quinta-feira, 30 de maio de 2019

UM BALANÇO DA MANHÃ DO 30M: REFLUXO DAS MOBILIZAÇÕES É RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DA UNE, ANDES E CUT E NÃO DA FALTA DE DISPOSIÇÃO PARA A LUTA DOS ESTUDANTES E TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO


Com a maioria dos atos nacionais em defesa da educação marcados para o final da tarde ou começo da noite, ainda é prematuro elaborar um balanço mais completo deste 30M. Porém já estão postos alguns elementos da mobilização realizada em alguns estados da federação nesta manhã. Em primeiro lugar ficou claro que nem as direções da UNE, ANDES, CNTE e CUT decidiram convocar uma verdadeira greve geral ativa nesta quinta-feira, mesmo após ser necessário dar uma resposta enérgica contra a “Domingueira fascista” promovida pelo clã Bolsonaro e seu ultrarreacionário “guru” Olavo de Carvalho. Com uma orientação política contrária as paralisações, principalmente a UNE e a CUT apostaram em “dia de pressão”, cedendo assim aos argumentos conservadores da direita e do próprio tresloucado Ministro da Educação, Abraham Weintraub, que afirmaram na mídia que uma greve geral seria contrária aos interesses do ensino e pesquisa nas universidades brasileiras. A “balbúrdia” segundo os fascistas do governo Bolsonaro seriam nossas lutas, mobilizações e greves realizadas ao longo de nossa história em defesa da educação pública, mas infelizmente as direções reformistas parecem dar um certo “grau razão” a esta escória da elite dominante e também condenaram a greve estudantil neste 30M. A UNE em particular negou-se a fazer uma paralisação geral nas universidades e UBES não paralisou os colégios públicos e privados. A unidade com os trabalhadores para derrotar Bolsonaro e todas suas reformas foi substituída por chamado genérico “em defesa da educação”. Também pudera a política do PT, PCdoB, CUT e UNE é não fortalecer a luta para pôr abaixo Bolsonaro e todo o regime bonapartista. Não por acaso, Marianna Dias declarou: “Hoje não é um protesto pelo impeachment mas pela educação" (UOL, 30.05). Para derrotar essa política de colaboração de classes é necessário superar a Frente Popular, construindo um polo alternativo de direção que aponte a luta direta sem ilusões no circo eleitoral da democracia dos ricos. Ficou evidente que os atos que ocorreram hoje pela manhã ficaram bem aquém das manfiestações massivas protagonizadas no 15M. Esperamos que os atos que serão realizados no Rio de Janeiro e São Paulo no final da tarde e início da noite passem por cima dessa orientação imobilista da Frente Popular