quarta-feira, 31 de julho de 2013

Leia o Editorial do Jornal Luta Operária nº 262, 2ª Quinzena de Julho/2013

Sítio da LBI atinge a marca de meio milhão de acessos, um êxito da “tribuna eletrônica” do marxismo-leninismo!

O sítio da LBI na internet acaba de atingir meio milhão de acessos, o que parece pouco a primeira vista frente às milhares de visitas diárias às grandes páginas que campeiam a “rede”, em geral reproduzindo acriticamente o que dita a mídia “murdochiana”. Entretanto, para nós que construímos com grande esforço esta valiosa ferramenta de luta política-ideológica há muito a comemorar ao alcançarmos esta “modesta” marca em plena etapa de profunda contrarrevolução mundial. Não temos a menor sombra de dúvida que o nosso sítio é hoje uma importante referência no interior da esquerda revolucionária e da militância que se reivindica comunista, se constituindo em uma verdadeira “tribuna eletrônica”, viva e ativa do marxismo-leninismo tão bombardeado como “anacrônico” e “ultrapassado” pela burguesia, a “modernosa” intelectualidade pequeno-burguesa e até por setores da esquerda que se vergaram à democracia burguesa. Sem fazer qualquer fetiche ao poder da “comunicação virtual”, encaramos a tarefa de manter um sítio atualizado na internet como parte do labor militante em defesa da imprensa operária e revolucionária independente dos patrões e dos governos burgueses, já que ao lado do blog da LBI, o sítio da LBI se consolidou como um espaço para divulgar nossas posições programáticas, reforçando o papel de nossas publicações impressas, o Jornal Luta Operária e a Revista Marxismo Revolucionário.

terça-feira, 30 de julho de 2013


20 anos após os “Acordos de Oslo” Obama monta nova farsa para impedir retomada da luta revolucionária do povo palestino

As fotos em si são repugnantes. Na cerimônia de 20 anos atrás, Clinton, Arafat e Rabin celebravam os “Acordos de Oslo” que se mostraram como uma farsa completa para deter a luta revolucionária do povo palestino. Agora, na gestão Obama, novamente a bandeira palestina está lado a lado com as dos chacais ianques e sionistas. Na mesa, o Secretário de Estado estadunidense, John Kerry, encena uma confraternização entre representantes da corrompida ANP de Abbas com a ex-agente do Mossad e hoje Ministra de Justiça israelense, Tzipi Livni, para celebrar a retomada das “conversações de paz” em Washington paralisadas desde 2010. A grande questão a decifrar no cenário atual é o que de fato está por trás das aparências, já que os atores são praticamente os mesmos e as “negociações” giram em torno do tema do congelamento das colônias sionistas, já rejeitado por Israel. Sem dúvida, estamos vendo uma ação planejada por Obama no marco do esforço por estrangular a retomada da luta revolucionária do povo palestino. Não por acaso, a novo “diálogo” ocorre após a libertação unilateral por Israel de 104 presos palestinos, medida tomada sob pressão da Casa Branca para criar um “ambiente” mais propício para sua Ópera Bufa. Enquanto teatralizam negociações monitoradas pelos EUA, o imperialismo ianque de fato ataca em todos os terrenos o povo palestino, vide os túneis que o “governo de transição” no Egito destruiu na fronteira com a Faixa de Gaza sob as ordens do Pentágono ou no cerco constante a Síria e ao Hezbollah como parte da guerra que prepara contra o Irã. O que estamos vendo é a tentativa de Obama costurar um acordo mínimo para continuar apresentando a desacreditada ANP como interlocutora legítima do povo palestino, enquanto o Pentágono caça junto com o enclave sionista os grupos da resistência que se opõem a participar da farsa montada pelo Departamento de Estado.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária, nº 262, 2ª Quinzena de Julho/2013
 
 
 
EDITORIAL
Sítio da LBI atinge a marca de meio milhão de acessos, um êxito da “tribuna eletrônica” do marxismo-leninismo!
 
 
10 ANOS DE GOVERNO DA FRENTE POPULAR
Jornadas de junho mostraram que o ciclo estatal do PT está esgotado?
 
 
APOSTA POLÍTICA DE OBAMA
Capital financeiro e imperialismo ianque escolhem seu candidato para bater o PT: Marina Silva!
 
 
DIREITA TENTA SE RECOMPOR
“Ejaculação precoce” do PIG vaticina derrota antecipada de Dilma, mas os já derrotados são na verdade Serra e Campos
 
 
NOVA ALTA DE JUROS
A única voz que este governo atende é a dos banqueiros e rentistas internacionais
 
 
IGREJA CATÓLICA RECRUTANDO JOVENS
Fora do Brasil o Papa Bergoglio! Um representante clerical da reação mundial e do imperialismo!
 
 
SOB A BENÇÃO DO NEOLIBERALISMO
Um Papa combatendo pela “evangelização” da juventude católica como vanguarda militante da contrarrevolução mundial no Século XXI
 
 
MERCANTILIZAÇÃO DA VIDA
O médico “mauricinho” da novela global e os protestos da elite de branco
 
 
BALANÇO DO DIA 11/07
Apesar da disposição de luta dos trabalhadores, a burocracia sindical não organizou a paralisação da produção e serviços essenciais
 
 
DECLARAÇÃO DAS OPOSIÇÕES SINDICAIS FILIADAS A TRS
Organizar uma greve geral “pra valer”! Não à política distracionista das centrais sindicais “chapa branca”!
 
 
EM TROCA DE INDENIZAÇÕES MILIONÁRIAS...
PSTU lava a cara dos pelegos de ontem e de hoje na “Comissão da Verdade” do governo Dilma!
 
 
DEBANDADA NA CST
A lógica de ferro da cooptação do Estado burguês tritura os revisionistas no interior do PSOL
 
 
A DECULTURAÇÃO DE UM POVO
A morte de Dominguinhos e a lenta agonia da cultura nordestina
 
 
60 ANOS DO ASSALTO AO QUARTEL DE LA MONCADA
Defender Cuba contra o imperialismo para honrar os combatentes mortos em 26 de Julho
 
 
SEQUESTRO DO CARGUEIRO CHONG CHON GANG NO PANAMÁ
Pelo direito de comércio e cooperação militar entre os Estados Operários de Cuba e da Coreia do Norte!
 
 
TRAYVON MARTIN
Mais uma vítima do Estado policial montado contra o povo pobre e negro nos EUA!
 
 
“REVOLUÇÃO MADE IN USA” NO EGITO
Um gabinete golpista escolhido “a dedo” pelo imperialismo ianque
 
 
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA
 

domingo, 28 de julho de 2013


“Governo revolucionário” no Egito mostra a que veio: massacre aos apoiadores de Morsi, colaboração com Israel e perseguição aos palestinos...

Nesta sexta-feira, 26 de julho, ocorreu um massacre de grandes proporções no Egito. Mais de 200 apoiadores da Irmandade Muçulmana foram mortos e 4.000 ficaram feridos após as FFAA terem atacado as manifestações que exigiam o retorno do presidente deposto Mohamed Morsi. Ficou evidente que estamos diante de um “governo interino” controlado pelos generais que servem as ordens do imperialismo ianque. Paralelamente, o exército desencadeou uma operação de perseguição aos palestinos, explodindo os túneis na fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, sendo a ação coordenada com o enclave sionista. Israel também autorizou ataques das FFAA egípcias na Península do Sinai para capturar militantes da Irmandade Muçulmana. A esmagadora maioria dos revisionistas do trotskismo, dos reformistas e até mesmo stalinistas apoiaram o Golpe de Estado no Egito desferido por generais treinados e armados pelo Pentágono apresentando-o como um “triunfo popular”, porque supostamente expressava o descontentamento popular com o governo da Irmandade Muçulmana. O que nos dizem agora estes senhores diante das bárbaras ações das FFAA? Para os marxistas-leninistas o apoio de grande parte da “esquerda” aos golpistas foi a expressão mais evidente de que esta perdeu qualquer referência de classe, chegando ao ponto de apresentar a alta-cúpula militar reacionária do Egito como aliada dos trabalhadores.

sexta-feira, 26 de julho de 2013


Um Papa combatendo pela “evangelização” da juventude católica como vanguarda militante da contrarrevolução mundial no Século XXI

Estamos rumando para o final da 26ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), iniciada na terça-feira 23/07, no Rio de Janeiro e que se encerra neste domingo, 28/07, tendo como principal atração a presença do Papa argentino “Francisco”. A JMJ vem recebendo intenso destaque da mídia “murdochiana”, sobretudo da Rede Globo que está utilizando toda sua cobertura “jornalística” exclusivamente para acompanhar a agenda do representante-mor da Igreja Católica no país. Os dias já transcorridos de sua visita no Brasil demonstraram que se trata de um Papa “antenado” e com “jogo de cintura” e demagogia bastante para ampliar a influência da decadente Igreja Católica pelo mundo em parceria com os governos burgueses mais direitistas, sedimentando o processo de ofensiva ideológica mundial que se aprofundou com João Paulo II e Bento XVI, principalmente a partir da queda do Muro de Berlim, da restauração capitalista da URSS e com o advento recente da “Primavera Árabe”. Mesmo sem a Globo alterar integralmente sua grade de programação como fez no curso das manifestações de junho, com o objetivo de desgastar o governo Dilma e em seguida cobrar mais caro por seus serviços (só em 2012 abocanhou 500 milhões de reais em publicidade federal), a gigantesca emissora da “famiglia Marinho” realiza no momento, por interesses mais estratégicos e ideológicos, uma cobertura ufanista da visita papal que beira ao fanatismo religioso. Criada em 84 pelo papa João Paulo II, o polonês Karol Wojtyla, a JMJ foi idealizada como parte da estratégia do vaticano de promover a contrarrevolução e a restauração capitalista no Leste Europeu a partir da Polônia. Desde sua gênese, a JMJ cumpre o papel reacionário de ser instrumento de dominação ideológica da burguesia sobre a juventude a partir da propaganda anticomunista e o combate virulento a esquerda revolucionária, reformista ou mesmo “progressista”. Isso foi o que representou a perseguição aos padres da chamada Teologia da Libertação, sobretudo na América latina, desencadeada pelo papa João Paulo II no mesmo período. Este reacionário evento promovido pelo Vaticano com um custo de cerca de R$ 155 milhões, está sendo bancado pelos cofres públicos em mais de 80% deste total, apesar de cinicamente o “papa dos pobres” se proclamar contra os carros de luxos (para fazer merchandising da FIAT) e os privilégios. A “modesta” festa da religião católica, bancada pelos governos Dilma, Cabral e Paes, revela que o caráter laico do Estado Burguês não passa de uma grande farsa e quão ainda é poderosa a nefasta Igreja Católica no planeta.

quinta-feira, 25 de julho de 2013


As jornadas de junho mostraram que o ciclo estatal do PT está esgotado?

Hoje um debate cruza o meio político, da extrema-esquerda à direita todas as análises lançam o “enigma”, as multitudinárias jornadas de junho revelaram o esgotamento do ciclo petista na gerência do Estado capitalista? Candidato a responder esta questão, o decano Tucano José Serra em conferência nacional realizada ontem (24/07) assevera o seguinte: “Me lembra os últimos seis meses do governo Jango e os últimos dias do governo Collor”, para depois concluir: “O ciclo do lulismo acabou, e o pior é que o governo não está apresentando uma alternativa para a superação desse modelo”. Caracterização semelhante a esta é compartilhada pelo conjunto da esquerda revisionista argentina (e seus respectivos apêndices brasileiros). Para este segmento político é correto afirmar que o: “Gigante acordou” (o mesmo mote da reação tupiniquim!) e que em: “Junho: um novo país surgiu das maiores mobilizações” (Site da LER, afiliada ao PTS argentino). Já para o Partido Obrero (PO) e seu consultor “brargentino” Osvaldo Coggiola, a crise mundial teria finalmente chegado ao Brasil e encerrado o “milagre Lulista” ancorado na China. Mas, será mesmo que o móvel das mobilizações populares que cortaram o país teria sido uma conjuntura econômica de “caos”, como tentam demonstrar a oposição burguesa conservadora e seus “colegas” da esquerda revisionista? Que “novo” país teria surgido após junho, estaríamos enfim vivendo os últimos estertores do governo da Frente Popular?

quarta-feira, 24 de julho de 2013


Randolfe, Dorinaldo (ex-CST) e o prefeito de Macapá, Clécio
 
A lógica de ferro da cooptação do Estado burguês tritura os revisionistas no interior do PSOL
Em uma lacônica “Nota sobre Amapá” a direção nacional da CST “lamentou” que Dorinaldo Malafaia, até então o principal dirigente da corrente no estado e presidente do SINDSAÚDE-AP tenha se “afastado” do seu posto sindical e da militância morenista para assumir uma secretaria na prefeitura de Macapá, comandada por Clécio Luis Veira, eleito prefeito pelo PSOL em 2012 por meio de uma escandalosa aliança com partidos burgueses (PRTB, PMN, PTC e PV), arco que incluiu no segundo turno até mesmo o apoio do DEM, PSDB e PTB! O mais hilário é que até pouco tempo atrás Dorinaldo e a CST foram alvos de denúncia da APS, corrente que então abrigava o Senador Randolfe Rodrigues, sob a acusação de que ambos estavam aliados à oligarquia dos Capiberibe (PSB) e faziam um discurso “radical” para desgastar Clécio, justamente para atender aos interesses eleitorais do atual governador Camilo Capiberibe! Como se observa, a corrompida CST e seu ex-dirigente no Amapá, agora secretário de Clécio e serviçal de Randolfe (Ver Foto), há tempos vinham vendendo seus serviços à burguesia, mudando de lado conforme o famoso “quem dá mais”, onde a lógica de ferro da cooptação do Estado burguês tritura até mesmo os revisionistas do PSOL! Segundo a CST “A decisão de Dorinaldo Malafaia, de sair da CST/PSOL, se afastou do mandato de presidente do SINDSAÚDE-AP, para ocupar uma secretária na prefeitura de Macapá é uma decisão político pessoal do qual lamentamos. A opção de Dorinaldo de compor a atual administração da prefeitura de Macapá, deixa órfã a categoria dos trabalhadores da saúde em sua luta por serviços públicos de qualidade” (site CST, julho/2013). E só! A semimudez da CST tem seus motivos: a ultra-oportunista corrente morenista apoiou a candidatura de Clécio para prefeito nos dois turnos, apesar de ele representar abertamente um sólido bloco burguês que disputava com o PDT de Roberto Góes e o PSB dos Capiberibre o controle do botim estatal.

terça-feira, 23 de julho de 2013


Em troca de indenizações milionárias, PSTU lava a cara dos pelegos de ontem e de hoje na “Comissão da Verdade” do governo Dilma!

Ocorreu nesta segunda-feira, dia 22 de julho, no Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical em São Paulo, o “Ato Sindical Unitário” promovido pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) criada pelo governo federal com todas as centrais sindicais, inclusive a CSP-Conlutas. O pretexto foi “relembrar os 30 anos da greve geral de 1983”, apresentando-a como um fato político importante para o fim da ditadura militar instaurada via golpe contrarrevolucionário de 1964. A atividade foi organizada pelo “Coletivo Sindical de apoio ao Grupo de Trabalho da Comissão Nacional da Verdade” estando presentes além dos atuais representantes da burocracia sindical “chapa branca”, pelegos que no passado atacaram abertamente ativistas classistas em nome da política de subordinar o movimento operário à oposição burguesa agrupada do MDB. O porta-voz da CSP-Conlutas e dirigente nacional do PSTU, Luís Carlos Prates, conhecido como Mancha, saudou entusiasticamente o ato político coordenado por Rosa Cardoso (membro da CNV mais próxima da presidente Dilma), aproveitando para reforçar os pedidos dos morenistas por “reparação material” aos militantes e sindicalistas ligados à Convergência Socialista e ao Alicerce (ALS), perseguidos pela ditadura militar. Vergonhosamente, PSTU e a Conlutas lavam a cara dos pelegos de ontem e de hoje para em troca receber indenizações milionárias do Estado burguês!

segunda-feira, 22 de julho de 2013


O médico “mauricinho” da novela global e os protestos da elite de branco

A atual novela das 21h da Rede Globo, “Amor à Vida”, tem veiculado a personagem de um jovem médico “mauricinho” habituado a desmarcar as consultas dos seus pacientes para receber no consultório, já devidamente “pelado”, sua namorada. Em outras cenas, o personagem promove escândalos bestiais com direito a quebra-quebra nos bares em cenas de ciúmes. Muitos podem estar se perguntando: mas o que isso tem a ver com os protestos da área da saúde contra o programa “Mais Médicos” do governo Dilma? Parafraseando a própria Globo, tem “tudo a ver”! Embora de forma caricatural, o personagem do estúpido folhetim da emissora da “famiglia” Marinho expressa muito bem o estereótipo dos jovens de classe média que vislumbram a profissão como símbolo de status, ascensão social e poder sem qualquer vestígio de preocupação social com a prática da medicina na coletividade, ávidos por encher seus bolsos em consultas privadas em consultórios de luxo ou pela via de convênios nos escorchantes planos de saúde. Também não é desprezível o fato de que uma parcela considerável da categoria médica no Brasil utilize a profissão para fins políticos eleitorais (aproveitando-se da extrema miséria de uma parte da população), sendo que atualmente pelo menos um quarto do Congresso Nacional e Assembleias Estaduais está sendo ocupada por deputados “doutores”. O programa “Mais Médicos”, criado por uma Medida Provisória e apresentado pelo Palácio do Planalto como uma “solução” para a moribunda saúde pública, mas na verdade não passa de mais um arremedo para tapar buracos sobre a questão, está sendo alvo de uma sabotagem organizada pelas direções das entidades (direitistas) da classe medi(c)a justamente porque, apesar de todos os seus limites, colocou em debate a questão do caráter mercantil e mercenário da profissão médica na sociedade capitalista.

sexta-feira, 19 de julho de 2013


Capital financeiro e imperialismo ianque escolhem seu candidato para bater o PT: Marina Silva!

Em um período de decantação política dos protestos multitudinais que varreram o país, parece mesmo que as forças da reação interna já iniciaram seu processo de reacomodação eleitoral com as atenções voltadas para 2014. É o que vem revelando o resultado das últimas pesquisas de opinião pública, em particular a divulgada pelo IBOPE ontem (18/07), que coloca no patamar de empate técnico para o segundo turno as candidaturas de Dilma Rousseff e Marina Silva. Pela primeira vez em pesquisas eleitorais a presidente Dilma vê ameaçada a sua condição de renovar tranquilamente por mais quatro anos o posto de “gerente geral” de negócios do regime capitalista. Com o impacto das mobilizações populares ocorridas em junho se desfizeram as aspirações presidenciais das alternativas políticas mais tradicionais da burguesia financeira e do imperialismo para derrotar o PT em 2014, de uma só tacada foram praticamente descartadas  como “viáveis” as candidaturas de Serra, Eduardo Campos e do novo líder Tucano Aécio Neves. Também não conseguiu “decolar” a campanha orquestrada pelo PIG do “Fora Dilma”, apesar do grande esforço da malta ultrarreacionária do “Face” e que desgraçadamente contou com o apoio da esquerda revisionista. Apesar do intenso desgaste de gerenciar o aparelho de Estado capitalista, incapaz de atender as necessidades mais elementares da população, a Frente Popular ainda conta com um sólido apoio social no movimento de massas, somada à política do governo de fomentar crédito para uma parcela significativa dos trabalhadores. Neste cenário complexo e difuso a aposta política dos rentistas, “sequestradores” de fato das finanças públicas do Estado burguês, vai na direção da eco-imperialista Marina Silva. A ex-senadora é a única candidatura ao Planalto que reúne neste momento condições mínimas de levar a disputa para um segundo turno, fazendo ascender a esperança da reação tupiniquim de colocar o Brasil novamente na rota de um pleno alinhamento econômico com o grande amo do norte.

quinta-feira, 18 de julho de 2013


Fora do Brasil o Papa Bergoglio! Um representante clerical da reação mundial e do imperialismo!

O Papa Bergoglio chega ao Rio de Janeiro no dia 23 para participar da 26ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) protegido por um forte aparato repressivo, um evento promovido pelo Vaticano, bancado pelo dinheiro do Tesouro Nacional (cerca de 130 milhões de reais) e dos cofres públicos do governo estadual e municipal, mais R$ 25 milhões patrocinados pelos bancos Bradesco, Itaú e Santander e outras empresas privadas. Trata-se da primeira “visita” do Papa “Francisco” a um país latino-americano desde que Bergoglio recebeu a coroa papal, escolhido pela alta cúpula da Igreja Católica. Sua viagem cumpre um papel político bem definido, de “evangelizar” a juventude em combate aberto aos governos da centro-esquerda do continente latino-americano, particularmente da Venezuela, Bolívia e Equador além de fortalecer a influência da Santa Sé no Brasil, palco de manifestações no mês de junho que desgastaram a gestão da frente popular. A JMJ foi idealizada e criada em 1984 pelo então Papa João Paulo II cuja celebração é feita a cada dois ou três anos em nível internacional. A mídia golpista (PIG) estima (e estimula) a presença acima de um milhão de católicos que devem comparecer em massa ao megaevento, palco propício a pregações ultrarreacionárias e obscurantistas, para a condenação aos direitos democráticos como o aborto, difundir os preconceitos contra as relações homoafetivas, além de combater em aliança com a Opus Dei os remanescentes da Teologia da Libertação, condenar os avanços da ciência laica, proferir seu proselitismo raivoso contra os comunistas e aos que se insurgem contra o establishment. A cruzada do Papa ocorre em uma etapa de aberta ofensiva (ideológica e militar) do imperialismo contra os povos de todo o planeta que certamente se valerá do uso da religião para reforçar a reação mundial contra a luta dos explorados. São por estas razões que os marxistas revolucionários, ateus militantes, rechaçam a vinda de Bergoglio e dizemos em alto e bom som: Fora o Papa “Francisco” do Brasil, fora sua jornada de alienação da juventude!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

 
Trayvon Martin, mais uma vítima do Estado policial montado contra o povo pobre e negro nos EUA!
O assassino do jovem negro Trayvon Martin foi absolvido por unanimidade no julgamento ocorrido no último dia 13, na Flórida, um dos estados mais reacionários dos EUA. Os jurados consideraram que o algoz de Martin, George Zimmerman, um branco de origem hispânica que atuava como “vigilante voluntário” (na verdade é membro de um grupo de extermínio) agiu em legítima defesa quando em fevereiro de 2012 atirou “preventivamente” com uma pistola semiautomática no peito de Trayvon Martin simplesmente por achar que o jovem estava em “atitude suspeita”, apesar do adolescente de 17 anos não portar qualquer arma. O caso revela em toda plenitude o estado de terror policial fomentado nos EUA contra o povo pobre e negro, em um ataque racista e institucionalizado aos elementares direitos civis dos setores mais explorados da população trabalhadora. A lei conhecida como “Defenda sua posição” (Stand Your Ground) em vigor na Flórida e mais em 29 estados norte-americanos permite o uso de armas letais fora de casa quando se percebe uma “ameaça”, autorizando o assassinato do suspeito. Sob este argumento, Zimmerman ganhou a liberdade. Este é o exemplo da “democracia” que o imperialismo ianque deseja exportar para o mundo afora com suas guerras de ocupação, com as atrocidades que impõe na Líbia, Iraque e Afeganistão!

terça-feira, 16 de julho de 2013


“Ejaculação precoce” do PIG vaticina derrota antecipada de Dilma, mas os já derrotados são na verdade Serra e Campos

As mobilizações populares de junho tiveram como centro inicial a luta contra a prefeitura petista de São Paulo, que em uníssono com o governo Alckmin elevou as tarifas do transporte público. Após a brutal repressão da PM paulista ao movimento do “Passe Livre” as massas ganharam as ruas de todo país, centralizando a insatisfação da população com a crise deste regime burguês gerenciado de forma medíocre pelo PT. Logo o PT e seus governos federal e municipal foram sem dúvida alguma o foco do descontentamento de um segmento de massas, ainda que estas tenham enfrentado a bárbara repressão policial dos governos estaduais do PSDB, PMDB, PSB etc... Embora “arranhados” com a crise, Alckmin e Cabral não sofreram o desgaste central na mesma dimensão política que atingiu o governo Dilma, portanto, nesta nova conjuntura um alvo “frágil” para o PIG. Não demorou muito para a GLOBO “patrocinar” os protestos nacionais, tentando impor uma pauta programática reacionária e uma direção fascista nas mobilizações. Neste cenário aberto não seria difícil para o PIG “prever” um fim antecipado do governo da Frente Popular, impulsionando o Impeachment da presidenta Dilma ou fabricando artificialmente (a la fraude Collor) uma candidatura imbatível em 2014. Às pressas o “imparcial” DATAFOLHA realizou sua pesquisa, no fulcro dos “rasga bandeiras”, apontando uma queda abismal do governo Dilma. Mas, contrariando a obsessão dos barões da mídia “murdochiana” com o refluxo do movimento, Dilma não naufragou, apesar das tentativas, tampouco surgiu o “super herói”, e de quebra, quem acabou apresentando falência foi o natimorto MD, uma jogada eleitoral frustrada de Serra, Freire e Campos.

segunda-feira, 15 de julho de 2013


“Revolução made in USA” no Egito: Um gabinete golpista escolhido “a dedo” pelo imperialismo ianque

Duas semanas após o golpe de Estado que derrubou o presidente egípcio Mohamed Mursi, a alta cúpula militar conseguiu montar o chamado “governo de transição”, buscando dar um “rosto” civil a suas marionetes. A figura escolhida mais “celebrada” pela Casa Branca foi o vice-presidente, Mohamed El Baradei, ex-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2005 justamente por ter colaborado com a agressão militar dos EUA ao Iraque, acusando falsamente o país de ter armazenado armas de destruição em massa. Homem de larga confiança do imperialismo, ele participou da equipe de negociação que levou ao humilhante acordo de Camp David com Israel, assinado por Anuar Saddad em 1979. Ao lado de El Baradei, o Conselho Supremo das FFAA (CSFA) indicou representantes da “fina-flor” da burguesia egípcia, homens que já serviam de várias formas aos interesses norte-americanos no país durante a longa gestão de 30 anos de Mubarak e após sua queda, no período dito como “revolucionário”. O presidente interino, Adli Mansour, era chefe da Corte Constitucional, já o atual premier, Hazem el-Beblawi, é um economista liberal que nomeou como ministro das Finanças, Ahmed Galal, doutor pela Universidade de Boston e conhecido porta-voz dos grandes bancos e transnacionais estadunidenses. Um ex-embaixador do governo Mubarak do Egito nos EUA, Nabil Fahmy, foi indicado para o cargo de ministro das Relações Exteriores em uma demonstração de alinhamento integral com as posições ianques no cenário internacional. Nas FFAA, tudo fica como está desde que se iniciou a “transição” operada com sucesso pela Casa Branca em 2011. Apesar de setores da “esquerda” terem apresentado o golpe militar como uma “vitória das mobilizações populares”, o que se observou foi a deposição pelas FFAA do governo eleito da Irmandade Muçulmana (relativamente frágil e sem a confiança integral do Pentágono, apesar de todos os esforços do presidente deposto), impondo um gabinete golpista escolhido “a dedo” pelo imperialismo ianque.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Antônio Sombra, da Oposição de Luta dos Professores-TRS,
intervém na passeata do dia 11 em Fortaleza

Dia 11 um balanço inicial: Apesar da disposição de luta dos trabalhadores, a burocracia sindical não organizou a paralisação da produção e serviços essenciais

As manifestações que “pipocaram” pelo país neste 11 de julho provaram que há disposição dos trabalhadores em se mobilizar para defender diretos sociais e sair às ruas pelo atendimento de suas reivindicações mais imediatas. Apesar da burocracia sindical de “direita” e “esquerda” não ter organizado efetivamente a paralisação da produção nas grandes fábricas com concentrações operárias e em categorias estratégicas como rodoviários, metroviários e bancários, o que de fato colocaria a burguesia em alerta e poderia alterar os rumos da conjuntura nacional hoje em curso claramente à direita, o Brasil foi cruzado por importantes protestos populares com o fechamento de rodovias e greves parciais de algumas categorias em várias capitais e grandes cidades do país. Onde os trabalhadores foram convocados a cruzar os braços, eles pararam suas atividades, o que demonstra que as “jornadas de junho” abriram a possibilidade da classe operária entrar em cena e questionar o conjunto do fatigado regime político burguês, “oportunidade” que desgraçadamente foi e vem sendo sabotada pelas centrais “chapa branca” (CUT, CTB, FS) e a Conlutas!

quinta-feira, 11 de julho de 2013


Nova alta de juros: A única voz que este governo atende é a dos banqueiros e rentistas internacionais

Pela terceira vez consecutiva o COPOM, organismo colateral do Banco Central, deliberou por um aumento de 0,5% ponto percentual na taxa Selic, atendendo assim a “reivindicação” dos banqueiros e rentistas internacionais. A nova política de juros do BC é resultado de uma ampla campanha do PIG a favor do aumento do superávit primário, possibilitando assim que o governo Dilma destine recursos do orçamento para o pagamento dos spreads da dívida interna. Ouvindo as “queixas” dos banqueiros de que o governo “gasta demais”, o Ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou um corte de 15 bilhões no orçamento federal, apesar do recorde positivo de 6 bilhões obtido no mês de maio. A decisão de retomar o ciclo de juros altos, tomada por unanimidade pelos tecnocratas do BC, teve como base o suposto combate à inflação, alimentada artificialmente pelos especuladores e grandes atacadistas. Outro ponto que balizou a decisão do governo foi a disparada do Dólar, que atingiu no Brasil os mesmos patamares de cotação da crise financeira de 2008. Remunerando o capital acima das taxas médias praticadas no mercado mundial, o governo Dilma pretende retomar a política monetária da era FHC, onde o país era um porto generoso de atração de capitais voláteis, gerando retração na produção industrial e incentivo à exportação de commodities agro-minerais, para aproveitar a maxidesvalorização do Real. Em pleno momento onde as massas saem as ruas exigindo mudanças estruturais no regime burguês, o governo da Frente Popular segue a direção política exatamente contrária, aprofunda o modelo neoliberal para beneficiar o capital financeiro, tentando desta forma inutilmente acalmar a ira do PIG que saliva a derrota do PT em 2014.

quarta-feira, 10 de julho de 2013


DECLARAÇÃO PARA O DIA 11/7 DAS OPOSIÇÕES SINDICAIS FILIADAS A TRS:  
ORGANIZAR UMA GREVE GERAL
“PRA VALER”! NÃO À POLÍTICA DISTRACIONISTA DAS CENTRAIS SINDICAIS “CHAPA BRANCA”!


Neste 11 de julho está marcado o dia nacional de “luta” organizado pela CUT, CTB, CSP-Conlutas. Não se trata sequer da deflagração de uma greve geral de um dia como deixaram claro as direções destas entidades, mas apenas uma data unitária para promover “paralisações e manifestações de rua”, sendo previsto no máximo paralisações simbólicas de algumas categorias (metroviários, rodoviários, metalúrgicos) pelo período da manhã e atos a partir de meio-dia na maioria das capitais. De fato, a burocracia sindical de “direita” e “esquerda” marcou esta atividade em um dia bem distante do “pico” das manifestações populares que tomaram conta do país no mês de junho e chegaram a arrancar a redução da tarifa no transporte público em algumas cidades. Tamanho descompasso político teve o objetivo de formatar o dia 11 como uma manifestação de massas “midiática”, ao estilo das marchas “ordeiras e pacíficas” promovidas pelas centrais em Brasília, com uma pauta genérica que não contempla sequer a exigência de um aumento geral de salários, incluindo obviamente um reajuste emergencial digno para o “mínimo”. A CUT e a CTB em particular, controladas pelo PT e PCdoB, desejam fazer da manifestação um grande lobby em defesa do natimorto Plebiscito proposto pela presidente Dilma, uma medida distracionista que, longe de abrir o debate sobre as grandes demandas populares, visa chegar a um acordo político entre as várias frações burguesas que parasitam o Estado. Denunciando o caráter extremamente limitado deste “dia nacional de luta”, a Tendência Revolucionária Sindical (TRS) intervêm ativamente nesta atividade em defesa de um programa de ação direta para o movimento de massas. A tarefa política da vanguarda classista consiste em permanecer mobilizando as massas pela esquerda, sem nenhuma trégua, imprimindo um conteúdo programático socialista em transição com as demandas mais elementares do proletariado. Neste sentido, permanece na ordem do dia a necessidade da preparação de uma greve geral “pra valer”, organizada pela base em cada local de trabalho e paralisando a produção do país inicialmente por 48 horas.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Leia o Editorial do Jornal Luta Operária nº 261, 1ª Quinzena de Julho/2013

Diante do distracionismo e da confusão política: Debater um programa revolucionário para a ação direta do movimento de massas

Atravessamos um momento de “esfriamento” das mobilizações populares que sacudiram o país em junho. Os atomizados protestos ainda em curso agora ganham um caráter de reivindicações corporativas, em uma espécie de “ressaca” das multitudinárias marchas que tomaram conta das ruas no mês passado. Aos poucos o “gigante” vai adormecendo novamente e os noticiários na TV, que antes “cobriam” as manifestações para impor uma pauta direitista aos protestos, agora tratam das disputas interburguesas no marco do natimorto plebiscito proposto pelo governo Dilma. Longe do clima de “rebelião popular” permanente que a esquerda revisionista sonhava, vemos o conjunto do establischment político lentamente costurando o retorno a “normalidade” da ordem burguesa. Para alguns há a expectativa que este quadro possa ser alterado como o “dia nacional de luta” marcado para 11 de julho. Desde a LBI afirmamos que se trata justamente do contrário! Longe de ser um ponto de ponto de apoio para retomar as manifestações a fim de aprofundar a crise do regime político burguês, o arremedo de “greve geral” convocado pela burocracia sindical de “direita” e “esquerda” (CUT, CTB e Conlutas) visa justamente descomprimir a “puteza” de suas bases e seguir no calendário “ordinário” das campanhas salariais economicistas, “ordeiras e pacíficas” e sem nenhum caráter político neste segundo semestre. O distracionismo fomentado pela frente popular em torno da farsa do plebiscito e a própria confusão política que marcou os rumos das mobilizações, carentes de uma direção classista e um programa revolucionário, deixaram neste momento um tremendo vazio político na honesta vanguarda militante, já que a resolução das verdadeiras demandas populares presentes nos protestos obviamente estão pendentes. Frente a esta realidade, os marxistas leninistas compreendem que é necessário debater pacientemente um programa transitório revolucionário para a ação direta do movimento de massas, já que se encontra bastante vivo entre os trabalhadores e o povo pobre o sentimento de que é possível aprofundar o esgotamento do atual regime político através de sua luta direta nas ruas, fábricas, nas escolas e no campo. Neste sentido, como passo inicial deste processo, apresentamos alguns temas candentes que compreendemos fundamentais para esta discussão, que longe de um caráter diletante, deve estar voltada para a intervenção dos ativistas classistas, militantes revolucionários e para o conjunto do movimento de massas no próximo período.

segunda-feira, 8 de julho de 2013


Sob os governos da Frente Popular continuam as bases de espionagem da CIA no Brasil

Os noticiários da mídia “murdochiana” deram bastante destaque às revelações do ex-agente Edward Snowden (abrigado provisoriamente na Rússia) sobre a existência de bases de monitoramento eletrônico pertencentes a CIA/NSA, instaladas em Brasília no período do governo FHC. As atuais informações fornecidas por Snowden datam no máximo ao ano de 2002 e, portanto, seriam relacionadas a fatos do passado, nada tendo a ver com a atualidade dos governos da Frente Popular, é o que tenta provar a mídia no afã de tranquilizar a opinião pública nacional. Diante das denúncias o próprio embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, em visita nesta segunda-feira (08/07) ao ministro das comunicações negou que o programa de monitoramento sediado no Brasil (com abrangência para toda a América do Sul) tenha sido executado para fins de “espionagem de nossos cidadãos”. A verdade é que os convênios oficiais de cooperação assinados entre a NSA (Agência de Segurança Nacional - EUA) e o governo brasileiro na gestão FHC, permanecem vigentes até hoje.Na realidade são estes acordos bilaterais para fins de " inteligência" que permitem a CIA vasculhar livremente nosso sistema de informações e dados, valendo inclusive para o monitoramento dos computadores do TSE ,responsável pela totalização dos votos da urna “robotrônica”. Mas a presidenta Dilma se finge de indignada e até mesmo o vassalo FHC cobra explicações do governo ianque, a imprensa capitalista não comenta o fato dos acordos com a NSA estarem valendo em plena etapa dos supostos riscos de “terrorismo” nos “grandes eventos” que o Brasil sediará.

domingo, 7 de julho de 2013

Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária - Nº 261 - 1ª Quinzena de Julho/2013
 
 
 
EDITORIAL
Diante do distracionismo e da confusão política: Debater um programa revolucionário para a ação direta do movimento de massas
 
 
RECEITA PARA ESTABILIZAR O REGIME
Plebiscito, vitória da seleção e jornada de “lutas” da CUT só no dia 11, três ingredientes para “esfriar” as mobilizações populares
 
 
CONLUIO CONTRA A GREVE GERAL
Centrais pelegas “chapa branca”, com apoio da CONLUTAS, marcam dia nacional de “luta”
 
 
JUNTOS PARA SABOTAR A LUTA DIRETA
Plenária da “esquerda unida” chancela golpe contra uma verdadeira mobilização operária independente
 
 
MANIFESTAÇÕES NO RIO DE JANEIRO
Os verdadeiros comunistas não temem levantar as bandeiras do marxismo revolucionário
 
 
“FRENTE ÚNICA PRÓ-FASCISTA”?
Revisionistas defendem PEC-300 após PM comandar massacre na Maré
 
 
MASSACRE AO POVO POBRE
PM do governador Sérgio “Caveirão” promove chacina em favela do Complexo da Maré
 
 
LUTA DEMOCRÁTICA
STJ tenta novamente entregar Battisti a Itália, “Movimento de Esquerda nas Ruas” deve levantar sua defesa!
 
 
FLIP 2013
Uma “homenagem” a Graciliano Ramos sob a ótica da pequena burguesia anticomunista
 
 
SEQUESTRO DE EVO
Governos da “centro-esquerda”, como França e Brasil, mostraram completa submissão ao grande amo do norte
 
 
GOLPE DE ESTADO NO EGITO
Estranha aliança entre militares e as “massas”
 
 
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA
 

sexta-feira, 5 de julho de 2013


Flip 2013: Uma “homenagem” a Graciliano Ramos sob a ótica da pequena burguesia anticomunista

Iniciou-se nesta semana, a 11ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), uma pequena cidade do Rio de Janeiro, que escolheu como homenageado deste ano o escritor Graciliano Ramos, filiado ao velho “Partidão” (PCB) desde os anos 40 até a sua morte em 1953. Trata-se de um megaevento patrocinado pelos governos federal e estadual, empresas privadas (Banco Itaú) que reúne em um só local não apenas escritores e a literatura, mas envolve a arquitetura e outras artes plásticas para o qual já afluíram cerca de 25 mil pessoas. Só para termos uma pequena ideia acerca do caráter político da Flip, as principais “estrelas” convidadas são o ex-ministro da cultura do governo Lula, Gilberto Gil, o escritor egípcio Tamin Al-Bargliout, batizado pela imprensa “murdochiana” como o “poeta da Primavera Árabe”, Pablo Capilé, da rede “Fora do Eixo”, um dos expoentes intelectuais do antipartidarismo nas manifestações de rua que varreram o país nas últimas semanas, ou seja, o suprassumo da intelectualidade pequeno-burguesa anticomunista. Os organizadores da “festa” tentaram seguir o “embalo” dos grandes protestos nacionais, só que através de seu viés mais atrasado, direitista e reacionário em suas concepções e formulações pequeno-burguesas: o antipartidarismo difundido e imposto pela Rede Globo e seu subsequente anticomunismo raivoso como forma de disciplinar o movimento de massas sob a ótica do PIG. O que temos presenciado nas mesas expositivas do evento foi a sua desvirtualização acintosa da vida e obra de Graciliano apresentada como exemplo de “ética na política”. Como exemplo disto, o discurso de abertura feito por Milton Hatoum, onde proferiu verdadeiras asneiras elogiando Graciliano por ser “um político responsável com relação a gastos públicos” quando prefeito de Palmeira dos Índios (uma pequena cidade do interior de Alagoas) em 1928, revela com fidelidade o real “espírito” da Flip, ou seja, desvirtua totalmente o significado da obra e a própria trajetória política do “velho Graça”, um simpatizante ativo do programa comunista.

quinta-feira, 4 de julho de 2013


Sequestro de Evo: Governos da “centro-esquerda”, como França e Brasil, mostraram completa submissão ao grande amo do norte

 Desde a II Guerra Mundial não se presenciava a tentativa de um governo nacional tentar interceptar um avião presidencial de outro país, como foi o caso quando Hitler tentou sequestrar um voo que Churchill fazia para visitar as tropas inglesas na África. O novo “führer” do imperialismo ianque, Barack Obama, tentou fazer o mesmo com o presidente Evo Morales da Bolívia, ainda que ao contrário do exemplo da II Guerra os dois países não estejam formalmente em guerra. Quando voltava de uma reunião de cúpula sobre a produção mundial de gás em Moscou, o avião do presidente Evo foi impedido de sobrevoar os países da Europa ocidental. França, Itália, Espanha e Portugal não autorizaram que o jato que levava a bordo o presidente de um país que mantém relações diplomáticas recíprocas, sobrevoasse seus territórios. O fato assume maior gravidade ainda porque o avião presidencial da Bolívia estava prestes a iniciar a grande travessia sobre o oceano Atlântico e necessitava de reabastecimento. A única alternativa encontrada foi a de se submeter à humilhação oferecida pela Áustria, que sob escolta aérea autorizou a aterrissagem de Evo. Em solo austríaco, o avião presidencial foi revistado por policiais que estariam a procura do ex-agente da CIA, Edward Snowden. A suspeita de que a Bolívia teria concedido asilo político a Snowden, que ainda se encontra na Rússia, levou aos terroristas encastelados na Casa Branca a ordenar o sequestro do presidente de uma nação soberana, equivalente nos meios diplomáticos internacionais a uma verdadeira declaração de guerra contra o povo da Bolívia.

quarta-feira, 3 de julho de 2013


Estranha aliança entre militares e as “massas” prepara golpe militar no Egito

O Conselho Supremo das FFAA do Egito, histórico aliado do imperialismo ianque no país, deu um ultimato ao presidente Mohamed Morsi, eleito em 2012 pelo Partido Liberdade e Justiça (braço político da Irmandade Muçulmana), exigindo sua renúncia imediata. O prazo para que Morsi deixe o governo acaba hoje! Apoiado por um setor das massas que saldou a chantagem do exército com seus helicópteros sobrevoando a Praça Tahrir com a bandeira nacional, o general Abdel Al-Sissi, representante da alta-cúpula militar, ordenou que Morsi deixe a presidência e o país passe a ser comandado por um “governo de transição” até a convocação de novas eleições que elaboraria nova constituição, já que os militares não reconhecem o atual ordenamento jurídico do país, aprovado no parlamento em dezembro. Porém, até mesmo esse script que joga na lata do lixo as eleições recentes e a constituição recém promulgada pode ser alterado, com as FFAA assumindo diretamente o governo do país caso suas exigências não sejam atendidas através de um golpe militar, o que é o mais provável. Em resumo, não bastasse as eleições de 2012 terem sido ganhas por Morsi, candidato do reacionário Partido Liberdade e Justiça, depois de uma fraude que levou o representante da alta cúpula militar, o general Ahmed Shafik e ex-premiê de Mubarak para o segundo turno, agora o alto-comando das FFAA está preparando abertamente um golpe militar. O desenrolar dos últimos acontecimentos é uma prova cabal do que afirmamos anteriormente: não houve qualquer “revolução” no Egito, mesmo democrática; ao contrário, estamos vendo a volta da Junta Militar diretamente ao governo. Entretanto, as ácidas lições a serem apreendidas no Egito não param por aí. O fato de um amplo setor das massas apoiarem o ultimato das FFAA, que pode descambar para um golpe militar claramente orquestrado com o suporte do Pentágono, que libera anualmente uma verba milionária para o exército egípcio em troca de sua fidelidade aos interesses do imperialismo ianque, significa que na ausência de um programa e de uma direção revolucionária o “povo na rua” pode apoiar saídas reacionárias.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Plebiscito, vitória da seleção e jornada de “lutas” da CUT só no dia 11, três ingredientes de uma receita para “esfriar” as mobilizações populares

A presidente Dilma acaba de enviar ao Congresso Nacional sua proposta de um plebiscito para debater temas da reforma política. A iniciativa do governo anunciada um pouco depois da retirada da fracassada “sugestão” de uma constituinte específica, ocorre no clima de “euforia nacional” após a “consistente” vitória da seleção brasileira na Copa das Confederações e no marco do refluxo dos multitudinários protestos de rua, cujo “ápice” seria a convocação de uma greve geral, “traficada” pela burocracia sindical na forma de um dia nacional de “lutas”, somente marcado para o próximo dia 11 de julho (quase um mês depois do inicio das mobilizações nacionais). Por seu turno, o PIG também se inclinou a pactuar com o governo uma “trégua” em suas convocatórias midiáticas para as passeatas, na medida em que não conseguiu centralizar o movimento com seu eixo “Fora Dilma”. Até mesmo a tal “greve geral facebookiana” do dia 01/07 (muito temida pelos reformistas) foi esquecida totalmente, completando assim o quadro de certo esgotamento de um movimento de massas que não sabe que rumo político seguir.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Manifestação no Rio: Os verdadeiros comunistas não temem levantar as bandeiras do marxismo revolucionário

Neste domingo, 30 de junho, dia da final da Copa das Confederações, ocorreram no Rio de Janeiro novas manifestações no lastro da onda de protestos que sacodem o país.  Mais de 5 mil pessoas se concentraram desde as 10 horas na Praça Seans Penã na Tijuca e, logo depois, seguiram para as proximidades do Estádio do Maracanã, quando foram impedidos de continuar por diversas barreiras do Batalhão de Choque da PM. Os manifestantes não só protestaram contra a farra bilionária do governo da frente popular com a construção dos estádios e a privatização do próprio Maracanã, mas levantaram uma série de reivindicações populares (tarifa zero, contra a repressão policial, em defesa do povo indígena e solidariedade a comunidade da Maré). Traiçoeiramente, PSOL, PSTU, PCB e PCR trataram de organizar uma manifestação “ordeira e pacífica” pela manhã que acabou bem antes do jogo da seleção brasileira, justamente para conter a radicalidade do protesto. Apesar disso, a onda patrioteira “verde-amarelo” insuflada pela mídia “murdochiana” tendo a frente à Rede Globo e a direita marcou presença na manifestação, a ponto de grupos nacionalistas de direita e fascistizantes hostilizarem a presença da coluna da LBI. Em meio à polarização política no interior da marcha, a militância da LBI soube manter firme sua faixa em defesa da revolução e da ditadura proletária (Ver Fotos), fazendo uma clara delimitação ideológica com os setores de classe média reacionária presentes no protesto, que destilavam seu ódio de classe contra o comunismo. Ao mesmo tempo, ao reafirmar a defesa de um programa marxista revolucionário na manifestação no Rio, a LBI se diferenciou claramente da “família” revisionista que busca estabelecer uma aproximação com estes setores políticos de direita visando desgastar eleitoralmente o governo Dilma, como se fosse progressivo a frente popular ser acossada pela reação burguesa!