sexta-feira, 4 de outubro de 2013


Ato político em São Paulo contra o leilão do campo de Libra denuncia governo Dilma e sua política de privatização da Petrobras

Ocorreu no final da tarde deste dia 03 de outubro na Avenida Paulista, em frente à sede da Petrobras, um importante ato político contra o leilão do campo de Libra. Mais de 500 ativistas participaram da atividade, que agregou carteiros, professores, petroleiros, estudantes e dezenas de bancários que terminavam os piquetes no mais importante corredor financeiro do país. O camarada Marco Queiroz, dirigente nacional da LBI, interveio no caminhão de som denunciando a política privatista do governo Dilma que, enquanto entrega os recursos naturais do país às transnacionais, arrocha os salários dos trabalhadores, particularmente dos correios (ECT) e dos bancos públicos como BB e CEF. A intervenção da LBI destoou das demais que apenas cobravam que a gerentona petista “cumprisse o que prometeu em campanha”, quando esta declarou na disputa de 2010 que era contra a privatização do pré-sal. Além da LBI estiveram presentes outras organizações políticas como LER-QI, TPOR, PCR, PCdoB, PSTU e o conjunto das centrais sindicais, estas se limitando a pressionar o governo Dilma a cancelar o leilão.

Longe de patrocinar ilusões do governo da frente popular comandado pelo PT, pontuamos que a privatização da Petrobras já era uma realidade, tanto por grande parte da empresa já se encontrar nas mãos do capital privado como pela remessa de 40% de seus lucros para o exterior. Os leilões em curso são apenas a ponta do iceberg deste processo predatório, que tem tornado a Petrobras refém da agiotagem internacional. Por conta dessa realidade, o representante da LBI defendeu a luta por uma Petrobrás 100% estatal sob controle dos trabalhadores e a ruptura completa com os tubarões rentistas que rapinam a empresa.

Um ponto importante do ato foi a presença de diversas categorias em luta que, apesar do controle burocrático do caminhão de som, restringindo as falas, fecharam por quase 30 minutos uma das vias da Av. Paulista, mesmo contrariando a orientação dos sindicatos cutistas e das centrais pelegas “amarelas” que a todo tempo declaravam ter a atividade um caráter “ordeiro e pacífico”. Tamanha insistência visava justamente conter a radicalidade dos ativistas presentes que se chocavam diretamente com a política de arrocho e privatizações do governo Dilma.

No dia que a Petrobras completa 60 anos, esteve mais claro do que nunca que o chamado “neodesenvolvimentismo” defendido pelo PT não passa de uma farsa para amortecer a luta de classes pela via de sua política de conciliação enquanto segue fielmente entregando nossas estatais e as riquezas do país às transnacionais e aos tubarões rentistas. Contra esta política criminosa é necessário unificar as categorias em luta para realizar uma verdadeira greve no dia 21 de outubro contra a realização do leilão, ocupando as refinarias e as sedes da Petrobras em todo o país, não só para forçar o governo Dilma a recuar na entrega de nosso petróleo, mas fundamentalmente para por um fim à verdadeira orgia financeira que torna a Petrobras refém dos piratas da especulação financeira!