GOVERNOS BURGUESES DO CATAR E EGITO PRESSIONAM O HAMAS PARA ACEITAR UM VERGONHOSO CESSAR-FOGO: ENTRETANTO A RESISTÊNCIA ARMADA PALESTINA NÃO VAI SE DEIXAR DOMESTICAR!
O Primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdelrahmane Al-Thani, e o diretor do Departamento de Inteligência egípcio, Abbas Kamel, reuniram-se ontem (05/06) em Doha com membros da direção do Hamas para discutir um acordo de trégua em Gaza e a troca de reféns e prisioneiros, proposta formulada com os auspícios da Casa Branca e do governo sionista.O diretor geral da CIA, Bill Burns, também apareceu no Catar para liderar seus mediadores e impor um vergonhoso acordo sobre a cessação temporária da “troca de fogo”.
Esperava-se que Brett McGurk, conselheiro de Biden para o Oriente Médio, também estivesse no Cairo, de acordo com o site de notícias Axios, que cita uma fonte do governo dos EUA como tendo falado de “pressão total de Washington para estabelecer um avanço nas negociações”.
Juntamente com os Estados Unidos e o Egito, o Qatar mantém negociações há meses para tentar alcançar um cessar-fogo em Gaza. Mas, com exceção de uma pausa de sete dias nos combates em Novembro, que levou à libertação de mais de 100 reféns, os esforços de mediação não tiveram sucesso.
Para tentar relançar as negociações, Biden anunciou na semana passada um roteiro de três etapas, proposto segundo ele por Israel. Ontem, o líder máximo do Hamas, Ismail Haniyeh, que vive refugiado no Catar, reiterou que o movimento palestino buscava o fim total da agressão sionista contra Gaza como parte de um acordo mínimo de cessar-fogo.
Haniyeh também quer a retirada total do enclave de Israel do território palestino e uma troca justa de prisioneiros. “O Hamas enfrenta as negociações armado com esta posição”, insistiu o dirigente guerrilheiro. A pedido dos Estados Unidos, o governo do Qatar acolhe o comitê central político do Hamas desde 2012, no sentido de sempre buscar uma posição conciliadora da Resistência Palestina. Porém a radicalização das massas muçulmanas em seu justo ódio de classe contra o sionismo, vem barrando todas tentativas de domesticar a Resistência Armada da Intifada.
