quarta-feira, 1 de maio de 2019

1º DE MAIO: FRENTE A OFENSIVA IDEOLÓGICA, POLÍTICA E MILITAR DO IMPERIALISMO REAFIRMAMOS A DITADURA DO PROLETARIADO, COMBATENDO A REAÇÃO FASCISTA NA VENEZUELA E BRASIL PARA FORJAR O PARTIDO REVOLUCIONÁRIO CONTRA AS DIREÇÕES BURGUESAS REFORMISTAS!


O 1º de Maio deste ano de 2019 encontra-se marcado pela brutal ofensiva do imperialismo na Venezuela, com a tentativa por ora fracassada do golpe de estado desferido na véspera do dia mundial dos trabalhadores pelos lacaios de Trump. Esse fato demonstra que vivemos hoje de forma concentrada os efeitos nefastos – sociais, políticos e ideológicos – da restauração capitalista da URSS e do Leste Europeu. As correntes políticas de “esquerda” que “festejaram” a queda do Muro de Berlim como uma vitória dos trabalhadores hoje são forçadas a reconhecer que as tendências fascistizantes e reacionárias avançaram no planeta. Da (mal) chamada “Primavera Árabe” pariu-se a ditadura militar no Egito, da falsa “revolução na Líbia” impôs o controle da OTAN sobre o país dividido e empobrecido, na Ucrânia deu-se a vitória das hordas fascistas, no Brasil ascendeu tripé Bonapartista neoliberal composto por Bolsonaro/Moro/Guedes e agora a extrema-direta golpista tenta derrubar Maduro na Venezuela. Esta dura realidade reforça a necessidade de se honrar o legado soviético para enfrentar a atual ofensiva do imperialismo contra os povos. Trata-se não só de militar em defesa da construção de um partido revolucionário comunista, necessariamente leninista, mas de demonstrar cientificamente que os ensinamentos de Marx, Engels, Lenin e Trotsky estão mais atuais do que nunca, que uma economia planificada e regida pelos interesses da maioria do povo, os trabalhadores, representa a possibilidade concreta de extirpar a pobreza e a miséria da humanidade, abrindo caminho para a satisfação de nossas necessidades materiais e espirituais. Nesse longo caminho ao comunismo, a defesa da Ditadura do Proletariado, a ação organizada do Estado proletário contra a burguesia e o imperialismo mundial é parte do patrimônio nos legado por nossos mestres. Este é o grande desafio para os trabalhadores e os Marxistas-Leninistas na contemporaneidade, tendo em vista que vivemos um tempo sombrio de imbecilização e alienação que o capitalismo arrasta amplos setores da humanidade. Mais do que nunca, apontamos como saída a Revolução Proletária neste 1 º de Maio, dia internacional de luta dos trabalhadores, como a senda correta e justa para avançar na destruição do monstro imperialista que teima em levar o planeta para a barbárie.

Coluna proletária da LBI chegou cedo ao 1º de Maio 
“unificado” de São Paulo: Fora Bruno Covas!
Como uma corrente leninista militante, optamos neste 1º de Maio por ligar as lições de Outubro aos desafios do proletariado e sua vanguarda hoje, no Brasil e no mundo, até porque para as novas gerações o Estado operário soviético, liquidado em 1991, já não existe mais, sendo esse combate político e teórico a própria defesa concreta da revolução hoje. Nesse sentido, a principal tarefa dos marxistas revolucionários reside justamente em reafirmar em pleno século XXI, contra todos os modismos adotados pela “esquerda” em geral e o revisionismo em particular, a vigência da construção do partido leninista como núcleo de vanguarda comunista organizado para tomar o poder da burguesia, condição essencial que levou a vitória do proletariado naqueles dias de 1917 e que se faz ainda mais necessária diante de uma conjuntura mundial absolutamente desfavorável para os trabalhadores em todo planeta. Fazemos este alerta porque a melhor homenagem que podemos render a esse triunfo histórico do proletariado mundial, quase um século depois de ocorrido e quando a URSS já não existe mais, é fazer um balanço das lições programáticas que levaram ao fim do Estado Operário soviético pelas mãos dos bandos restauracionistas apoiados pelo imperialismo. Desde já, aproveitamos a “oportunidade” para dizer que as mesmas forças políticas e sociais que festejaram a queda da pátria de Lenin, seja no campo burguês ou no terreno do revisionismo trotskista, são as que em nome da “defesa de democracia” saudaram a charlatanesca “Revolução Árabe” no norte da África e no Oriente Médio levada a cabo pela OTAN e seus mercenários “rebeldes”, não por acaso financiados pelas mesmas potências capitalistas que apoiaram o mafioso Yelstin em 1991 como alternativa “democrática” à “ditadura stalinista”. Todo o malabarismo para justificar seu apoio à destruição da URSS em nome das “liberdades democráticas”, só fazem revelar sua vergonhosa capitulação política ao imperialismo, da mesma forma como fizeram quando defenderam com unhas e dentes a fantasiosa “Revolução Árabe”, dando coro à propaganda ideológica das grandes potências capitalistas e seus órgãos de inteligência. Fizeram isto de forma criminosa contra a Líbia, um país semicolonial não alinhado, ao chamarem um movimento reacionário, armado e financiado pelo imperialismo, de “revolução democrática” levado a cabo pelos “rebeldes”. Na verdade, as correntes de esquerda apoiaram descaradamente a intervenção imperialista na Líbia e hoje fazem o mesmo na Síria e no Irã. Negam assim categoricamente as lições mais elementares da Revolução de Outubro, porque há muito abandonaram o leninismo e a estratégia da luta revolucionária pela conquista do poder pelo proletariado e se deixaram corromper pela mídia pró-império e pelos encantos da democracia burguesa. Para essa escória, já não é mais necessário, como faziam os mencheviques e outras correntes oportunistas do século XX, apresentar a revolução democrática como uma etapa para chegar ao socialismo, pois, na atual etapa de reação política e ideológica, já fizeram da democracia dos ricos e instituições corruptas do Estado burguês o seu próprio objetivo. A militância da LBI, ao contrário, tratou de conformar a Brigada Leon Trotsky e tirando as lições do combate na Líbia e na Síria ergueu bem alto a bandeira do internacionalismo proletário hoje e defendeu nesse 1º de Maio: IMPERIALISTAS TIREM AS MÃOS DA VENEZUELA!

Militância da LBI em defesa da Greve Geral Já!
No Brasil, a ascensão do governo do fascista Bolsonaro foi produto direto da política de colaboração de classes da Frente Popular. A orientação do PT de pacto com a burguesia criou as bases para a desmoralização dos trabalhadores e abriu caminho para a atual ofensiva reacionária que desembocou com a prisão de Lula pela “República de Curitiba”. No marco desse retrocesso, a chamada “oposição de esquerda” ao petismo agora voltou para a sombra direta do PT e da CUT. Foi o que vimos nesse ato de 1º de Maio “unificado” na Vale de Anhangabaú em São Paulo. PT, PSOL, PCdoB, PCO e PSTU unidos em torno de uma política de sabotagem da luta direta dos trabalhadores. Essa orientação colocou dirigentes da Conlutas ao lado do pelego corrupto e traidor Paulinho da Força Sindical que negocia remendos na reforma neoliberal de Bolsonaro. Essa capitulação escandalosa levou as bases dessas correntes a ficarem descontentes com a política de suas direções. Até mesmo a militância do PCO controlado burocraticamente pelo venal Rui Costa Pimenta estava visivelmente decepcionada com a conduta vergonhosa de sua direção corrompida de não usar o microfone no ato para se delimitar com a política distracionista da CUT-PT que levou duplas sertanejas bolsonaristas para o ato no Anhangabaú e negou-se a anunciar a data da Greve Geral para o público presente. A militância da LBI heroicamente panfletou massivamente no ato denunciando essa política e foi apoiada por vários camaradas dessas organizações. Tanto que ativistas de base de outras correntes também não concordam com a presença do prefeiro Bruno Covas no ato dos trabalhadores e solidarizaram-se com o nosso combate principista em defesa da independência de classe dos trabalhadores!

Militantes de base do PCO descontentes 
com a diluição que Rui Pimenta se submete na CUT
Como dizia Trotsky, “A emancipação dos operários não pode ser senão obra dos próprios operários. Não há, pois, crime pior do que enganar as massas, do que fazer passar as derrotas por vitórias” (A moral deles e a nossa, 1938). Para encobrir sua impotência diante dos acontecimentos, tentam vender as derrotas como vitórias. O ato de 1º de Maio “unificado” no Brasil por exemplo, que ficou aquém das expectativas de afluência de trabalhadores, não serviu como um ponto de apoio para a luta direta contra a reforma neoliberal de Bolsonaro! Por outro lado, vimos organizações políticas que se reivindicam revolucionárias capitulando aos governos reformistas na América Latina ou à socialdemocracia europeia, como a gestão burguesa do PS em Portugal ou comemorando a vitória do PSOE Espanha!

Brigada Leon Trotsky: Imperialistas tirem as mãos da Venezuela!
Nesse 1º de Maio alertamos a vanguarda classista que não tendo um partido revolucionário para derrotar a reação burguesa em curso, são os trabalhadores que pagam a crise da grande burguesia que usa as perdas de suas empresas para justificar uma apropriação inaudita de recursos estatais. Em que pese serem o epicentro da última crise, os EUA sequer perderam o seu posto hegemônico na economia mundial, enquanto seu domínio estiver lastreado por seu poderio militar dominante. Tanto para Trotsky como para Lenin não há situação sem saída para o capitalismo sem a construção de uma alternativa revolucionária mundial, cujo único coveiro é a tomada do poder pelos trabalhadores organizados em um partido comunista, como foi a III Internacional antes de sua estalinização.

PSTU/Conlutas “unificando” com o Paulinho traidor 
Para os autênticos revolucionários marxistas, que não se curvaram diante da ofensiva ideológica do imperialismo, cabe a tarefa de resgatar as tradições revolucionárias dos bolcheviques e as lições da grande Revolução de Outubro como ferramentas elementares na construção do partido revolucionário para libertar o proletariado da influência dos agentes da burguesia e do imperialismo, colocando o movimento operário novamente sob a bandeira da revolução proletária mundial e do socialismo, esta incumbência destinada à reconstrução da IV Internacional. Para tanto é necessário que a vanguarda da classe operária abstraia com toda perspicácia as lições das derrotas que o proletariado tem sofrido nas últimas décadas por causa precisamente da ausência de uma direção verdadeiramente revolucionária. A necessidade de derrotar o imperialismo faz da Revolução Bolchevique, mais do que nunca, uma referência para a luta dos trabalhadores de todos os países. Portanto, a tarefa que se colocou para os revolucionários de hoje e principalmente neste 1º de Maio, foi resgatar o legado político e teórico Bolchevique, para potenciar a vitória da revolução mundial imprimindo uma derrota definitiva ao imperialismo para abrir o caminho ao futuro socialista da humanidade. A militância da LBI, dentro de suas modestas forças, fez esse combate revolucionário! Frente a ofensiva ideológica, política e militar do imperialismo reafirmamos no terreno vivo da luta de classes a Ditadura do Proletariado, combatendo a reação burguesa e forjando o Partido Revolucionário para superar as direções reformistas!