DECLARAÇÃO PARA O DIA 11/7 DAS OPOSIÇÕES SINDICAIS FILIADAS A TRS:
ORGANIZAR UMA GREVE GERAL
“PRA VALER”! NÃO À POLÍTICA DISTRACIONISTA DAS CENTRAIS SINDICAIS “CHAPA BRANCA”!
Neste 11 de julho está
marcado o dia nacional de “luta” organizado pela CUT, CTB, CSP-Conlutas. Não se
trata sequer da deflagração de uma greve geral de um dia como deixaram claro as
direções destas entidades, mas apenas uma data unitária para promover
“paralisações e manifestações de rua”, sendo previsto no máximo paralisações
simbólicas de algumas categorias (metroviários, rodoviários, metalúrgicos) pelo
período da manhã e atos a partir de meio-dia na maioria das capitais. De fato,
a burocracia sindical de “direita” e “esquerda” marcou esta atividade em um dia
bem distante do “pico” das manifestações populares que tomaram conta do país no
mês de junho e chegaram a arrancar a redução da tarifa no transporte público
em algumas cidades. Tamanho descompasso político teve o objetivo de formatar o
dia 11 como uma manifestação de massas “midiática”, ao estilo das marchas
“ordeiras e pacíficas” promovidas pelas centrais em Brasília, com uma pauta
genérica que não contempla sequer a exigência de um aumento geral de salários,
incluindo obviamente um reajuste emergencial digno para o “mínimo”. A CUT e a
CTB em particular, controladas pelo PT e PCdoB, desejam fazer da manifestação
um grande lobby em defesa do natimorto Plebiscito proposto pela presidente
Dilma, uma medida distracionista que, longe de abrir o debate sobre as grandes
demandas populares, visa chegar a um acordo político entre as várias frações
burguesas que parasitam o Estado. Denunciando o caráter extremamente limitado
deste “dia nacional de luta”, a Tendência Revolucionária Sindical (TRS)
intervêm ativamente nesta atividade em defesa de um programa de ação direta
para o movimento de massas. A tarefa política da vanguarda classista consiste
em permanecer mobilizando as massas pela esquerda, sem nenhuma trégua,
imprimindo um conteúdo programático socialista em transição com as demandas
mais elementares do proletariado. Neste sentido, permanece na ordem do dia a
necessidade da preparação de uma greve geral “pra valer”, organizada pela base
em cada local de trabalho e paralisando a produção do país inicialmente por 48
horas.
Neste marco político e sindical agitado, ingressamos neste segundo semestre, onde ocorrerão várias campanhas salariais (bancários, petroleiros, correios, metalúrgicos, químicos). A questão central colocada é se os trabalhadores conseguirão romper a camisa de força imposta pelas direções sindicais em torno de pautas rebaixadas e sem caráter político de contestação do conjunto do regime político em fase de esgotamento, colocado em xeque de forma difusa pelos protestos populares de junho. A luta pelo passe livre nos transportes coletivos canalizou o ódio popular e demonstrou que é possível vencer desde que se coloque a burguesia e seus governos contra a parede, usando métodos radicalizados de luta (greves com ocupações, unidade operário-camponesa, fechamento de estradas). O fato das centrais sindicais, incluindo a CSP-Conlutas, promoverem o dia 11 quando as manifestações populares espontâneas entraram em franco retrocesso demonstra que o objetivo destas direções caminho no sentido contrário a polarizar a conjuntura nacional em favor das reivindicações do povo pobre. Os reformistas desejam desviar a radicalidade do momento em pequenas “paralisações” localizadas que não terão a capacidade de galvanizar o conjunto do proletariado. Por esta razão, em pleno quadro de “arrocho salarial” promovido pela equipe econômica palaciana neomonetarista e com a ameaça do retorno da inflação para a cesta básica, o movimento operário deveria levantar a bandeira central da escala móvel de salários como uma reivindicação fundamental. Entretanto, a plataforma das jornadas de “luta” deste dia 11 aponta no sentido oposto, sequer denuncia a política de privatizações de nossos recursos naturais para beneficiar as transnacionais imperialistas e no lugar da denúncia deste governo entreguista do PT pedem apenas “mudanças nos leilões de petróleo”. Que as centrais pelegas atuem desta forma, algumas inclusive ligadas à tucanalha como a UGT e a setores da Força Sindical, nenhuma surpresa. O mais escandaloso é a CSP-CONLUTAS, controlada pelo PSTU, avalizar esta “operação desmonte” esperando apenas desgastar o governo Dilma para tentar capitalizar futuramente no terreno eleitoral, onde visa construir um “terceiro campo” alternativo ao PT e a oposição conservadora demo-tucana. Até agora quem tem capitalizado o descontentamento popular com a frente popular é gente do calibre do arquirreacionário Joaquim Barbosa ou mesmo a eco-capitalista Marina Silva, candidata que o PSOL e até mesmo o PSTU podem apoiar em 2014! Isto ocorre justamente porque os protestos de junho careceram de um corte de classe e da entrada em cena da classe operária, sendo na sua reta final já claramente hegemonizados por uma pauta patrioteira de “moralização” do regime político que favorece a direita e foi insuflada pelo PIG tendo a frente a Rede Globo.
Neste marco político e sindical agitado, ingressamos neste segundo semestre, onde ocorrerão várias campanhas salariais (bancários, petroleiros, correios, metalúrgicos, químicos). A questão central colocada é se os trabalhadores conseguirão romper a camisa de força imposta pelas direções sindicais em torno de pautas rebaixadas e sem caráter político de contestação do conjunto do regime político em fase de esgotamento, colocado em xeque de forma difusa pelos protestos populares de junho. A luta pelo passe livre nos transportes coletivos canalizou o ódio popular e demonstrou que é possível vencer desde que se coloque a burguesia e seus governos contra a parede, usando métodos radicalizados de luta (greves com ocupações, unidade operário-camponesa, fechamento de estradas). O fato das centrais sindicais, incluindo a CSP-Conlutas, promoverem o dia 11 quando as manifestações populares espontâneas entraram em franco retrocesso demonstra que o objetivo destas direções caminho no sentido contrário a polarizar a conjuntura nacional em favor das reivindicações do povo pobre. Os reformistas desejam desviar a radicalidade do momento em pequenas “paralisações” localizadas que não terão a capacidade de galvanizar o conjunto do proletariado. Por esta razão, em pleno quadro de “arrocho salarial” promovido pela equipe econômica palaciana neomonetarista e com a ameaça do retorno da inflação para a cesta básica, o movimento operário deveria levantar a bandeira central da escala móvel de salários como uma reivindicação fundamental. Entretanto, a plataforma das jornadas de “luta” deste dia 11 aponta no sentido oposto, sequer denuncia a política de privatizações de nossos recursos naturais para beneficiar as transnacionais imperialistas e no lugar da denúncia deste governo entreguista do PT pedem apenas “mudanças nos leilões de petróleo”. Que as centrais pelegas atuem desta forma, algumas inclusive ligadas à tucanalha como a UGT e a setores da Força Sindical, nenhuma surpresa. O mais escandaloso é a CSP-CONLUTAS, controlada pelo PSTU, avalizar esta “operação desmonte” esperando apenas desgastar o governo Dilma para tentar capitalizar futuramente no terreno eleitoral, onde visa construir um “terceiro campo” alternativo ao PT e a oposição conservadora demo-tucana. Até agora quem tem capitalizado o descontentamento popular com a frente popular é gente do calibre do arquirreacionário Joaquim Barbosa ou mesmo a eco-capitalista Marina Silva, candidata que o PSOL e até mesmo o PSTU podem apoiar em 2014! Isto ocorre justamente porque os protestos de junho careceram de um corte de classe e da entrada em cena da classe operária, sendo na sua reta final já claramente hegemonizados por uma pauta patrioteira de “moralização” do regime político que favorece a direita e foi insuflada pelo PIG tendo a frente a Rede Globo.
Buscando sair das
cordas, a frente popular, tendo a CUT, CTB, UNE e MST em sua vanguarda tenta
deslocar a luta pelas reivindicações populares para o apoio ao natimorto “plebiscito
popular” proposto pela presidente Dilma. Como a anturragem palaciana não
pretende dar nenhuma vazão minimamente democrática à crise, retirou a proposta
da Constituinte da mesa e lançou a caricatura de um plebiscito manipulado que
não coloca em debate as demandas populares mais sentidas. Obviamente não se
perguntará ao povo se ele deseja continuar pagando 450 bilhões por ano aos
rentistas (por conta dos juros da divida interna), tampouco à população será
indagada acerca das desonerações fiscais que o governo promove para as grandes
empresas transnacionais e por último “nem pensar” em questionar se os
trabalhadores estão satisfeitos “ou não” com os “salários mínimos” que percebem
todo mês. Por esta razão, o ativismo classista deve denunciar esta manobra
distracionista do PT/CUT e levantar um autêntico programa operário para o
movimento de massas para desenvolver uma campanha contra o desemprego, pela
redução da jornada de trabalho sem redução salarial, ao mesmo tempo que as
categorias em luta devem exigir a reposição integral das perdas salariais. No
campo, está colocada a defesa da expropriação do latifúndio e nas cidades a
luta por moradia digna, saúde e transporte, o que passa pela estatização destes
setores sem indenização!
A classe operária e seus
aliados históricos do campo e da cidade devem assumir o protagonismo da
polarizada conjuntura nacional, com seus próprios métodos e programa,
irrompendo no cenário político até então disputado pelo discurso ultrapassado
da oposição demo-tucana e a demagogia inócua do governo da Frente Popular que
tenta sair das cordas defendendo o plebiscito. Somente desta forma derrotaremos
a investida da direita que deseja substituir o PT no Planalto por uma “nova”
alternativa ainda mais reacionária. A tarefa da organização de uma verdadeira
greve geral de massas se mantém totalmente vigente, ainda mais agora com a
panaceia de “paralisações” chamada pelas centrais “chapa branca” e a
CSP-CONLUTAS. A farsa midiática distracionista da CUT e afins deve ser
contraposta com a organização de base na preparação de uma vigorosa paralisação
inicial de 48 horas das categorias mais importantes do país, rumo a uma jornada
nacional de “braços cruzados” por tempo indeterminado.
Os sindicalistas
revolucionários da TRS chamam os ativistas classistas e os lutadores combativos
a se somarem conosco nesta batalha política e sindical a fim de alterar os
rumos do movimento de massas em nosso país! Neste sentido apresentamos questões
candentes que compreendemos fundamentais a defesa de um programa revolucionário
para o conjunto do movimento de massas no próximo período:
- Aumento geral dos salários e reajuste emergencial do "mínimo"
- Contra as demissões, ocupação das empresas que demitirem em massa ou falirem, exigindo a sua estatização sob controle dos trabalhadores; Pelo controle operário da produção, para barrar as demissões e o arrocho salarial, Repartição das horas trabalhadas com os operários desempregados, através da redução da jornada de trabalho sem redução salarial, utilizando a escala móvel de salários;
- Fim dos selvagens ritmos de produção, pela formação de comitês de fábrica que estabeleçam tetos de produtividade para absorver a mão-de-obra desempregada; Reposição das perdas salariais!
- Expropriação das grandes empresas transnacionais sob o controle operário, o fim da remessa dos lucros para as matrizes centrais e o não pagamento da dívida interna e externa!
- Pela estatização do sistema financeiro sob o controle dos trabalhadores!
- Combate radical aos monopólios capitalistas de comunicação!
- Revolução Agrária, com a expropriação do latifúndio produtivo e do agronegócio, sob o controle dos trabalhadores. Defesa da reforma agrária para dar terra aos camponeses pobres; Todo apoio às ocupações, nacionalização da terra;
- Reforma Urbana com a expropriação dos prédios ociosos e dos condomínios de luxo para contemplar a moradia popular gratuita, exigido o fim da especulação imobiliária e um programa de construção e financiamento de casas populares com juros negativos subsidiados pelo governo!
- Pela destruição das polícias! Organizar comitês de autodefesa pela expulsão do aparato repressivo das favelas, contra a repressão as ocupações de terra e aos protestos populares!
- Por um Governo Operário e Camponês!
Assinam
Movimento de Oposição
Bancária – MOB/Ce- Coordenação: Hyrlanda Moreira, Augusto César — Oposição de Luta dos
Professores – Ce- Coordenação: Cida Albuquerque, Antônio Sombra — Oposição Unidade na Luta
Urbanitários/Ce- Coordenação : Antônio Luís, Sávio Capistrano