INSURREIÇÃO POPULAR NO KENYA: CONTRA O FMI E SEU GOVERNO TÍTERE DO IMPERIALISMO IANQUE
Pelo menos quinze manifestantes populares foram mortos nesta última terça-feira e 31 ficaram gravemente feridos em confrontos com as forças de segurança quenianas em uma série de confrontos na capital Nairobi, depois de milhares de pessoas terem invadido o Parlamento do país na onda dos protestos contra a reforma econômica neoliberal, promovida pelo presidente títere do imperialismo, William Ruto, que incluía aumento de impostos e mais arrocho salarial. Os acontecimentos insurreccionais no Kenya ocorrem 24 horas depois que o Presidente genocida dos EUA, Joe Biden, ter declarado o Quenya o aliado mais importante do imperialismo ianque fora do quadro da OTAN.
Depois de entrarem na sede do Parlamento, incendiaram parte do edifício, onde nesta última manhã estava sendo debatido um projeto de lei aprovado pelo Governo burguês que contempla o aumento de impostos e que tem gerado uma onda de protestos impulsionados por barricadas de jovens em todo o país. As forças de segurança lançaram as pressas a evacuação dos deputados para garantir que não fossem linchados. O que começou como um protesto de milhares de jovens contra os aumentos de impostos na capital queniana e em outras cidades de 29 dos 47 distritos do país, transformou-se em uma batalha campal entre forças repressivas é uma insurreição de massas.
O fator político que desencadeou a rebelião popular é que o governo Ruto cumpriu fielmente a ordem do FMI e propôs aumentar os impostos num país que já tem um custo de vida e uma inflação elevados, além do alto nível de desemprego. Gritando “Ruto deve ir, Ruto deve ir!”, em referência ao presidente queniano, os manifestantes populares conseguiram entrar no Parlamento através do Senado (Câmara Alta), e um protesto sem precedentes na história recente do Quénia. Os protestos espalharam-se para além do Parlamento e tiveram como alvo edifícios oficiais nas proximidades, como o Gabinete do Governador de Nairobi, Johnson Sakaja, também incendiado pelos manifestantes.
A base militar imperialista de Camp Simba, incrustada na Baía de Manda (Kenya), que serve de sede para drones e vigilância aérea dos EUA no Oceano Índico, no “Chifre da África” e no Mar Vermelho, tem desempenhado um papel fundamental na guerra declarada contra as forças do Eixo Unificado da Resistência Árabe e Palestina. A tarefa central das massas insurretas, que já fizeram o governo títere recuar em seu projeto de aumentar os impostos, é expulsar as forças norte-americanas de seu país, instaurando um genuíno governo operário e camponês.