quarta-feira, 23 de outubro de 2013


Agora é oficial: ITAÚ muda nome de uma das suas empresas para REDE, será que Campos e Marina receberão os “royalties”...

A Redecard, empresa do conglomerado financeiro ITAÚ Unibanco, passou a se chamar Rede. O anúncio oficial foi feito nesta terça-feira (22/10). O banco controlado pela família Setúbal reposicionou a marca de captura de transações de crédito e de débito com o objetivo de “adaptá-la” à “nova conjuntura” surgida com as “Jornadas de Junho” e anunciou a entrada da empresa em um novo segmento de negócios, “focado em pessoas físicas e profissionais liberais”, ou seja na classe média. Como principais financiadores do projeto político “Marina” os Setúbal agora se apropriam da legenda REDE, se não no campo eleitoral em função da negação do registro pelo TSE, mas pelo menos no terreno comercial. O Brasil é o quarto maior mercado de cartões de crédito do mundo, atrás de EUA, Canadá e China, e movimentou no ano passado R$ 710 bilhões em transações. A previsão do ITAÚ é que o país movimente R$ 800 bilhões neste ano. Dados do próprio banco mostram que 75% da população brasileira têm cartões, mas que ainda há espaço para crescer. A aposta de “colar” o nome REDE a uma empreitada comercial contou com o aval pessoal de Marina e de sua anturragem vendida, mas não se sabe ainda o que o governador Eduardo pensa a respeito da questão, será que esta dupla de vigaristas políticos receberá os “royalties” do grupo ITAÚ?

Além da mudança de nome, a nova marca da empresa também foi redesenhada pela família Setúbal. O novo logo traz todas as letras da Rede conectadas uma à outra, e as cores mudaram. A simetria com o símbolo político do REDE de Marina fica patente. Assim como o ITAÚ, a Rede terá presença forte do laranja e do amarelo. Fernando Chacon diretor executivo de marketing do grupo ITAÚ definiu assim a mudança: “A Redecard deixa de ser empresa adquirente para assumir sua posição de líder da indústria de meios de pagamento”, como se pode notar a expectativa do conglomerado financeiro não é pequena na evolução da “nova” Rede, talvez porque acreditem que a chapa neoliberal de Eduardo&Marina (ou vice-versa) tem grandes chances de ocupar o Planalto para “facilitar” as reivindicações... dos rentistas.

Mas se as “esperanças” do setor financeiro recaem preferencialmente sobre a candidatura do PSB à presidência, não podemos afirmar que sob os governos da Frente Popular estes parasitas saíram perdendo. Este é o caso do Bradesco (parece nutrir simpatias por um novo mandato para Dilma), que acaba de anunciar um lucro recorde de três bilhões de Reais somente no terceiro trimestre deste ano, ao mesmo tempo que reajustam miseravelmente os salários da categoria bancária sob a justificativa de seguir as “metas” inflacionárias determinadas pelo Banco Central. Para mostrar aos banqueiros que sua reeleição também é conveniente ao setor, Dilma vem retomando com força a política neomonetarista de elevação constante da taxa básica de juros, a SELIC. Assim cai por terra a defesa incondicional que alguns “intelectuais” chapa branca faziam do governo do PT, caracterizando a “gerência” da Frente Popular como “neodesenvolvimentista”, juros baixos mesmo só para grandes empresas capitalistas subsidiadas pela “generosidade” do BNDES.

A mais nova “economista” do mercado, Marina Silva, anteriormente identificada com a charlatanice da tese de um “desenvolvimento sustentável” do modo de produção capitalista, agora faz apologia do “tripé” econômico implantado com ortodoxia na era FHC. O tal “tripé” neoliberal pressupõe um duro ajuste fiscal combinado com uma política de arrocho monetário e o cumprimento das metas inflacionárias, traduzindo é a velha receita do imperialismo para colocar o país em recessão no sentido do pagamento rigoroso dos serviços da dívida pública. O “socialista” Eduardo Campos que “abraçou” programaticamente o REDE, tenta inutilmente se descolar da imagem de candidato ungido pelo mercado financeiro, mas sua provável vice não faz o menor esforço em dissimular suas opções ideológicas e comerciais.

Para acabar com esta verdadeira promiscuidade entre o setor empresarial privado a escória política e o estado nacional, é necessário demolir as instituições do regime burguês, pela via da ação das massas no rumo da revolução socialista. Não há reforma social possível nos marcos do Estado capitalista, a corrupção e a “troca de favores” são partes integrantes e indissolúveis da acumulação privada de capital. Como afirmou Lenin, em plena época histórica do domínio imperialista sobre os povos e nações, se destaca a hegemonia do capital financeiro sobre todos os ramos da produção humana. O que assistimos hoje na conjuntura política do Brasil é a confirmação plena das teses Leninistas, onde os banqueiros e rentistas apostam em seus candidatos a “gestores” estatais dos negócios gerais da burguesia.