sábado, 31 de outubro de 2020

PANDEMIA À SERVIÇO DO GRANDE CAPITAL: RICOS FICAM CADA VEZ MAIS RICOS E POBREZA "VIRALIZA"  

Os bilionários, os chamados barões do grande capital, ficaram ainda mais ricos durante a pandemia de Coronavírus. Os capitalistas ligados ao rentismo do cassino financeiro, aos grandes laboratórios farmacêuticos, ao setor armamentista e de novas tecnologias de comércio-informação foram os mais beneficiados no período. Ao mesmo tempo, o surto fabricado de covid-19 acentua drasticamente as desigualdades sociais e aumenta a pobreza no mundo capitalista, seja nas metrópoles ou nas semicolônias. 

A fortuna dos 643 burgueses norte-americanos mais ricos cresceu 29% desde meados de março, quando o coronavírus se espalhou pelo planeta e os governos capitalistas de todos os matizes políticos obrigaram populações inteiras a entrar em quarentena. 

Comércios fechados, economia paralisada e explosão do desemprego não abalaram a saúde financeira dos multimilionários, pelo contrário. As fortunas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para US$ 3,8 trilhões, em setembro. Para os Marxistas Leninistas a questão do agravamento da crise econômica capitalista e o surgimento da pandemia sempre estiveram intimamente ligadas, para muito além de uma mera coincidência. O aumento das fortunas com a origem do coronavírus não é aleatório, muito pelo contrário. 

Como diz um refrão neoliberal “siga o dinheiro e encontrará o responsável” e logo verificamos que os verdadeiros “beneficiários” econômicos da crise da pandemia estão no território ianque. É verdade que os mortos da pandemia mundial estão em grande número nos EUA, mas são na sua esmagadora maioria velhos, pobres, negros e imigrantes sem acesso à saúde privada, ou seja, considerados pela elite eugenista do imperialismo, subcidadãos descartáveis. Na outra ponta da pandemia estão Bezos, a Blackrock e os barões do capital financeiro que “paparam” do FED por conta da crise alguns trilhões de dólares.

O que explica uma performance tão robusta dos barões do grande capital? Valorização das ações na bolsa durante a pandemia. No início de setembro pesquisa realizada pela britânica Oxfam, já havia mostrado que, ao mesmo tempo em que a economia mundial levava um tombo sem precedentes, algumas das empresas mais valiosas do mundo registravam lucros extraordinários. As 32 maiores multinacionais devem somar US$ 109 bilhões de dólares a mais do que o lucro médio que tiveram nos últimos quatro anos. 

Esse relatório mostra que os 25 bilionários mais ricos do mundo ficaram US$ 255 bilhões mais ricos durante a crise, e considerando apenas até meados de maio. Entre eles, estão os CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, da Microsoft, Bill Gattes, e da Tesla, Elon Musk, que viu sua fortuna aumentar 274%, conforme o relatório das entidades americanas. Já o dono da Amazon, Jeff Bezos, que já é o homem mais rico do mundo, ficou 65% ainda mais afortunado durante a pandemia, beneficiado pelo crescimento mundial da plataforma em meio à quarentena. Do outro lado da pirâmide, 176 milhões novos pobres estão emergindo da crise sanitária, amplia-se o desemprego e a fome, viralizando a miséria.

Registre-se que hoje a OMS é controlada efetivamente pela indústria farmacêutica, com crescente dependência de doadores privados como a Fundação Bill & Melinda Gates, doou mais US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 785 milhões) destinados aos supostos combate à Covid-19, esse “filantrocapitalismo” não vem obviamente de graça. São esses interesses que movem a agência da ONU para a saúde que gerencia a pandemia de Coronavírus. 

No seu livro Imperialismo, Lenin anos ensinou que toda crise sob o capitalismo, seja econômica ou política, torna-se uma ocasião para a centralização do capital. É justamente o caso da “crise sanitária” em curso. Por essa razão, alertamos mais uma vez que destes carniceiros e do Clube de Bilderberg ávidos pelo lucro, que hoje se concentram as pesquisas mais avançadas para a descoberta da vacina (um unguento milagroso graças a bondade destes "santos homens" milionários), só podemos esperar mais miséria, guerras e doenças. E ainda existem os parvos da esquerda revisionista que afirmam que o Coronavírus é um “acidente natural”...