Agora é oficial: ITAÚ
muda nome de uma das suas empresas para REDE, será que Campos e Marina
receberão os “royalties”...
A Redecard, empresa do
conglomerado financeiro ITAÚ Unibanco, passou a se chamar Rede. O anúncio
oficial foi feito nesta terça-feira (22/10). O banco controlado pela família
Setúbal reposicionou a marca de captura de transações de crédito e de débito
com o objetivo de “adaptá-la” à “nova conjuntura” surgida com as “Jornadas de
Junho” e anunciou a entrada da empresa em um novo segmento de negócios, “focado
em pessoas físicas e profissionais liberais”, ou seja na classe média. Como
principais financiadores do projeto político “Marina” os Setúbal agora se
apropriam da legenda REDE, se não no campo eleitoral em função da negação do
registro pelo TSE, mas pelo menos no terreno comercial. O Brasil é o quarto
maior mercado de cartões de crédito do mundo, atrás de EUA, Canadá e China, e
movimentou no ano passado R$ 710 bilhões em transações. A previsão do ITAÚ é
que o país movimente R$ 800 bilhões neste ano. Dados do próprio banco mostram
que 75% da população brasileira têm cartões, mas que ainda há espaço para crescer.
A aposta de “colar” o nome REDE a uma empreitada comercial contou com o aval
pessoal de Marina e de sua anturragem vendida, mas não se sabe ainda o que o
governador Eduardo pensa a respeito da questão, será que esta dupla de
vigaristas políticos receberá os “royalties” do grupo ITAÚ?
Além da mudança de nome,
a nova marca da empresa também foi redesenhada pela família Setúbal. O novo
logo traz todas as letras da Rede conectadas uma à outra, e as cores mudaram. A
simetria com o símbolo político do REDE de Marina fica patente. Assim como o
ITAÚ, a Rede terá presença forte do laranja e do amarelo. Fernando Chacon
diretor executivo de marketing do grupo ITAÚ definiu assim a mudança: “A
Redecard deixa de ser empresa adquirente para assumir sua posição de líder da
indústria de meios de pagamento”, como se pode notar a expectativa do
conglomerado financeiro não é pequena na evolução da “nova” Rede, talvez porque
acreditem que a chapa neoliberal de Eduardo&Marina (ou vice-versa) tem
grandes chances de ocupar o Planalto para “facilitar” as reivindicações... dos
rentistas.
Mas se as “esperanças”
do setor financeiro recaem preferencialmente sobre a candidatura do PSB à
presidência, não podemos afirmar que sob os governos da Frente Popular estes
parasitas saíram perdendo. Este é o caso do Bradesco (parece nutrir simpatias
por um novo mandato para Dilma), que acaba de anunciar um lucro recorde de três
bilhões de Reais somente no terceiro trimestre deste ano, ao mesmo tempo que
reajustam miseravelmente os salários da categoria bancária sob a justificativa
de seguir as “metas” inflacionárias determinadas pelo Banco Central. Para
mostrar aos banqueiros que sua reeleição também é conveniente ao setor, Dilma
vem retomando com força a política neomonetarista de elevação constante da taxa
básica de juros, a SELIC. Assim cai por terra a defesa incondicional que alguns
“intelectuais” chapa branca faziam do governo do PT, caracterizando a “gerência”
da Frente Popular como “neodesenvolvimentista”, juros baixos mesmo só para
grandes empresas capitalistas subsidiadas pela “generosidade” do BNDES.
A mais nova “economista”
do mercado, Marina Silva, anteriormente identificada com a charlatanice da tese
de um “desenvolvimento sustentável” do modo de produção capitalista, agora faz
apologia do “tripé” econômico implantado com ortodoxia na era FHC. O tal “tripé”
neoliberal pressupõe um duro ajuste fiscal combinado com uma política de
arrocho monetário e o cumprimento das metas inflacionárias, traduzindo é a
velha receita do imperialismo para colocar o país em recessão no sentido do
pagamento rigoroso dos serviços da dívida pública. O “socialista” Eduardo
Campos que “abraçou” programaticamente o REDE, tenta inutilmente se descolar da
imagem de candidato ungido pelo mercado financeiro, mas sua provável vice não
faz o menor esforço em dissimular suas opções ideológicas e comerciais.
Para acabar com esta
verdadeira promiscuidade entre o setor empresarial privado a escória política e
o estado nacional, é necessário demolir as instituições do regime burguês, pela
via da ação das massas no rumo da revolução socialista. Não há reforma social
possível nos marcos do Estado capitalista, a corrupção e a “troca de favores”
são partes integrantes e indissolúveis da acumulação privada de capital. Como
afirmou Lenin, em plena época histórica do domínio imperialista sobre os povos
e nações, se destaca a hegemonia do capital financeiro sobre todos os ramos da
produção humana. O que assistimos hoje na conjuntura política do Brasil é a
confirmação plena das teses Leninistas, onde os banqueiros e rentistas apostam
em seus candidatos a “gestores” estatais dos negócios gerais da burguesia.