O MUNDO MULTIPOLAR “SONHADO” POR XI E LULA NÃO SERÁ MAIS JUSTO: É O MESMO CAPITALISMO QUE EXPLORA A MAIS-VALIA DO PROLETARIADO!
O “CEO” do proto-imperialismo chinês Xi Jinping, expressou a disposição de Pequim de “trabalhar” com o governo neoliberal da Frente Ampla burguesa, para fortalecer a “cooperação econômica”, leia investimentos capitalistas no Brasil, durante uma conversa telefônica com o presidente pelego Lula da Silva, nesta terça-feira (12/08). Xi declarou que: “A China apoia o Brasil na defesa da soberania nacional e dos direitos e interesses legítimos, observando que todos os países devem se unir e se opor firmemente ao unilateralismo, por um mundo mais justo”. A demagogia populista da burocracia restauracionista chinesa é politicamente muito similar ao do lulopetismo, com a diferença que a primeira representa os interesses de grandes corporações financeiras e industriais, disfarçadas de “comunistas”, em explorar os recursos naturais e comerciais da nação semi-colonial brasileira. O embuste do novo “mundo multipolar e mais justo”, é apenas uma cortina de fumaça para iludir o proletariado mundial de que a exploração de sua mais valia pelos asiáticos, em oposição aos norte-americanos, seria “justa e humanista”.
Lula, já expressou várias vezes o desejo no fortalecimento da “cooperação” econômica bilateral e da parceria financeira estratégica com o gigante capitalista asiático, elogiando o comprometimento do governo restauracionista chinês com a abertura do país na rota das grandes corporações imperialistas, e na “defesa das regras de livre comércio e seu papel de destaque nos assuntos internacionais”.
O capitalismo foi restaurado na China há cerca de três décadas atrás. Além disso, como demonstramos em diversos artigos, tornou-se uma potência proto-imperialista há mais de dez anos. É certo que se considerarmos a produtividade da economia como um todo, o imperialismo da China está muito mais atrasado do que os EUA, entretanto esse elemento econômico não desmonta a caracterização marxista sobre a China, da mesma maneira que o imperialismo europeu ou mesmo o japonês são apêndices da América do Norte, sem que esse dado concreto elimine o caráter imperialista desses blocos ou países.
A exquerda reformista que nega a natureza imperialista da
China, está irremediavelmente espalhando a confusão política e programática no
interior da vanguarda do movimento operário, publicitando o embuste do novo
“mundo multipolar”, e apresentando o bloco capitalista dos Brics como uma
alternativa falsamente “socialista” ao imperialismo ianque.