segunda-feira, 31 de março de 2014


50 anos do golpe militar de 1964: Derrotar a reação capitalista de ontem e de hoje, construir uma alternativa revolucionária do proletariado contra a direita fascista e a política de colaboração de classes!

Traumas sofridos na infância de um garoto de apenas 6 anos, em um período onde o 'cheiro podre' do regime militar se exalava em quase todas as esquinas do Rio de Janeiro, vieram a 'gravar' em minha personalidade de homem uma forte convicção de profundo ódio à ditadura e posteriormente a todas as formas de dominação do capital. Já passava da meia noite quando uma 'agitação e um barulho infernal' tomou conta da pequena rua Gago Coutinho de apenas dois quarteirões, no bairro de Laranjeiras. Logo todos saíram às janelas do edifício para ver o que se passava, inclusive eu advertido a voltar para cama. Eram jipes militares e muitos soldados armados (fardados para a 'guerra') que ocuparam a rua e iam entrando em todos os prédios, vasculhando apartamento por apartamento. Meus pais logo me disseram inocuamente que eu não me preocupasse, que não tínhamos 'nada a ver com aquilo' (anos mais tarde meu irmão mais velho seria preso em Ilha Grande sob acusação alta indisciplina militar), poucos minutos depois chegaram os militares e revistaram nossa casa saindo logo em seguida em direção ao apartamento vizinho. Era uma noite de junho de 1968 e os genocidas golpistas estavam a 'caçar' um suposto 'aparelho' onde estaria escondido o dirigente comunista Luís Carlos Prestes, a 'busca' teria sido motivada pelo fato do arquiteto Oscar Niemeyer possuir há muitos anos um apartamento nesta rua, que por ironia da história ficava a poucos metros do palácio presidencial onde o facínora Costa e Silva passava os finais de semana na ex-capital federal. 'Caçada' em vão, Prestes já se encontrava em Moscou há algum tempo, bem longe dos porões da tortura que marcaram com 'ferro e fogo' tantos camaradas como o herói do povo brasileiro Gregório Bezerra e muitos outros combatentes da resistência comunista e democrática. Se os fascistas do regime militar nunca conseguiram por as mãos em Prestes, pelos menos naquela fatídica madrugada carioca 'geraram' involuntariamente um 'pequeno' inimigo mortal, que dez anos depois ainda adolescente, abraçaria as primeiras convicções do Marxismo Revolucionário, iniciando assim uma aguerrida militância Leninista contra a ditadura da burguesia e seu Estado capitalista, do qual o regime militar era apenas uma de suas 'modelagens' políticas.

Candido Alvarez
Secretário Geral da LBI

Neste 31 de março de 2014, quando se completam os 50 anos do golpe militar de 1964, os protestos em torno da ação reacionária das FFAA vem ganhando força no país, fazendo um contraponto midiático às “marchas” que reivindicam a intervenção militar tanto no passado quando nos dias de hoje. Ainda que o governo da frente popular capitaneado pelo PT tente capitalizar a “herança” dos que lutaram contra a ditadura militar, esta conduta não pode encobrir que as gestões de Lula e Dilma se aliaram com aqueles que ou colaboraram diretamente com os genocidas, como Sarney e Delfim Neto ou são seus representantes “reciclados”, com as oligarquias reacionárias que historicamente se aliaram com os militares e continuam a se beneficiar do regime da democracia dos ricos. Na verdade, o golpe foi desferido no primeiro de abril, conhecido popularmente como o dia da mentira, data escolhida pelos generais golpistas em conluio com a cúpula da UDN e setores do próprio PSD, para desencadear a ação militar que levaria à renúncia do presidente João Goulart. Passados 50 anos do terrível golpe militar que impôs à nação 21 anos de ditadura, colocando o país sob a tutela direta do imperialismo ianque, os “herdeiros civis e democráticos” dos golpistas montaram uma verdadeira “indústria” estatal para promover a busca da “verdade” sobre os bárbaros acontecimentos perpetrados pelo regime militar e seus agentes sociais. Esta “indústria” produz cargos e comissões altamente remuneradas pelo botim estatal, além de vultosas indenizações a todos aqueles que vítimas da repressão reconheçam na democracia burguesa o regime por que combateram. Em troca, o Estado capitalista lhes assegura também o justo “reconhecimento” de que lutaram “bravamente pela democracia e pelo estado de direito”. Deste “comércio” das indenizações e distribuição de “diplomas do mérito democrático” obviamente estão excluídos aqueles que teimam em reafirmar que a luta contra a ditadura militar representava, na verdade, o combate revolucionário ao regime capitalista da propriedade privada dos meios de produção. Em nossa modesta homenagem aos que tombaram ou foram torturados pelos facínoras a serviço do capital, reafirmamos a vigência do Marxismo-Leninismo, a necessidade da construção do partido revolucionário e a manutenção da estratégia da guerra de classes para sepultar o modo de produção capitalista em todos os seus “formatos” políticos e institucionais, denunciando inclusive os que aceitam as reparações ofertadas pelo Estado capitalista como corresponsáveis por encobrir o caráter reacionário da democracia dos ricos.

sábado, 29 de março de 2014


Exaurido o farsesco circo da Ação Penal 470 “famiglia” Marinho dispensa os “serviços” do seu herói JB

A organização mafiosa Globo, comandada hoje pela trinca de herdeiros do finado “Capo” Roberto Marinho, decidiu por um fim ao seu “noivado” com o atual presidente do STF, Joaquim Barbosa, um efêmero “herói nacional” construído pela mídia com o objetivo específico de defenestrar os antigos dirigentes da corrente política (interna) do PT, “Articulação dos 113”. A corrente “Articulação”, hoje mais conhecida como “Campo Majoritário”, surgiu em 1983 através de um “manifesto nacional” assinado por 113 dirigentes do PT. Neste novo “bloco” partidário majoritário, composto da fusão das lideranças do grupo sindical do entorno de Lula, membros da chamada “igreja popular” e de antigos membros da “esquerda revolucionária” Castrista, se concentrou as decisões políticas que o PT viria a adotar até a eleição de Dilma Rousseff em 2010. Para a burguesia nacional era necessário, a partir do novo governo petista, “quebrar” a hegemonia absoluta da “Articulação” no interior do PT, abrindo caminho para outras tendências abertamente neoliberais, mais identificadas programaticamente com a presidenta Dilma. Nesta complexa “operação política” de decepar a cabeça da “Articulação” e ao mesmo tempo preservar a liderança maior de Lula, a Ação Penal 470 caiu como uma perfeita luva. O primeiro passo, para a burguesia, foi o de cooptar o relator do processo no STF, que até então muitos dos “melhores” analistas políticos supunham “que não ia dar em nada”. A indicação de Joaquim Barbosa para relatar o processo do chamado “Mensalão” não poderia ser melhor, primeiro porque tratava-se de um ministro “nomeado” pelo próprio Lula, e segundo era um “negro” de origem social nas camadas mais pobres da população brasileira, que protagonizara embates recentes com o ultrarreacionário Gilmar Mendes. Com o cenário armado e os “atores” já contratados só faltava para a mídia “murdochiana” acender os refletores e “gravar”, o que viria a acontecer no início de agosto de 2012 não por coincidência um ano eleitoral...

quinta-feira, 27 de março de 2014


Imperialismo ianque aprova “condenação” da Rússia no covil da ONU! Demais “BRICs” covardemente se abstém do enfrentamento com os “donos do mundo”

A Assembleia-Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira, 27 de março, uma resolução apresentada pelos EUA declarando inválido o referendo realizado no início do mês na Crimeia, no qual foi aprovada a unificação com a Rússia. Houve 100 votos a favor, 11 contra e 58 abstenções na votação na Assembleia integrada por 193 países. China, Índia e Brasil, que integram junto com a Rússia o chamado BRIC vergonhosamente se abstiveram demonstrando a covardia destes países de enfrentar, mesmo que na esfera diplomática, o imperialismo ianque e europeu. O covil de abutres da ONU aprovou o mesmo texto que a Rússia havia vetado no início do mês no Conselho de Segurança, quando a China também se absteve cinicamente alegando que caso votasse junto da Rússia estaria estimulando movimentos separatistas no seu próprio território. Como se observa, ainda que os demais membros do BRIC possam ser beneficiados economicamente com as sanções dos EUA a Moscou, já que Putin tende a estreitar seus laços comerciais e militares com estes países “amigos”, frente a retaliação ianque à soberana decisão do povo da Crimeia, seus “parceiros” emergentes preferem não se chocar diretamente com a Casa Branca, esperando o desfecho final da crise. A China, que teria poder militar para através de uma aliança estratégica com a Rússia se contrapor minimamente aos EUA, covardemente comandou a posição de abstenção dos outros membros do BRIC, sinalizando seu objetivo de se preservar frente ao conflito em curso para se alçar futuramente como “alternativa” ao poderio ianque diante de uma possível fragilização russa.

quarta-feira, 26 de março de 2014


Unidos os “Três Patetas” da oposição, Aécio, Campos e Randolfe em torno de uma “solução de mercado” para a crise da Petrobras

A oposição burguesa ao governo da Frente Popular, incluindo neste saco de gatunos o PSOL, acaba de conseguir o número mínimo de assinaturas de senadores (27) para instaurar uma CPI da Petrobras na câmara alta do Parlamento. O presidente da Casa, Renan Calheiros, terá que colocar na pauta do plenário a abertura ou não da investigação acerca das decisões tomadas pela administração da estatal na compra da refinaria texana de Pasadena, embora não tenha um prazo determinado para a execução deste ato. Mas somente o fato da obtenção de um grande número de adesão de senadores à proposta de uma CPI para a Petrobras, incluindo alguns da própria base aliada, já foi comemorado como a primeira vitória política da união de todas as “oposições” ao governo Dilma. Para conseguir “encurralar” o PT no Congresso Nacional, pela primeira vez trabalharam como um só bloco os três candidatos da “oposição” ao Planalto em 2014, Aécio, Eduardo Campos e Randolfe Rodrigues. A unidade “tática” entre PSDB, PSB e PSOL já era esperada desde que o governador de Pernambuco resolveu postular sua indicação à presidência da república, rompendo uma aliança histórica com o PT. Para o PSOL que no Senado tem se aliado recorrentemente aos Tucanos, apesar de “mamar nas tetas” do governo petista, a entrada de Campos na “oposição” legitimou “pela esquerda” a formação de uma frente única das oposições anunciada para o segundo turno em 2014. E para debutar o novo bloco burguês no cenário nacional nada melhor do que escolher o escândalo de Pasadena como seu primeiro mote político. Sob as cordas, Dilma tenta justificar de todas as formas possíveis a compra pela Petrobras do “elefante branco” em território norte-americano, o que não é uma “tarefa” nada fácil diante de um prejuízo de cerca de um bilhão de Dólares causado a principal empresa estatal brasileira. Mas se a “tarefa” de Dilma é “quase impossível” não é menos cretina a “missão” da oposição unificada em defender um “modelo” de Petrobras totalmente voltado para os interesses do mercado. Para o Campos Aécio e Randolfe, no documento político em que pedem a abertura da CPI, o grande “crime” da Petrobras foi se fechar aos “consultores” do mercado, contendo as tarifas de combustíveis no país e “investido erroneamente” na construção de novas refinarias. Para estes senhores neoliberais a Petrobras atravessa uma crise financeira simplesmente porque “suas ações perderam valor no mercado bursátil”, enquanto o governo realizava “a demagogia da gasolina barata”, ou seja, para o “blocão” a solução seria abrir as importações e o controle acionário ainda mais da estatal e na sequência aumentar o preço dos combustíveis no Brasil.

terça-feira, 25 de março de 2014


“Nem militares, Nem Irmandade”: A farsa do “terceiro campo” montada pela LIT para legitimar seu apoio à ditadura “revolucionária” no Egito!

Nesta segunda-feira, 24 de março, um tribunal militar egípcio condenou à morte 529 membros da Irmandade Muçulmana (IM) anunciando a maior condenação em massa à pena capital na história moderna do Egito, uma decisão nunca vista nem mesmo nos tempos do facínora Mubarak. Na mesma data, a LIT (que apresentou o golpe militar desferido em julho de 2013 como uma vitória das massas) lançou um artigo intitulado “A revolução egípcia e as tarefas da esquerda” (sítio PSTU, 24/03) em que montam uma nova farsa. Sob o slogan de “Nem militares, Nem Irmandade”, os morenistas agora aplaudem a pena de morte aos seguidores de Mursi, alegando que não se trata de um ataque às massas “revolucionárias” e sim a setores reacionários fundamentalistas. Estes canalhas que apoiaram o golpe de estado apresentando-o como um triunfo popular e apregoavam desde o início que se deveria organizar as “massas” para atacar a IM ficaram eufóricos a decisão do tribunal egípcio, afinal de contas serão eliminados centenas de militantes “islâmicos reacionários”!!!. Sobre o sangue dos seguidores da IM e com sua eliminação física, a LIT diz que está surgindo um “terceiro campo” político alternativo no Egito. Mais um “exagero” da LBI nos dizem alguns, mais uma calúnia desta “seita” que ataca a direção do PSTU... Deixemos os próprios ratos morenistas “grunhirem”: “A política central do regime militar para derrotar a revolução não é o confronto aberto, físico, com o movimento de massas de conjunto (apesar das medidas bonapartistas), mas uma política de engano, de fazer concessões democráticas e utilizar os mecanismos da democracia burguesa (referendo, eleições etc.). Alguns poderiam perguntar: e a repressão e os massacres contra a IM? E a prisão de Morsi e ilegalização da IM? É verdade que o aparato de segurança segue reprimindo, mas o caráter da repressão não é generalizado e sim seletivo. A repressão mais violenta da ditadura se centra na IM e, apesar de querer ampliá-la a todo o movimento de massas a partir dessa ‘campanha contra o terror’, se demonstra que não tem condições, não tem correlação de forças suficiente para tal empresa, pois a situação revolucionária aberta com a saída de Mubarak não se fechou. Nesse sentido, a destituição de Morsi e sua prisão, assim como a repressão e ilegalização da IM, não podem ser consideradas como uma ‘repressão sangrenta contra a revolução’ (a não ser que se considere a HM como ‘parte da revolução’), mas sim como concessões que os militares se viram obrigados a fazer ‘para não perder os dedos’” (Idem). Como se pode ler com os próprios olhos, impor a pena de morte a mais de 500 presos políticos agora se chama concessão democrática às massas (!), já que os generais, antes apresentados como porta-vozes do povo pela LIT, agora não teriam força política e social para impor a repressão aberta frente ao avanço da “revolução”!!!

segunda-feira, 24 de março de 2014


Encontro Nacional contra a Copa e Marcha antifascista: Duas respostas limitadas da “esquerda” frente o recrudescimento do regime político da democracia dos ricos

Neste sábado, dia 22 de março, ocorreram em São Paulo duas importantes atividades políticas. A militância da LBI participou pela manhã do “Encontro Nacional do Espaço de Unidade de Ação” realizado no Sindicato dos Metroviários que discutiu a organização de protestos durante a Copa do Mundo e à tarde da Marcha Antifascista que se concentrou na Praça da Sé por volta das 15h saindo em passeata até a antiga sede do DOPS, na Luz, região central da capital paulista. O “Encontro” contou com cerca de 1.500 pessoas. Agrupou fundamentalmente a burocracia sindical de “esquerda” que orbita em torno da CSP-Conlutas, “CUT pode mais” e de setores do PSOL como o MES de Luciana Genro. Luciana aproveitou o encontro para se cacifar eleitoralmente como pré-candidata do PSOL e anunciar o ingresso de sua corrente na CSP-Conlutas, justamente para controlar a aproximação sindical com os setores cutistas no Rio Grande do Sul. Como prevíamos, a atividade foi uma demonstração de força do PSTU. O partido utilizou o encontro para lançar a candidatura de José Maria de Almeida e deliberar um calendário de atividade para suas colaterais do movimento sindical e estudantil (ANEL). Nesse sentido, não foi proposto nada de novo, apenas fortalecer o 1º de Maio na Sé e realizar uma manifestação em São Paulo na abertura da Copa do Mundo no dia 12 de junho, deixando de lado a luta direta do proletariado que vem sendo duramente atacado pelo capital, como as demissões de quase mil trabalhadores na GM do Vale do Paraíba em São Paulo no final de 2013, cujo sindicato dirigido pela CONLUTAS sabotou efetivamente qualquer resistência da classe contra a multinacional ianque, se resumindo a mendigar como de costume, uma intervenção da “gerentona” Dilma e do Estado burguês a “favor” dos trabalhadores, promovendo uma criminosa deseducação política entre os proletários como vimos denunciando. Já a Marcha Antifascista agrupou cerca de 2000 pessoas e foi uma mobilização importante na medida em que colocou a necessidade de se combater nas ruas a direita reacionária tanto no Brasil como em nível mundial, como na Venezuela e Ucrânia. Além da LBI, estiveram presentes na Marcha, o PCO, PCR, setores do PSOL, PCB, PCdoB e militantes do PT, como o Senador Eduardo Suplicy, em aberta campanha eleitoral pela sua reeleição. O PSTU e seus satélites políticos como a LER e o TPOR boicotaram a manifestação contra o golpismo. Desgraçadamente, as duas atividades foram marcadas por uma limitação evidente: a ausência de um programa revolucionário tanto para fazer da denúncia da Copa do Mundo um ponto de apoio para a luta direta dos trabalhadores por suas reivindicações imediatas e históricas como para a necessidade de enfrentar o recrudescimento do regime democratizante através dos próprios métodos da classe operária. Em resumo, o Encontro Nacional contra a Copa e Marcha antifascista se constituíram em duas respostas limitadas da “esquerda” frente o recrudescimento do regime político da democracia dos ricos.

sábado, 22 de março de 2014


Como os Ianques não tem “coragem” de enfrentar militarmente Putin, as sanções econômicas dos EUA e UE contra a Rússia acabarão reforçando os BRICs

O Imperialismo ianque dispõe sem sombra de dúvida do maior e mais avançado aparato bélico do planeta, são capazes de devastar as forças militares de um país sem sequer precisar “sujar” as botas de seus Marines em solo inimigo, como aconteceu recentemente na Líbia. A capacidade de atacar com absoluta precisão alvos muito remotos e até mesmo “neutralizar” eletronicamente equipamentos militares adversários é uma característica muito particular da “extraordinária” máquina de guerra dos EUA, isto é claro sem mencionar seu colossal arsenal nuclear. Mas outra característica marcante das tropas ianques é a sua extrema covardia, própria de um corpo militar composto hoje majoritariamente por elementos mercenários, sem uma “bandeira” para lutar, que ingressam nas forças armadas através de um contrato comercial (temporário) de trabalho, no caso de cidadãos norte-americanos, ou de vantagens jurídicas como vistos de permanência (Green Card) no caso de imigrantes. A rotunda derrota militar do imperialismo na guerra do Vietnã, convulsionando internamente os EUA, impôs todo um reordenamento de seu exército e marinha, chegando mesmo a ter que separar a legendária corporação de “vanguarda” dos Marines de uma de suas armas militares regular, transformando-a institucionalmente em um corpo de mercenários como foi a Legião Estrangeira da França que atuava em suas colônias na África. Estas características atuais do aparato militar ianque explicam em grande parte a covardia do governo Obama em enfrentar adversários de real potencial de resistência, como Coreia do Norte, Irã, Síria e o mais “perigoso” a Rússia. Os “falcões” do Pentágono se mostram muito “valentes” quando se trata de atacar países quase indefesos militarmente, quando uma primeira investida aérea de seus caças já consegue destruir completamente as defesas da nação oprimida. Por isso, na crise internacional deflagrada pela separação da Crimeia do governo fascista instalado em Kiev, os chefes militares dos EUA “aconselharam” Obama a usar o peso econômico do Império e refugar qualquer “aposta” em uma aventura bélica contra a Rússia. O Secretário de Defesa ianque, Chuck Hagel, que parece não querer “imitar” os papéis de seu homônimo belicoso Chuck Norris, em uma longa ligação telefônica com o ministro russo Sergei Shoigu, afirmou que os EUA descarta qualquer possibilidade de confronto com as forças do antigo Exército Vermelho. Restou a Obama coordenar com seus “colegas” imperialistas, como Merkel e Hollande, uma retaliação econômica a Rússia, no sentido de uma gradual retração das importações de gás e commodities agrícolas por parte do continente europeu. Para Putin e seu staff restauracionista na medida em que estas sanções entrarem em vigor restará a Rússia intensificar seu comércio com os mercados da China e Índia, levando objetivamente a um reforço de conjunto das relações financeiras no interior do bloco dos BRICs, o que poderá colocar o Brasil como um novo parceiro preferencial de Moscou.

sexta-feira, 21 de março de 2014


O escândalo da compra da refinaria de Pasadena no Texas pela Petrobras representa bem mais do que um caso de corrupção estatal... é o reflexo da política “estratégica” de subordinação do Brasil ao imperialismo ianque

O governo Dilma e a principal empresa estatal do país, a Petrobras, estão sob fogo cerrado (“amigo e inimigo”) diante das denúncias acerca da compra “superalavancada” em 2006 de uma pequena refinaria de petróleo no estado norte-americano do Texas. Trata-se da refinaria de Pasadena, que teve 50% de suas ações arrebatadas pela Petrobras das mãos da empresa belga Astra Oil Company, no valor de 360 milhões de Dólares. A transnacional Astra, que já opera há muitos anos nos EUA, tinha comprado a refinaria inteira de Pasadena em 2005 por escassos 42,5 milhões de Dólares. Em apenas um ano a Astra obteve do negócio realizado com a Petrobras um lucro de mais de mil por cento! Mas o enorme prejuízo com a compra da metade acionária de Pasadena era apenas o começo, o pior para a Petrobras ainda estava por vir! Para obter o aval positivo do Conselho de Administração da Petrobras, que na época era presidido por Dilma na condição de ministra do governo Lula, a empresa belga alegou que teria comprado Pasadena inativa e, portanto, realizado investimentos financeiros necessários para colocá-la novamente em funcionamento. Com o volumoso aporte monetário do conselho da Petrobras, a Astra tenta colocar novamente em funcionamento a velha e ultrapassada refinaria do Texas, mas logicamente os resultados são desastrosos, Pasadena não consegue processar, por patente insuficiência tecnológica, nem o petróleo marítimo brasileiro e tampouco a maioria do extraído hoje nos EUA (xisto), o resultado não poderia ser outro a não ser um rotundo prejuízo. Mas para a transnacional Astra não haveria o menor risco, mesmo no pior cenário comercial possível de Pasadena, o motivo era uma cláusula no contrato de associação com a Petrobras que garantia um lucro incondicional a empresa belga de 6,9% ao ano. Ao questionar na corte de justiça norte-americana os termos financeiros da “parceria” com a Astra, a Petrobras foi condenada em 2012 a comprar a outra metade de Pasadena, em função de outra cláusula contratual, chamada de “Put Option”. Desta vez pelos outros 50% do “elefante Branco” de Pasadena a Petrobras foi obrigada a pagar a “irrisória” quantia de 820,5 milhões de Dólares, totalizando um montante de 1,2 bilhão de Dólares pagos a Astra. Avaliação realizada hoje por “especialistas” do setor energético estimam que o preço de mercado da refinaria de Pasadena não ultrapasse a soma de 15% do total do valor desembolsado pela Petrobras, gerando um rombo para o caixa da estatal na ordem de um bilhão de Dólares! Mas o que queremos debater neste artigo não é somente mais um caso crônico de corrupção estatal, onde com certeza uma dúzia de políticos burgueses e tecnocratas da estatal engordaram um pouco mais suas contas em paraísos financeiros, para “cegarem” por completo na leitura de um contrato “surrealista”, tão danoso ao interesse do país quanto aos dos trabalhadores da Petrobras. Queremos trazer à tona com o escândalo de Pasadena uma discussão bem mais profunda, ou seja da visceral subordinação da burguesia nacional aos interesses históricos do imperialismo ianque, que impõe há décadas ao Brasil a insuficiência tecnológica no processamento do petróleo, gerando a dependência do país em relação aos derivados refinados do óleo cru, como o diesel, gasolina, nafta e o querosene para a aviação civil e militar. Na atual etapa da luta de classes, pós “Guerra Fria”, em um cenário mundial hegemonizado pelos EUA, um país que não possui autonomia energética não pode ser plenamente soberano. Não basta produzir a “commodity” petróleo para vendê-la para as grandes corporações internacionais e depois comprá-la mais caro na forma de múltiplos derivados, isto não é e nunca será “autossuficiência”. Foi nesta lógica de submissão “estratégica” a sobrevivência do decadente monoimpério que meia dúzia de políticos burgueses corruptos que controlam de fato a Petrobras caíram no “conto do vigário” e compraram uma refinaria imaginária na lua... digo no Texas...

quinta-feira, 20 de março de 2014


Marco Civil da Internet: Sob pressão do PIG e do “blocão” reacionário, Dilma entrega de vez o controle da “rede” para os barões da mídia capitalista!

Muito se tem falado na mídia sobre a “disputa” que está havendo no parlamento em torno do chamado “marco civil da internet”, apresentado pelo governo Dilma para formalmente estabelecer direitos dos internautas brasileiros e obrigações de prestadores de serviços na web (provedores de acesso e ferramentas on-line), dominados pelas chamadas “teles”, multinacionais como a Vivo, Tim, Claro e Oi, além dos grandes portais G-1 e Uol controlados pelas “famiglias” Marinho e Frias. Não se trata de um debate de pouca importância, já que ele vai definir legalmente como as grandes empresas vão gerenciar o acesso da população a rede de computadores, impondo o aumento de seu custo, determinando a velocidade paga e inclusive o conteúdo que o usuário poderá ou não ter acesso. O fato dos “rebeldes” do PMDB, lobistas a serviço do PIG, estarem fazendo deste assunto o grande embate com o governo Dilma em aliança com o PSDB-DEM-PPS-PSB, forçando seguidamente concessão atrás de concessão, revela a impossibilidade de um governo burguês completamente submisso ao grande capital, como é a frente popular encabeçada pelo PT, de tentar regular minimamente o controle dos conglomerados da grande mídia na internet, ainda mais quando é publico que esta é uma tecnologia militar que vem sendo usada no marco da vida civil. Ainda que saibamos que a rede de computadores, seus conteúdos, satélites e monitoramento já são controlados pelos monopólios imperialistas e as agências de segurança dos Estados imperialistas, como os EUA, uma nação que se proclama soberana e que foi alvo de espionagem do imperialismo ianque poderia usar este momento para esboçar uma mínima reação a este processo de subserviência em um ramo fundamental da segurança, que é a comunicação e o acesso à informação. No debate sobre o “marco civil da internet” há uma clara expressão da luta de classes, onde os grandes capitalistas além de extorquirem ainda mais a população para esta ter “direito” ao acesso a rede, desejam aprofundar o controle de conteúdo, inclusive perseguindo seus opositores na blogosfera, havendo por sua vez o aumento do custo de hospedagem de sites e até mesmo a possibilidade de impedir a existência de blogs que são estejam sob seu controle político e editorial.

terça-feira, 18 de março de 2014


Mais uma trabalhadora negra assassinada brutalmente pela PM de Cabral com as bênçãos de Dilma

Mais um crime covarde foi praticado impiedosamente pela fascista e odiosa Polícia Militar de Sergio “Caveirão” (PMDB) e seu comparsa, o Secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e ex-agente da ditadura militar José Mariano Beltrame, contra mais uma trabalhadora negra e moradora de favela, fato que não é novidade haja vista o verdadeiro processo de extermínio que há décadas a juventude negra e pobre vem sofrendo no país. Na manhã do último dia 16, a vítima destes carrascos foi a trabalhadora Claudia da Silva Ferreira de 38 anos, mãe de quatro filhos, covardemente baleada por policiais militares quando saia de sua residência para comprar pão no Morro da Congonha, zona norte do estado, sendo em seguida colocada friamente no porta-malas do camburão de uma viatura, a qual saiu em direção ao Hospital Carlos Chagas na zona norte, quando em meio ao trajeto a porta da viatura se abriu e Claudia foi projetada para fora do veiculo, ficando pendurada pela roupa no para-choque, sendo arrastada no asfalto barbaramente por cerca de 250 metros. Transeuntes avisavam os policiais que a mulher estava sendo arrastada, fato ignorado pelos PMs que continuavam a guiar tranquilamente a viatura. Segundo a filha de Claudia, Thais Silva de 18 anos que presenciou a cena macabra: “Eles arrastaram a minha mãe como se fosse um saco e a jogaram para dentro do camburão como um animal”, denuncia. É desta forma que agem os cães de guarda da burguesia quando se trata de atacar a população pobre e explorada das favelas e periferias dos grandes centros urbanos.
Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária, nº 275, 2ª Quinzena de Março/2014


 EDITORIAL
Referendo na Crimeia: Vitória esmagadora da resistência popular à atual ofensiva neoliberal do imperialismo na região de influência da antiga URSS


O VERDADEIRO “GOLPE DA DIREITA”
Dilma aprofunda submissão aos rentistas e se ajoelha diante da chantagem do PMDB


LIÇÕES DA VITÓRIA DOS GARIS DO RIO DE JANEIRO
Superar suas direções pelegas e impor aos patrões as reivindicações do povo explorado!


GREVE DOS GARIS
Varrer toda a sujeira de Paes/Cabral e seu lixo da corrupção burguesa!


LUTA PELA EFETIVAÇÃO DO PISO DOS PROFESSORES
LBI intervém nas assembleias gerais denunciando a greve nacional de “mentirinha” organizada pela burocracia sindical cutista


EDUCAÇÃO EM LUTA
Por uma verdadeira greve nacional dos professores! Não à política de lobby parlamentar da CNTE-CUT!


HÁ 50 ANOS DO GRANDE COMÍCIO DA CENTRAL DO BRASIL
Burguesia nacional decidiu “sacrificar” seu próprio projeto de país optando pela via sangrenta de subordinação ao imperialismo


8 DE MARÇO
Da Venezuela à Ucrânia, mulheres operárias se postam na vanguarda da luta contra o neofascismo!


LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA


segunda-feira, 17 de março de 2014


Referendo na Crimeia: Vitória esmagadora da resistência popular à atual ofensiva neoliberal do imperialismo na região de influência da antiga URSS

O referendo realizado na Crimeia neste domingo, 16 de março, aprovou com 96,8 % dos votos seu desligamento político e territorial da Ucrânia e a integração da região a Rússia. O comparecimento às urnas superou 85% de participação popular, legitimando uma decisão histórica que reflete a esmagadora vontade das massas de resistir à política pró-imperialista do “novo” governo ucraniano imposto através de um golpe de estado que contou com o apoio da Casa Branca a partidos reacionários e grupos neonazistas financiados pela CIA. Um milhão e meio de eleitores da península ucraniana foram às urnas e decidiram pela “reunificação com a Rússia como membro da Federação Russa”, porém somente 60% destes têm ligação étnica e linguística com a Rússia. Na verdade, a deliberação retumbante formaliza o que o povo já havia expressado nas ruas repudiando ativamente a política de anexação da Ucrânia a União Europeia. A decisão tem desdobramentos estratégicos e imediatos na luta de classes mundial porque os imperialismos ianque e europeu anunciaram que não reconhecem o resultado do referendo e os EUA ameaçam aplicar imediatamente sanções contra a Rússia. Além disso, o resultado vem estimulando outras regiões da Ucrânia a se desligarem do país a fim de se unificarem com a Rússia (como em Donetsk e outras localidades que ficam no leste) revelando que o governo golpista não tem absolutamente nenhum controle sobre a Ucrânia a não ser na própria capital Kiev. Ciente do perigo, os EUA emitiram um comunicado reafirmando que rejeita o resultado da consulta: “Este referendo é contrário à Constituição da Ucrânia, e a comunidade internacional não reconhecerá os resultados desta votação”, declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Cinicamente a nota diz ainda que “as ações da Rússia são perigosas e desestabilizadoras” quando foi o próprio imperialismo que impôs a queda de Viktor Yanukovich por meio de mobilizações reacionárias e tem se especializado em patrocinar “protestos” para fragilizar governos adversários a seus interesses, como vemos na Venezuela, Síria, Irã e na própria Rússia. Em meio a este quadro político extremamente polarizado, os Marxistas Revolucionários saúdam a decisão histórica do povo e dos trabalhadores da Crimeia e, ao mesmo tempo, declaram que se postam incondicionalmente ao lado da Rússia contra o imperialismo e seus agentes neonazistas internos no caso de um enfrentamento bélico com as potências capitalistas e a OTAN! Somente os ratos decompostos da LIT/PSTU, que ainda se reclamam de esquerda, podem afirmar que apoiarão os neonazistas ucranianos em caso de um enfrentamento concreto com as forças militares de Putin, em nome de uma suposta “revolução” em Kiev. Os Bolcheviques Leninistas em caso de uma guerra deflagrada na região de influência geopolítica da antiga URSS saberão levantar as “bandeiras de outubro”, tão sentidas para o proletariado soviético, e na mesma trincheira militar dos restauracionistas russos contra o imperialismo acertarão suas “contas” históricas com aqueles que ajudaram a destruir as conquistas operárias da revolução socialista de 1917.

sexta-feira, 14 de março de 2014


Na luta pela efetivação do Piso dos professores, LBI intervém nas assembleias gerais denunciando a greve nacional de “mentirinha” organizada pela burocracia sindical cutista. Preparar uma verdadeira greve geral da educação!

Ocorreu nesta quinta-feira (13/03) a assembleia geral dos trabalhadores em educação convocada pela arquipelega direção da APEOC, a primeira a ser realizada desde o final da greve de 2011. Apesar de não contar com a participação massiva da categoria, fruto do rescaldo das últimas derrotas, os cerca de 500 professores (as) presente demonstraram muita disposição de luta e revolta contra a política de traição da burocracia sindical governista da APEOC. Logo no início da assembleia, a direção da APEOC lançou mão do seu arsenal de manobras burocráticas, colocando em votação, sem qualquer discussão, a posição de referendar a midiática e lobista “greve nacional da educação” de apenas três dias convocada pela direção “chapa branca” da CNTE/CUT. A conduta de acabar com o menor resquício de democracia operária na assembleia, refletindo o desespero da burocracia governista temerosa de ser atropelada pela base, acirrou ainda mais a justa “puteza” da categoria, gerando um princípio de conflito com “bate-bocas e empurra-empurra” entre os ativistas da oposição e os “bate-paus” contratados pela direção da APEOC.

quinta-feira, 13 de março de 2014


Há 50 anos do grande comício da Central do Brasil: A burguesia nacional decidiu  “sacrificar” seu próprio projeto de país  com medo da ação independente do proletariado, optando pela via sangrenta de subordinação ao imperialismo

O grande comício da Central do Brasil, realizado há exatos 50 anos, no dia 13 de março de 1964, foi o último fôlego do governo nacionalista burguês do presidente João Goulart diante das forças mais reacionárias e golpistas, apoiadas pelo imperialismo ianque, que tramavam abertamente para implantar um regime político  semifascista da ditadura militar. Jango  e os generais que lhe davam “apoio” estavam conscientes de que a realização de um grande comício das massas radicalizadas aceleraria em muito a dinâmica golpista em pleno curso. Mas, pressionado pela ala “esquerda” de seu comando trabalhista, como Brizola, Darci e Almino Afonso, resolveu bancar a iniciativa, que envolvia vários segmentos políticos, desde as ligas camponesas, passando pelo CGT dos burocratas sindicais do PTB e até o velho Partidão. O comício pelas “reformas” superou todas as expectativas, não só pelo número de participantes, mas fundamentalmente pela radicalidade de suas reivindicações, que incluíram até o armamento dos trabalhadores. Durante o comício, que reuniu cerca de 300 mil trabalhadores e estudantes, Jango assinou decretos de nacionalização das poucas refinarias de petróleo existentes no Brasil e a desapropriação terras com mais de 100 hectares ao longo das ferrovias e rodovias federais, para fins de reforma agrária. Sem o apoio dos setores decisivos da burguesia financeira e industrial, que estava cada vez mais vinculada aos interesses do imperialismo, Jango prometeu implantar o projeto nacional reformista das chamadas “Reformas de Base”, em defesa das quais vinham crescendo as mobilizações de operários, camponeses e estudantes em todo o país. As “reformas” pretendidas inicialmente  pelo PTB “Janguista” nem de longe ameaçavam a ordem capitalista vigente, ao contrário eram parte de um projeto maior “desenvolvimentista” da burguesia nacional que buscava a ampliação de um mercado interno de consumo e a redução da dependência financeira e industrial do país em relação a economia norte-americana. Mas a alta cúpula militar não pensava exatamente desta maneira, apesar de uma ala de generais como Castelo Branco e os irmãos Geisel concordarem com a ideia de superar o atraso nacional pela via da industrialização do país. Este era o ponto de “acordo” entre Jango e seus  assessores militares mais próximos, que logo depois vieram a protagonizar o golpe fascista contra seu “comandante em chefe”, mas um “pequena” diferença política os separavam, era justamente o papel a ser jogado pelas massas proletárias e camponesas da nação. Para a “inteligência nacionalista militar” o proletariado urbano e rural deveria ficar completamente a margem de qualquer projeto “desenvolvimentista”, além de considerarem “sagrados” os vínculos comerciais do Brasil com os EUA. Na ausência do consenso com seu gabinete militar, Jango resolve tocar em frente o comício da "Central"  o que provocou a unificação “automática” dos oficiais supostamente “leais” a legalidade do governo (Castelo e Amaury Kruel) com os facínoras  golpistas do quilate de um Costa e Silva. Naquela histórica noite, onde milhares de trabalhadores afluíram ao chamado do governo, na expectativa  de uma brusca guinada à esquerda de Jango, um comando militar terrorista, comandado pelo coronel Murici, planejava um atentado a vida do presidente para precipitar o golpe naquele mesmo dia, foram contidos no local pelo general Orlando que lhes “pediu” mais duas semanas para “finalizar” a deposição  de  forma mais organizada. No palanque da “Central”  suando muito ao lado de sua bela mulher, Maria Thereza, Jango parecia já pressentir o seu fim, mas não se acovardou e desferiu seu “petardo trabalhista e nacionalista”: “Aqui estão os meus amigos trabalhadores, vencendo uma campanha de terror ideológico e sabotagem, cuidadosamente organizada para impedir ou perturbar a realização deste memorável encontro entre o povo e o seu presidente, na presença das mais significativas organizações operárias e lideranças populares deste país... A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobras; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais, é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício” (Trecho do discurso de Jango na Central do Brasil).

quarta-feira, 12 de março de 2014


Por uma verdadeira greve nacional dos professores! Não à política de lobby parlamentar da CNTE-CUT!

Nos dias 17, 18 e 19 de março a CNTE-CUT e seus sindicatos filiados estão convocando uma greve nacional “para exigir o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE), destinação de 10% do PIB para a educação pública e contra a proposta dos governadores e o INPC”. A mobilização midiática foi anunciada após o Ministério da Educação orientar a atualização do piso em míseros 8,32%, sendo este índice a “nova” estimativa de custo aluno do Fundeb para 2013, a qual serve de referência para a correção do piso salarial do magistério em 2014. Até então, a previsão de atualização era de 19%, ou seja, Dilma e os governadores impuseram um sério golpe contra os professores. Segundo a CNTE “o MEC agiu na ilegalidade, a fim de contemplar reivindicações de governadores e prefeitos que dizem não ter condições de honrar o reajuste definido na Lei do Piso, mas que, em momento algum, provam a propalada incapacidade financeira”. Desgraçadamente, a burocracia da CUT encastelada na CNTE vem sabotando uma verdadeira greve nacional unificada, apenas apontando a manifestação lobista e midiática para estes dias, que desgaste o mínimo possível o PT e seus aliados nos estados, já que estamos em ano eleitoral e o Planalto segue desesperadamente nas suas articulações para contemplar as exigências das oligarquias regionais do PMDB, PTB, PR e PROS, desferindo mais ataques às conquistas dos trabalhadores em educação.

terça-feira, 11 de março de 2014


Uma importante lição da vitória dos garis do Rio de janeiro: Superar suas direções pelegas e impor aos patrões as reivindicações do povo explorado!

No último sábado, 8, depois de oito dias de greve os garis da cidade do Rio de Janeiro, em meio a uma dura batalha contra a direção da Comlurb, os pelegos do sindicato, o prefeito Paes, a repressão policial, a Justiça burguesa e os ataques da Rede Globo, obtiveram uma importante vitória em suas reivindicações como há muitos anos nenhuma outra categoria de trabalhadores havia conseguido no país até então. A quase totalidade dos sindicatos “chapa branca” postula “aumentos” abaixo da inflação ou próximos a zero para não se indispor com a burguesia nacional. Na contracorrente da conjuntura nacional, de recrudescimento do regime político e de cruzada reacionária rumo à fascistização às vésperas da realização da Copa do Mundo, os garis conseguiram que Eduardo Paes recuasse em sua intransigência e aceitasse as reivindicações dos trabalhadores, um aumento de 37%, vale-refeição de R$ 20, 40% de insalubridade e vários outros benefícios cortados desde a gestão do carrasco César Maia. Mas como isto foi possível? Por esta categoria ser uma das mais exploradas do setor público, com salários miseráveis concentrou ao longo de muitos anos um profundo descontentamento não só contra a prefeitura como também aos pelegos do sindicato que vivem a soldo das gestões municipais há décadas. Como resultado desta “puteza” os trabalhadores atropelaram a burocracia sindical vendida elegendo um comando de greve em assembleia, o qual passou a estabelecer os rumos das mobilizações e negociações, ou seja, quebrou o gesso que impedia o avanço da luta em defesa das mais elementares necessidades dos trabalhadores, partindo para a ação direta (passeatas, protestos, assembleias de base) sem qualquer interferência “oficial” nas decisões dos explorados.

segunda-feira, 10 de março de 2014


O verdadeiro “golpe da direita”: Dilma aprofunda submissão aos rentistas e se ajoelha diante da chantagem do PMDB

Em tempos de ofensiva reacionária na Venezuela e na Ucrânia, escuta-se dentro da esquerda “chapa branca”, de militantes do PT, PCdoB e principalmente da blogsfera alinhada ao Planalto que o governo Dilma poderia ser alvo de um “golpe da direita” em um período próximo. A LBI que nas “jornadas de junho” alertou sobre o curso direitista que o PIG estava tentando impor ao movimento naquele momento, caracterizou que esta investida midiática reacionária tinha como objetivo desgastar Dilma eleitoralmente para forçar um segundo turno em 2014, já que a “direita” está fragilizada neste terreno. Obviamente que não há no horizonte imediato qualquer espaço para um golpe clássico ou algo ao estilo que vem se passando na pátria de Hugo Chávez ou na ex-república soviética. O PT ainda é a força política preferencial da burguesia para gerir seus negócios. Isto não quer dizer que não esteja em curso um claro recrudescimento do regime político em nosso país que ganhou corpo com a farsa do julgamento do chamado “mensalão” e a repressão aos movimentos populares, porém o próprio PT sob pressão da mídia burguesa e de seus aliados da direita vem sendo a mola mestra desse processo. A repressão ao “Movimento não vai ter Copa” desferida pelos governos estaduais com o apoio da “gerentona” petista, a lei antiterrorismo que será aprovada no Senado e o incremento do aparato policial em torno do mundial da FIFA que deixará como “legado” mais instrumentos de ataques ao povo trabalhador são exemplos incontestes do que afirmamos. Mas não só isso. Não há perigo de “golpe da direita” neste momento porque o PT está claramente comprometido com a estabilidade do regime político burguês, inclusive se ajoelhando para aprofundar suas relações econômicas com os empresários e as oligarquias reacionárias agrupadas no PMDB. As fricções e o balcão de negócios em torno do apoio a reeleição da presidente Dilma são parte desse jogo de barganha para acomodar os interesses burgueses que como classe deseja estrategicamente um ataque de maior envergadura ao movimento de massas, uma investida que está sendo gestada para se impor depois de 2018 com o fim do ciclo petista no governo central. Neste momento, as “gerências” do PT apenas preparam o terreno para a volta dos neoliberais mais “agressivos”, sedentos para recolocar o estado brasileiro na trilha do último vagão do imperialismo ianque.

quinta-feira, 6 de março de 2014


8 de Março: Da Venezuela à Ucrânia, mulheres operárias se postam na vanguarda da luta contra o neofascismo!

Este 8 de março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, ocorre sob o signo de uma brutal ofensiva reacionária contra os direitos e conquistas dos explorados em nível mundial. Os imperialismos ianque e europeu buscam impor seu domínio sobre as nações que não são alinhadas servilmente aos interesses dos grandes monopólios capitalistas e seus gerentes de plantão como Obama e Merkel. A investida mais dramática tem com centro a Ucrânia e a Venezuela, países localizados em continentes distantes, mas que estão ligados por serem alvos da sanha de forças reacionárias que reivindicam Mussolini, Hitler e Pinochet. Na luta contra o neofascismo, vimos como linha de frente mulheres operárias e camponesas, jovens trabalhadoras, que se colocam na barricada de combate contra a reação burguesa. Na Venezuela, no final de fevereiro, milhares de mulheres saíram às ruas contra os fascistas, na Crimeia e em várias regiões da Ucrânia, centenas de companheiras estavam na linha de frente das milícias populares que impediram que as hordas da direita derrubassem as estátuas de Lenin e dos soldados que lutaram contra o nazismo na década de 40. Muitas saudaram inclusive a chegada das tropas russas nestes dias! No marco desta luta, nós marxistas revolucionários declaramos que devemos resgatar a vitória da resistência soviética sobre o nazismo (1945) para impulsionar a luta dos povos oprimidos pela derrota do imperialismo, já que foi na URSS que as mulheres mais avançaram em seus direitos políticos e sociais! Às vésperas de comemorar os 70 anos da derrota nazista, o proletariado internacional e os explorados de todo o mundo, mais particularmente as mulheres trabalhadoras que sofrem diariamente a opressão e a exploração do capitalismo devem tomar a firme resistência do povo soviético como uma prova incontestável de que o imperialismo pode ser derrotado nas ruas!

quarta-feira, 5 de março de 2014


Para varrer toda a sujeira de Paes/Cabral e seu lixo da corrupção burguesa, unidade dos Garis com as categorias em luta! Não às demissões dos lutadores do povo pobre!

Os garis da Comlurb da capital fluminense entraram em greve durante uma massiva assembleia convocada a partir da base que contou com mais de 1500 combativos companheiros em pleno sábado de carnaval (1/3), enfrentando de peito aberto a direção da Comlurb, o sindicato “de empregados de atividades de asseio e conservação” pelego dirigido pela máfia da UGT e a selvagem repressão da polícia de choque do governo Sérgio “Caveirão” e do prefeito Eduardo Paes. Os trabalhadores, cansados de longos 30 anos de negociatas e traições, tomaram um megafone e uma caixa de som dos dirigentes burocratas e deram início a sua assembleia, dando rumo a uma grande mobilização pelas ruas da capital, em marcha da sede do sindicato foram para o Sambódromo. A burocracia sindical, por outro lado, deu as costas à categoria anunciando que está em “negociações” com a prefeitura, arquitetando por detrás dos panos um acordo espúrio e miserável porque este é “grupo sem representatividade a propagação de rumores de ameaça de paralisação” (G1-RJ, 5/3). E como não poderia deixar de ser, os companheiros estão sofrendo uma brutal repressão policial e atacados frontalmente pela “justiça” patronal a mando da prefeitura, dando sequência à senda de criminalização dos movimentos sociais em decorrência do recrudescimento do regime principalmente no Rio de Janeiro. Os rumos reacionários do cenário político nacional colocam que todo aquele ativista e militante de esquerda que se contraponha ao establishment deve ser perseguido e preso, “sofrendo os rigores da lei”, como foram o último protesto contra a Copa em São Paulo e as manifestações contra o aumento da passagem na Central do Brasil, ou seja, o regime democrático-burguês condena quem lute em defesa dos oprimidos.

segunda-feira, 3 de março de 2014


Recuo forçado da ofensiva imperialista na Síria e Ucrânia fortaleceu a Rússia como contraponto global à política de “terra arrasada” dos “Donos do Mundo”

A firme postura da Rússia na atual crise ucraniana poderá ter surpreendido muitos analistas políticos acostumados a assistir às constantes capitulações diante do imperialismo ianque do bando restauracionista que tomou o poder na ex-URSS a partir do início dos anos 90. Os EUA tripudiou impunemente do Estado líbio, arrasando e saqueando uma nação inteira, sem ter encontrado uma única resistência internacional em oposição à sua investida assassina contra um país soberano. Obama seguia tranquilo e impunemente a trilha política deixada pelo facínora Bush, que invadiu o Iraque e Afeganistão sem que as outras duas potências militares mundiais, China e Rússia, movessem uma “única palha” para deter a sanha criminosa do imperialismo ianque. Porém, a “águia imperial” quando já afiava suas garras para atacar a Síria, vítima da mesma estratégia da CIA de fomentar “revoluções democráticas” em países adversários, encontrou desta vez uma considerável “trave militar” no eixo formado pelo Irã e Rússia em socorro do regime Assad. Obama que já tinha anunciado em cadeia mundial o ataque à Síria, baseado em uma covarde provocação montada pelos “rebeldes”, foi obrigado a recuar ante a possibilidade de deflagrar um conflito militar internacional envolvendo o poderio bélico russo. Acontece que os abutres ianques se mostram muito “corajosos” quando se trata de agredir uma nação que sequer conseguiu colocar sua frota de caças no ar para se defender, como ocorreu na Líbia, mas quando a questão é combater em igualdade de condições os Mig ou Sukoy (projetados ainda na era soviética), os F16 ou F18 norte americanos não demonstram a mesma “valentia”. Na Ucrânia os atuais “revolucionários” da praça Maidan em Kiev, amantes de Mussolini e Obama, não tiveram muita dificuldade para afugentar do governo o covarde Yanukovich, apesar das mortes que ocorreram em ambos os lados, mas quando Putin anunciou que não deixaria isolados os compatriotas da Crimeia, logo as milícias fascistas foram pedir ajuda ao Tio Sam que além de “espernear” e ameaçar a Rússia com sanções econômicas, não se mostrou disposto mais uma vez a enfrentar militarmente os remanescentes  do antigo Exército Vermelho.
Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária, nº 274, 1ª Quinzena de Março/2014



EDITORIAL
Recuo forçado da ofensiva imperialista na Síria e Ucrânia fortaleceu a Rússia como contraponto global à política de “terra arrasada” dos “Donos do Mundo”


ANÚNCIO DO PIB 2013
Nem a catástrofe e tampouco um pico de crescimento econômico, apenas o “morno” que precede ao esgotamento do “modelo”


“PACOTE DE MALDADES” DA FRENTE POPULAR
Dilma atende rentistas cortando 44 BI do orçamento e aumentando superávit primário


REPÚDIO MILITANTE À FARSA DO JULGAMENTO DO “MENSALÃO”
Qual o significado político das exitosas “vaquinhas” organizadas em defesa dos dirigentes do PT presos pela reação burguesa?


BÁRBARA REPRESSÃO EM SÃO PAULO – 22/02
Tucano Alckmin ataca covardemente manifestantes políticos contra a copa, prendendo arbitrariamente centenas, entre eles dois dirigentes da LBI


DESDE A TRINCHEIRA DE LUTA DO MOVIMENTO “NÃO VAI TER COPA”
Um verdadeiro campo de concentração nas ruas de São Paulo


RUMOS DOS PROTESTOS CONTRA A COPA
Lutar por um programa revolucionário ou se abster de intervir deixando-o sob a influência da direita e do PIG?


ENTREVISTA COM RENÉ GONZÁLEZ
Um herói do Estado operário cubano (Exclusivo internet)


LIBERDADE PARA OS PETROLEIROS DE LAS HERAS CONDENADOS À PRISÃO PERPÉTUA!
Construir atos de solidariedade aos lutadores argentinos punidos pela justiça capitalista a serviço das transnacionais!


REGIME MILITAR EGITO
Ventos da “Primavera Árabe” sopram ainda mais reacionários com o “novo” gabinete de Ibrahim Mahlab


ATO POLÍTICO EM FRENTE AO CONSULADO DA VENEZUELA/RJ
LBI denuncia provocações fascistas contra governo Maduro e defende o armamento popular para derrotar os agentes do imperialismo!


VENEZUELA E UCRÂNIA
Flagrantes “coincidências” na estratégia golpista do imperialismo e a necessidade de uma resposta revolucionária do proletariado mundial


OFENSIVA REACIONÁRIA E A VERGONHOSA POSIÇÃO DO REVISIONISMO
Diante da covardia de Ianukovitch, neofascistas tomam Kiev e ameaçam colocar o país em guerra civil! LIT/ PSTU se perfilam mais uma vez no campo do nazi-imperialismo!


RESISTÊNCIA ANTIFASCISTA NA UCRÂNIA
Neonazistas não passarão impunemente pela Crimeia, derrotar os entreguistas de Kiev nas ruas e na guerra!

LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA


domingo, 2 de março de 2014


Neonazistas não passarão impunemente pela Crimeia, derrotar os entreguistas de Kiev nas ruas e na guerra!

A Ucrânia está às vésperas de uma guerra civil, os neofascistas que tomaram o poder na capital Kiev não esperavam a forte reação do proletariado do país, concentrado principalmente nas regiões industriais do Sul e leste. A população da Crimeia, onde fica localizada a maior base militar naval do Mar Negro, majoritariamente de origem russa não aceita como legítimo o governo golpista comandado pelo entreguista, Oleksander Turchinov, do Partido Pátria. Na histórica cidade de Sebastopol (cidade heroica), onde estão localizadas as principais instalações da frota naval russa no Mar Negro, a população forma milícias armadas que pretendem proclamar a independência total da Crimeia em relação ao governo de Kiev, que já pediu apoio da Casa Branca para atacar o sul do país. A mídia “murdochiana” atribui a resistência da Crimeia em aceitar as ordens do novo governo da coalizão pró-imperialista (PP e organizações neofascistas) como sendo um produto exclusivo das diferenças étnicas, “esquecem” que Sebastopol resistiu heroicamente de Outubro de 1941 até julho de 1942 à invasão nazista alemã de seu território. Agora quando as hordas fascistas realizam marchas em Kiev, destruindo os símbolos da resistência contra o nazismo e apoiadas pelo atual governo golpista, não nos surpreendemos com a corajosa reação da classe operária da Crimeia que afirma que não será dominada pelos neonazistas, desta vez incentivados  pelo imperialismo ianque. Diante da ameaça de uma agressão à população da Crimeia pelos golpistas de plantão, o governo Russo não se fez de rogado e convocou o parlamento (Duma) para aprovar o envio de uma força militar para sustentar a soberania da Crimeia em relação a Kiev. A península da Crimeia é uma região estratégica para os planos Putin estender a influência russa sobre o que denominou de “Eurásia”, a instalação de um enclave militar dos EUA e da UE nesta região desmoralizaria completamente o peso político de Moscou, que mesmo com o desaparecimento da URSS ainda se constitui como a segunda maior potência militar do planeta. Na base naval da Crimeia, “devolvida” a Ucrânia em 1954 por Khrushev, o governo russo mantém cerca de 25 mil marinheiros, incluindo até modernos submarinos nucleares. Por sinal foi neste mesmo porto de longa tradição militar que a tripulação do famoso encouraçado Potemkin se amotinou precisamente em Sebastopol, dando lugar ao começo da Revolução Russa em 1917.