CLAUDIA SHEINBAUM, O “LULA DE SAIAS” DO MÉXICO DECLARA: “VAMOS ATUAR COM DIÁLOGO E HARMONIA ENTRE AS CLASSES”…
A virtual presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, publicou nesta segunda-feira (03/06) um vídeo em suas redes sociais para agradecer “As manifestações de carinho e parabéns” que vem recebendo desde este domingo, após ter vencido nas urnas sua reacionária rival, Xóchitl Gálvez, com mais de 30 pontos de diferença. Claudia foi a candidata indicada pelo atual governo burguês encabeçado pelo pelego AMLO (Lopez Obrador), que colocou-se de joelhos diante das imposições econômicas e políticas da Casa Branca, reforçando o papel histórico do México como um país imperializado pelos EUA. Sheinbaum não deixou dúvidas sobre que linha pretende seguir na presidência: “Quero dizer a todos que vamos agir com diálogo, com harmonia entre as classes e com muita responsabilidade”. Claudia é mais uma da produção em série do imperialismo ianque de “pelegos com verniz democrático”, como o Lula no Brasil, Boric no Chile ou mesmo Petro na Colômbia.
Claudia , a “ambientalista” que segue fielmente a cartilha
do Fórum de Davos, em sua campanha eleitoral milionária prometeu promover: “O
investimento privado estrangeiro, consolidar a Guarda Nacional, a inteligência
para a segurança e uma relação de amizade, respeito mútuo e igualdade com o
governo dos EUA”. Não nos surpreende de forma alguma que a exquerda
revisionista, como PTS da Argentina, fique maravilhado com a vitória de uma
“personagem“ desenhada politicamente pela Governança Global do Capital
Financeiro, para favorecer as corporações imperialistas em seu governo
“identitário”.
O histórico de traições ao proletariado mexicano, do próprio partido Morena de Obrador e Claudia, que já afiançou previamente numerosas garantias feitas por Sheinbaum a Wall Street, deixando claro que no meio da feroz disputa dos mercados globais, ficarão ao lado da ofensiva econômica dos EUA.
A principal transformação do México, sob o atual governo AMLO, tem sido a sua integração total na plataforma econômica norte-americana, na qual o imperialismo ianque se baseia em uma guerra declarada contra os seus rivais, principalmente a China, catalisadora de investimentos bilionários dos rentistas internacionais. No seu plano de governo, intitulado “100 passos para a transformação”, Sheinbaum apela explicitamente ao México para “Aproveitar a situação econômica para substituir as importações da Ásia”.
Sobre segurança nacional, Claudia apela ao “Estabelecimento de grupos de trabalho binacionais para lidar com determinados fenômenos criminosos com o governo dos EUA”. Sheinbaum declarou ao The New York Times que está: “Preparada para trabalhar com qualquer candidato que vença as próximas eleições nos EUA”, justamente no momento em que um candidato genocida, Joe Biden, está avançando precipitadamente em direção a uma guerra com a Rússia e o outro da direita tradicional está planejando estabelecer um regime ultra reacionário, conduzindo a deportação em massa de migrantes mexicanos e latino-americanos.
Embora as velhas classes dominantes do México tivessem preferido inicialmente que Gálvez vencesse e realizasse uma mudança mais rápida para a direita, a burguesia acabou adotando Sheinbaum, com a sua plataforma programática voltada para a Nova Ordem Mundial. A agência financeira Bloomberg, por exemplo, escreveu: “Os empresários consideram-na potencialmente mais favorável ao mercado do que AMLO.
