BALANÇO GERAL DO 30M: MASSIVOS ATOS MOSTRAM RADICALIDADE DA
JUVENTUDE PARA DERROTAR O FASCISTA BOLSONARO, MAS PORQUE NÃO SUPERARAM O 15M?
Os atos e passeatas desde 30 de Maio foram massivos,
demonstrando a disposição de luta da juventude para derrotar Bolsonaro.
Entretanto ficou evidente que as manifestações do 30M não superaram nem em
número e muito menos na radicalidade os protestos de 15 de Maio. Apenas em BH a manifestação de hoje foi maior que o ato anterior, quando tudo levava para que os atos de hoje superassem os protestos anteriores mas as direções políticas e sindicais trataram de segurar essa perspectiva de aprofundamento e radicalização da luta direta contra o governo. Cabe aos
Marxistas fazer um balanço desse “dilema” político. A LBI interveio no 30M
ativamente, dialogando com os trabalhadores e estudantes. Fizemos piquetes,
estivemos ombro a ombro com os lutadores de várias categorias.
Ficou claro que a puteza do povo trabalhador e da juventude com o fascista Bolsonaro com seus ataques a educação além do seu objetivo de levar a cabo a reforma neoliberal da previdência. O “Fora Bolsonaro” ecoou por todo o país apesar da orientação de Lula para que o PT e a Frente Popular não radicalizarem os atos. Não por acaso a UNE, controlada pelo PCdoB, tratou de dar um caráter apenas “estudantil”, sem convocar uma Greve Geral de toda a educação. A própria massa empiricamente estava à esquerda das direções políticas e sindicais, porém os aparatos políticos apenas tinham como objetivo desgastar o governo do fascista Bolsonaro com vistas às eleições que se avizinham.
O fato dos atos de hoje terem sido menores dos realizados em 15M expressa a política das direções da CUT e da UNE, de não unificar e radicalizar a luta contra Bolsonaro e suas reformas. O caráter estudantil do protesto demonstra que a Frente Popular teme colocar em luta as massas proletárias, na medida que isso pode colocar em risco o caráter até agora ordeiro e pacífico das manifestações. Lula sabe perfeitamente que se radicalizar será mantido no cárcere por mais tempo porque a burguesia desaprovaria qualquer luta por fora dos marcos da democracia burguesa.
O fato dos atos de hoje terem sido menores dos realizados em 15M expressa a política das direções da CUT e da UNE, de não unificar e radicalizar a luta contra Bolsonaro e suas reformas. O caráter estudantil do protesto demonstra que a Frente Popular teme colocar em luta as massas proletárias, na medida que isso pode colocar em risco o caráter até agora ordeiro e pacífico das manifestações. Lula sabe perfeitamente que se radicalizar será mantido no cárcere por mais tempo porque a burguesia desaprovaria qualquer luta por fora dos marcos da democracia burguesa.
Juventude Bolchevique marca presença no 30M |
De nossa parte colocamos nossa militância na rua e dentro de
nossas modestas forças tratamos de divulgar nosso jornal e a política
bolchevique materializada no eixo: Abaixo o governo Bolsonaro e todo o regime
bonapartista. Temos claro que os trabalhadores e a juventude esperam que em 14
de Junho, dia da Greve Geral, a força dos protestos seja maior para impor uma
derrota efetiva a Bolsonaro e seu congresso corrupto, junto com a venal STF.
Lutemos por superar a orientação de colaboração de classes da Frente Popular,
impondo pela base uma alternativa de poder revolucionário dos trabalhadores!
Núcleo de professores da LBI presente no 30M |
Diante da crise do governo e dos protestos em curso, os Marxistas Leninistas defendem
uma saída que aponte para a independência política dos trabalhadores, o que
significa a defesa na luta para colocar abaixo todo o regime político
bonapartisrta de exceção! Não vemos como saída progressista nem a renúncia para
assumir o general Mourão nem obviamente a convocação de novas eleições, nossa
perspectiva é apresentar uma saída política independente do ponto de vista dos
interesses dos trabalhadores, o que passa por convocar imediatamente a Greve
Geral por tempo indeterminado e construir a resistência através dos métodos de
luta da classe operária, impondo a derrubada do conjunto do regime político de
exceção e não só o gerente fascista Bolsonaro!