UM BALANÇO DA MANHÃ DO 30M: REFLUXO DAS MOBILIZAÇÕES É
RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DA UNE, ANDES E CUT E NÃO DA FALTA DE DISPOSIÇÃO
PARA A LUTA DOS ESTUDANTES E TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO
Com a maioria dos atos nacionais em defesa da educação
marcados para o final da tarde ou começo da noite, ainda é prematuro elaborar
um balanço mais completo deste 30M. Porém já estão postos alguns elementos da
mobilização realizada em alguns estados da federação nesta manhã. Em primeiro
lugar ficou claro que nem as direções da UNE, ANDES, CNTE e CUT decidiram
convocar uma verdadeira greve geral ativa nesta quinta-feira, mesmo após ser
necessário dar uma resposta enérgica contra a “Domingueira fascista” promovida
pelo clã Bolsonaro e seu ultrarreacionário “guru” Olavo de Carvalho. Com uma
orientação política contrária as paralisações, principalmente a UNE e a CUT
apostaram em “dia de pressão”, cedendo assim aos argumentos conservadores da
direita e do próprio tresloucado Ministro da Educação, Abraham Weintraub, que
afirmaram na mídia que uma greve geral seria contrária aos interesses do ensino
e pesquisa nas universidades brasileiras. A “balbúrdia” segundo os fascistas do
governo Bolsonaro seriam nossas lutas, mobilizações e greves realizadas ao
longo de nossa história em defesa da educação pública, mas infelizmente as
direções reformistas parecem dar um certo “grau razão” a esta escória da elite
dominante e também condenaram a greve estudantil neste 30M. A UNE em particular
negou-se a fazer uma paralisação geral nas universidades e UBES não paralisou
os colégios públicos e privados. A unidade com os trabalhadores para derrotar
Bolsonaro e todas suas reformas foi substituída por chamado genérico “em defesa
da educação”. Também pudera a política do PT, PCdoB, CUT e UNE é não fortalecer a luta
para pôr abaixo Bolsonaro e todo o regime bonapartista. Não por acaso, Marianna Dias declarou: “Hoje não é um protesto pelo
impeachment mas pela educação" (UOL, 30.05). Para derrotar essa política
de colaboração de classes é necessário superar a Frente Popular, construindo um
polo alternativo de direção que aponte a luta direta sem ilusões no circo
eleitoral da democracia dos ricos. Ficou evidente que os atos que ocorreram hoje pela manhã ficaram bem aquém das manfiestações massivas protagonizadas no 15M. Esperamos que os atos que serão realizados no Rio de Janeiro e São Paulo no final da tarde e início da noite passem por cima dessa orientação imobilista da Frente Popular