sexta-feira, 31 de maio de 2019

10 ANOS DA MORTE DE GUILLERMO LORA (1922 - 2009): NOSSA HOMENAGEM AO HISTÓRICO DIRIGENTE TROTSKISTA BOLIVIANO NÃO ESCAMOTEIA AS PROFUNDAS DIFERENÇAS COM O REVISIONISMO DO POR


O Jornal Luta Operária nº179 (Maio/2009) publicou o obituário de G. Lora resgatando nossa intensa luta política como Marxistas Revolucionários com as várias vertentes educadas por sua tradição teórica na Bolívia, Brasil e Argentina. Reproduzimos abaixo esse texto histórico quando se completam os 10 anos de sua morte.

Guillermo Lora, dirigente histórico do Partido Operário Revolucionário boliviano faleceu no dia 17 de maio de 2009 com 87 anos em La Paz. Foi o personagem mais importante do século XX na Bolívia. Dedicou sua vida à militância política, desde a juventude, nos anos 40, quando levou o programa da IV Internacional ao proletariado mineiro. Autor das famosas Teses de Pulacayo, Lora fincou seu legado político na luta da classe operária do país. Foi um dos últimos velhos dirigentes trotskistas da geração de Cannon, Moreno, Mandel e Lambert a falecer. Não temos por objetivo neste obituário resgatar o conjunto das muitas e duras polêmicas que realizamos com Lora. Porque, longe de compartilhar da hipocrisia cristã de que "todo mundo fica bom quando morre" continuaremos a polemizar com o lorismo sempre que a luta em defesa do trotskismo ortodoxo fizer necessário. Mas o que buscamos resgatar neste momento é exatamente nossa intensa luta política como marxistas revolucionários por intervir sobre a vanguarda boliviana que se reivindica trotskista e que tem em Lora sua maior expressão, e também sobre as várias vertentes educadas por sua tradição teórica na Bolívia, Brasil e Argentina.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

BALANÇO GERAL DO 30M: MASSIVOS ATOS MOSTRAM RADICALIDADE DA JUVENTUDE PARA DERROTAR O FASCISTA BOLSONARO, MAS PORQUE NÃO SUPERARAM O 15M?


Os atos e passeatas desde 30 de Maio foram massivos, demonstrando a disposição de luta da juventude para derrotar Bolsonaro. Entretanto ficou evidente que as manifestações do 30M não superaram nem em número e muito menos na radicalidade os protestos de 15 de Maio. Apenas em BH a manifestação de hoje foi maior que o ato anterior, quando tudo levava para que os atos de hoje superassem os protestos anteriores mas as direções políticas e sindicais trataram de segurar essa perspectiva de aprofundamento e radicalização da luta direta contra o governo. Cabe aos Marxistas fazer um balanço desse “dilema” político. A LBI interveio no 30M ativamente, dialogando com os trabalhadores e estudantes. Fizemos piquetes, estivemos ombro a ombro com os lutadores de várias categorias. 


Ficou claro que a puteza do povo trabalhador e da juventude com o fascista Bolsonaro com seus ataques a educação além do seu objetivo de levar a cabo a reforma neoliberal da previdência. O “Fora Bolsonaro” ecoou por todo o país apesar da orientação de Lula para que o PT e a Frente Popular não radicalizarem os atos. Não por acaso a UNE, controlada pelo PCdoB, tratou de dar um caráter apenas “estudantil”, sem convocar uma Greve Geral de toda a educação. A própria massa empiricamente estava à esquerda das direções políticas e sindicais, porém os aparatos políticos apenas tinham como objetivo desgastar o governo do fascista Bolsonaro com vistas às eleições que se avizinham.



O fato dos atos de hoje terem sido menores dos realizados em 15M expressa a política das direções da CUT e da UNE, de não unificar e radicalizar a luta contra Bolsonaro e suas reformas. O caráter estudantil do protesto demonstra que a Frente Popular teme colocar em luta as massas proletárias, na medida que isso pode colocar em risco o caráter até agora ordeiro e pacífico das manifestações. Lula sabe perfeitamente que se radicalizar será mantido no cárcere por mais tempo porque a burguesia desaprovaria qualquer luta por fora dos marcos da democracia burguesa.

Juventude Bolchevique marca presença no 30M
De nossa parte colocamos nossa militância na rua e dentro de nossas modestas forças tratamos de divulgar nosso jornal e a política bolchevique materializada no eixo: Abaixo o governo Bolsonaro e todo o regime bonapartista. Temos claro que os trabalhadores e a juventude esperam que em 14 de Junho, dia da Greve Geral, a força dos protestos seja maior para impor uma derrota efetiva a Bolsonaro e seu congresso corrupto, junto com a venal STF. Lutemos por superar a orientação de colaboração de classes da Frente Popular, impondo pela base uma alternativa de poder revolucionário dos trabalhadores!

Núcleo de professores da LBI presente no 30M
Diante da crise do governo e dos protestos em curso, os Marxistas Leninistas defendem uma saída que aponte para a independência política dos trabalhadores, o que significa a defesa na luta para colocar abaixo todo o regime político bonapartisrta de exceção! Não vemos como saída progressista nem a renúncia para assumir o general Mourão nem obviamente a convocação de novas eleições, nossa perspectiva é apresentar uma saída política independente do ponto de vista dos interesses dos trabalhadores, o que passa por convocar imediatamente a Greve Geral por tempo indeterminado e construir a resistência através dos métodos de luta da classe operária, impondo a derrubada do conjunto do regime político de exceção e não só o gerente fascista Bolsonaro!
MOB REALIZA PIQUETES NOS BANCOS NESTE 30M: RUMO À GREVE GERAL!


Neste dia nacional de luta em defesa da educação e contra a reforma da previdência, o MOB (Movimento de Oposição Bancária/CE) mobilizou os bancários para engrossarem as fileiras dos lutadores contra os ataques do fascista Bolsonaro às nossas conquistas e direitos. Como se não bastasse os cortes na educação, as reformas neoliberais em favor dos banqueiros, o arrocho salarial, ainda pretendem privatizar as estatais como os Correios e os bancos públicos. O parasitismo financeiro sustenta-se fazendo o trabalhador pagar a conta de uma crise que não é sua. Ao contrário da orientação política dada pelas cúpulas da CUT, CTB e CONLUTAS , além é claro da direções sindicais dos bancários, o MOB saiu às agências neste 30M realizando piquetes e convocando não só para as manifestações mas, sobretudo, para a necessidade da realização da greve geral ativa da categoria no sentido de derrotar a ofensiva neoliberal do governo fascista de Jair Bolsonaro, concentrada neste momento na aprovação pelo Congresso Nacional da malfadada (contra)reforma da Previdência. A enorme lucratividade dos bancos é fruto da exploração selvagem dos bancários que sofrem com as péssimas condições de trabalho, metas abusivas, assédio moral, ameaças, chantagens, perseguições, PDV’s e demissões em massa, além da rapinagem contra a população em geral com tarifas e taxas exorbitantes, venda casada de produtos, mal atendimento, etc. Essa é uma realidade do Bradesco, do Santander, do BB, da CEF, enfim, de todos os bancos, como pudemos aferir nos piquetes às agências, realizadas por nós do MOB. A CEF, por exemplo, acaba de lançar mais um PDV para demitir “voluntariamente” 3,5 mil bancários e, posteriormente, contratar outros com menor salário e menos direitos! No entanto, enquanto o governo declara guerra aos trabalhadores, as direções sindicais insistem na sua política de colaboração de classes com limitados dias nacionais de luta, descolados de um plano de lutas que unifique juventude e os trabalhadores da cidade e  do campo numa greve geral por tempo indeterminado até derrotar completamente a ofensiva da direita reacionária contra nossos direitos e conquistas históricas.


UM BALANÇO DA MANHÃ DO 30M: REFLUXO DAS MOBILIZAÇÕES É RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DA UNE, ANDES E CUT E NÃO DA FALTA DE DISPOSIÇÃO PARA A LUTA DOS ESTUDANTES E TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO


Com a maioria dos atos nacionais em defesa da educação marcados para o final da tarde ou começo da noite, ainda é prematuro elaborar um balanço mais completo deste 30M. Porém já estão postos alguns elementos da mobilização realizada em alguns estados da federação nesta manhã. Em primeiro lugar ficou claro que nem as direções da UNE, ANDES, CNTE e CUT decidiram convocar uma verdadeira greve geral ativa nesta quinta-feira, mesmo após ser necessário dar uma resposta enérgica contra a “Domingueira fascista” promovida pelo clã Bolsonaro e seu ultrarreacionário “guru” Olavo de Carvalho. Com uma orientação política contrária as paralisações, principalmente a UNE e a CUT apostaram em “dia de pressão”, cedendo assim aos argumentos conservadores da direita e do próprio tresloucado Ministro da Educação, Abraham Weintraub, que afirmaram na mídia que uma greve geral seria contrária aos interesses do ensino e pesquisa nas universidades brasileiras. A “balbúrdia” segundo os fascistas do governo Bolsonaro seriam nossas lutas, mobilizações e greves realizadas ao longo de nossa história em defesa da educação pública, mas infelizmente as direções reformistas parecem dar um certo “grau razão” a esta escória da elite dominante e também condenaram a greve estudantil neste 30M. A UNE em particular negou-se a fazer uma paralisação geral nas universidades e UBES não paralisou os colégios públicos e privados. A unidade com os trabalhadores para derrotar Bolsonaro e todas suas reformas foi substituída por chamado genérico “em defesa da educação”. Também pudera a política do PT, PCdoB, CUT e UNE é não fortalecer a luta para pôr abaixo Bolsonaro e todo o regime bonapartista. Não por acaso, Marianna Dias declarou: “Hoje não é um protesto pelo impeachment mas pela educação" (UOL, 30.05). Para derrotar essa política de colaboração de classes é necessário superar a Frente Popular, construindo um polo alternativo de direção que aponte a luta direta sem ilusões no circo eleitoral da democracia dos ricos. Ficou evidente que os atos que ocorreram hoje pela manhã ficaram bem aquém das manfiestações massivas protagonizadas no 15M. Esperamos que os atos que serão realizados no Rio de Janeiro e São Paulo no final da tarde e início da noite passem por cima dessa orientação imobilista da Frente Popular 
LEIA A ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 333, MAIO/2019


EDITORIAL
Abaixo o governo Bolsonaro e todo o regime Bonapartista!

BALANÇO DA MICARETA DIREITISTA (26M)
Bolsonaro aciona suas hordas fascistas enquanto Frente Popular (inativa) busca consolidar uma aliança com o MDB/Centrão

UNE CONVOCA “DIA DE MOBILIZAÇÃO ESTUDANTIL” SEM CHAMAR A UNIDADE COM OS TRABALHADORES
Contra o isolamento da luta, façamos do 30 de maio o início da Greve Geral!


DISPARADA DO DÓLAR, QUEDA NAS BOLSAS E A “CARTA APOCALÍPTICA”
Nem golpe nem Renúncia... rentistas preraram espetacular ataque especulativo para solapar as reservas cambiais do país, emparedando o fascista Bolsonaro 

BALANÇO DO 15 DE MAIO
Disposição de luta da juventude para derrotar os ataques do fascista Bolsonaro esbarra na política de colaboração de classes da frente popular

BUROCRACIA SINDICAL ANUNCIA NO 1º DE MAIO “GREVE DE FAZ DE CONTA”
Um único dia de “feriadão junino” para não derrotar a reforma neoliberal!

LULA ORIENTA O PT A NÃO RADICALIZAR CONTRA O GOVERNO FASCISTA
“Fora Bolsonaro” nem pensar... 

LAVA JATO PÕE NOVAMENTE AS GARRAS EM JOSÉ DIRCEU
Sair às ruas contra os ataques do fascista Bolsonaro, pela liberdade de lula e todos os presos políticos da “República de Curitiba”!

MAY RENUNCIA
Crise do “Brexit” coloca imperialismo britânico em um dilema... passar a gerência estatal para a extrema-direita ou ao trabalhismo. 

DEPOIS DO FRACASSO NA VENEZUELA, TRUMP AMEAÇA IRÃ ATAQUE MILITAR
Os Marxistas Revolucionários defenderão o regime de Teerã contra o imperialismo, apesar do caráter burguês e obscurantista dos Aiatolás!


DO MAIO FRANCÊS AOS “COLETES AMARELOS”
51 anos depois um movimento reacionário canaliza a crise da “V República” burguesa

quarta-feira, 29 de maio de 2019

O PACTO DOS TRÊS (PODRES) PODERES: CENTRÃO, MÁFIA TOGADA E GOVERNO DO FASCISTA CELEBRAM ACORDO PARA ACHACAR AS CONQUISTAS DOS TRABALHADORES 


As esperanças que a Frente Popular nutria para realizar uma aliança com Rodrigo Maia (Centão) e os Ministros do STF, caíram ontem por terra após a reunião em Brasília do “Pacto dos três Poderes”. A equivocada “leitura” política da “Domingueira fascista” feita pelas lideranças do PT, PSOL e PCdoB (Frente Popular), seria que após os violentos ataques do bloco “Ovalista”desferidos na micareta direitista de domingo contra o Congresso Nacional e o STF, Rodrigo Maia e Toffoli se somariam ao campo da “oposição progressista”, isolando ainda mais o governo do fascista Bolsonaro. Parece mesmo que os dirigentes da esquerda reformista são incapazes de abstrair as lições de suas próprias derrotas políticas, como a sofrida com o golpe institucional de 2016. Ao contrário das expectativas do PT e seus apêndices políticos, o chamado “Centrão” concluiu que o “recado” emanado pelas ruas da “Domingueira fascista” foi no sentido de acelerar as (contra)reformas neoliberais, que para para os caciques do Congresso e Bolsonaro demonstraram ter algum respaldo social. Nesta direção orientada pelos rentistas, a elite dominante capitalista logo tratou de “costurar” um novo pacto, desta vez não mais um “pacto social” de colaboração de classes, mas sim um pacto nacional entre a cúpula corrupta das três instituições republicanas que controlam o Estado Burguês. Ontem(28/05)em um café da manhã no Palácio da Alvorada, entre o fascista Jair Bolsonaro, o chefe da máfia togada do STF, Dias Toffoli, e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia e do Senado, Davi Alcolumbre (Centrão) foi discutido o esboço de um texto intitulado "Pacto pelo Brasil".  O malfadado “pacto” prevê a “união” dos esforços entre os três (podres)poderes do Estado Burguês em torno de uma agenda neoliberal para achacar as conquistas históricas dos trabalhadores, os com cinco pontos acordados entre a quadrilha dominante foram os seguintes: (contra)reforma da Previdência, reforma tributária, pacto federativo, segurança pública e desburocratização. Não por coincidência o “pacto” tem a mesma pauta “sugerida” pelo Departamento de Estado norte-americano..Com forte alta da Bovespa, também o mercado financeiro comemorou o sinistro “pacto” que mais se assemelha ao “Tratado de Versalhes”, onde o capital impõe todas as suas condições! Já como resultado imediato do “Acordão”, em uma velocidade supreendente, o presidente do STF pautou para quinta-feira o desmonte da Petrobras, com a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), entregue para a franco-belga  Engie (ex-Tratecbel) e para o fundo de pensões canadense CDPQ. O movimento operário e popular não pode ficar a reboque de uma política desastrosa da Frente Popular, a estratégia de colaboração de classes já demonstrou fartamente que só poderá conduzir o proletariado a profundas derrotas históricas. A próximas mobilizações populares devem servir como alavanca para a deflagração de uma grande greve geral por tempo indeterminado. Para destruir este macabro “pacto” das elites, que representa uma verdadeira declaração de guerra contra os trabalhadores, é urgente e necessário a construção de uma alternativa revolucionária de poder da classe operária!
NOVA CARNIFICINA EM MANAUS: 57 MORTOS EM PRESÍDIO PRIVATIZADO PARA MÁFIA BURGUESA...OLIGARQUIAS E EMPRESÁRIOS SÃO VERDADEIRAS “FRAÇÕES CRIMINOSAS” QUE IMPÕEM BARBÁRIE DENTRO E FORA DAS PRISÕES!


57 presos foram encontrados mortos em quatro unidades prisionais do Amazonas entre domingo e segunda-feira. Todas são administrados pela Umannizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda, empresa privada que recebeu R$ 836 milhões nos últimos quatro anos, de acordo com os contratos disponibilizados no Portal Transparência do estado. A Umanizzare sofreu condenações na Justiça do Trabalho por desrespeitar normas laborais. Nos processos, funcionários da companhia reclamam de desrespeito às regras sobre intervalos e remuneração de trabalho em feriados. Obviamente o governo do Amazonas e as empresas que gerenciam o presídio tem responsabilidade total pelo acontecido. Colocaram facções rivais em um mesmo complexo penitenciário, onde facilmente se joga inimigos na mesma cela, preferencialmente superlotada, para que a “guerra do crime” faça a “limpeza”. Foi isso o que aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, inimigos jurados de morte colocados de forma perigosamente próxima e em meio a um plano de fuga já conhecido pelo governo e a administração prisional. Uma tragédia premeditada. Em 2015, depois de criar uma secretaria específica para cuidar dos presídios, a Secretaria de Administração Penitenciária, o governador José Melo contratou um consórcio, através de contrato de parceria publico-privada, para administrar os presídios do Amazonas. O extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial do Estado do dia 9 deste mês. Trata-se de um contrato de R$ 205,9 milhões para concessão de cinco unidades prisionais por 27 anos, prorrogáveis até o limite de 35 anos. Pelo contrato, o Consócio Pamas – Penitenciárias do Amazonas, a Umanizzare Gestão Prisional e Serviços e a LFG Locações e Serviços Ltda, se responsabilizariam pelos serviços de gestão, operação e manutenção, precedidos de obras de cinco unidades prisionais no Estado do Amazonas. A Umanizzare, que em 2014 recebeu do governo amazonense R$ 137.284.505,62, prometia, como o seu nome já diz em italiano, “Humanizar” os detentos. Em seu site, a empresa assim descrevia sua missão no Complexo Prisional Anísio Jobim (COMPAJ), onde aconteceu a barbárie nesta madrugada: “Em 01 de Junho de 2014, a Umanizzare assume a gestão do COMPAJ com o intuito de empregar diversas práticas e ações já desenvolvidas em outras unidades prisionais geridas por ela e que amenizam a condição de cárcere do detento. Seguindo como exemplo instituições em países onde até 80% dos detentos podem ser reabilitados, a Umanizzare acredita que para reabilitar, além de boas condições físicas, o detento precisa de atividades que ofereçam um futuro de volta à sociedade.” Os 57 detentos destrinchados como animais no abate, enquanto estavam sob a guarda do Estado no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, sabem bem que essa “humanização” não existe dentro do capitalismo. No Brasil são quase 700 mil pessoas, em condições trágicas e perspectivas ainda mais desalentadoras. Se considerarmos o número dos que estudam como indicador de ressocialização, só 12,8%deles, 84 mil, trilham esse caminho. Fazendo a conta ao inverso 572 mil indivíduos estão na cadeia sem qualquer expectativa senão o crime e a vida na prisão, fonte de lucro para empresas privadas. Diante de tamanha atrocidade cometida, não são os presos que devem ser denunciados, que já são vítimas de um sistema carcerário terrível, mas sim este próprio sistema, que nunca serviu para impedir qualquer crime ou conter o crescimento da criminalidade. É preciso exigir a redução das penas e a criação de penas alternativas (trabalho e educação) ao encarceramento para acabar com a superlotação e evitar os massacres. Decapitações, detentos esfolados vivos e cadáveres empilhados após brigas de facções, que ocorreu dentro das celas do Anísio Jobim, onde as quadrilhas repartem o controle da prisão com o corrupto e mafioso comando da PM e da Secretaria de Segurança Pública, é reflexo direto do controle do poder político e econômico por parte das oligarquias no Amazonas, que usam a brutal violência do Estado burguês contra a população trabalhadora para impor seu domínio, com direito à perseguição política e assassinatos aos seus críticos. Os que bradam contra os crimes desumanos praticados pelos presos, onde vários detentos foram decepados, devem voltar primeiro seu justo ódio e repulsa contra o clã reacionário que controla o Amazonas, que na verdade é o centro irradiador do clima de banditismo que assola o estado amazônico. Tão feroz como as disputas dentro do presídio é o enfrentamento entre os bandos burgueses pelo controle do botim estatal, um quadro marcado por corrupção generalizada em benefício das gangues capitalistas. Como se vê, nesse jogo de disputa do poder burguês não existe mocinhos e bandidos, todos fazem parte da mesma máfia que explora a população trabalhadora. Os presos são apenas a face pobre, maltrapilha e os únicos que vão para a cadeia, enquanto os verdadeiros bandidos são os políticos burgueses que controlam o Estado. Esse quadro é reflexo da barbárie capitalista responsável por levar os trabalhadores e o povo pobre em geral à miséria. São encarcerados em condições subumanas quando cometem pequenos “delitos” ou se marginalizam em função da própria desagregação social a que são submetidos. Nos presídios só se aprofunda este quadro de abismo social, banditismo e degradação. Por seu turno, os verdadeiros ladrões do povo, como a corrupta e assassina oligarquia local e os barões do tráfico continuam intocáveis porque integram a classe dominante. Em resumo, o povo pobre está preso em celas sub-humanas e superlotadas, muitas vezes sem sequer a sentença ter sido transitada nem julgada. De nada adianta voltar a revolta popular contra os presos se os verdadeiros responsáveis pela barbárie, miséria e a fome que vive o estado estão luxuosamente alojados nos Palácios e mansões. A população pobre não pode continuar indefesa contra a violência organizada do Estado capitalista dentro e fora das prisões. Precisa dar um basta às chacinas e massacres, organizar comitês de autodefesa para se proteger do aparato repressivo e da máfia burguesa, lutando pela destruição da PM, expropriando esta verdadeira quadrilha burguesa que controla o Amazonas e o Brasil! Por sua vez, é preciso denunciar o recrudescimento da repressão estatal como um ataque geral ao povo pobre em meio a crise econômica, unificando a luta dos parentes das vítimas/presos com o conjunto da população trabalhadora, das organizações que combatem a repressão policial e a criminalização dos movimentos sociais.

terça-feira, 28 de maio de 2019

LEIA A EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 332


EDITORIAL
Contra as reformas do "mercado" e governo fascista do Bolsonaro, Greve Geral já!   

1º DE MAIO UNIFICADO DAS CENTRAIS SINDICAIS
Nada de luta e Greve Geral, só “lixo cultural” e paralisia política... 

ENTREVISTA COM LULA NA CARCERAGEM DA “REPÚBLICA DE CURITIBA”
O preso político pelo regime de exceção ainda deposita suas esperanças na corte suprema, a mesma que coordenou o golpe

DISPUTA NA CORTE BOLSONARISTA
O que realmente está por trás dos “impropérios” de Olavo de carvalho, endossados por Carluxo, contra o general Mourão?

ESQUENTA A LUTA ENTRE AS DUAS FRAÇÕES GOLPISTAS
Raquel e os fascistas da lava jato querem interditar a máfia togada do STF

100 DIAS DO GOVERNO BOLSONARO
Enquanto a esquerda patrocina o impressionismo vulgar que o fascista “balança mas não cai”, sua gerência ultraneoliberal segue firme na ofensiva 

COMITÊS “LULA LIVRE” ENTRE PT E PSOL NÃO SÃO PONTO DE APOIO PARA A LUTA DIRETA CONTRA A OFENSIVA NEOLIBERAL
Estão subordinados a estratégia da frente popular de centralidadade eleitoral!

LAVA JATO PERUANA MATA DIRIGENTE HISTÓRICO DO PARA
O “suicídio” do ex-presidente Alan García revela os planos dos EUA para as lideranças da esquerda latino-americana

45 ANOS DA “REVOLUÇÃO DOS CRAVOS”
Social-Democracia e stalinismo aprofundam traição a classe operária... integração ao governo do PS provoca ruptura no “Bloco de Esquerda” e crise no PCP

22 DE ABRIL DE 1870, 149 ANOS DO NASCIMENTO DE LENIN
O dirigente máximo da revolução de Outubro que personificou a ditadura do proletariado e o partido centralizado!

82 ANOS DA MORTE DE GRAMSCI
A revolução russa e o stalinismo na visão do genial dirigente comunista italiano

MORRE JIM ROBERTSON, FUNDADOR DA LIGA ESPARTAQUISTA (EUA)
O trotskismo perde um quadro militante que dedicou toda sua vida a construção da Liga Comunista Internacional (LCI)

“UMA NOVA PRIMAVERA ÁRABE NO NORTE DA ÁFRICA?”
PTS/MRT em “dilema”... ser ou não ser “papagaio” do Morenismo na Argélia e Sudão

DERROTADO NA SÍRIA
“Estado Islâmico” leva o terror para Sri Lanka, antigo Ceilão

ELEIÇÕES ISRAEL
Netanyahu vence contra uma oposição mais nazisionista. Partido Trabalhista é varrido do cenário político, ameaçando os “Acordos de Oslo”

GOVERNO BRITÂNICO PRENDE ASSANGE NA EMBAIXADA EQUATORIANA
Liberdade imediata para o fundador do Wikileaks!

segunda-feira, 27 de maio de 2019

UM PRIMEIRO BALANÇO DA MICARETA DIREITISTA (26M): BOLSONARO ACIONA SUAS HORDAS FASCISTAS ENQUANTO FRENTE POPULAR (INATIVA) BUSCA CONSOLIDAR UMA ALIANÇA COM O MDB/CENTRÃO...


As manifestações da micareta direitista do último domingo (26/05) não podem ser simplesmente ignoradas, como quer fazer crer grande parte da esquerda reformista. Desde a LBI alertamos que no vácuo e inação da Frente Popular, os movimentos fascistas poderiam ocupar “espaços vazios”, foi o que ocorreu ontem, principalmente nas capitais do Rio e São Paulo. As hordas neofascistas, convocadas pelo clã Bolsonaro, foram às ruas para demonstrar que ainda existem em bom número, apesar do colapso político prematuro do governo golpista. Com uma base social de milhões de evangélicos de toda a sorte de seitas, milhares de policiais civis e militares e uma pequena elite de classe média urbana, não foi muito difícil para o governo mobilizar nacionalmente um número relativamente expressivo de “ativistas da reação”. A “novidade” desta domingueira fascista, ao contrário das inúmeras ocorridas entre o final de 2014 e meados de 2016, foi seu eixo político não mais voltado contra o PT, agora o foco dos ataques estavam dirigidos a um setor da direita neoliberal, especialmente o chamado “Centrão” e suas lideranças como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Além do “fogo” aberto contra o “Centrão”, também estavam na pauta dos atos da reação o linchamento do STF e a defesa intransigente das (contra)reformas neoliberais,  exigidas pelo“Deus” mercado. A Frente Popular (PT, PSOL e PCdoB) se manteve inerte diante das marchas bolsonaristas deste domingo, evitando convocar qualquer contra-mobilização de massas para defenestrar as hordas fascistas. Apostando abertamente em uma aliança com o “Centrão/MDB”, que segundo os dirigentes do PT poderia flexionar à esquerda em função dos pesados ataques recebidos pelo clã Bolsonaro, Gleisi e Haddad foram até a cidade de Belém procurar celebrar uma aliança eleitoral com o governador Helder Barbalho (MDB), um legítimo representante de uma das oligarquias mais corruptas do país. Porém o balanço político do “Centrão” foi completamente oposto, para os estafetas do mercado financeiro no Congresso Nacional, o 26M demonstrou um “grande apoio” para a (contra)reforma da Previdência, sendo o melhor momento, segundo Rodrigo Maia, de agilizar no parlamento a pauta do “ajuste” neoliberal contra o povo brasileiro. Realmente parece que a Frente Popular não consegue abstrair qualquer lição do golpe institucional que ela mesma sofreu, Lula tem grande saudade de sua antiga “base aliada” (o “Centrão” de hoje), e já orientou o PT a descartar o eixo do “Fora Bolsonaro”. O PSOL que costuma ser apresentado pelas correntes revisionistas como a “nova esquerda”, segue fielmente a mesma linha de colaboração de classes do PT, procurando um acordo municipal no Rio de Janeiro com partidos burgueses e golpistas. Para a vanguarda classista do movimento operário e popular, não resta outro caminho que não seja o da superação política das direções reformistas, construindo de forma independente a estratégia da revolução socialista no calor da ação direta das massas.

MARINE LE PEN (FRENTE NACIONAL/RN) GANHA ELEIÇÕES NA FRANÇA E AGRADECE A VITÓRIA AOS “COLETES AMARELOS”. COALIZÃO DE MACRON FICA EM SEGUNDO LUGAR ENQUANTO PS E “FRANÇA INSUBMISSA” DE MÉLÉNCHON AMARGAM SÉRIA DERROTA POLÍTICA


Como temos afirmado exaustivamente, o movimento francês “Coletes Amarelos” festejado acriticamente pela esquerda mundial e os revisionistas do trotskismo em particular potencializa todo um espectro político pela direita, fato plenamente confirmado pela vitória da neofascista Marine Le Pen, líder do Rassemblement National (antiga Frente Nacional), nas últimas eleições para o parlamento europeu. Le Pen defendeu neste domingo (26.06) a dissolução da câmara baixa do Parlamento da França, após o seu partido de extrema-direita conquistar a maioria dos votos. De acordo com o último balanço, o RN estava vencendo o pleito com 24,2% dos votos, contra 22,4% do La Republique En Marche! (LREM), do presidente neoliberal de centro-direita Emmanuel Macron. Os Republicanos de centro ficaram com cerca de 8%, enquanto a “França Insubmissa” (FI) de Jean-Luc Mélénchon e o Partido Socialista sofreram séria derrota eleitoral, obtiveram respectivamente 6,3% a 6,1% de votos. O PCF teve uma votação baixíssima (2%) tanto que em seu balanço declara “A extrema direita na liderança em um cenário político devastado... Quanto à esquerda, ela está mais fraca do que nunca. De acordo com as estimativas que temos neste momento, as pontuações somadas a todas as formações de esquerda (PCF 2,6%, FI 6,4%, PS 6,4%, Geração 3,3%) dificilmente atingiriam os 32 %” (Le Humanité, 27.05)! Desta forma, o PCF não terá pela primeira vez na história eurodeputados.  Comemorando o feito, a fascista Marine Le Pen declarou “O presidente da República deve tirar conclusões. Há pelo menos mais uma coisa, em minha opinião: a dissolução da Assembleia Nacional, para tornar o sistema eleitoral mais democrático e, finalmente, representar a real opinião do país”. ​ Por sua vez, as manifestações dos “Coletes Amarelos” na França no sábado (25) registraram o menor número de participantes entre todos os 28 fins de semana de protestos, iniciados em novembro. As passeatas esvaziadas ocorreram na véspera do dia em que os franceses votaram nas eleições para o Parlamento Europeu, demonstrando que seus apoiadores em massa decidiram “castigar” o governo Macron e a esquerda nas urnas, votando na extrema-direita. O PS teve baixíssima votação assim como o PCF e a chamada “extrema esquerda”, o que somente reforça o que vimos denunciando: a tendência política reacionária do movimento “espontâneo” dos “Coletes Amarelos”. Tanto que Marine Le Pen afirmou que a votação para o Parlamento Europeu funcionou como um “referendo” contra o presidente. O jovem direitista Jordan Bardella, de 24 anos, encabeça a lista da antiga Frente Nacional como uma forma de ter um canal direto como os “Coletes Amarelos”. Por seu turno, a coalizão “França Insubmissa” (FI) de Jean-Luc Mélénchon sofreu um revés mesmo tentando se aproximar dos “Coletes Amarelos”, submetendo-se ao seu programa reacionário. As declarações de Landry Ngang, um jovem negro que puxou os votos da FI, não deixam dúvidas dessa capitualação política “Os ‘coletes amarelos’ não são simplesmente golpistas, ou pessoas que querem pagar menos impostos. São apenas cidadãos que pedem justiça social e fiscal, dois dos principais combates de ‘A França Insubmissa’. Eu admiro esse movimento, por isso manifesto com eles”. Não nos surpreende esse resultado eleitoral! Os “indignados” de classe média urbana e rural que reclamam da elevação do custo de vida mas não exigem aumento salarial para os trabalhadores, a eliminação das regras discriminatórias contra os estrangeiros ou o fim dos lucros da burguesia e suas empresas...Pedem a “transparência das contas do Estado” e a renúncia de Macron. Também pudera, hinos nacionais, pautas racistas e xenófobas campeiam as marchas que já vem recebendo apoio de alguns sindicatos de policiais franceses, tanto que pelotões se negam a seguir as ordens do desgastado Macron de reprimir os protestos. Ficou evidente desde o início que o governo encontra-se encurralado pela extrema-direita, que usa o movimento para desgastar ao máximo Macron, tendo nessa manobra o apoio do conjunto da esquerda reformista, completamente incapaz de levantar um programa operário e anticapitalista para derrubar o governo a partir da mobilização direta dos trabalhadores e imigrantes.


domingo, 26 de maio de 2019

APÓS OS FIASCOS DA MANHÃ: NA PAULISTA BOLSONARISTAS FINANCIADOS POR DÓRIA TENTAM SALVAR A DOMINGUEIRA FASCISTA


A Avenida Paulista é fechada para carros aos domingos, sendo utilizada pela população para o passeio e lazer. Este foi o elemento que mais impulsionou a manifestação neofascista na capital de São Paulo, além é claro do forte apoio material fornecido pelo governador tucofascista João Doria. Não poucos policiais de folga e funcionários da máquina estatal (prefeitura e governo) foram ao ato bolsonarista, ocupando seis quarteirões com as maiores concentrações nos dois quarteirões que vão do Masp até a frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Com as camisas verde-amarelo os “ativistas” da extrema direita sempre parecem em maior número. Apesar de todo o esforço da reação paulistana para salvar politicamente a domingueira fascista, o número de presentes ao ato foi bem aquém do esperado, levando até as organizações direitistas que anteriormente anunciaram que não participariam do “convescote”, a convocarem de última hora o evento bolsonarista.De qualquer forma o movimento nacional neofascista acabou por ganhar alguma envergadura política, exigindo por parte de todo o arco da esquerda brasileira uma resposta enérgica, ou seja a convocação imediata de uma grande greve geral, com uma pauta política contra as reformas neoliberais e por tempo indeterminado! Para esmagar a serpente do fascismo é urgente construir uma alternativa de poder revolucionário da classe operária e do povo oprimido! 


MAIOR ATO DA EXTREMA DIREITA FOI RIO: COMPOSTO PELAS IGREJAS EVANGÉLICAS E PENTECOSTAIS QUE REPRESENTAM A BASE THEOFASCISTA DO BOLSONARISMO



O maior ato da extrema direita nesta domingueira bolsonarista ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, onde pelo menos cinco mil pessoas se concentraram na orla de Copacabana, “em tese” para apoiar as (contra)reformas que retiram direitos históricos da população brasileira. Pode parecer estranho que setores do próprio povo se manifestem nas ruas a favor da pauta neoliberal dos rentistas e banqueiros, verdadeiros parasitas da nação. Porém em uma análise mais “fina” da situação, podemos aferir que uma parcela majoritária da audiência destes atos neofascistas foi composto por “fiéis” e funcionários das milhares de igrejas(seitas) evangélicas e pentecostais que povoam a periferia das principais cidades do país. Estes “Centros” religiosos são organizados em regiões de muita carência econômica, e funcionam como uma verdadeira rede de proteção social, onde geralmente falha por completo os serviços da seguridade estatal. Seitas empresariais como a chamada “Igreja Universal” e outras similares, tiveram um fantástico crescimento nas últimas duas décadas, e não raramente obtiverem até financiamento público para a expansão de seus negócios, inclusive nos governos da Frente Popular. Na etapa mais recente da história os “chefes” espirituais destas seitas empreenderam uma verdadeira “guerra santa” contra as lideranças do PT, consideradas como “traidoras”, assumindo desta forma um papel de protagonismo no impeachment da presidente Dilma. Após o golpe institucional os pastores evangélicos partiram para a “cruzada sagrada”, em um empenho máximo para a eleição do ex-capitão, que se dizia convertido ao “cristianismo ortodoxo”. Agora com a prematura falência de sua gerência neoliberal e inoperante, Bolsonaro apela para a imensa base social evangélica, que pela via do icentivo de seus “pastores” ganhou as ruas deste domingo para tentar lotar os atos neofascistas, contra suas próprias condições de vida. Este fenômeno político que ocorre na conjuntura de nosso país poderia se definido pelos Marxistas como uma espécie de “Theofascismo”, e não deixa de ser um elemento muito nocivo para a luta do movimento operário e popular. Como a esquerda reformista não organizou previamente nenhuma mobilização de massas para defenestrar a reacionária “domingueira”, os bolsonaristas conseguiram marchar em algumas cidades com relativo peso, sob a bandeira do “Deus Mercado” e guiados para o abismo por pastores e rentistas...

sábado, 25 de maio de 2019

DEFENESTRAR OS ATOS OLAVOFASCISTAS DO DIA 26/05: ESQUERDA DEVERIA REPETIR O HISTÓRICO EXEMPLO DA “REVOADA DOS GALINHAS VERDES”!


As alas mais raivosas e fascistas do Bolsonarismo, como os seguidores do reacionário “astrólogo” Olavo de Carvalho, convocaram para este domingo(26/05), manifestações em apoio ao atual governo golpista de extrema direita, incluindo na asquerosa pauta política dos atos de rua ataques ao Congresso Nacional, ao STF e pasmem até contra o chamado “Centrão”. A gênese da desastrosa convocação da direita surgiu a partir da “Carta apocalíptica” lançada pelas forças ultraconservadoras na semana passada para “alertar” da “impossibilidade” do ex-capitão Bolsonaro governar “plenamente” pela via da normalidade “institucional” em função dos “entraves” impostos pelo STF, Congresso Nacional e “Centrão” comandado pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia, em pequenos atritos diários com o entorno fascista do Planalto. No curso desta semana ocorreu um racha dos vários grupos de direita que surgiram no país em 2015, no curso do golpe parlamentar, em relação a participação ou não nos “convescotes” olavistas. A cizânia da reação teve início quando o próprio corpo palaciano decidiu não engrossar “o caldo” do dia 26, aconselhando Bolsonaro e seus filhotes fascistas a não dar as caras nos atos de rua, para não aguçar a crise institucional que ameaçava eclodir ente STF e Congresso de um lado e governo do outro. Sem o aval da “famiglia Bozo”, somada a ausência dos MBL’s tucofascistas, ficou evidente que as manifestações perderam calibre político e material (esperavam obter financiamento de empresários bolsonaristas), mas apesar de tudo isso os segmentos olavistas resolveram seguir adiante com a panaceia sinistra do próximo domingo. Equivocadamente a esquerda reformista tem gasto seu tempo e bits de seus sites na internet tentando convencer os ativistas fascistas a não comparecerem em sua própria festa patética...Parece que os partidos que integram a Frente Popular (PT, PSOL e PCdoB) querem ignorar as lições programáticas deixadas por Trotsky em relação ao fascismo: “Não há debate possível com as forças do fascismo, com esta escória não se dialoga, apenas se defenestra com a violência revolucionária das massas”. A ação politicamente correta que o movimento operário e popular deveria tomar diante do dia 26, teria que se nortear no histórico exemplo da “Revoada dos galinhas verdes” , ocorrido na Praça da Sé em outubro de 1934, quando Trotskistas, dirigentes do Comitê Regional do PCB paulistano e anarquistas, além de várias entidades operárias e sindicais, que formaram uma frente única antifascista, colocaram para correr embaixo de balas um comício realizado pela AIB Ação Integralista Brasileira. Desgraçadamente a esquerda reformista de hoje só pensa em concentrar seus “esforços” nas próximas eleições e ainda por cima convencer alguns simpatizantes de Bolsonaro a votar na Frente Popular em 2020. Desde as modestas forças da LBI, chamamos a formação de uma Frente Única Proletária e Antifascista, para combater e derrotar a ofensiva neofascista pela via da ação direta e revolucionária das massas populares.
PSOL E FREIXO AVANÇAM NA “COSTURA” DA ALIANÇA COM PARTIDOS BURGUESES PARA AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2020 NO RIO DE JANEIRO


O deputado federal Marcelo Freixo e seu “entorno” político, ao longo do último período tem sido falsamente apresentado pela esquerda “socialista” do PSOL (Resistência, CST, LSR, Comuna, Insurgência, etc...) como a melhor expressão de “combatividade” do partido. Inclusive os setores da “esquerda” do PSOL, em nome desta identidade programática com Freixo, não tem o menor constrangimento de indicar vários cargos remunerados de assessoria parlamentar nos gabinetes dos deputados do grupo de Freixo. Desde a LBI nunca compartilhamos do “mito” Freixo, muito pelo contrário vimos denunciando o parlamentar do PSOL como uma das melhores expressões da política de colaboração de classes do reformismo da Frente Popular. O PSOL já convertido nacionalmente em apêndice político do PT desde o impeachment da presidente Dilma, quer assumir no Rio de Janeiro o papel de protagonista da Frente Ampla, justamente fincado no grande peso eleitoral de Freixo no estado. Em meio a crise prematura do governo fascista de Bolsonaro, e no despontar das primeiras multitudinárias mobilizações contra a ofensiva neoliberal em curso, a Frente Popular(PT, PSOL e PCdoB) não consegue ter outro eixo estratégico de ação que não seja o das próximas eleições. E coube exatamente a Marcelo Freixo a iniciativa de articular na cidade do Rio de Janeiro a formação de uma bloco eleitoral burguês ainda bem mais amplo do que a “tradicional” Frente Popular. Para cumprir este objetivo o PT carioca deu um passo importante, já abriu mão de lançar uma candidatura própria à prefeitura, retirando o nome da deputada federal e ex-governadora Benedita da Silva. “Não seremos um empecilho para ampliar o arco de alianças”, afirmou Washington Quaquá, presidente do PT-RJ, admitindo ceder para o PDT a indicação do vice na chapa que seria encabeçada por Freixo. Por outro lado o PDT, dominado pelo oligarca reacionário Ciro Gomes, também aposta na consolidação da aliança com o PSOL e PT, porém com impõe a condição da deputada estadual “miliciana” Marta Rocha encabeçar a frente eleitoral. O Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, descarta qualquer aliança que não tenha a deputada  Martha Rocha como cabeça de chapa para a prefeitura. O “ídolo” da esquerda revisionista do PSOL, Marcelo Freixo, que não tem qualquer traço político de de independência de classe, não “desanima” com as condições impostas por Lupi e tampouco se opõe a que seu partido se reivindicando de esquerda se junte a uma legenda burguesa que apoia o “ajuste” neoliberal ditado pelos rentistas do mercado financeiro. Descaradamente Freixo declarou: “O PT mostrou maturidade ao colocar o projeto coletivo acima de questões partidárias. Quanto ao PDT, o Lupi não poderia falar nada de diferente neste momento. Nós vamos continuar dialogando com todas as forças do campo progressista”. Agora as tendências de “esquerda” do PSOL, logo farão seu malabarismo para justificar o oportunismo policlassista de Freixo, mas todas de olho em uma possível vitória a “qualquer preço” para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, afinal de contas novas e rentáveis “assessorias” poderão surgir para reforçar seus aparatos burocráticos...

sexta-feira, 24 de maio de 2019

MAY RENUNCIA: CRISE DO “BREXIT” COLOCA IMPERIALISMO BRITÂNICO EM UM DILEMA... PASSAR A GERÊNCIA ESTATAL PARA A EXTREMA-DIREITA OU AO TRABALHISMO. NENHUMA ILUSÃO NO SOCIAL-DEMOCRATA DE “ESQUERDA” JEREMY CORBYN! POR UMA ALTERNATIVA OPERÁRIA E SOCIALISTA!


A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May anunciou nesta sexta-feira (24) que vai renunciar ao cargo em 7 de junho após quase três anos à frente do governo e em meio à forte pressão interna do Partido Conservador pelo fracasso de sua gestão no processo do "Brexit": "Está claro agora para mim que é do melhor interesse do país que um novo primeiro-ministro lidere o esforço da saída do Reino Unido da União Europeia. Assim, anuncio hoje que vou renunciar ao cargo de líder do Partido Conservador na sexta-feira, 7 de junho". Em um governo incapaz de resolver o quebra-cabeça do “Brexit”, a renúncia da premiê Theresa May era o desfecho esperado para a novela que estende desde pelo menos janeiro, quando sua tentativa de acordo de divórcio com a União Europeia (UE) foi rejeitada pela primeira vez. Nesse sentido, ela declarou: “Eu sei que o Partido Conservador pode se renovar nos próximos anos, que podemos realizar o Brexit e servir o povo britânico com políticas inspiradas em nossos valores”. May continuará exercendo o cargo de primeira-ministra interina até que seja escolhido um sucessor, processo que, provavelmente, levará várias semanas. Um novo líder do Partido Conservador pode se tonar o próximo primeiro-ministro do Reino Unido, sem necessidade de organizar eleições gerais, o que deve aprofundar a crise. Por essa razão, o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, pediu novas eleições no Reino Unido nesta sexta-feira: “Ela agora aceitou o que o país sabe há meses: ela não pode governar, assim como seu partido dividido e desintegrado também não pode. Quem quer que se torne o novo líder conservador deve deixar as pessoas decidirem o futuro do nosso país, por meio de eleições gerais imediatas”. Como afirmamos anteriormente, esse desfecho terá consequências diretas no processo de reorganização do fascismo europeu, agora impulsionado a ingressar em uma escala estatal. É óbvio que muito além das questões institucionais e da renúncia de May está em jogo poderosos interesses de mercado do imperialismo ianque, que apontavam para manter a subordinação comercial da Europa a indústria dos EUA. É neste ponto que se concentra o papel econômico da UK, um forte entreposto comercial dos EUA no mercado comum europeu. Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusão alguma na unidade do capital financeiro europeu celebrada no Tratado de Maastricht, porém não podemos assistir passivos a ofensiva fascista protoimperialista ganhar fôlego com o triunfo do "BREXIT". Sabemos historicamente que o nazismo necessita controlar um forte estado nacional para "desafiar" seus concorrentes imperialistas "democráticos", a Inglaterra pode servir de escada para esta escalada mundial, ao contrário da Alemanha atual que não possui contingente militar autônomo da OTAN. Uma prova contundente que a vitória do “Brexit” abriu a senda para reorganização do imperialismo fascista europeu foi a reação dos partidos de extrema-direita no continente. Após o Reino Unido decidir sair da União Europeia, líderes da extrema-direita nacionalista de França, Holanda, Itália e outros países também afirmaram que iriam pedir referendos para deixar o bloco. Por sua vez, o Partido Trabalhista em 2016 envidou todos seus esforços políticos e materiais pela vitória do "SIM", com seu "renovado" líder de "esquerda", Jeremy Corbyn, prometendo lutar por "medidas anti-recessivas" e " mudanças políticas" na política conservadora da cúpula estatal europeia. Atualmente, tenta capitalizar a crise do governo May mas a extrema-direita vem ganhando terreno. Como podemos observar, continua ascendente a tendência política de deslocamento à direita na Europa, com o avanço do fascismo que questiona pela direita a representatividade da democracia burguesa. Este caminho está sendo pavimentado por um rebaixamento no nível de consciência das massas, um giro à direita no terreno da política e um retrocesso no campo da cultura que vem crescendo desde a queda contrarrevolucionária do Muro de Berlim e a vitória da restauração capitalista na URSS. Nesse sentido, é preciso alertar, preparar e organizar o proletariado e, particularmente, sua vanguarda mais combativa para um período de fascistização dos regimes e de mais aventuras militares neocolonialistas. Este processo reacionário está baseado em um profundo retrocesso na consciência do proletariado (apesar do revisionismo do trotskismo caracterizar que “revoluções” estão pipocando em todo o planeta) e somente pode ser barrado com a resistência operária e popular aos planos do imperialismo, apontando a Ditadura do Proletariado como alternativa revolucionária à crise do capital e seu regime político senil, o que para os comunistas se materializa por erguer em alternativa ao fascismo ascendente a palavra de ordem pela "União das Repúblicas Socialistas da Europa". A materialização deste longo e paciente combate passa pela construção de um partido internacionalista e revolucionário que lute por derrotar a União Europeia imperialista, sob a qual a vida das massas converte-se em uma bárbara escravidão, para edificar em seu lugar uma União das Repúblicas Socialistas da Europa, forjando a única saída verdadeiramente progressista para o velho continente.


PELA LIBERTAÇÃO IMEDIATA DO DIRIGENTE DAS FARC, JESUS SANTRICH! IMPERIALISMO IANQUE E GOVERNO FANTOCHE DE IVAN DUQUE TIREM SUAS GARRAS DOS MILITANTES DE ESQUERDA E DOS LUTADORES DO POVO TRABALHADOR!


Após a sua libertação ordenada pelo JEP (Jurisdição Especial para a Paz), no dia 17 de Maio o dirigente das FARC, Jesus Santrich, foi novamente capturado por policiais do governo pró-imperialista de Ivan Duque. A sua "liberdade" depois de sair do presídio de La Picota não demorou nem dois minutos.  Esse ato arbitrário deveu-se a maquinações do imperialismo ianque, que inventou acusações mentirosas a fim de obter a sua extradição para as masmorras dos EUA (onde já padecem Ricardo Palmera e outra antiga combatente das FARC). Enquanto isso, Santrich permaneceu longos meses encarcerado apesar das suas condições de saúde. Dezenas de lutadores das FARC foram assassinados após a assinatura do Acordo de Paz. Lembremos que na Colômbia o então governo de Manoel Santos, que assassinou e prendeu vários dirigentes das FARC, levou a frente com a direção da guerrilha um “processo de paz” apoiado pelo imperialismo ianque que desembocou na vergonhosa deposição das armas e na transformação da FARC em um domesticado partido legal da ordem burguesa. Essa capitulação vergonhosa da guerrilha não impediu que diversos de seus dirigentes fossem presos, como o camarada Jesús Santrich, que foi encarcerado em abril de 2018. Com este ato que o atual governo de Ivan Duque demonstra a verdadeira farsa do "Acordo de Paz"! As FARC parecem ter esquecido o desastre do passado quando se ‘converteu’ em partido institucional, em nome da ‘paz’ e teve a maioria de seus quadros dirigentes assassinados pelo regime burguês! Pela libertação imediata do dirigente das FARC, Jesus Santrich! Imperialismo ianque e governo fantoche de Ivan Duque tirem suas garras dos militantes de esquerda e dos lutadores do povo trabalhador!

quinta-feira, 23 de maio de 2019

ELEIÇÕES BANCÁRIOS/CE: PSTU (CONLUTAS) E PSOL (RESISTÊNCIA) INTEGRAM CHAPÃO DE COLABORAÇÃO DE CLASSES COM A DIREÇÃO TRAIDORA DO SINDICATO (CUT/CTB), ABORTANDO A LUTA POR CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA CLASSISTA DE OPOSIÇÃO! 


Longe de resgatar o sindicato para os bancários e bem perto de arrancar alegria ao futuro da burocracia traidora da CUT/CTB, que dirige há anos o sindicato dos bancários do Ceará, o PSTU que constituía com o PSOL um tipo de oposição bancária domesticada e inofensiva, resolve integrar, para as eleições do sindicato em julho próximo, uma chapa de “unidade” com a burocracia traidora da CUT e CTB, justamente com aqueles que dizia combater. Como vimos tratava-se de pura demagogia! Tudo para chegar à direção do sindicato a qualquer preço e usufruir das benesses sindicais como liberações e estabilidade. Essa “unidade” não avança a luta dos bancários, apenas servirá para confundir e desmoralizar o ativismo classista, além de anistiar a política de colaboração de classes dessa burocracia sindical vendida que enfiou goela abaixo da categoria a farsa da mesa única da Fenaban, pautas rebaixadas, fóruns viciados, assembleias burocráticas, antidemocráticas e acordos rebaixados bianuais. Foram os novos “aliados” do PSTU-PSOL que dividiram política e fisicamente assembleias por banco para sabotar nossas greves em benefício dos banqueiros e da estabilidade política dos governos da Frente Popular. O combate e denúncia das traições da burocracia governista cedem vez para a diplomacia, adaptação oportunista e anistia à sua política de colaboração de classes. Em 2018, o PSTU que defendia a prisão de Lula, depois em um giro de 180º chegou a ingressar pela porta dos fundos numa chapa de unidade “Lula Livre” com os pelegos da CUT e CTB só para ter direito a delegados aos fóruns viciados da campanha salarial.

Não é de hoje essa política criminosa do PSTU de concessões programáticas e manobras à direita para comercializar princípios e enveredar numa unidade política com iniciativas do imperialismo na Líbia, Síria, Egito e no Brasil, com o vergonhoso apoio ao impeachment que resultou no golpe institucional que apeou Dilma do governo (Fora Todos) e à prisão política de Lula pela Lava Jato. Depois, frente ao seu isolamento político na vanguarda, acabou apoiando o PT nas eleições presidenciais de 2018 e também já negocia seu retorno ao aparato da UNE. Além disso, para garantir alguma sobrevivência política adotou o discurso do fetiche da “unidade” com as centrais pelegas (CUT, CTB, FS, UGT...) como tábua de salvação, tanto no plano político como no sindical como ocorreu nos atos do 1º de maio. Essa política de conchavos entre grupos e partidos reformistas que apresenta-se sob bandeiras e proposições genéricas e ambíguas, pretensamente combativas, servem para melhor ludibriar os trabalhadores. O programa comum deles é a conciliação de classes, a desmobilização dos trabalhadores e a completa adaptação à democracia burguesa e suas instituições.

Não é à toa que em eleições sindicais anteriores, apesar do MOB fazer um chamado à construção de uma chapa unitária da Oposição através não de acordos de bastidores mas fruto de uma Convenção da Oposição, ampla e democraticamente convocada na base para aprovar um programa classista e eleger os membros da chapa pela proporcionalidade direta dos setores em disputa, o PSTU junto com o PSOL promoveu uma política de exclusão, censura e veto político contra o MOB e os militantes da LBI, o que garantiu a reeleição da dobradinha PT/PCdoB. Afinal, a defesa da unidade e pluralidade política só serve para aqueles que estão à sua direita, isto é, para a burocracia sindical e nunca para os que estão à sua esquerda como o MOB e a LBI.

Unidade! Quem não a quer? Mas nem toda “unidade” resulta em força. A unidade com traidores significa derrota, isto é, reciclar uma burocracia completamente desgastada na base com forças e elementos que fraudulentamente rejuvenescerão a burocracia sindical, com um verniz de esquerda, conferindo-lhe fôlego para continuar a mesma política de derrotas é simplesmente uma traição. É uma soma que subtrai, dispersando forças para o enfrentamento de classe contra o governo da direita fascista. Por isso, o que se vê são apenas “dias de luta” de 24hs só com atos ordeiros e pacíficos orientados apenas a desgastar eleitoralmente o governo e negociar esmolas no ajuste neoliberal através de lobby parlamentar.

Nós do MOB e companheiros classistas que assinam essa nota, não só estamos na contramão dessa política criminosa como a denunciamos e a combatemos. Os trabalhadores querem unidade para a luta, mas não para fazer pacto social, não para sabotar as mobilizações, não para servir aos objetivos de camarilhas pelegas de esquerda ou de direita que atuam como uma federação diplomática dos interesses corrompidos do Estado. Chamamos o ativismo combativo que protagonizou greves históricas na categoria a não depositar qualquer confiança nessa burocracia reciclada da chapa “Unidade pra Lutar”. Devemos construir e fortalecer um polo alternativo de direção a partir de um núcleo de lutadores que não se vergue às chantagens da burocracia sindical vendida nem ao oportunismo congênito da oposição domesticada e adaptada do PSTU e Resistência (PSOL) que vai manobrando politicamente de acordo com seus interesses de aparato. Enquanto isso, os trabalhadores amargam demissões em massa, assédio moral, destruição da previdência pública, tentativa de privatização das estatais e bancos públicos, arrocho salarial, terceirização...

Nesse momento de profunda polarização política com a ofensiva da direita fascista no país contra os direitos e conquistas dos trabalhadores, é fundamental romper o caráter defensivo e disperso das lutas, unificando-as e centralizando-as rumo a construção de um amplo movimento que culmine numa greve geral por tempo indeterminado, capaz de derrotar demissões em massa, assédio moral, destruição da previdência pública, tentativa de privatização das estatais e bancos públicos, arrocho salarial, terceirização, enfim toda a ofensiva neoliberal do fascista Bolsonaro. Denunciar a capitulação política das direções conciliadoras e intervir na crise com fisionomia própria, através de um programa operário e independente significa forjar uma alternativa classista dos trabalhadores para arrancá-los da influência da política de conciliação de classes dessa corrompida burocracia sindical.

ASSINAM:

HYRLANDA MOREIRA – BRADESCO
ANTONIO PITOMBEIRA – BANCO DO BRASIL
EDUARDO MAIA – CEF
AIRTON NASCIMENTO – BRADESCO
AUGUSTO CÉSAR PAIVA – CEF
NELSON AZEVEDO  BRADESCO
VALDÉCIO FERREIRA  CEF