quinta-feira, 30 de abril de 2020

EM PLENA PANDEMIA DE MORTOS: WALL STREET BATE RECORDE COM COMPROMISSO DO FED EM CONTINUAR  “JOGANDO DINHEIRO DE HELICÓPTERO”...


A economia real dos EUA se contraiu em um ritmo histórico mais acelerado neste primeiro trimestre de 2020 desde o final de 2008, com o início da “crash”, financeiro provocado pela crise capitalista global.  O produto interno bruto caiu a uma taxa anual de 4,8% nos três primeiros meses deste ano, com indicações muito piores para o segundo trimestre. Mas, em uma expressão do “divórcio” entre o cassino de Wall Street e a economia real, os mercados financeiros comemoraram as notícias , o Dow Jones subiu 532 pontos na quarta-feira (29/04) simplesmente porque forneceu ao Federal Reserve dos EUA a justificativa para “jorrar” ainda mais “dinheiro de helicóptero”para os mercados corporativos, os trilhões de dólares que já foram distribuídos. Após uma reunião de dois dias o ontem o Comitê de Mercado Aberto(CMA)de definição de políticas, o FED deixou claro que seu regime de taxas de juros ultra baixas e seu programa de compras de ativos financeiros”podres” sustentando todos os mercados de ações, títulos, dívida pública( estados e municípios)e  títulos corporativos, continuaria praticamente indefinidamente. O “Federal Reserve está comprometido em usar toda a sua gama de ferramentas para apoiar a economia dos EUA neste momento desafiador ”, afirmou a declaração oficial da instituição. O uso do termo "economia" é inadequado, o Fed, juntamente com o reacionário governo Trump, está preocupado apenas com os lucros das grandes corporações e dos investidores de fundos de hedge e especuladores financeiros em Wall Street, que estão arrecadando dinheiro com a “mão cheia” nesta crise.Por outro lado, o número de 26,5 milhões de trabalhadores norte-americanos que solicitaram assistência ao desemprego nas últimas cinco semanas é o retrato mais profundo da crise estrutural do capitalismo. A situação degradante que milhões de trabalhadores enfrentam, forçados a tentar sobreviver com uma restrita provisão de benefícios sem emprego, ou incapazes de recebê-la, contrasta fortemente com a quantia entre US$4,2 e US$6 trilhões disponibilizados pelo Tesouro às grandes empresas e bancos sob “emergência”. Wall Street ficou particularmente animada com a declaração do Comitê de Mercado Aberto do Fed e com observações adicionais feitas por seu presidente, Jerome Powell, em uma entrevista coletiva: "A atual crise de saúde pública pesará pesadamente sobre a atividade econômica, emprego e inflação no curto prazo, e representa riscos consideráveis ​​para as perspectivas econômicas no médio prazo". A referência a riscos no "médio prazo" foi um sinal para os mercados de que o Fed continuaria suas intervenções sem precedentes até onde os olhos podem ver, a mensagem foi recebida e entendida quando o mercado de ações subiu. Essa é a lógica inexorável do capitalismo, a economia política do lucro. A poderosa classe operária dos EUA, através de sua vanguarda revolucionária, deve abstrair as lições programáticas desta pandemia, a crise sanitária que já contaminou mais de 1 milhão de cidadãos norte-americanos e levou a óbito quase cem mil pessoas, está sendo uma ótima oportunidade para a acumulação do capital financeiro, posto que os grandes rentistas estão “descontando” seus volumosos cheques bilionários no caixa do Banco Central do Estado Burguês, o FED.
LEIA A MAIS RECENTE EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 349, ABRIL/2020! POR UM VERDADEIRO DIA INTERNACIONAL DE LUTA DOS TRABALHADORES! BOICOTAR O ATO “VIRTUAL” DE 1º DE MAIO DA CUT E DAS CENTRAIS PELEGAS COM LULA, FHC, MAIA, WITZEL, ALOCUMBRE E DÓRIA!


HÁ TRÊS ANOS PARTIA UM “RAPAZ LATINO-AMERICANO”: NOSSO TRIBUTO AO POETA BELCHIOR, COM SUAS MÚSICAS NOS ENSINOU... “VIVER É MELHOR QUE SONHAR!”



“Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro”
(Música: Sujeito de Sorte)

Há três anos, em um 30 de abril como hoje, morria na cidade de Santa Cruz do Sul (RS), Antônio Carlos Belchior, o mais proeminente compositor/cantor do grupo de artistas e intelectuais da década de 1970 conhecido como pessoal do Ceará. Sua partida ocorreu em meio à verdadeira “caçada” midiática sofrida em função de sua opção ao se afastar voluntariamente do mercado espetáculo do lixo cultural atualmente vigente em nosso país, e em particular no estado do Ceará com a invasão das bandas de um pseudo “forró” chamado de eletrônico. Belchior foi um dos primeiros cantores nordestinos a fazer sucesso em todo o Brasil em meados dos anos 70, quando participava de um grupo de jovens compositores e músicos cearenses, ao lado de Fagner, Ednardo, Fausto Nilo, Rodger Rogério, Teti, Cirino e outros, conhecidos nacionalmente como o “Pessoal do Ceará” que, fruto desta parceria, compuseram o disco “Massafeira” em 1980. Nesta época consolidou-se não apenas como um cantor, mas cresceu sobre uma proposta (contra)cultural de crítica ao modo de vida imposto pelo regime militar pós-golpe de 1964, lançando canções ácidas e engajadas ao mesmo tempo sensuais do quilate de “Velha roupa colorida”, “Como nossos pais” (que sensibilizaram inclusive Elis Regina!), “Apenas um rapaz latino-americano”, “Divina comédia humana”, Sujeito de Sorte e a genialíssima crônica da vida “Pequeno perfil de um cidadão comum”. Por isto mesmo o establishment burguês tratou de colocar, em tempos de reação ideológica, na marginalidade este menestrel de tão lírica e coerente obra que partiu há dois anos deixando muita saudade, que “matamos” ouvindo como prazer seus deliciosos versos e músicas, cheios de poesia e resistência cultural.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

ESQUERDA “ON LINE” COM A BURGUESIA: GRUPO RESISTÊNCIA DEFENDE “URGÊNCIA” PARA FAZER ATO COM “FHC, MAIA E ALCOLUMBRE”


O grupo Resistência (PSOL) vem se especializando nessa pandemia em ser um apêndice da burguesia no interior da esquerda. Valério Arcary orientou sua corrente a ter uma política de aberta colaboração de classes em meio a avanço do Coronavírus, defendendo inclusive uma frente ampla com figuras abjetas da classe dominante que em seus governos e mandatos atacaram os trabalhadores e suas organizações políticas e sindicais. Sob o pretexto de debater o caráter do vergonhoso ato de 1º de maio virtual em que a CUT e as demais centrais convocaram FHC, Maia e a Acolumbre para fazer um “live”, Esquerda “on line” (EOL) defende a urgência de se propor atos e ações com esses golpistas neoliberais: “Nesta conjuntura, diante da política fascista de Bolsonaro cuja finalidade é fechar o regime e acabar com as poucas liberdades democráticas, somos a favor de unidade de ação com setores da burguesia. Mais: achamos que ela é necessária e urgente. Mas isso se faz em base a um ponto de acordo: a defesa das liberdades democráticas e contra qualquer tentativa de golpe de Bolsonaro. Portanto, com este ponto de acordo, somos a favor da unidade com FHC, Maia, Alcolumbre, governadores, enfim todos e todas que se posicionem contra Bolsonaro e seu governo fascista. Inclusive é correto fazer atos, além de outras ações unitárias com esses setores”. A questão é: FHC, Maia e Alcolumbre defendem as liberdades democráticas para os trabalhadores? A resposta é simples: absolutamente não! Ao contrário, são adversários de que os trabalhadores se organizem de forma independente contra o fechamento do regime burguês ontem e hoje, como podemos citar em vários exemplos e momentos históricos: na greve petroleira de 1995 atacada pelo Exército por ordem de FHC ou na repressão recente aos protestos no Congresso Nacional ordenadas pelos presidentes da Câmara e do Senado. Para melhor camuflar sua política de traição, EOL apenas alega que o 1º de Maio não seria o “melhor momento” para expressar essa amplíssima unidade, afirmando: “Há várias possibilidades para que se realize um ato de 1º de Maio da classe trabalhadora e outro amplo pelas liberdades democráticas”. De fato “o diabo mora nos detalhes”, Valério e seu grupo revisionista defendem uma unidade “urgente com a burguesia” para além do ato de 1º de maio, reivindicam todo um programa político de conciliação estratégico, pintando inimigos de classe como aliados dos trabalhadores! Tanto que declaram: “Isso não significa secundarizar a unidade de ação ampla contra Bolsonaro. É correto as centrais, partidos e outras entidades da população oprimida fazer com urgência ato com FHC, Maia, Alcolumbre,  governadores e quem mais estiver a favor das liberdades democráticas. Mas que ocorra em momento separado do ato programático do 1º de Maio”. Esses políticos tradicionais citados por Esquerda “On Line”, conhecidos por ordenar a repressão ao movimento operário em suas gestões governamentais e em seus mandatos parlamentares são aliados de Bolsonaro nos ataques a nossa classe, investidas não só no "programático" terreno econômico e político, mas também no campo das próprias liberdades democráticas: ou não foram tucanos e demistas a reacionária base político-partidária do golpe parlamentar de 2016, da famigerada operação Lava Jato orientada pelo Departamento de Estado ianque e do apoio ao Juiz noefascista Moro na perseguição a esquerda, inclusive ao PT e Lula? Não foram esses canalhas que abriram o caminho para o neofascista instalado no Planalto? O que fica evidente é que Valério e seu séquito revisionista segue domesticadamente a política da direção do PSOL e do próprio PT, que almejam construir com esses setores uma frente ampla eleitoral para enfrentar Bolsonaro e Moro nas eleições de 2022, usando o presidente neofascista para justificar essa unidade com os piores “demônios” da burguesia. De nossa parte não somente denunciamos o ato virtual da CUT como os políticos burgueses (não esqueçamos dos fascistóides Dória e Witzel) neste 1º de Maio, como alertamos também que Esquerda “On Line” está “ligada 24 horas no ar” ao que pior existe no movimento operário, abandonou o trotskismo para ser um apêndice político e material de figuras como Ivan Valente e Marcelo Freixo dentro do PSOL, camaleões políticos que são mestres reformistas em obstruírem a luta pela construção de uma alternativa revolucionária a Bolsonaro e a Frente Popular!
RAMIFICAÇÕES DE RAMAGEM COM O CLÃ MILICIANO: STF BARRA A POSSE NO COMANDO DA PF, LEMBRAM DO GOVERNO DILMA, ERA O COMEÇO DO FIM...


O Brasil está iniciando uma crise política de governabilidade que só pode ser comparada aos dias que antecederam o impeachment de Dilma Rousseff, que não conseguia governar de fato barrada pelas ações do STF e do Congresso Nacional. Nesta manhã (29/04), o Ministro Alexandre de Moraes do STF, suspenseu a nomeação do delegado(segurança do clã miliciano) Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal, é apenas o começo de um longo processo de “fritura” do presidente neofascista, que na verdade tem início bem antes mesmo da demissão de Sérgio Moro da pasta da Justiça. Bolsonaro de fato já vinha sofrendo uma “interdição branca” no interior do próprio regime bonapartista, quando uma junta militar do Alto Comando do Exército decidiu limitar o poder do presidente diante do agravamento da crise política. As rupturas dos Ministros Mandetta e Moro, este último o “fiador político” de Bolsonaro no seio da burguesia nacional, elevou a crise de governabilidade a enésima potência. Sob as acusações de Moro o STF já havia autorizado uma investigação à pedido do próprio Procurador-Geral da República, Augusto Aras. O Ministro Togado Alexandre de Moraes é relator de outros dois inquéritos no STF, um que pede a investigação sobre envolvidos na organização de atos contra a democracia ocorridos no último dia 19 de abril. O outro inquérito apura a divulgação de ataques a personalidades políticas e jurídicas através de fake news, por um esquema criminoso que tem envolvimento da família miliciana, mais duas espadas de Dâmocles penduradas sobre a cabeça de Bolsonaro. É verdade que o Congresso Nacional, ou melhor dizendo o “Centrão”, presidido por Rodrigo Maia e Alcolumbre ainda não entrou no jogo aberto da “fritura” de Bolsonaro, esperam sugar os “restos” do banquete de cargos e verbas que Bolsonaro ainda pode oferecer. Mas por enquanto será o STF a assumir o protagonismo político do calculado embate institucional contra Bolsonaro, na mesmo compasso quando desatou as sentenças do “Mensalão” em 2012, sinalizando a ruptura com o governo da Frente Popular. A esquerda reformista(PT, PSOL e PCdoB)ausente de qualquer iniciativa política e completamente acovardada em plena pandemia do coronavírus, já delegou o leme da oposição ao governo central nas mãos dos governadores, sendo o neotucano João Dória a “estrela” deste círculo burguês. Por enquanto Sérgio Moro está submerso, aguardando para entrar no cenário da crise no momento exato em que costurar o arco de apoio à sua candidatura presidencial em 2022. A vanguarda classista que não se vergou a política de colaboração de classes do PT e seus apêndices, deve se reorganizar no sentido de uma plataforma revolucionária, para poder se credenciar como uma nova direção política nesta conjuntura de profunda crise deste regime de exceção.
LÍBANO SE LEVANTA EM PLENA PANDEMIA: DOIS DIAS CONSECUTIVOS DE MOBILIZAÇÃO NAS RUAS DE BEIRUTE


O Líbano mergulha cada vez mais na crise capitalista em plena pandemia do coronavírus, provocando a mobilização de milhares de pessoas  nas ruas de Beirute e das principais cidades do país nesta segunda-feira, terça-feira (28/04) desafiando a quarentena decretada pelo chamado “governo de unidade nacional”, do Primeiro Ministro Hassan Diab. Os manifestantes lançaram coquetéis molotov em bancos e bloquearam o trânsito em Beirute e outros municípios importantes do país.Os ativistas foram recebidos com munição e gás lacrimogêneo pela polícia libanesa. Há notícias de pelo menos um morto e dezenas de feridos. Os protestos deverão continuar exigindo condições para a população enfrentar a carestia e o desemprego. Duas noites seguidas de manifestações contra a fome e a completa falta de assistência por parte do governo foram dissolvidas por tiros do exército que causou uma morte. Barricadas foram erguidas, houve confrontos, saques de lojas e queima de seis agências bancárias. O exército disparou balas de gás lacrimogêneo e borracha, e os manifestantes responderam arrancando os paralelepípedos das calçadas e jogando-os nos soldados, que atearam fogo em dois de seus veículos. Ontem, o exército disparou fogo contra manifestantes, matando Fawaz Fouad Al-Saman, 26 anos, trabalhador mecânico. Os protestos contra a fome, que se originaram em Beirut na segunda-feira, se espalharam ontem para outras cidades do Líbano, com cenas de guerrilha urbana que continuaram até altas horas da noite. O Líbano é um país falido, a Lira desvalorizou para limites sem precedentes e a inflação é galopante. A crise econômica começou em outubro do ano passado, quando importantes revoltas populares também ocorreram. O Primeiro-Ministro Hassan Diab reconheceu "um agravamento da crise social em velocidade recorde", assegurando que "ele entende o clamor do povo", mas que nada pode fazer. No início do ano, a dívida pública do Líbano chegou a 150% do PIB, em seis meses, a Lira libanesa desvalorizou-se 50% em relação ao Dólar. Nos últimos dias, a queda da Lira se acentuou ainda mais, agora até parte dos caixas eletrônicos está sem dinheiro para honrar os depósitos da população. Hoje no “pequeno” Líbano existem oficialmente 717 casos confirmados da covid-19, embora desconfie-se que os números sejam bem maiores, já que faltam testes e diagnósticos,  porém as massas mostraram uma corajosa disposição de ação direta contra a crise, rompendo a orientação política das direções reformistas que preconizam a inação e a covardia do “fique em casa” e não lute.

terça-feira, 28 de abril de 2020

BILL GATES: O NOVO “PROFETA CIENTÍFICO” DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS 


O fundador da Microsoft e CEO de um império financeiro avaliado em mais de 5 Bilhões de Dólares, Bill Gates, que atualmente controla a OMS através de sua fundação “filantrópica”, vem “profetizando” o surgimento de uma nova ordem mundial após a pandemia do coronavírus. Gates acredita que “o estilo de vida e o comportamento médios mudarão drasticamente devido ao medo dos cidadãos de contrair a doença”. Em recente entrevista ao jornal francês Le Figaro, o bilionário e “filantropo” norte-americano “profetizou” quando o mundo poderia voltar ao normal após a pandemia de coronavírus. Segundo o fundador da Microsoft: "A sociedade levará de um a dois anos para superar completamente todas as conseqüências da disseminação do SARS-CoV-2. Para sair do primeiro estágio da pandemia, é necessário criar um sistema de atividades que elimine o risco de um retorno à fase exponencial da progressão da infecção”, afirmou Gates. O mega empresário “multifuncional" que agora se “aventurou” na arena mundial da saúde, enfatizou que "com os sistemas de teste e monitoramento, os governos poderão identificar rapidamente os pontos críticos dos vírus e mantê-los sob controle”, além disso, ele disse que “o estilo de vida e o comportamento médios mudarão drasticamente devido ao medo dos cidadãos de contrair a doença”. A Fundação Bill e Melinda Gates, que promete trazer a “vacina salvadora da humanidade” para o ano que vem, agora se arvora ao direito de ditar normas sociais por cima dos Estados nacionais: "Mesmo se as decisões das autoridades forem no sentido de por fim ao isolamento, não as devolverão aos estádios até que se prove que o tratamento ou a vacinação podem impedir a morte", afirmou Gates. Para a Microsoft “O principal passo para o retorno à vida normal será o desenvolvimento de métodos de tratamento extremamente eficazes ou de uma vacina, disse o falso “filantropo”, lembrando ele que a “Fundação Bill e Melinda Gates está envolvida nesse processo”. Como principal patrocinador da OMS, Bill também expressou críticas  a decisão do Presidente Donald Trump de suspender a contribuição dos EUA para a colateral da ONU. A pergunta que qualquer pessoa com um mínimo de capacidade cognitiva deveria fazer, é porque o “imperador do mundo da informática” vem investindo milhões de dólares já a alguns anos no ramo da “Bigpharma”, ao ponto de sua Fundação bancar a eleição de Tedros Adhanom, ex-chanceler da Etiópia, no comando da OMS em maio de 2017. Estranhamente mesmo período a Fundação de Gates iniciou pesquisas para a elaboração de uma vacina, prevendo uma epidemia por um vírus que não estava oficialmente no “radar” de nenhum organismo sanitário do mundo. Agora o CEO da Microsoft promete não só a cura da Covid-19 com a vacina de sua Fundação privada, o que por si só  caso efetivado irá torná-lo o homem mais rico e influente do planeta (junto ao amigos seletos do “Clube de Bilderberg” que estão decuplicando fortunas com a pandemia), mas também controlar a conduta social dos povos. Para a esquerda reformista que ainda acredita na “ética”da OMS e até mesmo na “filantropia” da Microsoft, as intenções de Gates devem ser as “mais nobres possíveis”...
DADO O “PONTA PÉ INICIAL” DA CAMPANHA DE MORO RUMO AO PLANALTO: INQUÉRITO NO STF CONTRA BOLSONARO E APOIO DA REDE GLOBO... FOI MONTADO O PALANQUE DO CHEFE DA POLICIALESCA “REPÚBLICA DE CURITIBA”


Como foi amplamente divulgado pela mídia, com espaço nobre no Jornal da Globo de ontem a noite, o “ministro togado” Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (27) abertura de inquérito para investigar denúncias do ex-ministro da Justiça, o rato Sergio Moro, de que o presidente neofascista Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. Está montado o palanque eleitoral do chefe da reacionária “República de Curitiba”. Lula, em reunião vitual do diretório nacional do PT, logo percebeu a estratégia eleiroral da burguesia e orientou o seu partido a bater forte no ex-juiz, tanto que afirmou de olho em 2022: “Não pode haver inversão da história. O Bolsonaro é filho do Moro, e não o Moro cria do Bolsonaro. Nessa disputa toda, os dois são bandidos, mas é o Bolsonaro que é a cria e não o contrário. E os dois são filhos das mentiras inventadas pela Globo”. Os dados levantados na investigação podem levar à abertura de um processo de impechament, onde Moro assumiria o papel protagonista da campanha contra seu ex-aliado, em uma frente política integrada por direitistas como Dória, Witzel e todo um setor da elite burguesa que se afastou de Bolsonaro no último período. O depoimento de Moro deve ser tomado pela PF em até 60 dias e será a peça de propaganda midiática do início de sua campanha presidencial rumo ao Palácio do Planalto. Uma das medidas que serão tomadas no curso do inquérito é a quebra de sigilos telefônicos, por exemplo, para verificar a autenticidade da troca de mensagens entre Moro e Bolsonaro. O material foi indicado por Moro como prova da suposta interferência de Bolsonaro e divulgado amplamente pelo Jornal Nacional, G1 e Jornal O Globo. O pedido ao STF para a abertura do inquérito foi feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, chamado às pressas no Palácio do Planalto depois do ato. Ao anunciar a decisão de sair do governo, Moro disse que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal, afirmou que o presidente decidiu trocar a direção-geral da PF porque gostaria de ter acesso a informações de inquéritos sobre a família dele. O ministro do STF, Celso de Mello, argumentou que os fatos narrados por Moro “parecem” ter relação com o exercício do mandato do presidente Bolsonaro, hipótese em que a Constituição permite a abertura de um inquérito: “Os crimes supostamente praticados pelo senhor presidente da República, conforme noticiado pelo então Ministro da Justiça e Segurança Pública, parecem guardar (...) íntima conexão com o exercício do mandato presidencial, além de manterem – em função do período em que teriam sido alegadamente praticados – relação de contemporaneidade com o desempenho atual das funções político-jurídicas inerentes à chefia do Poder Executivo", escreveu o decano da máfia judicial do Supremo. Dentro da Polícia Federal, caberá ao diretor de combate ao crime organizado nomear o delegado responsável por conduzir o inquérito. O atual diretor da área, Igor Romário de Paula, ligado a Moro, afirmou que vai submeter sua escolha ao aval do novo diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem. Aí reside uma forte disputa política em que a Famíglia Marinho vai atuar firmemente em favor de Moro e contra Bolsonaro. De acordo com o pedido de Augusto Aras, a conduta de Bolsonaro, pode ser enquadrada nos delitos de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, e obstrução de Justiça, crimes de responsabilidade que podem levar ao impeachment. Como afirmamos anteriormente, está inaugurado o calendário do impeachment de Bolsonaro, que ainda terá nos próximos capítulos da renúncia de Paulo Guedes e a desavença final com Mourão. 
DINHEIRO “JOGADO DE HELICÓPTERO”: MAS NÃO EVITARÁ O ESGOTAMENTO DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA...


Depois de ter assistido a um processo de “intoxicação midiática” por parte de quem controla o poder econômico mundial, com o objetivo de conseguir instalar um clima de pânico nas massas e atordoar diariamente a classe operária(que em grande parte continua na produção)com informações falsas, o que ocorreu no interior da esquerda é que abandonou-se o foco político nas causas mais profundas e das razões pelas quais ocorreu a pandemia do coronavírus, de impacto sanitário significativo e atingindo fundamentalmente os países do centrais do imperialismo (concentram cerca de 80% dos óbitos). A questão ignorada totalmente pela esquerda é bem sintomática, “quem” aproveitará todo esse processo global de fortes consequências econômicas para todo os povos do planeta, “quem” exatamente está muito interessado em estabelecer uma nova ordem mundial baseada no controle social sob a égide do medo? As respostas para estas indagações só poderão ser encontradas na teoria Marxista Leninista sobre o capital financeiro e o programa da luta central contra o imperialismo.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

BOLSONARO COLOCA “AMIGO ÍNTIMO” DO CLÃ NEOFASCISTA NO COMANDO DA PF: PT COMEMORA RESPEITO DE LULA E DILMA A “AUTONOMIA” DA POLÍCIA POLÍTICA DO ESTADO BURGUÊS MONTADA PARA PERSEGUIR A MILITÂNCIA DE ESQUERDA 


Bolsonaro acaba de indicar Alexandre Ramagem, até então no comando da ABIN, como diretor-geral da Polícia Federal. Ele é amigo íntimo do neofascista clã Bolsonaro e mantém relações ainda mais próximas com o vereador Carlos Bolsonaro, o filho 02 do presidente, que é investigado pela PF.  Neste domingo, Bolsonaro comunicou também que vai nomear nesta segunda-feira (27) como ministro da Justiça Jorge Oliveira, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Oliveira também é amigo familiar e será o chefe de Ramagem. Logo a esquerda reformista saiu a denunciar o “aparelhamento político” da PF. Diante dessas trocas caseiras no seio do ovo da serpente neofascista do governo Bolsonaro, o PT fez questão de “lembrar” que nas suas gestões a PF tinha “autonomia” e não era “aparelhada politicamente”. José Eduardo Cardozo, o famoso “Soneca” (apelido dado por sua inação como chefe da PF), ex-ministro da Justiça da gestão Dilma Rousseff, que sofreu o golpe parlamentar em 2016 em função do próprio cerco operado pela Operação Lava Jato comandada por Moro via a PF saiu a “comemorar”: “Eu fui ministro da Justiça e apanhei muito por não fazer um controle político da Polícia Federal, mas nunca em momento algum Dilma Rousseff me pediu interferência na PF. O Moro teve uma infelicidade, pois teve Bolsonaro como presidente e eu tive Dilma, que sempre me apoiou”. Não por acaso, Moro, em seu pronunciamento quando anunciou a demissão, ressaltou que o PT deu “autonomia” à PF e criticou a tentativa de seu “aparelhamento” por parte de Bolsonaro: “Na Lava Jato, eu sempre tive um receio constante de uma intervenção do Executivo na Polícia Federal, como troca de superintendente. Mas isso não aconteceu e foi fundamental a manutenção da autonomia da PF para que os resultados fossem avançados”. Vale registrar que, em março de 2016, o delegado Igor Romário de Paula, que atuava na Operação Lava Jato, confirmou a tal “independência” da PF durante o governo do PT. Na ocasião, Veja fez o seguinte questionamento: “O presidente Lula costuma dizer que a Polícia Federal foi fortalecida em seu governo. O senhor concorda?. Concordo. Do ponto de vista funcional, tivemos no governo do PT um avanço que hoje nos permite atuar com mais independência em determinados procedimentos, como o destino que se dá a um certo inquérito. Isso não deixa de ser paradoxal – o governo que nos deu mais autonomia para atuar é o mais atingido pelas investigações até agora”, respondeu o delegado. O fácinora ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima também destacou, em 2016, que “boa parte da independência atual do Ministério Público, da capacidade administrativa, técnica e operacional da Polícia Federal decorre de uma não intervenção do poder político durantes os governos Lula e Dilma”. Santos Lima é o canalha que sugeriu ao Ministério Público ir “direto na jugular”, usando a morte de Dona Marisa no confronto público com Lula. Em resumo: todos os adversários do PT reconhecem que Lula e Dilma deixaram a PF perseguir livremente os quadros petistas, levando-os em sua maioria para a prisão em função da Operação Lava Jato e sedimentando o golpe parlamentar em 2016. 

domingo, 26 de abril de 2020

34 ANOS DA TRAGÉDIA DE CHERNOBYL: QUANDO A ANTIGA URSS ESTEVE NO CENTRO DA BERLINDA MUNDIAL


Em 26 de abril de 1986 o reator número 4 da usina nuclear de Chernobyl, localizado em Pripiat, uma cidade ucraniana na antiga República Soviética, explodiu. O reator do tipo “RMBK” explodiu no âmbito de um “teste de segurança”, que deixou o núcleo exposto e liberou enormes doses de radioatividade na atmosfera a uma taxa equivalente ao dobro da radiação da bomba de Hiroshima, por horas após exposição, uma catástrofe inigualável na história no coração do Estado Operário fundado por Lenin. O Estado Operário nos tempos de Lenin e Trotsky foi construído e apoiado pelo poder dos sovietes na forma política do regime da ditadura do proletariado, entretanto a realidade de 1986, com o governo de Gorbachov era bem diferente, e vários erros graves foram cometidos ao longo deste gravíssimo acidente, que em muito debilitou as bases socialistas da economia planificada. Na etapa histórica do acidente de Chernobyl, os sovietes não exerciam mais controle sobre tudo o que existia na sociedade, ao contrário do que acontecia até o início dos anos 20, época em que uma “folha de uma árvore não se mexia” sem a aprovação e o consentimento dos sovietes, época em que  sociedade russa movida pelos cânones bolcheviques do desenvolvimento socialista exerciam o poder com total responsabilidade ambiental (com zero despejo de produtos industriais nos rios, com cuidado com o meio ambiente etc.)e planejamento econômico meticuloso, por sua vez, nos anos 80, não havia mais esse controle e supervisão da classe operária. Pelo fator técnico e científico pode-se observar que, apesar do grande desenvolvimento dado nas décadas de 1930, 1940 e mesmo com a incrível recuperação após a Segunda Guerra Mundial no período stalinista, os burocratas operaram sob a lógica tecnocrática, reduzindo os custos ao máximo, tanto que instalações nucleares “irresponsáveis” ​​foram construídas sob essa lógica, violando muitas vezes os padrões mínimos de segurança a esse respeito.  Por exemplo, em Chernobyl, as instalações físicas não continham placas de concreto para impedir a exposição do núcleo.  Os reatores do tipo “RMBK” usados ​​em todas as usinas nucleares da Rússia foram construídos sob a premissa de reduzir ao máximo os custos com projetos bastante inseguros e com o uso de urânio não enriquecido, um material bastante instável como combustível.
SEM LUVAS, SEM MÁSCARAS, SEM DIREITOS... SEMPRE NAS RUAS: ENTREGADORES POR APLICATIVOS, EXÉRCITO DE RESERVA “DIGITAL” CONVOCADO PARA TRABALHO ULTRA-PRECARIZADO E EXPOSTO AO CORONAVÍRUS


Eles estão por todas as partes, dia e noite, muitos sem luvas e máscaras nas suas motos, bicicletas e até cadeiras de rodas... são os entregadores por aplicativos, esse verdadeiro “exército de reserva” convocado para trabalhar 24 horas por dia em condições ultra-precarizadas. Em sua maioria, jovens, negros e da periferia eles enfrentam a barbárie da modernidade e tomam as ruas das grandes cidades entregando de tudo, comidas, remédio, documentos, expostos totalmente ao ataque do Coronarívus. Com o aplicativo, qualquer um pode se alistar em poucos minutos nesse enorme exército de reserva digital, que mantém o valor da mão de obra em níveis cada vez mais baixos. Karl Marx cunhou o termo “exército de reserva” referindo-se ao contingente de pessoas aptas ao trabalho no capitalismo, submedido a uma “lei dos salários”, cuja norma é a seguinte: o sistema capitalista necessita de que haja constantemente um exército de desempregados, de forma que a patronal possa usar os trabalhadores sem emprego para pressionar pelo rebaixamento dos salários de quem está empregado e contratar no lugar dos que resistem a essa dinâmica perversa, os que fazem greves e lutam... Não por acaso, ao longo dos últimos dias, esses trabalhadores realizaram protestos em vários países exigindo condições seguras de trabalho frente à pandemia do coronavírus e um aumento dos valores das taxas de entrega, que garanta uma renda decente aos trabalhadores. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, entregadores fizeram uma primeira greve na sexta-feira da semana passada, 17 de abril, que foi retomada na segunda-feira. Também em 17 de abril, centenas de entregadores em Teresina protestaram exigindo segurança contra os constantes assaltos que sofrem durante o trabalho – pelos quais não recebem qualquer compensação das empresas. Esse protesto ganhou contornos mundiais no dia 22 de abril, chegou-se mesmo a convocar uma “greve internacional dos entregadores”. Na Argentina houve protestos em cidades como Buenos Aires e Córdoba. Em Quito, no Equador, dezenas de entregadores da Glovo se manifestaram nas ruas e na frente do escritório da empresa sediada na Espanha. Em todo o mundo esses trabalhadores estão submetidos à exploração brutal pelas mesmas empresas transnacionais. Ao mesmo tempo, os governos burgueses de vários países definiram seu trabalho como serviço essencial durante pandemia, sem que as empresas, entretanto, fossem obrigadas a fornecer as condições básicas para a preservação da saúde dos trabalhadores, muito mesmos remuneração mais alta devido a exposição mortal ao vírus. A maior inovação que esses serviços por aplicativo trazem é justamente flexibilizar ainda mais a relação de trabalho entre empregados e patrões, permitindo que os verdadeiros donos dos meios de produção, por trás do iFood, Rappi, Glovo, Uber, etc., lucrem absurdos em cima do trabalho precarizado de seus “colaboradores voluntários”, “empreendedores” ou qualquer outro jargão ultraneoliberal para ocultar a exploração, isentando os capitalistas das mínimas responsabilidades trabalhistas e maximizando seus lucros.

sábado, 25 de abril de 2020

BOEING DIZ QUE NÃO VAI REPASSAR A GRANA QUE IRÁ RECEBER DO FED PARA CAPITALISTAS BRASILEIROS: DESISTÊNCIA DA BOEING NA AQUISIÇÃO DA EMBRAER É O RETRATO DO NACIONALISMO IMPERIALISTA


Em nota, divulgada na manhã deste sábado (25/04), a Boeing confirmou a rescisão do contrato que tinha celebrado com a Embraer com o objetivo da aquisição da principal empresa brasileira, antiga estatal, na construção de aeronaves. Para fugir da multa contratual de US$ 100 milhões, que teria que pagar, a Boeing culpou a Embraer pelo fim do negócio. A decisão da Boenig, que já vinha em grandes dificuldades financeiras em função do colapso do seu último projeto, o Boeing 737 Max, sinaliza para uma retração violenta dos negócios da empresa imperialista, que que agora espera para sobreviver por um “resgate” bilionário do FED. A Embraer, uma das empresas de aviação mais modernas e avançadas do mundo, seria vendida para a pré-falimentar multinacional ianque por um valor irrisório de US$ 4,2 bilhões, dos quais menos da metade ficaria com os acionistas brasileiros. A transação se efetivada hoje significaria o fim da indústria aeronáutica brasileira, entretanto a crise capitalista mundial falou mais alto, e o “tiro de misericórdia” para a ineficiente Boeing foi a pandemia do coronavírus, que paralisou 70% do fluxo aéreo do planeta. A desistência da compra da Embraer e a crise da Boeing foi um verdadeiro “balde de água fria” para a burguesia entreguista que apostava na entrada do capital imperialista para a retomada do crescimento econômico no país. Pelo contrato fraudulento redigido pela Boeing, agora cancelado, a companhia norte-americana deteria 80% da divisão de aeronaves comerciais da fabricante brasileira, que ficaria com os 20% restantes. A Embraer é uma empresa de sucesso no setor e vinha se firmando no mercado mundial, ganhando nichos das grandes concorrentes imperialistas, inclusive da própria Boeing que logo de interessou em “engolir” a ex-estatal brasileira. A Comissão Europeia, representando os interesses da Air bus, questionava o caráter monopolista da transação, que confirmando o histórico de “fusões” da Boeing, o resultado do “acordo” significaria a manutenção da Boeing e o fim da Embraer, trazendo como resultado o aumento da monopolização ianque deste setor estratégico. Diante da ação da Boeing, a Embraer afirmou “que se mantém bem-sucedida, eficiente, diversificada e verticalmente integrada, com histórico de sucesso no atendimento a clientes com produtos e serviços, construídos em uma base sólida de recursos industriais e de engenharia”, refletindo com esta declaração a impotência dos capitalista nativos em sustentar um projeto industrial de soberania nacional. É evidente que o Pentágono não deixará desaparecer sua maior empresa aeronáutica e de aviação militar (entre muitos, os F-18, os F-15 e os helicópteros Apache, são de sua construção) e importante fabricante de sistemas espaciais, o tesoureiro norte-americano já prepara um generoso resgate financeiro para a Boeing, mas ordenou que nenhum dólar do FED irá para os bolsos da entreguista burguesia tupiniquim, que pretendia realizar mais dos seus crimes de “lesa pátria”. Os trabalhadores da Embraer e a classe operária em seu conjunto devem a partir desta “embromação” da Boeing, mobilizar pelo método de ação direta no sentido da reestatização da empresa sob o controle da classe operária.
UM 25 DE ABRIL SOB “ESTADO DE EMERGÊNCIA” EM PORTUGAL: GOVERNO DO PS, COM A CUMPLICIDADE DO PCP E DO BLOCO DE ESQUERDA, USA A PANDEMIA PARA DESCARREGAR O ÔNUS DA CRISE CAPITALISTA NAS COSTAS DOS TRABALHADORES
  

Hoje completa-se 46 anos da Revolução dos Cravos, mais de quatro décadas e meia se passaram do histórico e memorável 25 de abril de 1974 que sacudiu as ruas de Portugal! Atualmente, os trabalhadores lusitanos estão sendo governados pelo PS sob o comando de Antônio Costa depois de vários mandatos de gestão de direita PSD/CDS. Estão neste momento de Pandemia de Coronavírus submetidos a um “Estado de Emergência” que ataca conquistas e direitos. Não por acaso, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, afirmou: “E, de repente, um vírus pôs em causa, ameaça, tudo aquilo que construímos ao longo destes quatro anos. Até parece que vamos ter de recomeçar tudo do princípio, mas não vamos... Põe em causa aquilo que construímos no emprego, na economia e nas nossas finanças públicas. Mas agora, é também tempo de não só continuar a batalha pela nossa saúde, pela nossa sobrevivência, mas também para que a economia possa de novo retomar a sua trajetória, sustentar emprego, repor rendimento, e construirmos de novo um esforço de relançamento”. Na mesma tonada, o secretário-geral do PCP defendeu nas comemorações do 25 de Abril no parlamento, em tempos de pandemia de covid-19 e alertou contra os discursos dos “cortes” e da austeridade. O deputado Jerónimo de Sousa, de cravo vermelho na lapela, aproveitou o discurso na sessão solene na Assembleia da República para evocar os “valores de Abril”, mas fez igualmente uma série de avisos sobre os “tempos difíceis”. Para o dirigente do PCP, “não é inevitável que o surto epidémico se traduza em regressão na vida dos trabalhadores e povo, dado que a resposta às dificuldades passa por valorizar salários e por políticas dirigidas à defesa e criação do emprego”, em resumo, apresentou uma plataforma de colaboração de classes para o governo do PS. Por sua vez, o Bloco de Esquerda, uma frente social-democrata de “esquerda” propõe “um fundo europeu para responder à crise sem austeridade” e conclui “O país vive sob um Estado de Emergência, único na nossa história democrática. Ele tem sido necessário para medidas de confinamento e de restrição da circulação que têm travado a epidemia, mas não suspende a democracia nem serve para atacar direitos e liberdades conquistadas. A pandemia não descontinuou a Constituição nem 'cerra as portas que Abril abriu'”. O BE como o PSOL no Brasil são partidos sociais-democratas que almejam gerenciar o Estado burguês em crise.
O RATO MORO ABANDONOU O BARCO DO SEU CAPITÃO: CPI OU IMPEACHMENT NO CONGRESSO, ESSA É A TRILHA QUE APONTA A ESQUERDA REFORMISTA PARA TIRAR BOLSONARO


Diz o provérbio popular: “os ratos são os primeiros a abandonar o barco que afunda”, Moro quase desmentiu este provérbio ao ficar atrás em alguns dias do ex-ministro Mandetta, que teve a primazia de pular fora do governo falido, forçando sua demissão ao ficar do lado da Globo contra Bolsonaro. Porém a saída do “queridinho” da mídia Mandetta, no meio do pico da pandemia do Coronavírus, já apontava o curso da falência do governo neofascista, que tem hoje um presidente “tutelado” pelo alto comando militar. Não tardou muito outra crônica de uma demissão anunciada já há algum tempo, só que desta vez, além de ser “queridinho da mídia” desde a famigerada Lava Jato, Sérgio Moro era o principal fiador político de Bolsonaro junto ao imperialismo ianque e também a setores da burguesia nacional que ainda mantinham um cada vez mais um tênue vínculo com Bolsonaro. Moro não decidiu sozinho sair do governo, o fez a contra gosto, e sob uma orientação direta do Departamento de Estado dos EUA, que se orienta abertamente pela substituição do presidente do Brasil pelo seu vice, o general Mourão. O motivo da exigência da troca do comando da PF, foi apenas o estopim de um longo processo para a decisão de Sérgio Moro, que tinha pleno conhecimento do “default” de Bolsonaro, que com seu clã fascista tenta prolongar ao máximo sua permanência no Planalto, entretanto uma “missão” a cada dia mais impossível.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

PANDEMIA DE “RESGATES” NOS EUA: ATÉ A INDÚSTRIA BÉLICA DA MORTE RECEBE BILHÕES DO FED


Nos últimos dias, em pleno pico de milhares de mortes por Covid-19 em território norte-americano, o Pentágono e a OTAN aumentaram acentuadamente seus bombardeios aéreos contra a empobrecida nação africana da Somália, mesmo quando a pandemia de coronavírus ameaça devastar sua população deste país. Também continuam as crescentes ameaças de guerra contra o governo Maduro na Venezuela. A Casa Branca permanece apoiando a guerra genocida liderada pela Arábia Saudita contra o povo do Iêmen. No estreito de Ormuz, no golfo Pérsico, Trump ordenou que sua marinha de guerra abrisse fogo contra embarcações militares do Irã. Em nenhuma nação do planeta esse impulso de guerra imperialista encontra mais expressão do que nos EUA, onde um enorme resgate financeiro está sendo organizado pelo FED para “blindar” a poderosa indústria bélica da morte.
MORO “PULA DO BARCO AFUNDANDO” CAPITANEADO POR BOLSONARO: BURGUESIA COMEÇA A RIFAR O MENTECÁPTO NEOFASCISTA E SEU CLÃ


Sérgio Moro acaba de anunciar sua saída do governo Bolsonaro. O agora “ex-superministro” e chefe da “República de Curitiba” era a peça chave da gestão do neofascista como o BLOG da LBI pontuou exaustivamente, porém foi forçado a deixar neste momento o cargo após Bolsonaro mudar o diretor-geral da PF a sua revelia. O Palácio do Planalto tomou essa decisão depois que o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, pediu que o STF abrisse inquérito e acionasse a PF com o objetivo de investigar a convocatória dos atos do final de semana passado que pediram o fechamento do Supremo, do Congresso Nacional e a edição de um novo AI-5. Alexandre de Moraes, do STF, atendeu ao pedido de Aras e abriu investigação para apurar atos pró-golpe, alegando “fatos em tese delituosos sobre a suposta participação de deputados na organização dos protestos”, se referindo claramente a Eduardo Bolsonaro. Como Maurício Valeixo, braço direito de Moro na PF, iria levar a frente essa investigação policial contra um membro do clã, Bolsonaro se antecipou no sentido de ter no comando da PF um homem de sua confiança. O objetivo foi proteger seus filhos que comandam o chamado “gabinete do ódio”, na verdade as hordas neofascistas e pentecostais que são a base do Bolsonarismo. Lembremos que Valeixo comandou a Dicor (Diretoria de Combate do Crime Organizado) da PF e foi Superintendente da corporação no Paraná, responsável pela famigerada Operação Lava Jato. O movimento de Moro e do próprio Aras, para além das “escaramuças” no interior da gestão neofascista, releva o que já estava ficando evidente, no que foi pontuado pela LBI: o grosso da burguesia começou a rifar definitivamente o mentecápto e seu clã no curso da Pandemia. Vale registrar também que o ministro Gilmar Mendes, do STF, deve negar nesta sexta (24) o pedido do deputado Eduardo Bolsonaro para que a CPMI que investiga fake news seja suspensa. Ao abandonar o barco afundando, o ex-juiz da Lava Jato dá um salto de qualidade nesse processo de perda de apoio de Bolsonaro no seio da elite dominante. Não por acaso, o ministro da economia, Paulo Guedes, o estafeta dos rentistas, também vem sendo escanteado por Bolsonaro, como vimos no anúncio (mal) chamado do “plano de recuperação econômica” (Pró-Brasil). Enquanto a besta presidencial fascista desfiava diariamente seu rosário de asneiras em plena Pandemia, coube a Moro a tarefa de respaldar juridicamente este regime, levado ao poder pela imensa articulação da famigerada operação “Lava Jato”. Na outra ponta o estafeta dos rentistas Guedes vem levando a cabo integralmente o ajuste neoliberal exigido pela banca financeira internacional. Esse tripé de sustentação da gestão de Bolsonaro chegou ao fim hoje, cuja gestão moribunda cada vez mais se aproxima dos escroques corruptos e fisiológicos do chamado "Centrão", em uma prova evidente que seu fim se aproximada pela ação da própria classe dominante! Bolsonaro ainda permanece formalmente no cargo da presidência devido a sua tutela política pelo alto-comando militar. Por outro lado, a burguesia já busca catapultar um novo núcleo de poder nesta fase acelerada de transição no interior da elite capitalista nacional. Frente a esse quadro de fim prematuro do governo burguês de plantão, cabe ao movimento operário e popular aproveitar a “crise nas alturas” como nos ensinou Lenin e organizar os “de baixo” para implodir através da luta direta revolucionária o poder burguês e suas instituições, ação de massas que desgraçadamente vem sendo sabotado pela política de colaboração de classes do PT e da CUT!
“FIQUE EM CASA”: EM PLENO 1º DE MAIO, CENTRAIS SINDICAIS SE RECUSAM A ORGANIZAR A RESISTÊNCIA AOS ATAQUES DE BOLSONARO E DA BURGUESIA... AO INVÉS DISSO, CHAMAM UMA “LIVE” COM LULA, FHC, CIRO, DINO E MAIA. A RESPOSTA DA ESQUERDA CLASSISTA DEVE SER CONVOCAR UM ATO NACIONAL DE LUTA DOS TRABALHADORES!


Aproxima-se o 1º de Maio, dia internacional de luta dos trabalhadores. Em meio à pandemia de ataques do governo Bolsonaro e da burguesia contra direitos e conquistas sociais, todas as centrais sindicais em unínossono orientaram os trabalhadores que “Fiquem em casa”, este é inclusive o eixo político de (não) “convocação” para a data. Trata-se de uma política de completa paralisia, no momento em que várias partes do mundo começam lutas e mesmo protestos organizados contra a ofensiva capitalista desatada usando como pretexto o Coronavírus, como observamos em Israel e na Hungria. Desde a CUT, passando pela Força Sindical, CTB e desembocando na Intersindical e Conlutas, o conjunto da burocracia controlada pelo PT, PCdoB, PSOL e PSTU se agarram a uma política de colaboração de classes que tem como único objetivo mandar os explorados a aguardarem o fim da onda virótica no Brasil, sendo meros espectadores dos ataques que os patrões e os governos burgueses desferem contra as massas, como vimos nas montadoras do ABC. Segundo a CUT “O Dia Internacional dos Trabalhadores deste ano será com todo mundo em casa, se protegendo contra o novo coronavírus”. Esta é uma orientação mundial da esquerda, inclusive as correntes que se reivindicam trotskistas seguem disciplinadamente esta conduta suicida! O imperialismo e as burguesias nacionais tentam criar o clima de “pacto de união mundial” em virtude da pandemia declarada pela OMS, mas onde interessa ao capital financeiro a guerra híbrida ou abertamente militar não é estendida nenhuma “bandeira branca”. Uma prova do que afirmamos é que as centrais pelegas vão no 1º de Maio fazer uma “live” com Lula, FHC, Ciro, Dino e Maia! Trata-se de uma expressão prática da tão almejada “Frente Ampla” burguesa proposta pelo PT e PCdoB, tendo a cumplicidade do PSOL e PSTU!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

EM MEIO A RUMORES DA MÍDIA SOBRE A SAÚDE DE KIN JONG UN: IMPERIALISMO IANQUE LANÇA OFENSIVA CONTRA A CORÉIA DO NORTE

  
O imperialismo ianque acaba de colocar um preço pela “cabeça” de funcionários do governo norte-coreanos: US$ 5 milhões, repetindo a palhaçada que tinha publicitado há pouco tempo em relação ao presidente Maduro da Venezuela. Para desatar esta ofensiva reacionária contra o Estado Operário da Coréia do Norte, Trump recorreu a leis fascistas antiterrorismo, colocadas em ação pela Casa Branca após os ataques do 11de Setembro. Este ato ridículo e inócuo do imperialismo, tenta se aproveitar dos rumores divulgados pela mídia internacional sobre um suposto grave estado de saúde de King Jong-un. A República Popular Democrática da Coréia do Norte, sofreu o maior e mais pesado ataque militar de toda a história do imperialismo ianque, superando as ações bélicas contra a Alemanha na Segunda Guerra e da invasão ao Vietnã no início dos anos 70. Em fevereiro de 1951, o Pentágono desatou a “Operação Killer”, contra a Coréia do Norte, em uma criminosa ação para impedir a reunificação do país, matando cerca de 1 milhão de cidadãos coreanos, entre civis e militares. Com sua superioridade militar o imperialismo ianque conseguiu impedir a reunificação do país, criando um protetorado chamado de Coréia do Sul, mas impôs um cerco econômico brutal a República Popular Democrática da Coréia que perdura por 60 anos. 

quarta-feira, 22 de abril de 2020

RASTREANDO A ORIGEM DO CORONAVÍRUS: ENCONTRAREMOS AS “DIGITAIS” TERRORISTAS DO PENTÁGONO E DA CIA...


Em nossos artigos anteriores, escrevemos exaustivamente sobre as fortes evidências da modificação genética de “coronavírus original de morcego”, no laboratório da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA. Já alertamos que os bioterroristas ianques que realizaram estes experimentos não conseguiram justificar para a comunidade científica internacional real o objetivo de suas pesquisas. Como não poderia deixar de ser, o objetivo desta “pesquisa” norte-americana não tinha nada a ver com saúde pública, mas pelo contrário tratava-se de alterar microrganismos naturais para torná-los mortais para a humanidade. Mas essa não foi a única investigação que foi realizada, além dos Estados Unidos, os Institutos Nacionais de Saúde financiaram outra pesquisa paralela no próprio Instituto de Virologia Wuhan, no centro da China, com o mesmo objetivo de modificar geneticamente os “coronavírus original de morcego”, isso no primeiro governo de Barack Obama, quando o imperialismo ianque ainda não havia desatado sua guerra híbrida contra o regime de Pequim. Também devemos acrescentar o que a mídia corporativa silencia no mundo, que o laboratório de Wuhan não é apenas uma iniciativa do governo chinês, mas uma instalação também co-patrocinada pela França. A responsabilidade por esta unidade laboratorial é, portanto, de três países e não apenas da China.
PANDEMIA DE ATAQUES AOS SERVIDORES PÚBLICOS: GUEDES NEGOCIA COM “CENTRÃO” CONGELAMENTO DE SALÁRIOS DO FUNCIONALISMO EM TROCA DE “SOCORRO” AOS GOVERNOS ESTADUAIS E PREFEITURAS


O estafeta dos rentistas, o ministro Paulo Guedes, defendeu mais uma vez o congelamento de salários de servidores públicos por dois anos. Segundo o canalha neoliberal, a medida é para compensar as despesas extras para combater a crise do coronavírus. Disse Guedes: “o salário do funcionalismo cresceu 50% acima da inflação por anos seguidos. Será que o funcionalismo podia dar uma contribuição? Será que podia ficar esse ano e o ano que vem inteiro sem aumento de salários? Será que isso poderiam contribuir com o Brasil?”. O pilantra vem tentando negociar com o Congresso para incluir o congelamento de salários no projeto de socorro da União a estados e municípios. Segundo ele, a suspensão de reajustes é necessária para conter o que considera ser a terceira torre de despesa, depois de juros e gastos com Previdência Social. O ministro já vem defendendo há tempos o congelamento dos vencimentos dos servidores. No Fórum Econômico de Davos, em janeiro, disse que a iniciativa, que consta da proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que tramita no Congresso, seria importante para controlar a situação fiscal do País. Na conversa com os parlamentares, Guedes afirmou que a economia com o congelamento de salários por dois anos seria a mesma que a obtida com eventuais cortes salariais. A diferença é que não haveria o risco deflacionário. No Congresso, ganharam força nas últimas semanas propostas de corte de salários do funcionalismo público. Cinicamente, o próprio presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM), defendeu que todos os poderes dessem sua "contribuição" neste momento de crise. O pretexto é que uma redução de 30% no salário do funcionalismo federal, estadual e municipal bancaria um programa de renda mínima para 55 milhões de pessoas. Guedes alertou para o risco de deflação. Os dados mais recentes do Banco Central mostram que, no mercado financeiro, a projeção média para o IPCA (o índice oficial de preços) para 2020 já está em 2,94%. Há pelo menos uma instituição, no entanto, que já projeta inflação de apenas 1,17% este ano e, com a redução da atividade econômica, a tendência é que as revisões para baixo continuem. Por outro lado, as negociações de Bolsonaro com os partidos que sua propaganda considera como da "velha política" têm em mira o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e formar uma base que lhe garanta vitórias no Parlamento. Além do comando do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) ao PP e o da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) ao PSD, o governo está oferecendo também postos em estatais importantes. Segundo parlamentares, alguns desses partidos reivindicam um posto estratégico - o Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, hoje comandado por Tereza Cristina, deputada licenciada do DEM. Em troca, Guedes deseja ver o congelamento do funcionalismo aprovado pelo Congresso Nacional. Com se vê o Centrão, PSDB e até mesmo os governadores do PT, assim como o neofascista Bolsonaro-Guedes, tem uma mesma receita neoliberal: jogar a conta da crise econômica em plena pandemia nas costas dos servidores públicos e dos trabalhadores!
WASHINGTON PLANEJA O MAIOR CALOTE DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE CONTRA A CHINA: TRUMP AVANÇA EM SUAS ACUSAÇÕES IRRESPONSÁVEIS SOBRE O CORONAVÍRUS...



Vários senadores norte-americanos do Partido Republicano exigem do presidente Trump uma severa punição financeira contra a China, por conta da suposta responsabilidade sobre a pandemia do coronavírus em território ianque. A ala Republicana do “Tea Party” sugeriu a Casa Branca que o Tesouro norte-americano não pagasse à China as obrigações da dívida norte-americana compradas no mercado de títulos públicos pelo governo de Pequim. Os senadores da extrema direita exigiram desde Washington uma indenização pela pandemia de cerca de US$ 1,2 trilhão (R$ 6,38 trilhões), exatamente o mesmo valor dos títulos norte-americanos sob a posse da China, mas depositados no caixa do FED, uma espécie de “cofre” do planeta amparado no padrão monetário internacional do Dólar. A ideia dos neofascistas ianques é bem clara, um golpe financeiro contra a China para tentar ganhar muito dinheiro com pandemia do coronavírus, cobrindo desta forma parte dos “regates” bilionários que o Tesouro norte-americano está fazendo de grandes empresas e monopólios financeiros dos EUA. Porém uma ação fraudulenta deste porte também significaria um colapso completo da confiança mundial dos investimentos em títulos norte-americanos, produzindo uma ruptura do padrão Dólar, estabelecido após a Segunda Guerra Mundial. Neste caso seria difícil para o dólar continuar a ser a moeda de reserva de todos os países do mundo. Se o governo Trump adotar esta medida de ruptura, provavelmente após um possível segundo mandato caso saia vitorioso nas eleições, representaria uma radical mudança no sistema financeiro internacional, forçando a China e países aliados a criarem uma nova moeda como padrão mundial, baseada em um mix virtual de papéis, tendo como base o yuan remimbi. Obviamente que o governo do Partido Comunista Chinês não busca esta ruptura, e tem se mostrado totalmente defensivo diante da crescente onda de acusações dos EUA e seus parceiros, como França, Austrália, Inglaterra, etc... Entretanto embora Trump tenha se mostrado mais um bufão reacionário do que efetivamente um “guerreiro imperialista”, como Kenedy ou Nixon, a dinâmica da crise capitalista poderá empurrar a Casa Branca para uma alternativa de guerra híbrida aberta (excluindo a via militar por razões óbvias) contra a China, promovendo o que seria o maior calote da história da humanidade.
150 ANOS DO NASCIMENTO DE LENIN: CONSTRUIR O PARTIDO BOLCHEVIQUE PARA LIQUIDAR O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA QUE ARRASTA A HUMANIDADE PARA A BARBÁRIE


Neste 22 de abril completam-se 150 do nascimento do nosso grande chefe Bolchevique, Vladimir Lenin, o dirigente marxista que lançou as bases do Partido Revolucionário centralizado como um exército do proletariado para demolir violentamente as instituições do Estado capitalista. Lenin, nascido em 1870, é sobejamente a liderança da esquerda, em toda a história da humanidade, mais odiada (e com toda justiça!) pelas classes dominantes e o imperialismo, justamente por defender a necessidade da construção de uma sólida organização política militarizada e hierarquizada para combater e derrotar a burguesia, seu Estado e os órgãos de repressão, tendo como objetivo a organização da classe operária para tomar o poder o poder político a fim de implantar a Ditadura do Proletariado. Como afirmou Trotsky, discípulo teórico de Lenin, quando soube da morte do grande chefe: “Perdemos Lenin, mas sem o Leninismo não somos absolutamente nada!". Desde a LBI estamos certos dessa lição fundamental e por esta razão 150 anos depois de seu nascimento afirmamos sem vacilar: O Bolchevismo Vive!!! A defesa do legado político e teórico de nosso chefe revolucionário é parte de luta cotidiana por manter firme a concepção Leninista de partido, tão atacada pelo revisionismo como "ultrapassada e totalitária", é a prova viva de que esses princípios nos legado por Lênin desde a Rússia de 1917 estão válidos em toda sua plenitude como um modelo a ser seguido pelos revolucionários marxistas que não se adaptaram a democracia burguesa e continuam defendendo a destruição violenta e revolucionária do Estado capitalista para marchar na edificação de um Estado de novo tipo!

terça-feira, 21 de abril de 2020

IMPERIALISMO “RESGATA” ATÉ PERDA DOS BANCOS: NÃO MORRERÃO DE COVID-19...


A forte queda na cotação do preço do petróleo “abalou” o mercado financeiro com a possibilidade da quebra de algumas gigantes transnacionais do setor, o que poderá resultar "um choque de crédito sem precedentes" em todo o mundo, alerta a agência de classificação de risco Moody’s em um relatório divulgado nesta manhã de terça-feira (21/04). A situação do petróleo afeta todos os setores da economia, a Moody's afirma que o fluxo bancário será bastante reduzido e as provisões para grandes empréstimos em atraso aumentarão, necessitando portanto o de um vultuoso “resgate financeiro” por parte do FED para cobrir os prejuízos. No entanto, a Moody’s considera que a crise do petróleo terá um impacto nos resultados da produção e não no capital financeiro que permanecerá "intacto" após melhorar substancialmente sua acumulação desde o crash de 2008. A rentabilidade dos bancos de investimento nos Estados Unidos é mais sensível à situação de crise do que a de seus concorrentes europeus, que não contam com cobertura do FED. A perda de receita do setor bancário será mais pronunciada nas atividades do gerenciamento de ativos e patrimônio, atuação típica dos bancos que atuam no “varejo.” As baixas taxas de juros que prevaleceram na Europa nos últimos anos e chegaram aos Estados Unidos desde o ano passado e agora tendem a tornarem-se negativadas. Bancos mais diversificados, como os oligopólios financeiros ianques acreditam que estão melhor preparados para resistir ao aumento da inadimplência e à queda nos negócios devido à recessão econômica e ao rápido aumento do desemprego. O Citibank seria na avaliação do Moody’s o banco mais atingido pelas falências e inadimplência, mas as perdas de sua carteira de empréstimos seriam absorvidas por um resgate bilionário do FED,  comprando títulos podres sem limites de risco. A economia capitalista dos países imperialistas vem operando na pandemia como um cenário que já tinham projetado para a profunda recessão que se avizinhava, só que agora de forma exponencial...os seus bancos centrais “despejando trilhões de helicópteros” no resgate dos monopólios financeiros.
“OPERÁRIOS DA SAÚDE”: OS ENFERMEIROS NA LINHA DE FRENTE DO COMBATE AO CORONAVÍRUS E OS PRIMEIROS A SEREM ATACADOS PELOS PATRÕES E GOVERNOS BURGUESES!


Em várias cidades brasileiras como Belém, São Luiz, Belo Horizonte, Palmas, Macapá e Rio de Janeiro, enfermeiros e outros profissionais da saúde fizeram paralisações do trabalho e protestos contra a falta generalizada de equipamentos de proteção individual (EPI) que está deixando muitos deles doentes e levando alguns à morte por COVID-19. O aumento do numero de casos tem levando ao colapso do sistema de saúde brasileiro e expondo as condições precárias de atendimento e de trabalho que os trabalhadores da saúde denunciam desde o primeiro momento da crise do Coronavírus no país. Protestos, incluindo paralisações do trabalho, estão se intensificando nos hospitais e outras unidades de saúde. Os profissionais da saúde são a linha de frente no combate à COVID-19 e são também os mais expostos, atacados pelos patrões e os governos burgueses, além de serem pessimamente remunerados. O Brasil tem cerca de 2,2 milhões de profissionais de enfermagem, entre técnicos, auxiliares, enfermeiros, segundo dados do COFEN (Conselho Federal de Enfermagem). A grande maioria é de mulheres. A escassez de material é generalizada: profissionais da Europa e dos Estados Unidos também sofreram e sofrem com a falta de material de proteção. O número de profissionais da saúde infectados na Espanha chega a cerca de 4.000 com coronavírus. Na Itália, são quase 5.000 profissionais da saúde infectados pelo novo coronavírus, além disso, morreram 23 médicos desde o início da pandemia, o que revela ser uma doença do modo de produção capitalista. Para quem atende os infectados suas armaduras são os jalecos, as máscaras e as luvas. As maiores reclamações dos profissionais de saúde são a falta de máscaras, aventais (ou capotes), óculos de proteção e álcool gel. Também a qualidade dos produtos, pois os aventais são de um material tão fino que não é impermeável, o que caba sendo um perigo para quem precisa estar protegido. Para muitos profissionais dessa área, é como um cenário de guerra, em que toda a sociedade é, inevitavelmente, afetada – se não pelo vírus, pelas medidas tomadas para prevenir sua disseminação em larga escala. O sistema único de saúde – SUS somado aos hospitais privados não tem condições físicas e de recursos humanos para atender todas as pessoas infectadas. Não é por trabalharem em unidades de saúde que médicos, enfermeiros, seguranças, auxiliares de limpeza, maqueiros, atendentes, entre outras funções, temem menos o coronavírus. Pelo contrário, ninguém está imune à doença. Muitos profissionais relatam que o medo não é exatamente de ser infectado, mas de que a sua contaminação represente risco a muitas pessoas que estão no seu convívio ou ao seu redor, seja em casa, nas relações de amizade, nos hospitais ou postos, principalmente quando os hospitais privados ou governos burgueses não garantem a proteção necessária para esses trabalhadores. A realidade no Brasil é que já existe um déficit de profissionais na área da saúde em todas as instituições públicas que funcionam para esse fim. Se essas pessoas também forem infectadas, vão ser afastadas, o que vai agravar ainda mais o atendimento à população. Mas quem cuidará dos doentes? Os capitalistas ou esses trabalhadores da saúde? O que está demonstrado é que a cada dia com avanço do coronavírus, a humanidade vive um xeque-mate, dado pelo próprio sistema capitalista. Em outras palavras o capitalismo não tem mais condições de se manter, o que precisamos neste momento é salvar vidas em detrimento dos fabulosos lucros que ainda existem acima das vidas humanas.
PROTESTO DESAFIA ORDENS DITATORIAIS DE ORBÁN NA HUNGRIA: AO MANDAR ESVAZIAR HOSPITAIS USANDO COMO PRETEXTO A PANDEMIA, DIREITISTA DESPERTA IRA POPULAR!


Centenas de pessoas saíram em carreata e mesmo às ruas de bicicleta nesta segunda-feira, 20, em Budapeste e outras cidades da Hungria para protestar contra a absurda decisão do governo do ultra-direitista Viktor Orbán em esvaziar os hospitais sob o pretexto de liberar leitos para uso exclusivo de pacientes com COVID-19, deixando desprovido de tratamento os doentes com outras patologias graves. A medida anunciada pelo primeiro-ministro deixou milhares de pessoas portadoras de outros problemas de saúde sem tratamento médico, ao mesmo tempo em que o ultra-nacionalista de direita não tocou na rede de hospitais privados, requisitanto ou mesmo estatizando.  De acordo com a medida anunciada pelo governo, 36 mil leitos de hospitais seriam desocupados para que ficassem disponíveis para pacientes diagnosticados com o coronavírus. O número representa mais da metade do número de leitos do país. Com ela, foram mandados para casa cerca de 15 mil pacientes, muitos deles em estado grave. A Hungria é oficialmente uma ditadura civil. A partir de abril de 2020, o governo foi autorizado a agir sem nenhum controle ou supervisão legal e tem o direito de manter esses poderes especiais por tempo indeterminado. A máscara democrática do capitalismo caiu. Foram duas as principais razões do por que o fechamento do regime político foi capaz de ocorrer. Uma delas é a perpetuação de corrupção estatal em enorme escala, o enriquecimento ilimitado dos Fidesz’s, as elites do partido do governo. A outra razão é a preparação para lidar com a crise econômica severa que irá seguir a pandemia. Miséria em massa irá suceder nos próximos meses e irá resultar em uma significativa resistência. O estado húngaro está se preparando para a repressão dos movimentos de protesto, para banir ativismo e protestos nas ruas e locais de trabalho, o aprisionamento de jornalistas e ativistas antigoverno e o fortalecimento da propaganda do estado podem ser esperados. A crise geral do sistema mundial capitalista é cenário favorável para o fortalecimento do fascismo no século 21. A Europa está se “Orbanizando”. O sistema está se tornando cada vez mais e mais autoritário, racismo, nacionalismo e sexismo estão se espalhando em múltiplos países. Até o começo da pandemia, havia apenas um controle parcial sobre os poderes de Orbán. Os direitos trabalhistas já estão sendo liquidado. Após a introdução do novo código de trabalho (2012) e o chamado “Slavery Act” (2018), os patrões, os empregadores poderão atacar ainda mais os direitos dos trabalhadores. A brutalidade do Estado burguês e o terror fascista avança na Hungria desperta o ódio popular como foi a resistência a medida de esvaziar os hospitais, demonstrando o caos do sistema de saúde pública e a preservação da rede privada. Este é mais um exemplo de luta que se espalha pelo mundo!