PANDEMIA OMS: CIÊNCIA E MEDICINA VÍTIMAS DA LÓGICA DE
ACUMULAÇÃO DO CAPITAL
No início deste ano, diante de uma Covid 19 que se espalhava por algumas regiões do planeta, com dados insuficientes e afirmações contraditórias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) “decretou” a pandemia orientando (como um clima de catástrofe mundial) que os governos nacionais impusessem uma política de isolamento rígido para restringir as atividades sociais, quarentena em casa para os doentes e saudáveis, distanciamento social, bem como medidas de higiene (lavar as mãos, desinfetar tudo, etc.). Além de gerar um pânico global, a OMS promoveu uma política inusitada historicamente de confinamento para todos os cidadãos do planeta baseada em uma abordagem epidemiológica equivocada no mínimo, que calcula infecções em pessoas que não estão doentes, e óbitos por Covid por qualquer infeção orgânica existente no ser humano, deixando de lado uma abordagem clínica terapêutica, preventiva e curativa da doença. Ao isolar socialmente a população com a quarentena, baixou-se a imunidade coletiva e na mesma proporção aumentou a carga viral do patógeno, que encontrou nos hospitais abarrotados e sem nenhuma orientação oficial para tratar a doença, um foco exponencial de reprodução do coronavírus.
Neste sentido de omissão científica, a OMS condenou para a “fogueira dos infiéis” todos os verdadeiros cientistas que buscavam alternativas farmacológicas para o tratamento da pandemia, nada poderia ser prescrito fora do “protocolo vazio” da OMS, que apenas receitava ventiladores mecânicos e à espera da “vacina milagrosa” para um futuro incerto. O resultado desta política criminosa da OMS, resultou em milhares de vidas perdidas, que só não alcançou números maiores, porque milhões de profissionais da saúde em todo o mundo passaram a buscar alternativas bem sucedidas no tratamento da Covid, mesmo pagando um enorme preço moral ao serem qualificados pela mídia corporativa oficial de “terraplanistas”, “trumpistas”, ou impropérios ainda piores, quando não alvos de processos judiciais como o enfrentado pelo eminente Dr. Didier Raoult.
Explicar como foi possível que a OMS impusesse um confinamento a todos, doentes ou não, sem considerar suas consequências fatais nas condições materiais de vida da maioria da população pobre mundial, é uma questão que deve ser investigada por qualquer militante que se diga anticapitalista, e não esteja totalmente enquadrado na defesa da ordem vigente, que agora entra em um novo patamar de repressão e controle social em nome de uma falsa “ciência” e de uma suposta “política sanitária para salvar vidas”. Qualquer investigação marxista séria e consistente deve começar por dois pressupostos básicos do materialismo histórico, a que interesses de classe está subordinada a OMS e que regime social de produção está hoje vinculada este organismo sanitário da ONU?
Os Marxistas sabemos que o Capital aliena e investe para ter lucro em tudo o que toca, isto também vale para que a ciência e a prática médica controlada pelo capitalismo se preocupem mais com a doença do que com a saúde da humanidade. Milhares de enfermidades geram vendas de produtos farmacêuticos e movimentam uma poderosa indústria hospitalar, por consequência uma enorme acumulação de capital. A saúde gera felicidade que não pode ser metrificada na planilha de lucro das empresas e tampouco no PIB dos Estados. Esta é a lógica das grandes corporações capitalistas da Big Pharma, e que a OMS legítima como “guardiã da vida”, desgraçadamente seguida pela esquerda domesticada ao Capital, agora apologista das “alas civilizatórias do imperialismo”, como a ONU e sua colateral sanitária.
Como se trata, sobretudo, de aumentar os lucros, as corporações da indústria farmacêutica (que também corrompe uma grande parcela de médicos mercenários) não se preocupa em curar doenças, mas em adoecer para vender seus remédios paliativos que aliviam os sintomas mas não curam. Esse tipo de pseudo-ciência e prática médica invertida pela dinâmica capitalista não leva em consideração as condições econômicas e sociais de saúde da maioria da humanidade, ou seja, não leva em conta as desigualdades, a miséria, a fome, o esgotamento físico e mental dos trabalhadores provocado pela superexploração, péssima nutrição pelo consumo dos produtos tóxicos da indústria de alimentos, e que são as causas das principais doenças que matam a maioria dos seres humanos no planeta.
Apesar dos sistemas de saúde pública que surgiram em quase todo o mundo, principalmente após a revolução socialista na Rússia, estas instituições que o neoliberalismo liquidou ou fragilizou ao extremo, são ainda uma minoria global. Estes sistemas públicos, em grande parte estão “infectados” com o vírus endêmico da corrupção estatal, do qual o próprio o chefe da OMS, Tedros Adhanom, é um produto direto. A realidade é que temos uma ciência e uma prática médica que não está comprometida com a extensão da saúde pública porque está penetrada por interesses privados das corporações capitalistas. Portanto afirmar em plena decadência capitalista de uma fictícia e única entidade “Ciência”, como se fosse a “Cruz Salvadora” da Santa Sé da Idade Média, só que agora erguida pela OMS, soa como ridículo para qualquer observador honesto.
Ao longo das décadas, enquanto as instituições públicas de saúde ficaram sem recursos, sem medicamentos e com menos pessoal, a privatização dos serviços médicos floresceu como um negócio próspero. Nas empresas privadas, a indústria farmacêutica e os seguros (planos) de saúde impõem seus interesses em ações que promovam a manutenção de um máximo de enfermidades na população. Uma parcela significativa de médicos se transformou em uma abastada elite social, irrigada pela engrenagem dos laboratórios e “comissões” recebidas por compras que o Estado realiza junto às empresas privadas de sofisticados equipamentos e fármacos, cada vez mais caros. Infelizmente hoje a medicina é vista como uma oportunidade de rápida ascensão social, a obtenção de um “status econômico” que não tem paralelo no mundo do trabalho. Este “fenômeno” que ocorre na circulação de bens capitalistas, onde a medicina é um “bom negócio”, engendra um gravíssimo comprometimento em uma atividade cujo objetivo seria “salvar vidas”. Obviamente que a maioria dos profissionais da saúde, como técnicos, enfermeiros, pessoal da logística e administração, e médicos que não se deixam corromper, por suas convicções de amor a vida humana, ainda é extremamente mal remunerado, e merecem todo nosso respeito.
A indústria farmacêutica capitalista produz e comercializa produtos químicos e medicinais. Aparentemente, seu valor de uso é para tratar e prevenir doenças, mas sendo expressões do Capital com as quais buscam ganhar mais dinheiro, valorizar e agregar valor, esses bens alcançam cifras bilionárias, que superam as da indústria automotiva mundial, até pouco tempo considerada a “vitrine do poder de consumo capitalista”. O mercado farmacêutico global foi estimado em US$ 10,11 trilhão em 2017 e deve chegar a US $ 14,43 trilhão em 2020. Em 2017, somente o mercado farmacêutico dos EUA, Ásia-Pacífico e Europa Ocidental respondeu por aproximadamente 67% do “market share mundial”. Em 2017, as 10 maiores empresas farmacêuticas globais geraram vendas de 437.257 bilhões de dólares, representando aproximadamente 40% da participação no mercado capitalista global. Não é por coincidência que os maiores orçamentos (verbas) dos Estados nacionais são destinados às pastas da saúde! É o maior gasto público mundial, isso sem falar no colossal consumo privado do planeta. Somente nos EUA e Rússia, é que a Big Pharma abocanha o segundo lugar dos gastos públicos, ficando a primeira posição para a indústria armamentista, ou seja, a indústria da morte, do qual os laboratórios pensam em lucrar exponencialmente em caso de um hecatombe nuclear.
O capitalismo adoece e mata pela pobreza e pela fome, pela intoxicação ambiental e pelas fraturas metabólicas com a natureza que promovem as doenças zoonóticas, pela violência necrofílica que fomenta os laboratórios comerciais, mas também por pretender saciar a fome com os produtos tóxicos produzidos pela indústria alimentícia, que causam as doenças mais letais das quais os humanos morrem precocemente. De acordo com estimativas de pesquisas científicas: "um terço de todas as vidas humanas termina em morte precoce por causas relacionadas à pobreza". O capitalismo também mata com a intoxicação ambiental, do ar, da água e dos solos. A grande maioria das doenças mais letais é causada pelo modo de produção capitalista, do qual a Big Pharma não apresenta “remédio algum”...
Para um Marxista Revolucionário, que preze minimamente esta condição, aventar a possibilidade da OMS e sua patrocinadora privada (Big Pharma) em uníssono com o consórcio da mídia corporativa, estarem juntas defendendo agora na pandemia a “saúde humana”, é algo similar a fazer a apologia do capitalismo como “guardião da vida”. A esquerda que se entregou a lógica venérea do capital, assinou sua própria sentença de morte, ao reproduzir os protocolos da indústria da morte, como o “isolamento social”, já considerado por estes estúpidos cretinos um “legado da humanidade”. A OMS pela sua essência de classe e como parte integrante do mercado capitalista de produtos farmacêuticos, foi responsável entre outros “feitos” por milhares de mortes na África e Haiti para acobertar a ocupação imperialista, agora é “vendida” no mundo da fantasia midiática como uma “entidade civilizatória”. Ao potencializar o trilionário comércio da pandemia, o maior negócio do século XXI, com venda de respiradores, antivirais que se mostraram inúteis, construção de milhares de precários hospitais de campanha com fartas verbas públicas, e agora com o milagroso golpe das vacinas placebo feitas às pressas para “limparem” os orçamentos nacionais dos países periféricos, a OMS apenas cumpriu seu papel histórico de apêndice do capital financeiro. Muito além do imensurável lucro auferido as corporações capitalistas, a OMS espraiou o vírus do medo e do isolamento social, que serve aos regimes políticos repressivos da burguesia “democrática”, atacando as liberdades individuais e de organização do proletariado em nome da “segurança sanitária”.