quarta-feira, 30 de julho de 2025

A VERDADE SOBRE O TARIFAÇO TRUMPISTA: QUEM REALMENTE ESTÁ PAGANDO PELO AUMENTO DOS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO SÃO EMPRESAS NORTE-AMERICANAS

Apesar da narrativa oficial do midiático “tresloucando” Trump, afirmando que o aumento das tarifas de importação farão a “América Grande Novamente”, a Secretaria do Comércio ianque esclareceu que “As empresas americanas são responsáveis pelo pagamento desses impostos de importação, e não os governos estrangeiros”. Embora a Casa Branca apresente a medida como uma vitória em termos de receita federal, o custo econômico pode acabar sendo repassado aos consumidores nacionais por meio de aumentos de preços para o mercado interno.

O novo gerente da Casa Branca está tentando desesperadamente reduzir o gigantesco déficit das contas públicas dos EUA as custas de sua agressiva política aduaneira, porém apesar do anúncio de um marco sem precedentes na arrecadação de tarifas de importação, os EUA arrecadaram US$ 150 bilhões desde que iniciaram a chamada “guerra comercial” com um pico mensal de US$ 28 bilhões somente em julho, a dívida pública norte-americana já alcançou a alarmante faixa de 120% do PIB, ou seja mais de US$ 37 trilhões!

Trump está em contagem regressiva para uma série de decisões importantes em sua agenda comercial global. No último domingo, o Republicano anunciou um novo acordo tarifário com a União Europeia, o maior parceiro comercial dos Estados Unidos, poucos dias após fechar outro pacto bilateral com o Japão e anteriormente com a China. Agora resta as “colônias” latino-americanas.

A questão chave que limita os “ímpetos” trumpistas, para além do show midiático, é a própria natureza do regime de produção capitalista, construído sobre uma cadeia globalizada, tendo como base a divisão internacional da força de trabalho, em última instância o elemento seminal da economia que pode gerar valor.

Um exemplo claro desta relação, é a taxação sobre as exportações da empresa brasileira de aviões: a EMBRAER. Caso as exportações da fabricante brasileira sofresse uma tarifa de 50%, como está ameaçado Trump, a empresa deixaria de ser competitiva no mercado norte-americano, e paralisaria parte de sua produção. Porém quem mais perderia com o fato seria a corporação imperialista Boeing, que exporta mais de 80% das peças, inclusive as caríssimas turbinas, para a Embraer poder fabricar seus aviões no Brasil. Outras mercadorias são ainda imprescindíveis para o mercado interno dos EUA, simplesmente porque não as tem em território norte-americano, como o café, cacau (produção de chocolate)e frutas diversas por exemplo.

Por todos esses fatores econômicos, que são estruturais para o funcionamento do modo de produção capitalista, é que não cansamos de afirmar que a “badalada” ofensiva trumpista para recuperar os EUA de sua decadência histórica, com a chamada “guerra comercial”, não passa de um grande show midiático, bem ao estilo da “sociedade do espetáculo” de Guy Debord…