sexta-feira, 4 de outubro de 2013


Freire, como um velho prostituto político, oferece o seu PPS para Marina alugar

Depois de colocar a venda o PPS para José Serra comprar (tudo indica que faltou grana para o Tucano fechar o negócio) Freire agora explicitamente oferece seu partido para o aluguel, inclusive com contrato e prazo de validade, para o grupo de Marina Silva alugar. Sem o registro partidário concedido pelo TSE, o REDE  ficará impedido de se apresentar nas próximas eleições, embora o processo de sua legalização ainda esteja em pleno curso à espera da revalidação de cerca de 50 mil assinaturas de apoio impugnadas pelos cartórios eleitorais. Marina cansou de afirmar que não tinha nenhum plano “B” caso o TSE não lhe desse a tempo o registro do REDE, mas agora mudou o discurso e estuda a possibilidade de migrar sazonalmente para o PPS, uma organização de “segunda linha” da oposição conservadora Demo-Tucana.

A forte verbalização da ética e da coerência política, empunhada por Marina, parece que começa a se abalar diante da possibilidade de não se apresentar em 2014 como a única alternativa capaz de derrotar a presidente Dilma. Agora o arco parlamentar de apoio do REDE começa a fazer pressão para Marina alugar um partido e com isso disputar a corrida ao Planalto. Para quem saiu do PV (onde se apresentou em 2010) “atirando” contra o fisiologismo do partido, é no mínimo estranho que agora converse com o arrivista Freire para alugar a legenda do PPS a “peso de ouro”.

Dinheiro nunca foi problema para o REDE, Marina conta com o caixa do banco ITAÚ que financia seu projeto político em troca da promessa de aplicar um programa ultra-neoliberal em seu futuro governo. O REDE já se comprometeu a defender a plataforma de um duro ajuste fiscal para o pagamento da dívida pública, através da constante elevação da taxa SELIC. Com reservas financeiras abundantes, também originadas pela via de doações de organismos imperialistas, o REDE pode escolher facilmente um partido para alugar ou mesmo comprar definitivamente, como foi o caso da oferta do PEN (Partido Ecológico Nacional).

Marina deve anunciar sua decisão nas próximas horas de hoje (04/10) já ocorre um certo mal-estar no interior do arco de apoio do próprio REDE com o “vai e vem” de Marina, o deputado federal  Alfredo Sirkis declarou em seu blog: “Não tenho mais idade nem paciência para fazer parte de séquitos incondicionais e discordei bastante de diversos movimentos que foram operados desde 2010. A saída do PV foi precipitada por uma tragédia de erros de parte a parte. Agora, ironicamente, ficamos a mercê de algum outro partido, possivelmente ainda pior do que o PV”. Como se vê o oportunismo político de Marina é denunciado por um dos seus mais fiéis correligionários. Mesmo que decida se abster do processo eleitoral de 2014 (apoiando Aécio nos bastidores) ou que decida alugar o PPS, a imagem de vestal e “pureza” construída  por Marina já está profundamente comprometida para suas novas “empreitadas” políticas.