O 1º de Maio deste ano de 2019 encontra-se marcado pela
brutal ofensiva do imperialismo na Venezuela, com a tentativa por ora
fracassada do golpe de estado desferido na véspera do dia mundial dos
trabalhadores pelos lacaios de Trump. Esse fato demonstra que vivemos hoje de
forma concentrada os efeitos nefastos – sociais, políticos e ideológicos – da
restauração capitalista da URSS e do Leste Europeu. As correntes políticas de
“esquerda” que “festejaram” a queda do Muro de Berlim como uma vitória dos
trabalhadores hoje são forçadas a reconhecer que as tendências fascistizantes e
reacionárias avançaram no planeta. Da (mal) chamada “Primavera Árabe” pariu-se
a ditadura militar no Egito, da falsa “revolução na Líbia” impôs o controle da
OTAN sobre o país dividido e empobrecido, na Ucrânia deu-se a vitória das
hordas fascistas, no Brasil ascendeu tripé Bonapartista neoliberal composto por Bolsonaro/Moro/Guedes e agora a extrema-direta golpista tenta derrubar Maduro
na Venezuela. Esta dura realidade reforça a necessidade de se honrar o legado
soviético para enfrentar a atual ofensiva do imperialismo contra os povos.
Trata-se não só de militar em defesa da construção de um partido revolucionário
comunista, necessariamente leninista, mas de demonstrar cientificamente que os
ensinamentos de Marx, Engels, Lenin e Trotsky estão mais atuais do que nunca,
que uma economia planificada e regida pelos interesses da maioria do povo, os
trabalhadores, representa a possibilidade concreta de extirpar a pobreza e a
miséria da humanidade, abrindo caminho para a satisfação de nossas necessidades
materiais e espirituais. Nesse longo caminho ao comunismo, a defesa da Ditadura
do Proletariado, a ação organizada do Estado proletário contra a burguesia e o
imperialismo mundial é parte do patrimônio nos legado por nossos mestres. Este
é o grande desafio para os trabalhadores e os Marxistas-Leninistas na
contemporaneidade, tendo em vista que vivemos um tempo sombrio de imbecilização
e alienação que o capitalismo arrasta amplos setores da humanidade. Mais do que
nunca, apontamos como saída a Revolução Proletária neste 1 º de Maio, dia
internacional de luta dos trabalhadores, como a senda correta e justa para
avançar na destruição do monstro imperialista que teima em levar o planeta para
a barbárie.
Coluna proletária da LBI chegou cedo ao 1º de Maio
“unificado” de São Paulo: Fora Bruno Covas! |
Como uma corrente leninista militante, optamos neste 1º de
Maio por ligar as lições de Outubro aos desafios do proletariado e sua
vanguarda hoje, no Brasil e no mundo, até porque para as novas gerações o
Estado operário soviético, liquidado em 1991, já não existe mais, sendo esse
combate político e teórico a própria defesa concreta da revolução hoje. Nesse
sentido, a principal tarefa dos marxistas revolucionários reside justamente em
reafirmar em pleno século XXI, contra todos os modismos adotados pela
“esquerda” em geral e o revisionismo em particular, a vigência da construção do
partido leninista como núcleo de vanguarda comunista organizado para tomar o
poder da burguesia, condição essencial que levou a vitória do proletariado
naqueles dias de 1917 e que se faz ainda mais necessária diante de uma
conjuntura mundial absolutamente desfavorável para os trabalhadores em todo
planeta. Fazemos este alerta porque a melhor homenagem que podemos render a esse
triunfo histórico do proletariado mundial, quase um século depois de ocorrido e
quando a URSS já não existe mais, é fazer um balanço das lições programáticas
que levaram ao fim do Estado Operário soviético pelas mãos dos bandos
restauracionistas apoiados pelo imperialismo. Desde já, aproveitamos a
“oportunidade” para dizer que as mesmas forças políticas e sociais que
festejaram a queda da pátria de Lenin, seja no campo burguês ou no terreno do
revisionismo trotskista, são as que em nome da “defesa de democracia” saudaram
a charlatanesca “Revolução Árabe” no norte da África e no Oriente Médio levada
a cabo pela OTAN e seus mercenários “rebeldes”, não por acaso financiados pelas
mesmas potências capitalistas que apoiaram o mafioso Yelstin em 1991 como alternativa
“democrática” à “ditadura stalinista”. Todo o malabarismo para justificar seu
apoio à destruição da URSS em nome das “liberdades democráticas”, só fazem
revelar sua vergonhosa capitulação política ao imperialismo, da mesma forma
como fizeram quando defenderam com unhas e dentes a fantasiosa “Revolução
Árabe”, dando coro à propaganda ideológica das grandes potências capitalistas e
seus órgãos de inteligência. Fizeram isto de forma criminosa contra a Líbia, um
país semicolonial não alinhado, ao chamarem um movimento reacionário, armado e
financiado pelo imperialismo, de “revolução democrática” levado a cabo pelos
“rebeldes”. Na verdade, as correntes de esquerda apoiaram descaradamente a
intervenção imperialista na Líbia e hoje fazem o mesmo na Síria e no Irã. Negam
assim categoricamente as lições mais elementares da Revolução de Outubro,
porque há muito abandonaram o leninismo e a estratégia da luta revolucionária
pela conquista do poder pelo proletariado e se deixaram corromper pela mídia
pró-império e pelos encantos da democracia burguesa. Para essa escória, já não
é mais necessário, como faziam os mencheviques e outras correntes oportunistas
do século XX, apresentar a revolução democrática como uma etapa para chegar ao
socialismo, pois, na atual etapa de reação política e ideológica, já fizeram da
democracia dos ricos e instituições corruptas do Estado burguês o seu próprio
objetivo. A militância da LBI, ao contrário, tratou de conformar a Brigada Leon
Trotsky e tirando as lições do combate na Líbia e na Síria ergueu bem alto a
bandeira do internacionalismo proletário hoje e defendeu nesse 1º de Maio:
IMPERIALISTAS TIREM AS MÃOS DA VENEZUELA!
Militância da LBI em defesa da Greve Geral Já! |
Como dizia Trotsky, “A emancipação dos operários não pode
ser senão obra dos próprios operários. Não há, pois, crime pior do que enganar
as massas, do que fazer passar as derrotas por vitórias” (A moral deles e a
nossa, 1938). Para encobrir sua impotência diante dos acontecimentos, tentam
vender as derrotas como vitórias. O ato de 1º de Maio “unificado” no Brasil por
exemplo, que ficou aquém das expectativas de afluência de trabalhadores, não
serviu como um ponto de apoio para a luta direta contra a reforma neoliberal de
Bolsonaro! Por outro lado, vimos organizações políticas que se reivindicam
revolucionárias capitulando aos governos reformistas na América Latina ou à socialdemocracia europeia, como a gestão burguesa do PS em Portugal ou
comemorando a vitória do PSOE Espanha!
Brigada Leon Trotsky: Imperialistas tirem as mãos
da Venezuela!
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PSTU/Conlutas “unificando” com o Paulinho traidor |