quinta-feira, 31 de outubro de 2013


Roberto Amaral, vice-presidente do PSB e “guardião” do viés de “esquerda” do partido, acusa a anturragem Marineira de neoliberal

Um pouco antes do “velho” nacionalista Miguel Arraes morrer (2005), único governador preso e cassado pelos militares golpistas de 64, encarregou seu homem de confiança e companheiro leal do bloco “autêntico” do antigo MDB, Roberto Amaral, de tentar manter pelo menos um viés de “esquerda” burguesa ao PSB, partido que recém controlava após sua saída do PMDB em 90. O receio do experiente ex-governador de Pernambuco por três gestões era plenamente justificado, o PSB não possuía o menor escopo ideológico socialista, poderia facilmente se transformar em uma legenda burguesa de aluguel, dominada por oligarquias reacionárias do nordeste. Também preocupava Arraes o fato de que com sua morte assumiria o controle do partido, por herança política, seu neto Eduardo Campos, um jovem parlamentar sem a menor vinculação com a esquerda e tampouco com os movimentos sociais. Por estes motivos Roberto Amaral assumiu no PSB a função de “guardião”, uma espécie de quadro dirigente encarregado de manter o perfil progressista do partido. Campos hoje controla o PSB com “mão de ferro” apoiado no peso do governo de Pernambuco, e vem se esforçando para desfigurar o caráter de “esquerda” do partido herdado do avô. Depois de lotear o PSB entre as oligarquias mais retrógradas e corruptas do Nordeste, como os Gomes no Ceará e os Maia no Rio Grande do Norte, Campos agora abriu seu partido para um grupo político que representa os interesses mais agressivos do imperialismo e capital financeiro no país, estamos obviamente nos referindo ao REDE da eco-neoliberal Marina Silva. A “pobre” ex-senadora que comprou um jato particular pela “bagatela” de 38 milhões de Reais, ao elaborar seu programa econômico de governo não dissimulou suas intenções, cercando-se da “nata” de assessores privatistas da era FHC como Lara Rezende e Gianetti. Temeroso de que o PSB venha a se transformar em sigla da direita fundamentalista, Amaral rompeu o “pacto de silêncio” e resolveu detonar a anturragem Marineira, elaborando o seguinte recado: “De um lado estará o nosso adversário estratégico, o campo conservador, que trabalha sob o marco da tragédia que foi o governo neoliberal de FHC, definido como exemplar por Mailson, Malan, Armínio Fraga, Lara Rezende, Gianetti e outros, incensados no cotidiano pela mídia vassala. Do outro lado, o campo progressista” (sitio pessoal, www.ramaral.com). Amaral só não teve a coragem de afirmar que o tal “campo conservador” está hoje parcialmente entrincheirado na candidatura de Eduardo&Marina, que disputa com o Tucanato a primazia da reação política.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013


Governo Dilma unido aos direitistas Alckmin e Cabral na repressão ao “vandalismo” do povo pobre e dos “Black Blocs”

Depois que dezenas de moradores da periferia de São Paulo atearam fogo em caminhões e ônibus que trafegavam na Rodovia Fernão Dias em protesto contra o assassinato do jovem trabalhador Douglas pela PM, em uma clara demonstração de ódio popular contra a repressão estatal protagonizando ações que muito se assemelhavam com as “táticas” dos “Black Bloc”, o Ministro da “Justiça”, Eduardo Cardoso (PT) anunciou uma parceria com os odiados governos Alckmin (PSDB) e Cabral (PMDB) para perseguir o que chamou de “vândalos”: “Dialoguei durante o dia de ontem e de hoje com o secretário Fernando Grella, secretário de Segurança Pública de São Paulo, e, na manhã de hoje, com o secretário Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro e nos parece que a situação exige que os órgãos de Segurança Pública compartilhem informações e tomem ações em conjunto. Discutiremos medidas de segurança pública que devem ser tomadas para evitar esses atos de vandalismo” (G1, 29/10), marcando uma reunião em Brasília para o próximo dia 31 que terá também representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e da Secretaria Nacional de Segurança Pública para tomar medidas concretas contra as manifestações. Está claro que a burguesia exige que o governo do PT haja com mão forte diante da radicalização dos protestos populares, com a mídia murdochiana acusando a revolta do povo pobre de “vandalismo contra a ordem pública”, ou seja, como uma ameaça à sacrossanta propriedade privada e a seu Estado.

terça-feira, 29 de outubro de 2013


Para o PSTU o ingresso de Marina no PSB significou apenas uma “apressada aliança com Eduardo Campos”

Os Morenistas do PSTU acalentaram por muito tempo esperanças na legalização do REDE, o que muito provavelmente faria da eco-neoliberal Marina Silva a candidata a presidente da república das forças políticas que compõem a chamada “Frente de Esquerda”. A direção do PSTU guardou por meses um profundo silêncio acerca do caráter pró-imperialista do agrupamento REDE, assim como da fraude política construída pela burguesia em torno da “mística” do nome de Marina Silva. Registre-se o fato que o PSTU espertamente se “fingiu de morto” no pico do debate político pré-eleitoral, onde a candidatura de Marina era o centro das atenções e debates na esquerda. Em uma possível coligação com o REDE, a Frente de Esquerda teria potencializado enormemente as chances de todos os seus candidatos proporcionais ao parlamento, ficando a cargo do PSTU o tradicional papel de “crítico passivo” do fato consumado, assim como ocorreu em Belém no ano passado. Mas somente agora quando Marina resolveu ingressar no PSB, diante da negação do registro do REDE, para selar uma aliança eleitoral com o oligarca “socialista” Eduardo Campos, o PSTU resolveu “acordar” afirmando que “Marina Silva: a ‘nova’ velha forma de se fazer política” (sítio do PSTU, 23/10). O mais surpreendente neste tardio e superficial “despertar” do PSTU foi, no entanto, a caracterização que fez a respeito da nova aliança política da burguesa: “E a apressada aliança com Eduardo Campos do PSB, para viabilizar uma candidatura no próximo ano, mostra que a defesa da ‘nova política’ e das demandas de junho não passam de pura retórica.” (Zé Maria divulga carta aberta ao PSOL e PCB, 28/10). Ou seja, para os Morenistas este reacionário realinhamento das classes dominantes foi “apressado”, deixando margem para a Frente de Esquerda maturar um novo acordo com muita “calma” com o REDE, caso ainda venha implodir a aliança Campos&Marina.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013


Uma polêmica com o PT e o PSTU:
Com quem a esquerda deve solidarizar-se, com o coronel da PM agredido ou com o militante “Black Bloc” espancado e preso?

O protesto ocorrido em São Paulo na noite desta sexta-feira, 25 de outubro, seria “apenas” mais uma manifestação duramente reprimida pela PM na capital paulista com dezenas de feridos e presos não fosse por um “detalhe” que logo ganhou as páginas de todos os jornais e as manchetes da TV pelo país: o coronel da PM Reynaldo Rossi, comandante do policiamento da área centro de São Paulo, foi agredido com pedaços de madeira por alguns manifestantes enquanto os seus comandados com bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e balas de borrachas atacavam duramente o conjunto dos manifestantes na proximidade do terminal de ônibus Parque Dom Pedro II, no centro da cidade. Segundo ele “Eu me dirigia para o Parque D. Pedro para tomar pé dos primeiros conflitos que foram gerados aí pelos criminosos. Nos deparamos com autores de danos de novos pontos de ônibus. Tentamos prendê-los. No momento que nós passávamos a conduzi-los, fomos surpreendidos por um grupo de vândalos, criminosos, que passaram a agredir a mim e a meu policial” (G1, 26/10). Como revelam as palavras do próprio coronel da PM, uma parte dos manifestantes nada mais fez que reagir em autodefesa contra a agressão policial a seus companheiros, tentando lhes libertar das garras da brutal repressão estatal. Na luta contra a PM assassina nada mais justo e legítimo que as massas atacarem o inimigo para defender-se! Assim foi feito, até que Rossi foi socorrido por um PM infiltrado com arma em punho! O coronel, apresentado pela mídia venal como vítima é, nada mais nada menos, que um dos principais responsáveis pela repressão sobre as manifestações populares no centro de São Paulo, em bárbaras e violentas ações que deixam diariamente centenas de ativistas presos, com pernas, braços e costelas quebradas, alguns até cegos. Ele “apenas” sentiu (em grau muito menor) os efeitos do que sua tropa assassina faz todos os dias contra os lutadores socais, para não falar dos milhares de trabalhadores que são mortos por sua PM mafiosa nas favelas e bairros da periferia. Não para a nossa surpresa, o oficial da PM recebeu o apoio da presidente Dilma que declarou: “Presto minha solidariedade ao coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, agredido covardemente ontem por um grupo de black blocs em SP” (G1, 26/10), o que confirma mais uma vez que o PT e seu governo burguês não passam de servis instrumentos a serviço da classe dominante contra os explorados e suas lutas. O PSTU, nas palavras de seu presidente nacional, José Maria de Almeida, poucos dias antes do ocorrido já havia declarado que “É fato que a ação de grupos isolados, como os ‘Black Bloc’s’, jogam água no moinho da repressão. Acabam servindo para justificarem, aos olhos da opinião pública, a ofensiva policial contra as manifestações e a criminalização do movimento, jogando contra a massificação dos protestos” (site PSTU, 18/10), em uma política canalha que acaba por justificar a repressão sobre os “Black Bloc”. Diante de posicionamentos escandalosos como o da presidente Dilma (PT) e do principal dirigente do PSTU, abrimos junto à vanguarda militante uma polêmica crucial frente às lutas em curso: com quem a esquerda deve solidarizar-se, com o coronel da PM agredido ou com o militante “Black Bloc” espancado e preso?

domingo, 27 de outubro de 2013


Após entregar o campo de Libra, Dilma abre o BB para o capital financeiro internacional

O governo da Frente Popular ampliou por meio de decreto presidencial o limite de participação de estrangeiros (rentistas internacionais) no capital acionário do Banco do Brasil de 20 por cento para até 30 por cento, informou a diretoria do banco em “fato relevante” divulgado nesta última sexta-feira (25/10). O fato ocorre na sequência da entrega do campo petrolífero de Libra para as transnacionais do setor, através de um vergonhoso leilão de “cartas marcadas”. Em setembro de 2009, a direção do BB havia informado a elevação do limite de 12,5 por cento para 20 por cento, na mesma ocasião em que foi autorizada pelo governo Lula a emissão de American Depositary Receipts (ADRs) da instituição financeira. A continuar esta dinâmica das privatizações promovidas pelos governos neoliberais do PT, o BB no final de 2018 terá em sua composição acionária pelo menos 45 por cento de capital internacional. Não por coincidência será a mesma “modelagem” que administra o controle acionário da PETROBRAS. Sob este “formato” as empresas estatais brasileiras, apesar do controle formal do governo, seguem os interesses do mercado e dos acionistas privados que não tem o menor compromisso com o desenvolvimento nacional. De empresas “públicas” as estatais historicamente já não tinham nada, serviam à acumulação de capital para a burguesia nacional, mas a partir da “era” FHC intensificada pelos governos do PT agora servem diretamente aos negócios do capital financeiro internacional.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013


Assim como a CONTRAF e FENTECT, FUP e SEPE trilham o caminho da operação “desmonte” das greves!

Nesta semana as greves dos petroleiros e professores do Rio de Janeiro, tanto da rede estadual e municipal, foram alvos de uma verdadeira operação “desmonte” por parte de suas direções sindicais, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação-RJ (SEPE). Já no dia 22 de outubro a FUP, controlada pela Articulação Sindical (PT), indicou aos sindicatos a ela filiados que pusessem fim à paralisação nacional aceitando a migalha de 8,53% e apresentando como “grande vitória” o fato da Petrobras e subsidiárias garantirem por escrito que não haverá retaliações contra os grevistas. Por sua vez, a direção do SEPE, fechou um acordo no STF com o Ministro Luiz Fux, ligado ao governador Sérgio “Caveirão”, para por fim às greves até esta sexta-feira sem nenhum ganho real. Neste caso, a promessa de não haver o desconto dos dias parados, sendo os professores obrigados a reporem as aulas também foi apresentado como uma “grande conquista”. A conduta adotada por estas direções, que representam tanto a burocracia sindical “chapa branca” da CUT, no caso da FUP, como os setores que se dizem de “oposição de esquerda” como o SEPE dirigido pelo PSTU/Conlutas e o PSOL/Intersindical, foi praticamente a mesma: implodiram as greves em seu pico em troca de migalhas ou de nenhuma conquista quando estava colocada na ordem do dia a ampliação e radicalização do movimento. Assim como a CONTRAF e FENTECT, que impuseram a derrota das campanhas salariais nos bancários e trabalhadores dos correios, a luta dos petroleiros e professores foi sabotada por suas direções que representam alas distintas da burocracia sindical!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013


Desemprego aponta novamente viés de alta: Velha “receita” dos rentistas seguida por Dilma começa a dar resultados

A taxa nacional de desemprego, aferida pelo IBGE em seis regiões metropolitanas do país, apresentou uma leve oscilação positiva no mês de setembro. A taxa de desemprego ficou em 5,4% em setembro, foi registrada uma leve alta sobre o índice de 5,3% de agosto, que tinha sido o menor desde dezembro de 2012. A população desocupada ficou em 1,3 milhão de pessoas e também apresentou estabilidade tanto em relação a agosto de 2013 quanto a setembro de 2012. Apesar de ser pequena esta variação indica uma reversão das tendências anteriores de queda na taxa do desemprego, reflexo imediato da elevação da taxa de juros e desaquecimento da economia, principalmente no setor industrial. O governo Dilma parece estar levando a sério os “conselhos” dos rentistas que clamam por uma profunda recessão e corte drásticos dos investimentos estatais. Tudo para manter elevada a capacidade financeira do governo em assegurar o pagamento integral dos serviços e spreads da crescente dívida pública. Na perspectiva de aumentar o superávit primário para incrementar o ajuste fiscal exigido pelos rentistas, o governo da Frente Popular só vislumbra aumentar sua capacidade de indução econômica com um agressivo plano de privatizações, foi o que assistimos com o leilão do Campo de Libra, mas é apenas o começo.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013


Agora é oficial: ITAÚ muda nome de uma das suas empresas para REDE, será que Campos e Marina receberão os “royalties”...

A Redecard, empresa do conglomerado financeiro ITAÚ Unibanco, passou a se chamar Rede. O anúncio oficial foi feito nesta terça-feira (22/10). O banco controlado pela família Setúbal reposicionou a marca de captura de transações de crédito e de débito com o objetivo de “adaptá-la” à “nova conjuntura” surgida com as “Jornadas de Junho” e anunciou a entrada da empresa em um novo segmento de negócios, “focado em pessoas físicas e profissionais liberais”, ou seja na classe média. Como principais financiadores do projeto político “Marina” os Setúbal agora se apropriam da legenda REDE, se não no campo eleitoral em função da negação do registro pelo TSE, mas pelo menos no terreno comercial. O Brasil é o quarto maior mercado de cartões de crédito do mundo, atrás de EUA, Canadá e China, e movimentou no ano passado R$ 710 bilhões em transações. A previsão do ITAÚ é que o país movimente R$ 800 bilhões neste ano. Dados do próprio banco mostram que 75% da população brasileira têm cartões, mas que ainda há espaço para crescer. A aposta de “colar” o nome REDE a uma empreitada comercial contou com o aval pessoal de Marina e de sua anturragem vendida, mas não se sabe ainda o que o governador Eduardo pensa a respeito da questão, será que esta dupla de vigaristas políticos receberá os “royalties” do grupo ITAÚ?

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Leia o Editorial do Jornal Luta Operária nº 267, 1ª Quinzena de Outubro/2013


Romper com o circo eleitoral institucional! Lançar a anticandidatura dos revolucionários para publicitar o socialismo!

A intensa polarização política sobre o debate eleitoral da sucessão presidencial, antecipado em quase um ano, foi sem sombra de dúvidas o principal motor que aqueceu as já históricas “Jornadas de Junho”. As massas tomaram as ruas não para “derrubar um presidente”, como seria o esperado em uma conjuntura marcada por um governo burguês desgastado, tampouco aceitaram a desejada imposição midiática do “Fora Dilma”. Na verdade as massas se mobilizaram em torno da luta de suas reivindicações gerais focando um novo projeto de governo e país, que pelo atraso de sua consciência de classe deverá ser concretizado pela via institucional das próximas eleições. Como o debate pré-eleitoral se encontra em seu nível máximo de ebulição política, a população ganhou as ruas apresentando um verdadeiro “programa para um novo governo”, e não simplesmente uma ou outra reivindicação específica, como foi o movimento das “Diretas Já” ou o “Fora Collor”. As “jornadas” tiveram a capacidade de aquecer o movimento de massas, paralisado vários anos pela camisa de força da Frente Popular, mas não acumularam o suficiente para alterar a própria correlação de forças existente entre as classes sociais, o regime burguês não sofreu nenhum abalo, o governo recuperou praticamente a popularidade perdida e o mais importante: a organização do movimento operário não deu nenhum salto de qualidade, como demonstraram as derrotas das greves nacionais dos correios e bancários. Como não se abriu nenhuma “janela revolucionária” (para usar um termo do momento) nesta etapa pós-Jornadas, o debate eleitoral se polarizou ainda mais com a entrada de Marina Silva no PSB, configurando a aliança entre o capital financeiro (ITAÚ) e as oligarquias regionais representadas pela candidatura de Campos. Os revisionistas que sonhavam com uma aliança entre o REDE e a Frente de Esquerda (PSOL e PSTU), viram seu sonho virar pesadelo quando Marina “abraçou” Campos e agora debatem o lançamento do senador sarneysista Randolfe Rodrigues ao Planalto, ou seja uma completa desmoralização política. Como esta conjuntura desfavorável nos impede de ousar uma tarefa revolucionária diante do quadro eleitoral, como seria a consigna de “tomada de poder” pela via insurrecional das massas, entendemos que o melhor caminho para se opor, de forma proativa, ao circo institucional de cartas marcadas, seria o lançamento publicitário de uma anticandidatura dos trabalhadores, agrupando o conjunto das organizações comunistas que não se vergaram a esta “democracia dos ricos”.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013


Governo neoliberal do PT recorre à repressão para impor a privatização do petróleo “à chinesa”

O leilão para entrega do Campo de Libra ocorre neste 21 de outubro, marcado por forte repressão do governo Dilma contra os ativistas que protestaram contra a privatização de nosso petróleo. Foi montada uma operação de guerra com um contingente de mais de mil homens da Força Nacional e da polícia do Exército, ou seja, do aparato repressivo diretamente a serviço do governo do PT. Tamanho esquema de “segurança” visa assegurar que o leilão ocorra sem sobressaltos, já que o governo Dilma deve estreitar sua parceria com as empresas chinesas (CNOOC e CNPC) e a Total francesa para levar a frente à exploração do pré-sal, que exige gigantesco investimentos nos próximos 20 anos. Em troca, o Planalto deseja arrecadar de imediato 15 bilhões de dólares e reforçar o caixa da Petrobras. Por trás do leilão, há a busca de inflar as ações da Petrobras nas bolsas de valores pelo mundo afora para saciar a sede de lucro dos acionistas privados que abocanham mais de 40% do lucro da empresa, já que vem sendo apresentado que o campo de Libra tem aproximadamente 12 bilhões de barris de petróleo previstos, equivale a 80% de todas as reservas descobertas pela Petrobras e está avaliado em 1,5 trilhões de dólares. Em resumo, é uma operação que coloca o nosso petróleo refém da agiotagem internacional, com a diferença de que agora o governo da frente popular está entregando o campo de Libra para ser explorado em parceria com a burocracia restauracionista chinesa. Segundo alguns arautos da frente popular, este movimento seria uma expressão de que o Brasil estaria se afastando dos EUA e se aproximando da China no ramo de petróleo.

sábado, 19 de outubro de 2013


Vinicius de Moraes: 100 anos do poeta da boêmia
“Se eu tivesse/se eu tivesse/muitos vícios/o meu nome/o meu nome/era Vinicius/se esses vícios/fossem muito imorais/eu seria o Vinicius de Moraes!”

No dia 19 de outubro de 1913, exatamente há cem anos, Marcus Vinitius da Cruz de Melo Moraes debutava em nosso mundo. Nascido no seio de uma família de músicos do bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, Vinicius de Moraes, o “Poetinha”, assim carinhosamente chamado por seus amigos, completaria 100 anos neste 19 de outubro. Inveterado boêmio, foi na noite que conheceu seus principais parceiros de música, de copo, teatro, paixões, amores e onde aperfeiçoou seus dotes poéticos mais líricos. Desde criança demonstrou grande habilidade para as letras e a música, tanto que aos dez anos já participava do coral da escola e começa a montar pequenos escretes teatrais. Em 1930 ingressa na Faculdade de Direito do Catete, para a qual dizia não ter a menor vocação, porém teve a oportunidade de conhecer o escritor Otavio Faria que lhe formou para o mundo das artes literárias e travou conhecimento com os “modernistas” Manuel Bandeira, Mário e Oswald de Andrade e até Plínio Salgado que também fazia parte do movimento. Neste ínterim, atuou como censor cinematográfico, crítico de cinema sob a companhia de Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Afonso Arinos de Melo Franco. Em 1943 foi aprovado em concurso para o Ministério das Relações Exteriores, sendo empossado embaixador em Los Angeles, onde exerceu o cargo por quatro anos. Pouco depois foi deslocado para Paris, período mais profícuo para desenvolver o trabalho de... poeta! Os anos 50 marcaram o “debut” de sua veia musical mais aprofundada ao conhecer um jovem pianista em suas “andanças” pelos cabarés e noites cariocas, Tom Jobim. Na década seguinte, sua singeleza musical chamou a atenção de gênios da música do quilate de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Baden Powell, ... No entanto, após o golpe militar contrarrevolucionário de 1964 foi afastado do Itamaraty com a criação do AI-5 sob o estapafúrdio argumento de que sua “vida boêmia era incompatível com a carreira diplomática”, o que na verdade implicava a deculturação do país imposta a ferro e fogo pelo regime gorila. A trajetória de vida de Vinicius de Morais marcou o auge da produção artística no Brasil, dos anos 50 aos 80, mas após a queda do Muro de Berlim e da URSS, o imperialismo e sua mídia venal trataram logo de esmagar as tradições culturais de raiz, impondo não só a barbárie no campo social como no âmbito das artes em todo o planeta.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Companheiro Aurimar no piquete da Petrobras-RN em 18/10

“Nossa luta é para derrotar a privatização da Petrobras levada a cabo pelo governo neoliberal do PT”

O Jornal Luta Operária entrevistou o companheiro Aurimar Feitosa, petroleiro, funcionário da Petrobras lotado no Rio Grande do Norte há 12 anos e membro da Tendência Revolucionária Sindical (TRS), que faz oposição à diretoria do Sindipetro/RN, filiado à CTB/FUP. Aurimar está participando ativamente da greve nacional da categoria deflagrada no último dia 17 em defesa de um reajuste salarial de 16% e contra o leilão do Campo de Libra pelo governo Dilma.

Jornal Luta Operária (JLO): Como foi a deflagração da greve nacional da categoria?

Aurimar Feitosa (AF): Estamos em campanha salarial por nosso reajuste salarial, com a FUP e a FNP reivindicando de forma unificada um reajuste de 16, 53% e contra o leilão do Campo de Libra pelo governo Dilma, que irá entregar para as transnacionais do petróleo uma gigantesca bacia petrolífera para a exploração, literalmente doando nossas riquezas naturais. Esse verdadeiro crime faz parte do processo de privatização da empresa pelo governo neoliberal do PT, já que a Petrobras hoje é controlada em grande parte por acionistas privados, inclusive especuladores que fazem agiotagem internacional na bolsa de valores, remetendo no mínimo 40% do lucro da empresa para fora do país! Daí a importância de nossa paralisação que é por tempo indeterminado e vai paralisar a produção e distribuição, inclusive no dia do leilão marcado para 21 de outubro. Antes, já havíamos realizado um dia de greve nacional em 03 de outubro quando celebramos os 60 anos de criação da Petrobras.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013


LIT convoca seus “irmãos” revisionistas do PTS argentino a serem os “melhores soldados” do imperialismo na Síria!

Depois que o imperialismo ianque foi obrigado a recuar temporariamente em sua aventura guerreirística contra a Síria devido à fragilidade política de seus “rebeldes” em solo e do amplo repúdio popular a uma intervenção militar, um “debate” próprio de canalhas, ou melhor, no interior da família revisionista do trotskismo conformada pelas correntes que adotam uma política pró-imperialista ganhou as páginas das publicações da LIT e do PTS argentino. No artigo “Síria: Exigir ou não armas do imperialismo?” os morenistas criticam seus “irmãos” revisionistas da FT de opor-se à exigência de pedir armas ao imperialismo para que os mercenários “rebeldes” tenham condições de derrotar o governo Assad em solo. Segundo a LIT, “Existe uma série de organizações centristas e até algumas que se reclamam trotskistas, como a Fração Trotskista (FT) encabeçada pelo PTS argentino, que diz estar a favor da ‘derrubada revolucionária’ de al-Assad mas, ao mesmo tempo, opõem-se à exigência de armas para que os rebeldes tenham condições de derrotá-lo na guerra civil em curso. Apesar de sua afirmação de que essa exigência não é um ‘problema de princípios para os revolucionários’, a FT-PTS diz claramente que ‘não estamos de acordo com a exigência feita pela LIT-PSTU (…) para que ‘os governos do mundo enviem armas e remédios para os rebeldes sírios’. Como fica claro, o resultado concreto desta política é o mesmo que o da posição castro-chavista: não se devem enviar armas para os rebeldes que combatem Assad” (sítio PSTU 14/10). Como podemos observar, a LIT critica o PTS argentino por não ser consequente o suficiente em sua aliança com a Casa Branca, ou seja, em não querer “sujar as mãos” mesmo quanto a FT está atolada até a cabeça na política de apoio aos “rebeldes” made in CIA. De fato, como a LIT está no campo militar de Obama e seus “soldados” em terra nada mais “natural” desde o ponto de vista desta corja revisionista que pedir armas a seu amo do norte, orientação que o PTS não reivindica abertamente para preservar-se das críticas pela esquerda, conduta que é ainda mais podre do que a da própria LIT, que tem o “mérito” (se é que podemos falar assim) de defender claramente sua posição de cão de guarda dos interesses do império.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013


Para estender a vitoriosa luta dos professores do Rio, construir a greve nacional dos trabalhadores em educação!

Neste dia 15 de outubro, dia do professor, o país foi tomado por manifestações em defesa da educação pública e gratuita. Particularmente no Rio de Janeiro, milhares de ativistas e lutadores saíram às ruas mais uma vez em apoio à greve dos professores da rede municipal de ensino, paralisados desde 8 de agosto. Outras cidades, como São Paulo, Brasília e Porto Alegre foram palcos de marchas contra os ataques aos direitos dos trabalhadores em educação e da juventude, nas quais vários lutadores presos. Como na manifestação anterior na capital fluminense, a polícia reprimiu duramente o protesto, que vem ganhando amplo apoio popular. O alvo principal da sanha fascistizante da PM de Cabral e Eduardo Paes foram os chamados “Black Bloc”, mas a repressão tem como objetivo intimidar o conjunto do ativismo classista. A força do movimento fez com que o STF decidisse na própria terça-feira (15) suspender o corte do ponto dos professores da rede estadual que estão em greve no estado do Rio de Janeiro, decisão que abre precedente para o mesmo valer para a prefeitura carioca. A justiça estadual, por sua vez, aceitou o pedido de liminar impetrado pelo sindicato dos professores (SEPE) e cancelou a seção da Câmara Municipal que aprovou o famigerado Plano de Cargos e Salários, na verdade um pacote de maldade encomendado por Eduardo Paes. A vitória do movimento depende exclusivamente da força de sua mobilização, por esta razão, mais do que nunca, é necessário estender esta luta ao resto do país de forma unificada através da construção de uma greve nacional dos trabalhadores em educação!

terça-feira, 15 de outubro de 2013


PIG monta operação de “resgate” do Tucanato em SP: Bandidos malvados (PCC) versus Herói mocinho (Alckmin)

A ameaça da perda de uma hegemonia de vinte anos a frente do segundo maior “poder” da república brasileira, estamos obviamente falando do governo do estado de São Paulo, fez com que o PIG entrasse em cena para “fabricar” uma operação midiática de resgate da imagem do opustucano Geraldo Alckmin. Como já é de costume utilizar o PCC para estes fins eleitorais, coube a este “organizar” para um futuro próximo uma “onda de ataques” em represália às ações da polícia e ministério público paulista. Os supostos ataques do PCC seriam uma resposta à transferência de seus líderes encarcerados para um regime penitenciário fechado, o chamado RDD. O planejamento da nova “onda terrorista” se prolongaria até a Copa do mundo em 2014 (Copa do Terror), incluindo a tentativa de assassinato do governador Alckmin. Também foi noticiado pelo PIG a intenção do PCC de se “infiltrar” nos protestos sociais, em particular no interior dos Black Blocs. Segundo o “pastelão” O Estado: “As novas ordens do crime surgiram depois de a defesa de criminosos como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, o chefão do PCC, ter acesso aos detalhes da megainvestigação realizada por três anos contra o crime organizado” (OESP, 14/10). Fica evidente para qualquer observador minimamente lúcido que as “ameaças do PCC” foram produzidas na verdade dentro das redações da mídia “murdochiana” com o objetivo de recrudescer ainda mais a repressão policial ao movimento de massas, legitimando desta forma o retorno da vigência da famigerada LSN, e de quebra “fabricar” a imagem de um “herói contra o crime organizado”, exatamente no momento em que Alckmin está mergulhado no mar da corrupção do Metrô paulistano. Desde 1994 os Tucanos governam ininterruptamente São Paulo, se somarmos ao governo Montoro, eleito em 1982, são vinte e quatro anos de gestões que privilegiaram beneficiar setores da burguesia financeira em detrimento de um projeto de desenvolvimento (capitalista), o resultado é a decadência da produção industrial e o aumento do lúmpem-proletariado e da exclusão social. Mas parece que o “modelo” estatal do “compadrio” Tucano está dando sinais de esgotamento e se faz necessário para as classes dominantes uma “operação de resgate” do PSDB como parte do contraponto ao provável triunfo da Frente Popular em nível nacional.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária, Nº 267, 1ª Quinzena de Outubro/2013



EDITORIAL
Romper com o circo eleitoral institucional! Lançar a anticandidatura dos revolucionários para publicitar o socialismo!



“PÔQUER” ELEITORAL DA BURGUESIA
Dilma liquida a fatura no 1º turno contra Aécio e Campos, com Marina e Serra no páreo não. PSB e PSDB mudarão os candidatos?



JUROS EM ALTA E INFLAÇÃO EM “BAIXA”
A velha receita do FMI aplicada agora pelos neomonetaristas do PT



NEOLIBERALISMO MADE IN PT
“Mercado” eleva previsão do PIB em centésimos



TROPA DE CHOQUE DO PSB ENTRA EM CAMPO(S)...
Candidatura de Eduardo à presidência é “irreversível”

domingo, 13 de outubro de 2013


Dilma liquida a fatura no 1º turno contra Aécio e Campos, com Marina e Serra no páreo não. PSB e PSDB mudarão os candidatos?

A última pesquisa DATAFOLHA, publicada neste sábado (12/10), revela que continua a recuperação constante de popularidade da presidenta Dilma após ter caído abruptamente no curso das “Jornadas de Junho”. Embora tenha desacelerado o ritmo nesta última pesquisa, a retomada da polaridade do governo já alcança quase dez pontos percentuais, apontando ainda um viés de alta. Mas todas as atenções sobre os novos números do DATAFOLHA estavam mesmo voltadas para a corrida eleitoral ao Planalto, por se tratar da primeira pesquisa realizada por um grande “instituto” após a impugnação do REDE pelo TSE e o anúncio do ingresso de Marina Silva nos quadros do PSB. A pesquisa DATAFOLHA indicou que a presidenta Dilma Rousseff venceria as eleições de 2014 no primeiro turno, considerando um cenário incluindo a disputa contra Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). A pesquisa foi realizada por meio de 2.517 entrevistas em 154 municípios, e tem uma margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos. Dilma aparece na pesquisa com 42% das intenções de voto. Aécio somaria 21%, e Campos, 15%. Votos em branco, nulos ou nenhum registram 16%. Outros 7% não sabem em quem vão votar. O levantamento testou quatro cenários para a eleição presidencial, alternando os nomes de Campos e Marina Silva, pelo PSB, e os de Aécio e José Serra, pelo PSDB. Nas outras três combinações, Dilma não alcançaria índice suficiente para garantir vitória no primeiro turno. Na simulação mais apertada, a neopetista tem 37% das intenções de voto, Marina chegaria aos 28%, e o Tucano Serra, 20%. A primeira questão colocada pela aferição é a que já tínhamos caracterizado anteriormente com exatidão, ou seja, Marina não conseguirá transferir seu potencial eleitoral para a candidatura Campos, mesmo indicada como vice em sua chapa. A segunda questão também já pontuada por nós é que mantido o quadro com Aécio e Campos, este último não conseguirá tomar do PSDB a posição de segundo lugar na corrida presidencial. A “incorporação” do REDE pelo PSB desgastou bastante a figura “mítica” de uma Marina “pura e vestal”, revelando a política pragmática e oportunista aliada das oligarquias mais retrógradas deste país. O índice conseguido por Campos é bem aquém da soma de seu resultado anterior com o de Marina. Agora fica a pergunta inicial, o PSB cederá sua estrutura para uma “estranha fazer a festa” e depois se transferir para o seu próprio partido, o REDE? E o PSDB “deixará na mão” o senador Aécio para apostar em um candidato já derrotado duas vezes pelo PT e que acabou de perder a disputa para a prefeitura de São Paulo?

sábado, 12 de outubro de 2013


Greves nacionais dos bancários e correios foram covardemente traídas pelas direções burocráticas da Contraf e Fentect

Nesta primeira quinzena de outubro as greves nacionais dos bancários e trabalhadores dos correios (ECT) foram encerradas. As entidades nacionais cutistas que representam as duas categorias, CONTRAF e FENTECT, implodiram as fortes paralisações em curso para aceitarem o arrocho salarial imposto pelo Palácio do Planalto, patrão na ECT e nos bancos públicos (BB, CEF, BNB). O índice de reajuste para as duas categorias é o mesmo, miseráveis 8%. Nos bancários, depois de 23 dias de greve, a CONTRAF-CUT, dirigida pela Articulação e PCdoB, aceitou a proposta dos banqueiros quando claramente poderia arrancar bem mais se houvesse prolongamento e radicalização da luta. No caso dos correios, a CTB-PCdoB abriu caminho para a derrota sacramentada logo depois pela direção cutista, dividindo a categoria e convocando uma greve rápida antecipada em São Paulo e Rio de Janeiro para fechar um acordo rebaixado com o governo Dilma, manobra que contou com o apoio do PSTU-Conlutas. No resto do país, a paralisação na ECT foi encerrada neste dia 10 de outubro por ordem do TST, que decidiu via dissídio coletivo a volta ao trabalho, imposição aceita pronta e passivamente pela FENTECT-CUT, controlada por um condomínio político cutista que na campanha salarial deste ano estava sob a direção do pretenso “radical” PCO. Apesar destas entidades serem controladas por correntes políticas que defendem a CUT, mas que em tese representam alas distintas da central “chapa branca”, tanto a sua “direita” e como a sua “esquerda”, ambas promoveram greves “ordeiras e pacíficas” que respeitaram as instituições do regime político burguês e acabaram por aceitar o arrocho salarial imposto pelo governo Dilma!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013


Após atacar o movimento operário,
chacal Santos prepara ofensiva militar sobre as FARC, sob o signo das “negociações de paz”

O facínora Juan Manuel Santos, atual presidente da Colômbia, declarou nesta quarta-feira (9/10) que irá incrementar a ofensiva contra as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (FARC). Uma operação de guerra arquitetada desde as salas acarpetadas do Pentágono que está mobilizando uma “força tarefa” que congrega mais de 50 mil homens treinados para atacar os acampamentos das FARC na zona mais oriental e o sul da Colômbia, onde a guerrilha está atuante e concentrada. Santos anunciou para tanto a criação de um novo comando, chamado “Espada de Honor 2”. Esta ofensiva acontece precisamente após os massivos protestos camponeses, contra os tratados de “livre comércio” impostos pelo imperialismo ianque, que sacudiram o país há cerca de dois meses, quando Santos praticamente militarizou a capital Bogotá e outros importantes centros urbanos para assim reprimir várias passeatas de apoio aos agricultores pobres: trabalhadores, estudantes e servidores públicos ocuparam a Praça Simón Bolívar no centro histórico da capital em solidariedade à luta camponesa. A repressão foi brutal, a tal ponto que provocou uma crise no governo quando dezesseis membros do gabinete de Santos renunciaram. Os protestos, bloqueios de rua e estradas estavam ameaçando a reeleição do atual governo, cujo fascista ministro de Defesa Juan Carlos Pinzón, como não poderia deixar de ser, acusou as FARC de estarem por trás das manifestações populares. A extrema-direita, encabeçada pelo ex-presidente narcotraficante Álvaro Uribe e um setor da burguesia colombiana exigiram que Santos agisse com mão de ferro a fim de impor medidas duras para conter o movimento “Marcha Patriótica” e as radicalizadas manifestações de massas no campo e na cidade. É neste contexto de recrudescimento do regime que o chacal Santos deseja se credenciar perante a burguesia e o imperialismo para levar adiante seu segundo mandato presidencial, cujas eleições estão previstas para maio do ano que vem.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013


A Líbia e os bárbaros efeitos da “Revolução Árabe” dois anos após o assassinato de Kadaffi pela OTAN e seus “rebeldes”

A poucos dias de se completarem dois anos do assassinato do coronel Kadaffi (20 de outubro) após a intervenção militar das tropas da OTAN em apoio aos “rebeldes”, a Líbia volta às manchetes dos jornais e aos noticiários de TV no mundo inteiro. O motivo foi o sequestro do primeiro-ministro do país, Ali Zidan, que comanda o governo fantoche formado pelo ex-CNT (Conselho Nacional de Transição). O sequestro é mais um capítulo da disputa interna entre os mercenários que controlam a Líbia após o fim do regime nacionalista burguês. Ali Zidan foi capturado no começo da manhã desta quinta-feira, 10 de outubro, em Trípoli, por homens armados que o pegaram no hotel Corinthia, onde estava hospedado. Uma brigada de mercenários vinculada de forma oficiosa ao Ministério do Interior, que a mídia murdochiana intitulou de “Célula de Operações dos Revolucionários da Líbia”, anunciou que tinha Zidan em seu poder. Horas depois ele foi libertado em um acordo entre os bandos “rebeldes” para ampliar os poderes dos sequestradores no governo líbio servil aos interesses das transnacionais do petróleo. Vários grupos terroristas islâmicos controlam partes do país e negociam diretamente com as sete irmãs a entrega do óleo cru líbio, além de disponibilizarem o território do país para ser base militar de apoio aos bandos contrarrevolucionários que atuam na Síria. Esta é a bárbara face da realidade que vive a Líbia atualmente, cinicamente apresentada pelos revisionistas do trotsquismo como palco da vitoriosa “Revolução Árabe”.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013


Juros em alta e inflação em “baixa”:
A velha receita do FMI aplicada agora pelos neomonetaristas do PT


A equipe econômica do governo Dilma volta a comemorar seus pífios resultados, depois de festejar uma projeção de apenas 0,7% de crescimento do PIB em 2013, agora foi a vez de anunciar que a inflação do mês de setembro se “enquadrou” no teto estabelecido pelo Banco Central. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que ficou satisfeito com o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado hoje (9/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA fechou o mês de setembro em 0,35%. “Para Mantega: O resultado mostra que a inflação está sob controle. A inflação acumulada ficou abaixo dos 6% pela primeira vez no ano”. Não é exatamente o “espetáculo do crescimento” os dados econômicos que vem sendo apresentados pelos tecnocratas do governo no último período. Acompanhando os tímidos índices de redução da inflação e evolução do PIB está a política neoliberal de elevação da taxa de juros paga pelo Tesouro aos rentistas internacionais. É a repetição da velha receita “ortodoxa” imposta ao país pelo FMI por décadas, retração econômica e juros altos deixando o Estado sem capacidade de realizar investimentos, agora aplicada pela “gerência” petista convertida ao neomonetarismo de “esquerda”.

Mobilização multitudinária em apoio à greve dos professores do Rio sofre repressão do PIG, da assassina PM “Cabralística” e dos revisionistas do PSOL/PSTU

O centro do Rio de Janeiro foi novamente tomado por milhares de manifestantes, cerca de 50 mil, que saíram às ruas para mostrar sua solidariedade ativa com a greve dos professores do município que travam uma dura batalha contra a intransigência do prefeito Eduardo Paes e a truculência assassina do governador Sérgio “Caveirão”. A população trabalhadora do Rio demonstrou que está farta da política de repressão e assassinatos contra a população pobre desta dupla de corruptos instalados no PMDB, que ainda contam com o apoio da presidenta Dilma Rousseff. Além da participação massiva dos professores a passeata que tomou completamente a Av. Rio Branco contou com a presença de outras categorias que estão em luta como bancários, trabalhadores dos Correios e petroleiros gritando um sonoro “NÃO” a entrega do campo de Libra para as transnacionais piratas. Vale destacar o comparecimento de combativas colunas de organizações da juventude, como os Black Blocs, trazendo a fraternidade e rebeldia dos jovens em apoio ao proletariado. A manifestação popular foi a maior ocorrida nacionalmente desde as “jornadas de junho”, refletindo uma tendência de continuidade das mobilizações de esquerda, bloqueadas pela política de colaboração de classes, pactuada entre o PT/CUT e o PIG. Mas a mídia “murdochiana” não perdeu tempo e voltou à carga contra o movimento de massas, desconsiderando a presença de milhares de pessoas nas ruas, acusou de vandalismo e agora até de terrorismo os ativistas que resistiam corajosamente à ofensiva policial. Desta vez o PIG contou com a ajuda dos revisionistas do PSOL/PSTU, que covardemente acusaram os Black Blocs: “As ações do Black Bloc, no entanto, acabaram possibilitando a brutal repressão policial, que teve reflexos para os moradores da Lapa, Bairro de Fátima e região” (sítio do PSTU, 08/10).

terça-feira, 8 de outubro de 2013


Tropa de choque do PSB entra
em campo(s) para declarar que candidatura de Eduardo à presidência é “irreversível”

O líder do PSB no Senado e um dos principais coordenadores da campanha de Eduardo Campos ao Planalto, Rodrigo Rollemberg (DF), afirmou nesta segunda-feira (07/10) que a candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência da República é “irreversível”, mesmo com a filiação da ex-senadora Marina Silva à legenda. Rollemberg relatou que Marina está “aberta” a ser vice na chapa de Campos, sem “nenhuma chance de pleitear a cabeça da candidatura ao Palácio do Planalto”. A enérgica intervenção de Rollemberg vai no sentido de desfazer os boatos espalhados por apoiadores do REDE de que Marina poderia ser a candidata do PSB caso Campos não conseguisse decolar nas pesquisas eleitorais. A própria Marina fez questão de desfazer as especulações acerca de qual seria seu “papel” no teatro das eleições, se protagonista ou coadjuvante, quando afirmou no ato de sua filiação ao PSB que “estava entrando para adensar a legítima candidatura do governador Eduardo Campos”. É evidente que todas as pressões políticas vão no sentido de Marina, detentora de um grande potencial eleitoral, assumir as rédeas do processo, mas acontece que na cúpula do PSB não existe esta hipótese. Campos não seria ingênuo o suficiente para entregar seu partido, “herdado” de seu avô, para uma aventureira política sem o menor comprometimento com a oligarquia pernambucana e nordestina que se sente representada em parte pelo PSB. Marina é a expressão de outros segmentos da classe dominante, notadamente a burguesia paulista, a procura de novas alternativas políticas diante dos sinais de “fadiga” do PSDB. A unidade Campos&Marina só foi possível exatamente porque o frágil REDE (situação que não mudaria caso tivessem obtido o registro do TSE) se submeteu à estrutura montada pelo PSB para lançar o nome de Campos. Aécio Neves, de passagem por New York, foi bastante lúcido ao afirmar que o ingresso de Marina no PSB teria pelo menos o efeito de confirmar a cambaleante postulação do governador de Pernambuco à presidência da república. Também preocupou ao PT a possibilidade de Marina encabeçar a disputa, o que poderia levar a chapa “socialista” ao segundo turno em 2014, mas Lula logo foi informado das próprias dificuldades internas do PSB em bancar uma “destituição branca” de seu presidente.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013


“Mercado” eleva previsão do PIB em centésimos, mas governo comemora a notícia como vitória de campeonato

Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a previsão do “mercado” agora é de um pequeníssimo avanço de 2,47% no PIB de 2013, diante da previsão anterior de 2,4%, ou seja uma elevação de menos de um ponto percentual nas projeções. Vale lembrar que a equipe econômica do ministro Mantega começou o ano anunciando um crescimento de 3,5%, para depois rebaixar as expectativas em 3,0% e agora “lutarem” para manter o piso em pelo menos 2,5%, e mesmo assim pelo que os dados indicam será bastante difícil... Diante da “boa” (medíocre) notícia do boletim Focus, o presidente do BC, Alexandre Tombini, reconheceu na última semana que a economia deve enfrentar um período de “acomodação” (paralisia) no terceiro trimestre. O tecnocrata afirmou, contudo, que o desempenho será mais favorável do que o esperado pelos agentes de mercado. O governo Dilma vem ajustando a projeção para 2013 desde o resultado “surpreendente” do PIB no segundo trimestre, que cresceu 1,5% sobre o primeiro, e apesar de setores, como a indústria nacional estarem com sinais negativos no terceiro trimestre. Para os apologistas da Frente Popular que comemoraram o “pibinho” brasileiro como a conquista de um campeonato mundial, fica a comparação com as economias dos países parceiros no campo dos BRICs onde o menor crescimento do bloco, excluindo o Brasil, será de cinco pontos percentuais. Mas acompanhando a “boa” notícia da elevação microscópica do “pibinho”, o relatório Focus que reúne as previsões de cerca de cem instituições financeiras, sugere uma nova elevação da taxa de juros básica (SELIC) nesta semana, em linha com a trajetória de “combate à inflação” conduzida pelo BC, eufemismo de arrocho monetário, que deve elevar os juros em 9,75% no final do ano a “pedido” dos rentistas internacionais.

domingo, 6 de outubro de 2013


De mãos dadas rumo ao abismo político: Marina “adensa” o náufrago Eduardo em um brusco movimento de desespero e oportunismo

Marina Silva acaba de assinar não só a ficha de filiação ao PSB mas a sua própria sentença de suicídio político. Ao ingressar no PSB para “adensar” (segundo suas próprias palavras) a agonizante candidatura ao Planalto do governador Eduardo Campos, Marina “desconstrói” por completo sua imagem de “ética e eco-sustentabilidade”, lançando sua “REDE” no esgoto comum das oligarquias burguesas mais corruptas deste país. Marina afirmou exaustivamente que sua opção pelo PSB teve base “programática e não pragmática”, e que não “ingressaria em um partido de aluguel”. Mas as frases feitas (completamente vazias) de Marina não se sustentam à luz de qualquer análise minimamente séria da realidade, o governo do estado de Pernambuco se notabilizou pelo total desrespeito aos procedimentos elementares de defesa da natureza e dos ecossistemas naturais da região, o complexo do Porto de Suape (administrado como um “símbolo de desenvolvimento” por Campos) representa uma agressão frontal à fauna marítima da costa pernambucana (o aumento de ataques de tubarões na praia de Boa Viagem comprova isto) e um péssimo exemplo de poluição industrial de seu entorno urbano, para não mencionar a fracassada tentativa de instalar a refinaria de Abreu Lima. Quanto a não entrar em partidos de “aluguel”, seria melhor Marina ter ficado calada, ou por acaso não sabe que o PSB, ao estilo do seu antigo PV, é um partido comandado em cada estado por oligarquias reacionárias e políticos corruptos. Será mesmo que a econeolibral desconhecia a entrada dos Bornhausen e a saída dos Ferreira Gomes no PSB, configurando-se no velho “troca-troca” político da elite decadente brasileira. Por acaso Marina não foi informada que o PSB mineiro e paulista é uma agência eleitoral do Tucanato e sequer apoiarão Campos em 2014, ou que os “socialistas” da Bahia e Espírito Santo já declararam que seguirão com a reeleição de Dilma, se tudo isto não configura um partido de aluguel seria melhor então certificar a “pureza” do PPS. Mas parece mesmo que o receio de estabelecer um acordo (político e financeiro) com o arquipilantra Roberto Freire (marionete do Tucano Serra) fez com que Marina agisse em desespero, batendo na porta de uma candidatura previamente naufragada que sequer consegue unificar o seu próprio partido. Agora o projeto do REDE está ameaçado politicamente e não simplesmente pela ausência de um registro eleitoral, caso Marina afunde junto com Eduardo e não consigam chegar ao segundo turno em 2014. Ao afunilar o processo eleitoral em apenas duas candidaturas de oposição, a dupla conservadora Eduardo e Aécio, será muito difícil reverter a tendência de uma vitória esmagadora do PT já no primeiro turno. Existe ainda a possibilidade distante, que mesmo assim não pode ser descartada, de Marina encabeçar a chapa do PSB gerando assim um cenário mais favorável de chance a oposição. Mas é bom lembrar que o PSB, com Campos ou Marina na cabeça da chapa, não terá um frondoso arco de alianças em sua coligação, praticamente os “socialistas” estarão solitários no primeiro turno, ao contrário do PSDB que já conta com o apoio do DEM, PPS e possivelmente do PP, PRB além do novato Solidariedade da “Farsa Sindical”. O PSOL e o PSTU que sonhavam com uma coligação formal com o REDE (para potenciar a eleição de uma forte bancada parlamentar) ficarão impedidos de apoiar Marina no interior do partido do neto de Arraes, reduzindo desta forma a praticamente zero o entorno de potencialidades de alianças políticas do PSB. Para se coligar com o PSB sobrarão apenas algumas poucas legendas de aluguel por temporada, o Planalto já tratou de comprar a maioria delas, as mesmas que Marina diz detestar. Como podemos facilmente aferir, Marina somada a Campos (ou vice-versa) não é sinal de igual a um segundo turno garantido...

sábado, 5 de outubro de 2013


Campanha Salarial bancários 2013: Não basta só rejeitar a proposta miserável dos banqueiros e do governo Dilma! É hora de fortalecer a greve e radicalizar os piquetes até a vitória!

Depois de três semanas da greve nacional bancária a Fenaban apresentou no ultimo dia 04 de outubro a “proposta” de reajuste salarial de 7,1%. Trata-se de uma verdadeira piada de mal gosto, tendo em vista que o lucro dos bancos está em torno de R$ 60 bilhões e eles oferecem menos de 1% de reajuste real. Frente a esta verdadeira provocação dos banqueiros a própria Contraf-CUT rejeitou a proposta, apesar da burocracia cutista estar ansiosa para fechar rapidamente um acordo desde que lhe permita falsamente apresentar como uma “vitória” para a base da categoria. Lembremos que a reivindicação rebaixada do Comando Nacional da Contraf-CUT é de 11,9% (inflação mais 5% de aumento real). A greve em curso, que teve início em 19 de setembro revela, mais uma vez, a enorme disposição de luta dos bancários que é contida pela camisa de força imposta pela política de colaboração de classes das direções sindicais, que sufocam as tendências de luta independente dos trabalhadores. Na verdade, a burocracia cutista, com o apoio da CTB, impõe uma pauta rebaixada, esconde o governo Dilma, patrão dos bancos públicos, atrás da farsa da Mesa Única da Fenaban, realiza manifestações midiáticas com outras categorias em luta e assembleias burocráticas só para cumprir calendário, terceiriza os piquetes que não são organizados coletivamente, respeita a justiça patronal ao não enfrentar os interditos proibitórios etc. Os setores combativos e o conjunto dos bancários de todo o país devem não só rejeitar a proposta vergonhosa da Fenaban e do governo Dilma nas assembleias, mas aprofundar a mobilização, radicalizando suas ações de luta, como o fechamento do autoatendimento através de combativos piquetes nas portas das agências!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013


Freire, como um velho prostituto político, oferece o seu PPS para Marina alugar

Depois de colocar a venda o PPS para José Serra comprar (tudo indica que faltou grana para o Tucano fechar o negócio) Freire agora explicitamente oferece seu partido para o aluguel, inclusive com contrato e prazo de validade, para o grupo de Marina Silva alugar. Sem o registro partidário concedido pelo TSE, o REDE  ficará impedido de se apresentar nas próximas eleições, embora o processo de sua legalização ainda esteja em pleno curso à espera da revalidação de cerca de 50 mil assinaturas de apoio impugnadas pelos cartórios eleitorais. Marina cansou de afirmar que não tinha nenhum plano “B” caso o TSE não lhe desse a tempo o registro do REDE, mas agora mudou o discurso e estuda a possibilidade de migrar sazonalmente para o PPS, uma organização de “segunda linha” da oposição conservadora Demo-Tucana.

Ato político em São Paulo contra o leilão do campo de Libra denuncia governo Dilma e sua política de privatização da Petrobras

Ocorreu no final da tarde deste dia 03 de outubro na Avenida Paulista, em frente à sede da Petrobras, um importante ato político contra o leilão do campo de Libra. Mais de 500 ativistas participaram da atividade, que agregou carteiros, professores, petroleiros, estudantes e dezenas de bancários que terminavam os piquetes no mais importante corredor financeiro do país. O camarada Marco Queiroz, dirigente nacional da LBI, interveio no caminhão de som denunciando a política privatista do governo Dilma que, enquanto entrega os recursos naturais do país às transnacionais, arrocha os salários dos trabalhadores, particularmente dos correios (ECT) e dos bancos públicos como BB e CEF. A intervenção da LBI destoou das demais que apenas cobravam que a gerentona petista “cumprisse o que prometeu em campanha”, quando esta declarou na disputa de 2010 que era contra a privatização do pré-sal. Além da LBI estiveram presentes outras organizações políticas como LER-QI, TPOR, PCR, PCdoB, PSTU e o conjunto das centrais sindicais, estas se limitando a pressionar o governo Dilma a cancelar o leilão.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013


Com Marina “impugnada” a reeleição de Dilma será um “passeio”, oposições de “esquerda” e “direita” perdem sua “bússola” em 2014

O TSE acaba de deliberar por ampla maioria de votos pelo indeferimento do pedido de registro partidário do REDE, o que na prática significa que não há mais tempo para legalizar a agremiação política para as próximas eleições de 2014. Segundo os ministros do TSE o REDE não conseguiu comprovar a autenticidade de cerca de 95mil assinaturas de apoio, rejeitadas pelos respectivos cartórios eleitorais, com este revés o partido de Marina não conseguiu o número mínimo suficiente de apoios (uma espécie de pré-filiação) exigidos pela legislação para obter o registro definitivo partidário, hoje cerca de 492 mil assinaturas. Como o prazo para as novas filiações partidárias aptas a disputar as eleições de outubro de 2014 acaba no próximo dia 05/10 (um ano antes), o REDE ficou inviabilizado eleitoralmente, pelo menos até que reponha as filiações impugnadas e receba um novo aval do TSE para concorrer ao pleito de 2016. A decisão do TSE, baseada em um absoluto rigor na conferência de assinaturas de apoio coletadas pelo REDE, entra em completa contradição com o método adotado na legalização de outros partidos, como aconteceu recentemente com o PROS ou mesmo o Solidariedade que admitiram até que pagavam pelas filiações. Em casos anteriores como o do neófito PSD, do ex-prefeito Kassab, foram comprovadas falsificações grosseiras das assinaturas e mesmo assim o registro partidário foi concedido. Fica evidente que a decisão quase unânime dos ministros do TSE contra o REDE teve um conteúdo político discricionário, lastreada na possibilidade da candidatura de Marina ser a única possibilidade de provocar um segundo turno na corrida pelo Planalto. Sem Marina no “jogo”, embora ainda exista a remota opção dela se filiar a outra sigla da oposição, a reeleição da presidenta Dilma deverá ser resolvida logo no primeiro turno, levando em consideração a extrema fragilidade política dos nomes do Tucano Aécio Neves e Eduardo Campos, este último inclusive incapaz de unificar eleitoralmente seu próprio partido (PSB). A “tacada mortal” do governo Dilma, convocando o TSE a aplicar todo o “rigor da lei” contra seus adversários, foi baseada no imenso apoio popular obtido pelas gestões estatais da Frente Popular, gerando estabilidade política no regime político burguês, “testada” inclusive nas turbulentas “jornadas de junho”. Apesar do REDE estar ancorado no capital financeiro e ter a “simpatia” do imperialismo ianque, é o PT quem melhor garante a “governabilidade” do regime, tão necessária para as grandes corporações capitalistas realizarem seus negócios e acumularem fantásticos lucros em uma etapa de crise econômica mundial.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013


Serra não funda o MD e se afunda no PSDB... Marina sob chantagem do TSE tem sua candidatura ameaçada pelo peso do Planalto

Como já havíamos corretamente caracterizado, o aborto prematuro na criação do novo partido Mobilização Democrática (MD), que seria produto de uma fusão do PPS com o PMN, inviabilizaria completamente a candidatura do ex-governador José Serra à presidência da república por fora do PSDB. Sem a fundação do MD o arco parlamentar de apoio a Serra no interior do ninho Tucano estaria impossibilitado de mudar de partido para acompanhar sua empreitada ao Planalto. O debute abortado do MD foi consequência direta do não cumprimento do “acordo” financeiro firmado entre Serra e a direção do PMN, nesta negociata estava previsto o pagamento de uma primeira parcela de cerca de seis milhões de Reais para “convencer” os deputados federais do partido a fusionarem a legenda com o PPS do arrivista Roberto Freire. Serra tentou em vão liberar sua “fração” da grana desviada das privatizações no governo FHC e depositada pelo PSDB em contas bancárias nos paraísos fiscais. Sem o “caixa” de Serra, Freire foi obrigado a desistir da criação do novo partido (o PMN por razões de calote pulou fora), seguindo seu curso natural de base oportunista de sustentação do PSDB. Sem alternativa política, Serra anunciou que fica a contragosto no PSDB, consolando-se com uma possível candidatura (previamente derrotada) ao Senado pelo estado de São Paulo. Mas quem pensa que Aécio Neves ganhou um aliado fiel em sua empantanada campanha eleitoral está muito enganado, Serra permanece no PSDB mas está de olho na via de “mudar de barco” ainda na correnteza do primeiro turno em 2014, caso Marina canalize o reacionário “sentimento anti-PT”, a questão colocada agora é se o REDE conseguirá a tempo seu registro partidário no TSE.

terça-feira, 1 de outubro de 2013




EDITORIAL
Por uma Petrobras 100% estatal sob controle dos trabalhadores! Fora os tubarões rentistas que tornam nosso petróleo alvo da agiotagem internacional

Ironicamente neste mês de outubro, quando a Petrobras completa 60 anos, está marcado para ocorrer o leilão do campo de Libra. Desta vez, o governo Dilma entregará para as transnacionais o que vem sendo apresentado como a maior reserva de petróleo brasileira descoberta nos últimos anos, como parte da estratégia midiática de valorizar as ações na Petrobras nas bolsas de valores pelo mundo. Situado na bacia de Santos, ele é estimado em aproximadamente 12 bilhões de barris de petróleo, equivale a 80% de todas as reservas descobertas pela Petrobras e está avaliado em 1,5 trilhões de dólares. Esta operação de entrega das riquezas nacionais, na verdade, é apenas a ponta do iceberg, já que grande parte da própria Petrobras atualmente é controlada por especuladores estrangeiros e empresas privadas, particularmente a Total francesa. Não por acaso, 40% de seus lucros são remetidos ao exterior. A batalha contra o leilão do campo de Libra se insere, portanto, em um combate de maior revelo: tirar das mãos dos tubarões rentistas o nosso petróleo e tornar a Petrobras 100% estatal sob o controle dos trabalhadores. Nesta trincheira de luta está a denúncia do próprio governo burguês da frente popular comandado pelo PT, incapaz por seu caráter de classe servil ao grande capital de fazer da Petrobras um instrumento de defesa da soberania e do desenvolvimento nacional contra os interesses do imperialismo e da agiotagem internacional!