repúblicas soviéticas, hoje convertidas a países capitalistas atrasados
semicoloniais, quando o imperialismo ianque e europeu impuseram títeres nos
governos que ainda estavam sob a influência do Kremlin e mantinham relações
políticas e econômicas privilegiadas com a Rússia.