quinta-feira, 20 de junho de 2024

ENQUANTO LULA FAZ DEMAGOGIA POPULISTA CONTRA CAMPOS NETO: SEU “PAU MANDADO” NA DIRETORIA DO BANCO CENTRAL VOTA A FAVOR DOS “JUROS ALTOS”

Enquanto o pelego presidente faz demagogia populista contra os juros altos praticados no país, acompanhado de sua anturragem corrompida como o PCdoB, PSOL e PCO, o seu “pau mandado” Gabriel Galípolo, indicado pela equipe econômica do Planalto para representar os interesses políticos do Governo burguês da Frente Ampla no interior da diretoria do Banco Central, vota na reunião do COPOM em uníssono com a mesma plataforma neoliberal de Campos Neto, presidente da instituição financeira que gerencia os recursos do Tesouro Nacional. Campos foi escolhido pela escória do lulopetismo como o “vilão” responsável pela crise econômica que castiga a vida da classe trabalhadora brasileira, mas será que este “bode expiatório” tem mesmo a responsabilidade pelo desastre nacional capitalista que está afundando o país?

O fato mais relevante dessa reunião do COPOM foi a unanimidade na decisão de manter a atual taxa Selic. Toda diretoria do Banco Central, seja a suposta “ala esquerda” que apoia o governo Lula, seja a “ala direita” ligada ao Bolsonarismo, entraram no mais absoluto consenso, apesar da declaração pública de Lula atacando a conduta de “sabotagem” do presidente Roberto Campos. Entretanto ficou claro que tudo não passava de “jogo de cena” do governo reacionário da Frente Popular. 

Lula indicou quatro diretores para o atual comando do BC. Entre eles está Gabriel Galípolo, que era Secretário executivo do Ministério da Fazenda, de Fernando Haddad. Aliás, Galípolo é um dos cotados para substituir o Campos na presidência do Banco Central. Os quatro diretores lulopetistas votaram unanimemente pela manutenção da atual taxa, então a conclusão é clara: seguiram fielmente as ordens do chefe no Planalto, que cinicamente na mesma hora chamava à imprensa para “gritar” contra Campos Neto. A política econômica, levada à frente pelo Ministro neoliberal Haddad, com aval do Lula, não é nada muito diferente do que tem sido feito a favor dos interesses do rentismo financeiro internacional nos  últimos 40 anos.

Porém a fraude populista do presidente pelego, capacho do capital financeiro que tem sua “sede” bem distante da “Faria Lima “, é ainda maior se não considerarmos as próprias votações do COPOM, sejam as deliberações por maioria ou mesmo por consenso, como foi essa última. Explicando aos leigos, o COPOM (Comitê de Política Monetária) é um organismo interno do Banco Central, entretanto o próprio BC que teve sua relativa autonomia política firmada no governo Bolsonaro, é uma autarquia subordinada de conjunto ao Conselho Monetário Nacional, órgão superior financeiro do Estado brasileiro, onde o presidente do BC detém apenas um voto, estando abaixo do Ministro da Fazenda e do Planejamento. Resumindo, o CMN tem absoluto poder legal de reverter qualquer decisão do BC, seja na questão da taxa Selic ou qualquer outro tema de política monetária e financeira. Então fica a pergunta, porque o falastrão Lula nunca determinou, via a instância do CMN onde Campos Neto está em franca minoria, a reversão da taxa básica de juros para um patamar a “seu gosto”? 

A resposta a este “distracionismo” do Governo Lula é bem simples, a questão do nível dos juros da taxa Selic, seja a “zero” ou a 50% ao ano, não interfere em nada nos fundamentos da economia capitalista, principalmente no setor financeiro, simplesmente porque os banqueiros privados (rentistas internacionais) é quem determinam os termos econômicos dos seus contratos celebrados, seja com Estados nacionais ou corporações particulares. A taxa Selic é apenas uma referência geral monetária, nem mesmo os bancos estatais (CEF, BB, BNB) a seguem fielmente, cobrando juros bem acima do que determina o BC, em plena era dos governos petistas. Juros mesmo abaixo da Selic, o corrupto governo Lula só pratica mesmo para um seleto grupo de empresários “amigos, que muitas vezes nem sequer chegam a pagar suas dívidas com o Tesouro Nacional…