TODA A EXQUERDA REFORMISTA E OS REVISIONISTAS DO PSTU: EMBARCARAM NA FÁBULA DA GLOBO E DO LULOPETISMO DE QUE O "BRASIL ESTAVA SENDO ATACADO PELOS EUA"…
O PSTU publicou recentemente em seu site um artigo, assinado pela dirigente da organização Mariucha Fontana, onde defende a necessidade de estabelecer uma “unidade tática de ação” com Lula, justificada por um suposto ataque comercial do governo Trump ao Brasil, e que estaria ferindo a nossa “soberania nacional”. Chegam a citar o exemplo clássico que Trotsky deu em relação a uma possível intervenção militar dos EUA no Brasil, no início de 1940, com a correta posição de ficar ao lado de Getúlio Vargas contra o imperialismo norte-americano. Todo esse “malabarismo teórico” dos Morenistas para criticar os “sectários que não enxergam a necessidade da frente única” neste momento de “exigências para que Lula rompa com os EUA”. Como nós da LBI vestimos a “carapuça” da crítica feita pelo PSTU, exatamente porque somos a única organização da esquerda brasileira que não embarcou no “conto de fadas” do lulopetismo e da famiglia Marinho, disseminando a enganosa fábula que o Brasil estava “sob ataque” do imperialismo ianque, nos sentimos na obrigação de responder ao revisionismo rasteiro de Mariucha Fontana, a quem conhecemos há mais de quatro décadas.
Em primeiro lugar, é necessário afirmar que a atual apologia da “unidade de ação” com a Frente Popular de colaboração de classes não representa nenhuma guinada na política do PSTU nos últimos 25 anos, pela contrário é o aprofundamento de sua adaptação programática ao lulopetismo. Desde 2002 até hoje os Morenistas vem chamando voto consecutivamente nas candidaturas presidenciais do PT, embora na maioria das vezes somente no segundo turno. Porém a situação de “lulistas de segunda linha”, dos Morenistas, não os distingui substancialmente dos “modelos originais” da exquerda reformista, como o PCdoB por exemplo. Sua pseudo “oposição de esquerda” nunca existiu de fato, e em todas as vezes que o PT ganhou o governo central, logo os Morenistas saiam dizendo que não podiam fazer “oposição frontal” no primeiro momento, citando inclusive o exemplo que Lenin deu em relação a Kerensky, que as “massas teriam que fazer primeiro sua experiência”. Acontece que desde as eleições de 2002, já se passaram 5 governos frente populistas neoliberais do PT, e o PSTU continua afirmando que as “massas tem que fazer sua experiência”… de um quarto de século!