Os trabalhadores da AVIANCA decidiram deflagrar uma greve
nacional a partir desta sexta-feira (17/05), em razão de mais de 900 demissões
ocorridas em menos de um mês e da própria situação falimentar da empresa.
Paralisações acontecem nos aeroportos de Congonhas e Santos Dumont. Segundo a
Infraero, 14 voos já foram cancelados. Entre as reivindicações dos
trabalhadores , estão a regularização dos salários, o pagamento de diárias e a
manutenção dos empregos. A grave crise do setor aéreo brasileiro se agravou no
governo golpista de Temer, que
flexibilizou a lei brasileira permitindo empresas estrangeiras a participarem
em até 100% (antes era 20%) de empresas áreas nacionais. Em crise, a AVIANCA afirmou cinicamente a
Justiça do Trabalho que tem mantido esforços para continuar em operação e para
regularizar os pagamentos aos funcionários, e que uma paralisação total poderia
levar a companhia à falência total. Por sua vez o TST, reafirmando seu caráter
de classe patronal, determinou que o sindicato dos trabalhadores mantivesse 60%
das atividades da AVIANCA em funcionamento, o que foi rechaçado na assembleia
geral da categoria. A greve dos trabalhadores da AVIANCA, aeroviários e
aeronautas, ocorre justamente após as multitudinárias manifestações do 15M e em
meio ao prematuro “default” do governo fascista de Bolsonaro, porém as direções
do movimento de massas se recusam a lançar um plano de lutas para a unificação
das greves por setor, no sentido da deflagração de uma greve geral por tempo
indeterminado para por abaixo todo o regime de exceção que foi imposto em nosso
país logo após o golpe parlamentar de 2016. A defesa de um programa socialista
e revolucionário diante da crise política que se aguça a cada medida neoliberal
do governo neofascista, é o único caminho para assegurar uma vitória
estratégica do conjunto da classe trabalhadora. Neste sentido os Marxistas
Leninistas levantamos uma plataforma de expropriação e estatização de todos os
trustes capitalistas que diante da recessão econômica ameaçam descarregar o ônus
da crise capitalista nas costas dos trabalhadores. Construir pela base a
unificação de todo o movimento operário e popular na perspectiva de uma
verdadeira greve geral por tempo indeterminado!