quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

DILMA REÚNE O “CONSELHÃO” DA COLABORAÇÃO DE CLASSES: PLANALTO CELEBRA NOVOS COMPROMISSOS COM A BURGUESIA PARA ATACAR OS TRABALHADORES COM AVAL DAS DIREÇÕES SINDICAIS CORROMPIDAS


Após um ano e meio sem reuniões, o Conselho de Desenvolvimento Econômico, conhecido como “Conselhão”, se reuniu na tarde desta quinta-feira (28) no Palácio do Planalto, em Brasília. A grande “estrela” do fórum foi o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, apoiador do governo Dilma, que cobrou “saídas para crise”, entenda-se novos compromissos com a burguesia para colocar nas costas dos trabalhadores o ônus da recessão econômica. O novo secretário-geral do “Conselhão” é Renato Rabelo, ex-presidente nacional do PCdoB e um dos mais ardorosos defensores dessa fórmula de colaboração de classes, completamente falida frente aos ataques neoliberais em curso. Esse é o “prêmio” corrupto pelo PCdoB ser uma dos mais destacados defensores na luta contra o “golpe da direita”, junto com o PT e o PCO. Além dele compõe o “Conselhão”, a CUT, UNE, MST, FUP, UBES, CTB, CONTAG, todas essas entidades na folha de pagamento do governo Dilma. Segundo o Portal Vermelho, “Adilson Araújo, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), e Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), são dois dos 60 nomes que compõem o ‘Conselhão’. Em artigo e entrevista divulgadas nesta quarta (27), eles demonstraram otimismo com a possibilidade de levar propostas concretas ao conselho e ter espaço para a defesa dessas propostas, que podem inaugurar uma agenda positiva no Brasil”, ou seja, seguem comprometidos com sabotar a luta direta contra os ataques do governo Dilma e anda patrocinam ilusões nos seus algozes capitalistas. Os empresários foram pesadamente representados na reunião. Entre eles estão os conselheiros Robson Andrade (CNI), Cláudia Sender (TAM), Frederido Fleury (Embraer), Miguel Nicolelis (neurocientista), Roberto Setúbal (Itaú), Viviane Senna (Instituto Ayrton Senna) e Abílio Diniz (BRF), ou seja, os grandes capitalistas que vem demitindo em massa para garantir suas milionárias taxas de lucro. Entre os nomes que deixaram o “Conselhão” está o empresário Marcelo Odebrecht, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. O fato de um representante da empreiteira Odebrecht, principal empresa do ramo, está fora do Fórum sinaliza que está em curso uma negociação para trazer empreiteiras estrangeiras com o objetivo de explorarem o filé da infraestrutura nacional. Construtoras industriais pesadas dos EUA e Japão estariam prontas para assumir as obras paralisadas por conta da Operação Lava Jato, devendo o governo em 2016 superar as limitações constitucionais para que empresas estrangeiras do ramo da construção civil pesada participem de concorrências para grandes projetos estatais. Como se observa, o grosso do empresariado deseja que o governo do PT leva adiante as “reformas” (previdência e trabalhista) já no começo deste semestre, apostando que o Palácio do Planalto irá não só enterrar o impeachment como seguir adiante com a cartilha neoliberal. Trabuco deu o tom “Acredito que muitas coisas boas estão aí para dar início a essa retomada”(G1, 28.01). Os bancários do Bradesco demitidos na última greve sabem bem o que significa “coisas boas” para esse canalha! Logo depois do Carnaval vamos ver o pacote de maldades que o “Conselhão” avalizou! Essa nova tentativa do governo Dilma de pactuar com os empresários uma agenda de ataques aos trabalhadores garantindo para isso a paralisia do movimento de massas através das corruptas direções “chapa branca” deve ser denunciada pela vanguarda classista. Frente esta iniciativa do governo, compreendemos que se impõe mobilizar os trabalhadores contra os ataques neoliberais do governo Dilma aos trabalhadores, já que o Planalto ganhou fôlego no final do ano e busca agora em 2016 enterrar o pedido de impeachment no parlamento reforçando sua submissão à burguesia e ao imperialismo via o anúncio de uma “nova” Reforma da Previdência e de um pacote de privatizações que incluem hidroelétricas e aeroportos, além de manter o arrocho salarial dos servidores públicos. É fundamental ter claro para intervir na realidade complexa que se avizinha que a orientação geral das classes dominantes segue na linha política do “sangramento” lento e gradual do governo Dilma, combinada com a intensificação da barganha estatal diante de uma presidente extremamente fragilizada. Dilma será “carregada” pela burguesia até que se complete o conjunto das reformas neoliberais que se propôs a implementar agora sobre o comando de Nelson Barbosa. Por isto, defendemos a necessidade de preparar a derrota da Reforma da Previdência combatendo seu verdadeiro responsável: a presidenta Dilma! Chega de distracionismo atacando estafetas como Barbosa & Cia, meros intermediários da ofensiva neoliberal do estado capitalista! Devemos lutar por construir uma alternativa revolucionária dos trabalhadores contra engodos como o “Conselhão” e sua política de colaboração de classes voltada a golpear os trabalhadores em favor dos capitalistas!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PROFESSORES-CEARÁ: LUTAR CONTRA O “REAJUSTE ZERO” E O ATAQUE À EDUCAÇÃO PÚBLICA IMPOSTO PELO GOVERNO CAMILO (PT), CAPACHO DA OLIGARQUIA GOMES!


O famigerado “ajuste” fiscal em curso faz parte da cartilha neoliberal exigida ordinariamente pelos “barões” do mercado financeiro e que se intensifica em momentos de crise econômica capitalista. Esse receituário aplicado servilmente pelo governo Dilma é materializado através de medidas como a elevada taxa de juros, as “reformas” que suprimem conquistas (vide a previdenciária), o arrocho salarial e o aumento do superávit primário com cortes orçamentários nas áreas sociais como saúde e educação. Os governos burgueses nos estados e municípios, tanto dirigidos pelo PT ou partidos da base aliada como os da oposição de direita (PSDB/DEM), estão seguindo a mesma logica neoliberal, impondo uma politica de ataques aos direitos e conquistas dos trabalhadores. A começar pelo criminoso congelamento dos salários dos servidores públicos e uma tentativa de reduzir gatos e investimentos em setores importantes, sobretudo, a educação. Exemplo disso foi à chamada “reorganização (fechamento) das escolas”, imposta pelo governo de José Alckmin (PSDB) em São Paulo, mas felizmente derrotada pela luta direta dos estudantes.  Não esquecendo é claro da recusa de praticamente todos os governos estaduais e municipais em reajustar os salários dos professores em cumprimento a Lei do Piso. A nível local, o prefeito Roberto Claudio (PDT) surrupia os professores negando-se a pagar o rateio dos precatórios do FUNDEF ao mesmo tempo em que impõe o reajuste zero ao funcionalismo municipal e o consequente desrespeito a Lei do Piso dos Professores. O governador Camilo (PT), filhote da oligarquia Gomes, consegue ir mais longe! Além do congelamento dos salários dos servidores estaduais, pelo menos até abril, com exceção dos que ganham remuneração mínima que terá com reposição de 10,67% a partir de 01 de janeiro, no final do ano passado publicou a portaria Nº 1169/2015 que trata da lotação dos profissionais do magistério, trazendo em seu bojo uma feroz agressão ao conjunto da categoria, ao apoio pedagógico e consequentemente a qualidade do ensino. A nefasta portaria acaba com o professor coordenador de área (PCA), sendo substituído por uma aberração chamada professor coordenador de estudos (PCE) que não terá carga horária específica para a função, com a proporção de apenas um PCE para cada vinte professores. Além disso, reduz uma hora de aula do diretor de turma (PDT) e restrições de lotação nos centro de multimeios, laboratórios de ciências e informáticas que limitaram e comprometeram seus respectivos funcionamentos. Outro grande ataque diz respeito ao reordenamento (redução drástica) da lotação dos professores nos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAS) que irá inviabilizar o funcionamento destas instituições de ensino importantíssimo para a educação formal de milhares de trabalhadores.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

HÁ 29 ANOS DA MORTE DE NAHUEL MORENO: O GRANDE CAMALEÃO QUE “INSPIROU” A ALIANÇA ENTRE REVISIONISTAS E O IMPERIALISMO


Há exatos 29 anos, em 25 de janeiro de 1987, morria em Buenos Aires Hugo Miguel Bressano Capacete, conhecido na esquerda trotskista mundial como Nahuel Moreno. Sua militância política iniciara-se muito cedo em meio à efervescência operária dos anos 40, quando aos 20 anos de idade ajudou a fundar um pequeno núcleo político-sindical denominado Grupo Operário Marxista (GOM). Em quase 50 anos de militância foi o responsável pela fundação de várias organizações revisionistas na Argentina e América Latina, além de exercer influência sobre pequenos agrupamentos em outros países no qual desembocara a sua última “obra” a LIT. Para entendermos um pouco o pensamento de Moreno é necessário aportarmos à crise que se abateu sobre a IV Internacional após a morte de Leon Trotsky, em razão da inexperiência e debilidade da direção política. Ou seja, como Trotsky prognosticara, a Segunda Guerra Mundial provocou um enorme ascenso revolucionário na Europa e em várias regiões do planeta, no entanto os dirigentes da Quarta, Mandel, James Cannon, Joe Hansen, Pierre Frank, Michel Pablo, Lívio Maitán, Pierre Lambert, Gerry Healy e outros, não se colocaram à altura de suas tarefas, uma vez que esta não se tornou uma organização de massas, posto que segundo Moreno vários prognósticos de Trotsky para o período não se confirmaram. Moreno passa em razão deste “fracasso” a elaborar suas próprias explicações para os novos fenômenos surgidos no pós-guerra, as chamadas “atualizações programáticas” do Trotskismo. Estas supostas “atualizações” do Programa de Transição resultaram na síntese do revisionismo Morenista, tendo como ápice desta nova “teoria” a caracterização das chamadas “revoluções democráticas ou políticas”, quase sempre movimentos reacionários, manietados pelo imperialismo, dirigidos contra os Estados operários ou regimes nacionalistas burgueses.

domingo, 24 de janeiro de 2016

“ESPAÇO UNIDADE DE AÇÃO”: POLÍTICA DE FLERTE COM A DIREITA ESVAZIA PLENÁRIA SINDICAL E POPULAR


Ocorreu na última sexta feira dia 22 em São Paulo, a plenária sindical e popular do “Espaço Unidade de Ação”, dirigido pela CSP-Conlutas. O evento, que foi realizado na quadra do sindicato dos metroviários, contou com a presença de pouco mais de 100 pessoas, grande parte composta por representantes sindicais entre eles do Sintuff, metroviários, metalúrgicos de São José dos Campos, petroleiros, trabalhadores do Comperj, estudantes, militantes do PSTU e CST. A militância da LBI marcou presença com ativistas da oposição dos condutores de Guarulhos e camaradas de outras categorias e  através de ampla panfletagem, além da intervenção no plenário, defendendo a necessidade urgente da articulação de uma frente única dos trabalhadores para derrotar as políticas anti operária e a austeridade neoliberal da gerência petista de Dilma Rousseff  à serviço do grande capital financeiro. Também polemizamos e criticamos duramente a alternativa direitista proposta pelo PSTU de “Fora Dilma”, que nas atuais condições objetivas de crise de direção aguda do proletariado nacional, poderia resultar em uma gerência Planaltina ainda mais alinhada à Casa Branca e ao famigerado Consenso de Washington. Demarcando nossa posição bolchevique-leninista, contrapomos na atividade o “Fora Todos” do PSTU com o “construir uma alternativa revolucionária de poder dos trabalhadores” estampado em nossos panfletos e camisas.


Militância da LBI/SP presente na plenária
 do "Espaço de Ação" distribui declaração defendendo 
a construção de uma alternativa revolucionária

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

PUTIN RENEGA LENIN: ATAQUE VISA ENCOBRIR QUE O ATUAL GOVERNO BURGUÊS É HERDEIRO DO BANDO RESTAURACIONISTA RESPONSÁVEL PELA DESTRUIÇÃO DA URSS. EM DEFESA DO LENINISMO E DO PARTIDO BOLCHEVIQUE!


Ganhou grande destaque na mídia mundial a entrevista em que Vladimir Putin acusa Lenin de ser responsável pela destruição da URSS, ainda mais quando a declaração ocorreu no dia em que se celebravam os 92 anos da morte do principal dirigente bolchevique responsável por edificar a União Soviética e não destruí-la! Segundo a imprensa russa (Russia Today – RT, Interfax) no contexto da discussão sobre um verso do poeta russo Boris Pasternak, na qual Lenin é mencionado como uma pessoa que pode “controlar o fluxo de pensamento e, portanto, conseguiu controlar o país” Putin atacou Lênin. Segundo o presidente russo, “Controlar o fluxo de pensamento é bom, mas este pensamento deve trazer um resultado correto, e não como o fez Vladimir Ilyich Porque como resultado seu pensamento levou à queda da União Soviética, havia muitas ideias incorretas. A criação de autonomias nacionais, e assim por diante. Eles colocaram uma bomba atômica sob o edifício chamado Rússia e este finalmente explodiu” (RT, 21.01). Como se observa, a crítica de Putin, ex-agente da KGB formado na escola do stalinismo, é contra a posição de Lenin em defesa da autonomia das repúblicas soviéticas na URSS, plataforma também defendida por Trostky em oposição às teses defendidas a época por Stálin. Além da mídia venal, os revisionistas do trotskismo (PSTU, CST) aproveitaram a declaração de Putin para defender suas atuais posições pró-imperialistas em defesa da “autonomia” da Ucrânia, governada hoje pelos golpistas-fascistas de Kiev em oposição a Moscou. Como Marxistas-Leninistas defendemos as posições de Lênin e Trotsky e rechaçamos categoricamente os ataques de Putin ao edificador da URSS e dirigente maior do Partido Bolchevique. As críticas de Putin demonstram uma visão que muito se aproxima do stalinismo, em defesa da “grande pátria mãe” própria do nacionalismo russo, plataforma duramente criticada por Lenin. Essa crítica é condensada no artigo “A RESPEITO DO PROBLEMA DAS NACIONALIDADES OU SOBRE A ‘AUTONOMIA’” (1922) em que Lenin chega a seguinte conclusão “A responsabilidade política de toda esta campanha de verdadeiro nacionalismo russo deve fazer-se recair, é claro, sobre Stalin e Dzerzhinski” complementando que “Nestas condições é muito natural que a ‘liberdade de separar-se da união’, com que nós nos justificamos, seja um papel molhado incapaz de defender os não russos da invasão do russo genuíno, chauvinista, no fundo um homem miserável e dado à violência como é o típico burocrata russo. Não há qualquer dúvida de que a insignificante percentagem de operários soviéticos e sovietizados afundariam nesse mar de imundícia chauvinista russa como a mosca no leite. Em defesa desta medida diz-se que foram segregados os Comissariados do Povo que se relacionam diretamente com a psicologia das nacionalidades, com a instrução nas nacionalidades. Mas a respeito disto ocorre-nos uma pergunta, a de se é possível segregar estes Comissariados por completo, e uma segunda pergunta, a de se temos tomado medidas com a suficiente solicitude para protegermos realmente os não russos do esbirro genuinamente russo. Eu acho que não as tomamos, embora pudéssemos e devêssemos tê-lo feito. Eu acho que neste assunto exerceram uma influência fatal as pressas e os afãs administrativos de Stalin, bem como a sua aversão contra o decantado ‘social-nacionalismo’. Via de regra, a aversão sempre exerce em política o pior papel”. Referindo-se a esta polêmica entre Lenin e Stálin, Trotsky lembrou no texto “A QUESTÃO UCRANIANA” (1939) que “Após a tomada do poder, teve lugar no partido uma séria luta pela solução dos numerosos problemas nacionais herdados da velha Rússia tsarista. No seu carácter de comissário do povo para as nacionalidades, Stalin representou invariavelmente a tendência mais burocrática e centralista. Isto tornou especialmente evidente na questão da Geórgia e na da Ucrânia. Até hoje, a correspondência não foi publicada. Esperamos poder editar a pequena parte de que dispomos. Cada linha das cartas e propostas de Lenine vibra com a urgência de conformar na medida do possível aquelas nacionalidades que tinham sido oprimidas no passado. Em troca, nas propostas e declarações de Stalin, salientava invariavelmente a tendência para o centralismo burocrático. Com o fim de garantir ‘necessidades administrativas’, quer dizer, os interesses da burocracia, as mais legítimas reclamações das nacionalidades oprimidas foram declaradas manifestações de nacionalismo pequeno-burguês. Estes sintomas já podiam perceber-se bem cedo, em 1922-1923. Desde essa altura, tiveram um monstruoso crescimento, levando a uma completa asfixia qualquer tipo de desenvolvimento nacional independente dos povos da URSS.” Como se observa, hoje Putin defende historicamente as mesmas posições nacionalistas de Stálin contra a defesa do internacionalismo e da solidariedade de classe entre os povos proclamada por Lenin e Trotsky. Lembremos que Lenin e Trotsky defendiam o direito a autonomia no marco da defesa da URSS e de sua economia planificada e obviamente não para facilitar a restauração do capitalismo. Esta posição fica clara quando Lenin no mesmo texto (A RESPEITO DO PROBLEMA DAS NACIONALIDADES OU SOBRE A ‘AUTONOMIA’) afirma “Por isso, neste caso, o interesse vital da solidariedade proletária e, portanto da luta proletária de classe, requer que jamais olhemos formalmente o problema nacional, senão que sempre levemos em conta a diferença obrigatória na atitude do proletário da nação oprimida (ou pequena) para a nação opressora (ou grande).Quê medidas prática se devem tomar nesta situação? Primeira, cumpre manter e fortalecer a união das repúblicas socialista; sobre isto não pode haver dúvida”. Trotsky vai no mesmo sentido no artigo “A INDEPENDÊNCIA DA UCRÂNIA E A CONFUSÃO SECTÁRIA” (1939) em que pontua “A necessidade de um compromisso, ou melhor, de vários compromissos, se coloca de maneira similar no tocante à questão nacional, sendas que não são mais retilíneas que as da revolução agrária. A estrutura federada da União Soviética é fruto de um compromisso entre o centralismo que exige uma economia planificada e a descentralização necessária para o desenvolvimento das nações que no passado estavam oprimidas. Construído o Estado operário sobre o princípio de compromisso de uma federação, o Partido Bolchevique inscreveu na sua constituição o direito das nações à separação completa, indicando desta maneira que não considera resolvida de uma vez e para sempre a questão nacional.”. Mesmo rechaçando publicamente as posições de Putin, a LBI de forma alguma se embloca hoje com os agentes do imperialismo de Kiev contra a Rússia para aprofundar a recolonização capitalista na ex-república soviética, posição assumida pelos revisionistas do Trotskismo. Ao contrário, defendemos a unificação da Criméia com a Russia e apoiamos o direito à separação das "repúblicas populares" do Leste ucraniano.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

92 ANOS DA MORTE DE V. I. LENIN: NOSSA REVERÊNCIA MILITANTE AO CHEFE EXEMPLAR DO PARTIDO BOLCHEVIQUE!


Neste dia 21 de janeiro completa-se 92 anos da morte de nosso grande chefe Bolchevique, Vladimir Lenin, o dirigente marxista que lançou as bases do Partido Revolucionário centralizado como um exército do proletariado para demolir violentamente as instituições do Estado capitalista. Lenin é sobejamente a liderança da esquerda, em toda a história da humanidade, mais odiada (e com toda justiça!) pelas classes dominantes e o imperialismo. O aniversário de morte de Lenin celebra-se poucos meses após o atentado em Paris em novembro de 2015, onde o Estado Islâmico promoveu um show de horror no Bataclan utilizado pelo imperialismo para recrudescer o regime político, acontecimento que abre uma correlação de forças bem mais defensiva na conjuntura mundial, fundamentalmente contra a esquerda revolucionária que combate vigorosamente a sanha imperial contra os povos travestida na defesa da "liberdade de expressão" e da democracia. Esta realidade exige dos Leninistas a mesma firmeza que nosso mestre teve para enfrentar tempos de reação na Rússia e na Europa durante o século XX quando afirmou "Os capitalistas chamam ‘liberdade’ a dos ricos de enriquecer e a dos operários para morrer de fome. Os capitalistas chamam liberdade de imprensa a compra dela pelos ricos, servindo-se da riqueza para fabricar e falsificar a opinião pública”. Não temos a menor dúvida que nas atuais circunstâncias Lenin seria o primeiro a denunciar a "União Sagrada" que se forma desde Paris contra os povos oprimidos utilizando-se do pretexto o combate ao terrorismo, desmascarando-a vigorosamente. Como parte do combate político e ideológico pela construção do Partido Revolucionário, Lenin delimitou-se com os oportunistas sociais-democratas e também com aqueles que acreditavam que o terrorismo individual poderia colocar abaixo as estruturas do regime tzarista, como seu próprio irmão Alexandre Ulianov. Em 1887 Alexandre foi preso e condenado à morte por enforcamento após o fracasso de um atentado contra o czar Alexandre III. O irmão de Lenin pertencia à Narodnaia Volia (Vontade do Povo), organização secreta populista, que congregava elementos da "intelligentsia" russa e que, sob o regime de opressão encarava o terror como a única forma de ação imediata contra a autocracia czarista. A morte do irmão levaria o jovem Lenin a desenvolver uma reflexão crítica sobre o terrorismo como método impotente de luta proletária contra a opressão política e buscar na organização e mobilização das massas exploradas o caminho para a derrubada do regime czarista. Esta compreensão correta jamais serviu como pretexto para que Lenin se perfilasse em uma frente imperialista burguesa “contra o terrorismo” como fazem hoje setores da esquerda, incluindo os que se reclamam trotskistas e leninistas diante do atentado ao Bataclan. Como afirmou Trotsky, discípulo de Lenin, quando soube da morte do grande chefe: Perdemos Lenin, mas sem o Leninismo não somos absolutamente nada! Desde a LBI estamos certos dessa lição fundamental e os recentes acontecimentos de Paris provam sua plena vigência!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

COMPLETA DEGENERAÇÃO IDEOLÓGICA DO MORENISMO: PSTU CONSIDERA ROCKEIRO QUE CULTUOU HITLER E MUSSOLINI "HERÓI NÃO SÓ POR UM DIA"


A decomposição moral e ideológica do Morenismo parece mesmo que não tem limites de classe. Após declararem apoio político integral a criminosa investida imperialista que devastou a Líbia, sob o pretexto de derrubar uma "ditadura sangrenta" instauraram a barbárie social para pilhar os recursos de uma nação que não conhecia a fome desde a ascensão do regime nacionalista do coronel Kadafi, seguiram a trilha dos fundamentalistas islâmicos (EI e afins) para fomentar a guerra civil contra o governo antissionista de Assad na Síria. Tudo em nome da farsesca "revolução árabe", que cristalinamente se revelou um movimento geopolítico do gendarme de Israel (apoiado pela CIA) para eliminar seus adversários militares na região do Golfo e Oriente Médio. Nada envergonhados com a condição de "quinta coluna" da OTAN, os Morenistas da LIT festejaram entusiasticamente junto aos neonazistas da Ucrânia o retorno do governo ultraconservador de Kiev. Porém até agora os Morenistas, pelo menos ainda não consideravam heróis seus novos aliados da direita fundamentalista. Entretanto isto mudou com o artigo de uma dirigente do PSTU publicado no sítio do partido em homenagem ao rockeiro neofascista David Bowie, falecido no último dia 10 de janeiro. O escandaloso artigo carrega logo no título: "Herói não só por um dia", para depois qualificar David: "Bowie é um dos artistas mais importantes do século 20 e desse início de século 21. Ele revolucionou a música – inclusive subvertendo sua própria obra –, mas não foi só isso. Foi um vanguardista do design, ator, produtor e mestre das performances" (sítio do PSTU 11/01/16). Para os mais jovens e incautos a figura de Bowie seria somente a de mais um rockeiro de longa trajetória artística no universo da "pop music", ou em outras palavras, do lixo cultural imperialista exportado para todo o planeta. Mas o fato de sua morte ter sido tão celebrada pelos organismos mais reacionários da mídia mundial, inclusive pelo nosso esgoto tupiniquim da "Veja", dedicando várias capas a Bowie, poderia ter chamado a atenção da "candida" dirigente Morenista. O britânico Bowie que começou sua carreira musical ainda nos anos 60, foi inegavelmente impulsionado pelo sucesso da irreverência dos Beatles, chegando posteriormente a ser parceiro de Lenon em uma composição (Fame), mas a semelhança entre a trajetória de ambos se encerrava aí. A "oposição" proferida por Bowie contra a majestade britânica tinha um caráter ainda mais reacionário do que o da monarquia: "Acho que a Grã-Bretanha pode se beneficiar de um líder fascista. Afinal de contas, o fascismo é na verdade nacionalismo… Eu acredito firmemente no fascismo, as pessoas sempre responderam com grande eficiência sob uma liderança regimental". Para os Morenistas do PSTU o fascismo militante de Bowie tem um significado oposto: "Toda sua obra é uma defesa da liberdade de expressão e do papel de artista, corroborando a ideia de ‘toda licença em arte’.” (Luciana Candido). O Importante é registrar que nem todos os apreciadores do Rock compartem das “opiniões” do PSTU, o insuspeito movimento “Rock Against Racism”(RAM), surgido em meados dos anos 70 bateu de frente diante das posições xenófobas de certos “astros” da pop music. Em 30 de abril de 1978 mais de 80.000 pessoas marcharam em Londres, atendendo o chamado do "RAM", de Trafalgar Square até o Vikki Park (um ponto de concentração dos fascistas londrinos) para um concerto musical ao ar livre contra o racismo latente em certos "papas" do rock. Entre os vários personagens performáticos de grande sucesso assumidos por Bowie chamou atenção o "Thin White Duke" (Fino Duque Branco), uma inequívoca referência à sua concepção racista, onde percorreu o mundo fazendo apologia do nazismo: "Adolf Hitler foi uma das primeiras estrelas do rock". Neste mesmo período, Bowie chegou a ser detido por oficiais do Pacto de Varsóvia quando tentava atravessar a fronteira da Polônia para a URSS com materiais de propaganda nazista. Este episódio já serve para demonstrar que as ligações de Bowie com o movimento neonazista europeu não eram simplesmente de "simpatia". Acossado por parceiros musicais que não estavam dispostos a sujar seus nomes com o movimento fascista, Bowie afirma que suas declarações elogiando Hitler eram produto do excesso de drogas: "Eu estava fora da minha mente, totalmente enlouquecido". Porém já no final dos anos 70 quando se mudou para a então Berlim Ocidental, David revelaria em seus shows que sua convicção neonazista continuava inabalada, chegava nos eventos em uma Mercedes conversível sempre acenando para os fãs com a saudação nazista. É muito difícil imaginar que a biógrafa morenista de Bowie desconhecesse fatos públicos desta gravidade ao conceder-lhe o "título de herói". Mas para sepultar qualquer dúvida sobre o tipo do caráter da trajetória de Bowie, vale a pena relembrar um fato que levaria o próprio Nahuel Moreno a se revirar em seu túmulo, caso pudesse ler o artigo de sua seguidora política Luciana, estamos nos referindo a sórdida campanha imperialista que o astro do rock realizou contra a Argentina na época da "Guerra das Malvinas". Está absolutamente claro que nesta polêmica não buscamos discutir as preferências estéticas e musicais dos "jovens" morenistas, se "curtem" os dejetos que a indústria da deculturação global descarrega no mercado do entretenimento não nos parece uma grave questão de moral proletária, entretanto quando a esquerda revisionista homenageia um porta-voz musical do neonazismo contemporâneo o fato assume outra proporção ideológica. Ou a direção do PSTU reprova energicamente a elaboração do artigo de tributo a Bowie, onde foi dado amplo destaque em seu sítio na Internet, ou se tornará mais uma vez conivente com os movimentos nazi-imperialistas que ameaçam os povos e nações em uma etapa de heroica resistência para o proletariado mundial.


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

PLENÁRIA SINDICAL E POPULAR - 22.01

PREPARAR A DERROTA DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA COMBATENDO SEU VERDADEIRO RESPONSÁVEL: A PRESIDENTA DILMA! CHEGA DE DISTRACIONISMO ATACANDO ESTAFETAS COMO BARBOSA & CIA, MEROS INTERMEDIÁRIOS DA OFENSIVA NEOLIBERAL DO ESTADO CAPITALISTA! CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES!


A CSP-Conlutas, em conjunto com outras entidades sindicais do chamado Espaço Unidade de Ação e correntes políticas como o PSTU, PCB e setores do PSOL convocou para o dia 22 de janeiro, em São Paulo, uma Plenária Nacional Sindical e Popular. Segundo a convocatória da atividade “A crise política e a disputa inter-burguesa no país exigem a construção de uma alternativa classista, que expresse os interesses da classe trabalhadora e da juventude desse país. Não podemos ser reféns nem do bloco governista, encabeçado pelo PT, nem da oposição burguesa de direita, que tem o PSDB à frente. A plenária deve, portanto, servir para avançar na construção de um programa de luta dos trabalhadores, de um calendário de mobilizações, definir as campanhas políticas comuns e também buscar organizar novas manifestações, como a que fizemos em setembro do ano passado” (Site Conlutas, 13.01). A LBI e os sindicalistas revolucionários da TRS irão participar desta Plenária Nacional assim como intervimos na marcha nacional do dia 18 de Setembro convocada por estes mesmo setores. Compreendemos que a partir do “acordão” de várias frações das classes dominantes para garantir a governabilidade petista com a vitória do Planalto no STF caiu por terra o engodo do perigo do “golpe da direita” levantado como uma manobra distracionista pela esquerda “chapa branca” (PT, PCdoB e PCO). O que se impõe agora é mobilizar os trabalhadores contra os ataques neoliberais do governo Dilma aos trabalhadores, já que o Planalto ganhou fôlego no final do ano e busca agora em 2016 enterrar o pedido de impeachment no parlamento reforçando sua submissão à burguesia e ao imperialismo via o anúncio de uma “nova” Reforma da Previdência e de um pacote de privatizações que incluem hidroelétricas e aeroportos, além de manter o arrocho salarial dos servidores públicos. É fundamental ter claro para intervir na realidade complexa que se avizinha que a orientação geral das classes dominantes segue na linha política do “sangramento” lento e gradual do governo Dilma, combinada com a intensificação da barganha estatal diante de uma presidente extremamente fragilizada. Dilma será “carregada” pela burguesia até que se complete o conjunto das reformas neoliberais que se propôs a implementar agora sobre o comando de Nelson Barbosa. Alertamos que mesmo participando da Plenária Nacional do dia 22, discordamos frontalmente do eixo político de “Fora Dilma, Fora Todos” defendido pela Conlutas-PSTU e seus aliados. Nos opomos decididamente a ele e consideremos a política proposta pelos organizadores da atividade equivocada por representar um aceno para a direta, como expomos agora em nossa declaração à Plenária.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

97 ANOS DO COVARDE ASSASSINATO DE ROSA VERMELHA LUXEMBURGO: 
NOSSA MELHOR HOMENAGEM A DIRIGENTE REVOLUCIONÁRIA COMUNISTA É A LUTA PELA CONSTRUÇÃO DO PARTIDO BOLCHEVIQUE NA ATUALIDADE


Se a luta de classes não concedeu a Rosa o tempo necessário para ela completar a tarefa a qual dedicou a vida, a melhor forma de honrar sua memória é preparar infatigavelmente um vigoroso partido revolucionário internacionalista da classe operária (LBI)

Rosa Luxemburgo viveu no período compreendido entre a Comuna de Paris e o primeiro ano de existência do governo bolchevique. Nasceu em 05 de março de 1871 num vilarejo perto de Lublin, na Polônia controlada pelo Império Russo. Era a quinta filha de Eliasz Luxemburg III, um judeu comerciante de madeira, e Line Löwenstein. Uma artrose no quadril a prostrou na cama até os cinco anos de idade, ocasionando que tivesse uma perna menor que a outra, fazendo-a mancar por toda a vida. Muda-se para Varsóvia para estudar e conclui os estudos secundários numa escola feminina em 1887. Aos 15 anos, ainda como secundarista, inicia sua militância política fazendo parte de uma célula do Partido Proletário (PP), fundado em 1882 e aliado do movimento populista russo na luta contra a opressão czarista. Mas logo o partido é massacrado e quatro de seus líderes são condenado à morte. Para escapar do cerco policial, Rosa foge para a Suíça em 1889. Ingressa na Universidade de Zurique juntamente com outros exilados socialistas como Anatoli Lunacharsky e Leo Jogiches, que viria a ser seu companheiro por mais de 15 anos. Assim começa a militância revolucionária de Rosa Luxemburgo que viria a ser assassinada em 1919 pela social-democracia alemã, convertida a guardiã da ordem capitalista contra o proletariado.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

UM VERDADEIRO ESTADO POLICIAL IMPOSTO POR ALCKMIN E HADDAD EM SÃO PAULO!*


O Blog da LBI publica o relato do camarada André Caldeira, militante da Juventude Bolchevique (JB), presente no segundo ato contra o aumento das passagens ocorrido no dia 12, criminosamente reprimido pela polícia genocida do fascista Geraldo Alckmin (PSDB), para garantir o lucro dos tubarões do transporte, através do reajuste autorizado em conjunto com o Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT)

“Eu e o conjunto de militantes de várias correntes políticas que lutam pelo Passe Livre assistimos ontem na capital paulista mais um capitulo da tendência cada vez mais objetiva de recrudescimento do regime político burguês contra as massas exploradas, a juventude trabalhadora e os lutadores de nossa classe. O segundo ato contra o absurdo aumento das tarifas de ônibus, trem e metrô em São Paulo por parte do PSDB de Alckmin e PT de Haddad, convocado pelo MPL foi extremamente reprimido da maneira mais covarde possível pela assassina polícia militar antes mesmo da atividade ter início. Eu cheguei junto com outros camaradas para distribuir os panfletos da LBI e observei que antes da concentração do ato, que estava marcado para as 17 horas na Praça do Ciclista, região da Avenida Paulista, os ‘cães de guarda’ fardados já davam mostras do que estavam por fazer. Nas saídas das estações de metrô nas imediações do ato, a PM com sua já bem conhecida truculência e covardia que caracteriza os inimigos do povo trabalhador, realizavam as humilhantes abordagens contra qualquer jovem que portasse mochila ou bolsa. Eu mesmo além de presenciar companheiros sendo hostilizados por estes trogloditas de farda, também tive minha mochila revirada e uma parte dos panfletos roubados.

Quando os ativistas estavam concentrados na Praça do Ciclista e antes da saída da marcha sentido o Largo da Batata, logo vieram as bombas de efeito moral, balas de borracha, spray de pimenta e cassetetes contra os manifestantes pacíficos, encurralados e cercados entre a Rua da Consolação e a Avenida Paulista, sendo em seguida brutalizados pela polícia de Alckmin, a fim de defender o aumento que o governador e o prefeito Haddad querem nos impor. Assim como fez em fevereiro de 2014, quando reprimiu semelhantemente um ato contra a Copa do Mundo no centro da capital paulista, onde prendeu mais de 200 ativistas (entre eles dois companheiros da LBI), a PM organizou o famoso Caldeirão de Hamburgo, cercando e isolando os ativistas, massacrando-os duramente e dispersando o ato a bala e bomba como em uma guerra. Os companheiros se refugiaram em prédios e institutos da Avenida Paulista, sendo literalmente caçados pelos facínoras fardados, que entraram em estabelecimentos e lançavam bombas de efeito moral no ambiente, atingindo mulheres, criança e idosos, além de generalizar as agressões a qualquer transeunte que imaginavam ser manifestante. Um caso em especial me chamou a atenção: um jovem no momento do cerco ao ato foi atingido por estilhaços de uma bomba e teve a cabeça quase que rachada, perdendo muito sangue em seguida. Ao que tudo indica, o comando da PM e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, comandada pelo facínora Alexandre de Moraes, claramente montaram uma estratégia visando não deixar o ato tomar as ruas da capital e ganhar visibilidade, adquirindo obviamente possibilidade de massificação e apoio popular num contexto de inflação galopante, fato que fortaleceria o movimento pela redução das passagens e daria impulso a luta de outros setores do movimento operário e de massas, atualmente atacados pela febre da austeridade neoliberal que ganha o país como reflexo da crise estrutural do capital.

Neste sentido, vemos que a burguesia em todo país, articulada ao grande capital imperialista, já planeja o recrudescimento do regime político, manifestado, por exemplo, na Lei Anti Terror, muito semelhante ao ‘ato patriota’ nos Estados Unidos imposto por Bush, que retirou as parcas liberdades democráticas da população trabalhadora. Em SP particularmente vem sendo estabelecido durante os 20 anos de gerência estadual do PSDB, um verdadeiro Estado policial e penal, onde as greves e lutas sociais têm sido criminalizadas e extremamente reprimidas. Assim, o que está sendo posto em marcha no Estado paulista (e em todo o país) é a verdadeira política do “Tacão de Ferro” como tão bem nos mostrou através da arte o grande escritor revolucionário Jack London.

Dessa forma, a Juventude Bolchevique-LBI interviu no ato e participará da manifestação deste dia 14, às 17 hs no Largo do Batata e no Teatro Municipal defendendo a intensificação da resistência da juventude e dos trabalhadores aos ataques do canalha Alckmin e sua polícia genocida exterminadora da juventude negra nas periferias. É necessário por em movimento a juventude trabalhadora das periferias e todo proletariado paulista na luta não só contra o aumento das passagens levado a cabo por PSDB e PT, mas para derrotar o conjunto dos ataques neoliberais da grande patronal e seus gerentes de plantão que se intensifica contra os explorados, assim como fizeram os estudantes secundaristas nas ocupações recente das escolas estaduais paulistas que derrotaram Alckmin e seus planos macabros contra a educação, inclusive recorrendo à formação de comitês de autodefesa para enfrentar a covarde repressão policial.”

* André Caldeira, militante JB/SP

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

PSDB E PT JUNTOS AUMENTAM TARIFA EM SP PARA GARANTIR O LUCRO DOS TUBARÕES DO TRANSPORTE: PELO PASSE LIVRE E A ESTATIZAÇÃO DOS ÔNIBUS, METRÔS E TRENS SOB O CONTROLE DOS TRABALHADORES!


Alckmin (PSDB) e Haddad (PT) anunciaram o aumento da passagem do transporte público de R$ 3,50 para R$ 3,80, reajuste que começou a vigorar neste sábado, 09. No dia 08 houve o primeiro ato contra o aumento, duramente reprimido pela PM e nesta terça-feira, 12, haverá em São Paulo, a segunda manifestação com concentração às 17hs na Praça do Ciclista, na Av. Paulista. Como se observa, PSDB e PT estão unidos no mais importante estado do país contra os trabalhadores e seu mais elementar direito de “ir e vir”, revelando o quanto estão juntos no golpe contra a juventude e o conjunto dos explorados. Contra esse ataque, a LBI e Juventude Bolchevique defendem o Passe Livre e a estatização de todo o sistema do Transporte Coletivo para acabar com os lucros das empresas e garantir transporte público e gratuito para a população trabalhadora. Defendemos a volta da CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos) controlada pelos trabalhadores. Em resposta aos atos, a PM atacou os ativistas com extrema violência e covardia com bombas de gás, balas de borracha, montando uma verdadeira arapuca para os manifestantes, inclusive forjando flagrantes como amplamente divulgado. Para se protegerem e enfrentar a selvageria policial, muitos se abrigaram lojas e bloquearam as ruas com entulhos. O enfrentamento espontâneo com a polícia sintetiza todo o ódio que estudantes e trabalhadores têm em consequência de terem todos os dias ficar espremidos em ônibus, metrô e trens pagando passagens caríssimas pelos aumentos autorizadas por Alckmin e Haddad. O passe-livre e um transporte público de qualidade para o povo trabalhador só será conquistado através da sua luta tenaz com o objetivo de estatizar sob seu controle direto todo o sistema de transporte, assim como os serviços públicos, para extinguir sua tarifa e tornar melhor suas condições de uso. Enquanto suas concessões estiverem reservadas a empresários em conluio com agentes da administração estatal, o caos e os péssimos serviços nos transportes tenderão a se agravar. É preciso impor a imediata redução da tarifa, até a conquista do passe-livre, assim como exigir a imediata libertação de todos os presos políticos lutadores contra o aumento das passagens, o que coloca na ordem do dia a paralisação das escolas e universidades, o fortalecimento das marchas nos centro das grandes cidades e nas periferias.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

COREIA DO NORTE TESTA BOMBA DE HIDROGÊNIO: OBAMA E ONU ANUNCIAM SANÇÕES CONTRA O ESTADO OPERÁRIO, APOIADAS PELO SERVIL GOVERNO DILMA... OS REVOLUCIONÁRIOS DEFENDEM O DIREITO DA AUTODEFESA COREANA DIANTE DAS PROVOCAÇÕES DO IMPERIALISMO!


A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) anunciou ter feito neste dia 05 de janeiro um teste bem-sucedido com bomba de Hidrogênio para defender o Estado Operário das agressões imperialistas. A TV oficial norte-coreana comunicou: “Não vamos desistir do programa nuclear enquanto os EUA mantiverem sua postura agressiva” (BBC, 06.01). A bomba H ou bomba termonuclear pode ser até 50 vezes mais potente que a bomba atômica, representando um importante recurso militar para a defesa da RPDC assim como fonte de energia para uma nação submetida a duras sanções econômicas e militares, mas que vem resistindo a seu modo e sob o comando do stalinismo representado por Kim Jong-Un a ser dominada pelo modo de produção capitalista. Um pequeno Estado operário armado com bomba atômica ou de Hidrogênio provoca um profundo ódio de classe na burguesia mundial. Apesar dos EUA terem colocado em dúvida o teste com forma de propaganda imperialista para fazer desacreditar a força bélica da Coreia do Norte, foi registrado um terremoto de magnitude 5,1 na área onde os norte-coreanos fizeram os testes. Logo a Casa Branca lançou um comunicado denunciando a suposta “violação provocativa e escandalosa das medidas do Conselho de Segurança das Nações Unidas” no que foi seguido pelas potencias ocidentais e vergonhosamente pelo Brasil. Dilma condenou o teste e se aliou vergonhosamente as posições do imperialismo ianque e europeu, deixando claro mais uma vez que é parceira fiel e não adversária da Casa Branca, como falsamente anunciam setores da esquerda planaltina que alardeia haver um golpe em marcha orquestrado pela CIA contra o governo do PT. O secretário de Defesa ianque, Ashton Carter, advertiu que o anúncio da Coreia do Norte deverá “ter consequências” para Pyongyang. Como um serviçal do império, o Itamaraty em nota condenou “veementemente” o teste realizado pela Coreia do Norte: “O governo brasileiro condena veementemente o teste realizado pela RPDC, que constitui clara violação às resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas”. Em outro trecho da nota, para reafirmar seu servilismo, o governo brasileiro diz: “É preciso a Coreia do Norte cumprir plenamente as obrigações diante da ONU e reintegrar-se o mais cedo possível ao Tratado de Não Proliferação Nuclear”. Tais declarações são uma farsa! Antes de mais nada o teste de bomba H é um ato de autodefesa do Estado operário norte-coreano diante das provocações do imperialismo. O desenvolvimento dos programas de energia nuclear, termo-nuclear e de comunicação aeroespacial na Coreia do Norte é uma necessidade de obtenção de uma alternativa de fonte energética e de monitoramento climático-militar diante do brutal bloqueio a que o país está submetido, tecnologia fundamental para possibilitar que Estado possa desenvolver projetos nesse setor com condições de enfrentar os períodos de adversidade climática, marcado também por secas e inundações. Nesse sentido, esta estrutura de energia atômica legitimamente desenvolvida também pode e deve ser utilizada pelo Estado operário norte-coreano para se defender das ameaças do imperialismo norte-americano através de seu enclave, a Coreia do Sul e o Japão, onde os EUA mantém bases militares desde o final da Segunda Guerra Mundial. A imprensa pró-imperialista em todo planeta faz alarde acerca dos testes nucleares promovidos pela Coreia do Norte, afirmando serem uma “ameaça à humanidade”. Oculta, criminosamente, que só na Coreia do Sul, um enclave criado e militarizado pelos EUA, há um contingente militar acima de 40 mil soldados, mais de mil ogivas nucleares apontadas para o Norte. Como explicar que a Coreia do Norte não pode lançar um satélite ou inclusive testar um míssil ou uma bomba H, se quem a condena, os EUA, têm 439 satélites em órbita, sendo 98 deles para uso especificamente militar? Diante dessa realidade de conflito permanente não negamos a possibilidade da Coreia Popular, devido ao isolamento econômico imposto pela China restaurada e das provocações do império ianque, ser forçada a utilizar suas ogivas atômicas ou termo-nucleares contra o território “enclave” da Coreia do Sul ou mesmo o Japão. Como marxistas revolucionários, não podemos assumir diante de um conflito que pode ter proporções nucleares a “posição de avestruz” da maioria das correntes revisionistas, por isto declaramos em “alto e bom som” nosso apoio ao Estado Operário norte-coreano, apesar da burocracia dinástica que o governa. Devemos mobilizar amplos setores do proletariado e da juventude para repudiar as provocações militares do império ianque contra a Coreia do Norte e apontar o governo Obama como responsável pela escala militar. Por outro lado, não devemos nutrir a menor confiança política na capacidade de resistência da burocracia stalinista coreana, pronta para capitular a qualquer momento em troca de sua própria sobrevivência enquanto uma casta social privilegiada. A tarefa que se impõe no momento é o chamado ao conjunto do proletariado asiático que se unifique na bandeira da derrota do imperialismo ianque e seus protetorados militares da região, em particular convocando a classe operária do Sul para cerrar fileiras na luta pela reunificação socialista do país.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

GOLPE CONTRA A POPULAÇÃO POBRE: DILMA VETOU O REAJUSTE DO BOLSA FAMÍLIA!


Em uma edição extraordinária do Diário Oficial, publicado na noite da virada do ano, o governo Dilma vetou o item da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que determinava o reajuste do Bolsa Família. O aumento no benefício social seria de 11,6%, o mesmo índice aplicado ao reajuste do Salário Mínimo. O impacto financeiro total do reajuste do BF seria da ordem de 3 bilhões de Reais nas contas do governo, porém a nova equipe econômica liderada pelo petista Nelson Barbosa orientou a presidente Dilma para vetar o já parco aumento para a população mais carente do país. Registre-se o fato que Barbosa vem sendo festejado pela esquerda "chapa branca" como a negação do ajuste neoliberal até então comandado por Joaquim Levy. Para completar a grande patifaria com o povo, Dilma mandou anunciar que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) iria alocar 1 bilhão de Reais para conceder alguma elevação no valor dos benefícios das quase 14 milhões de famílias que são atendidas pelo programa estatal. Entretanto o próprio MDS não confirmou a data nem tampouco o percentual do reajuste no Bolsa Família, trata-se de mais um golpe midiático do governo para tentar atenuar o desgaste com o veto presidencial. Mesmo que o MDS venha a pagar o aumento, talvez no final do ano de 2016, este seria um terço menor do que o previsto na LDO e com o agravante de já ter sido corroído com o atraso de quase um ano de inflação alta. O BF vem sendo alardeado como o "carro chefe" da política social do governo da Frente Popular, mas com o ajuste neoliberal em curso foi reduzido em cerca da metade de sua abrangência financeira. A esquerda corrupta que apoia o regime da democracia dos ricos, PCdoB, PCO etc..., manteve-se mais uma vez calada diante deste covarde ataque do governo Dilma contra as famílias pobres e desempregadas em função da recessão econômica. O bloco da esquerda "chapa branca" está diretamente na folha de pagamento do Planalto e para esta malta de canalhas os cofres do governo são bastante "generosos", ao contrário do que ocorre quando a questão se trata das condições de vida da classe trabalhadora. O movimento operário e popular não pode cair nos "golpes" do PT contra o povo, desde já deve preparar uma ofensiva de massas contra os planos de arrocho e austeridade que Dilma implementa sob as ordens dos rentistas internacionais. 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

ARÁBIA SAUDITA ROMPE RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS COM O IRÃ: PETROMONARQUIAS ÁRABES PATROCINAM O EI, ALIANDO-SE A ISRAEL NO COMBATE A ASSAD, HEZBOLLA E AO REGIME DOS AIATOLÁS


Logo depois do fuzilamento do clérigo xiita Sheikh Nimr ao-Nimr por ordem da Dinastia Saud no último sábado (03.01), a embaixada da Arábia Saudita foi atacada no Irã, expressando o justo ódio popular contra a decisão da petromonarquia da Casa Saud, aliada de Israel, do imperialismo ianque e uma das financiadoras do Estado Islâmico (EI), junto com o Qatar. Na sequência, a Arábia Saudita rompeu relações diplomáticas com Teerã, no que foi seguida pelo Kuwait, Sudão, Somália e Bahrein. Os Emirados Árabes anunciaram a “degradação” das relações com o Irã e convocaram o embaixador. Esses movimentos apontam logo no começo de 2016 que o chamado Comando Geral do Golfo (CGC), integrado pelas reacionárias petromonarquias árabes, desejam incrementar sua ofensiva contra Teerã e a Síria, aproximando-se ainda mais do enclave sionista e pressionando os EUA a recuar no acordo nuclear com o Irã. No campo militar as ações imediatas de Riad (além das 47 execuções de militantes xiitas) são o incremento no combate aos Houthi, milícia de influência xiita no Iêmen e o maior financiamento do EI para atacar o governo Assad. A Arábia Saudita, ao fazer esses movimentos políticos e militares, também visa debilitar o Hezbolla, aliado de Assad e defensor da Palestina contra Israel. Como se observa a ruptura das relações diplomáticas não se trata de um fato de menor dimensão, mas uma séria decisão que vai ter desdobramentos estratégicos nos próximos anos no chamado mundo árabe. Esse cenário, além de bombardear o acordo EUA-Irã como deseja Israel, deve colocar pelos ares as frágeis tentativas de se chegar a um “acordo de transição” na Síria que estava sendo costurado por Obama e Putin, já que os conflitos devem se recrudescer no país com novas ações do EI. O reacionário e corrupto regime saudita ao romper relações com o Irã aliou-se oficialmente à opção israelense na região: estará mais alinhado com os interesses sionistas no Oriente Médio e também mais agressivo e violento na defesa dos planos geopolíticos mas gerais do imperialismo, particularmente da França de Hollande, governo com quem mantém fortes relações comerciais e militares. Em todas as questões da política árabe, o regime saudita está alinhado ao lado de Israel e com a ala republicana do imperialismo ianque. Israel tem buscado novos aliados imperialistas para compensar o “esfriamento” das relações com Obama após o acordo nuclear EUA-Irã. O que une Arábia Saudita e Israel é o compromisso em isolar o regime xiita dos Aiatolás, hoje principal inimigo do gendarme sionista com capacidade bélico nuclear. Por essa razão o Irã e a Síria são considerados hoje o “eixo do mal” por sunitas e sionistas. Neste quadro, os Marxistas Revolucionários não nos omitiremos de estabelecer uma unidade de ação com o Regime dos Aiatolás, diante da ofensiva saudita e do imperialismo. É bom lembrar que os marxistas já estabeleceram uma frente única com os Aiatolás na derrubada do Xá Reza Pahlevi e seu regime pró-imperialista, apesar de conhecermos o caráter de classe da direção religiosa muçulmana e não termos nenhuma identidade política e ideológica com ela. O eixo central da atuação dos trotskistas na região continua a ser em 2016 a frente única de ação com todas as forças que combatam concretamente pela derrota militar da OTAN e o enclave de Israel, no campo de luta da Palestina, Líbano, Síria e Irã, forjando a construção de uma direção comunista-proletária na trincheira de luta direta contra o imperialismo e seus aliados!

domingo, 3 de janeiro de 2016

SUMÁRIO DA REVISTA MARXISMO REVOLUCIONÁRIO Nº 16



APRESENTAÇÃO

NATIMORTO IMPEACHMENT CONTRA DILMA

“Feliz ano velho”... Para enterrar o impeachment, Dilma promete à burguesia aprofundar receita neoliberal com novos ataques covardes aos trabalhadores

Golpe mortal do STF no Impeachment: a posição da burguesia continua sendo "sangrar" Dilma por mais tempo

Golpe parlamentar para derrubar Dilma ou ofensiva neoliberal do governo contra os trabalhadores: Qual a ameaça real a combater?

PT defende “mobilização pela democracia” implementando “ajuste” receitado pela direita contra os trabalhadores

“Smia, Caudam Tuam Custodi”: MRT/LER critica PSTU por “flertar com a direita” ao defender eleições gerais porém propõe pior, entregar o poder a reação burguesa via uma assembleia constituinte

Polêmica PCO versus PSTU: "Golpismo ou Dilmismo", pode haver outra alternativa para os trabalhadores?

Família morenista (PSTU, CST, MRS) “flerta” com o Fora Dilma! Os genuínos trotskistas defendem defenestrar as manifestações reacionárias e derrotar o ajuste neoliberal!

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2014

Quarta "gerência" estatal consecutiva revela plena confiança da burguesia nacional no PT

Dilma e Aécio, duas faces da ofensiva burguesa contra os trabalhadores!

Eleições: Um verdadeiro balcão de negócios que atravessa desde a esquerda reformista até a direita fascistizante

Apesar da ofensiva da “nova” direita (PSDB, PSB e REDE) contra o PT, Dilma ainda mantém o apoio da maioria da burguesia nacional

No combate à democracia dos ricos, construir os Comitês Ativos pelo Voto Nulo!

Três candidaturas revisionistas, mas apenas um único programa que legitima a farsa eleitoral da democracia dos ricos

Borón, o apoio muitíssimo “crítico” ao PT e seu “sonho” do capitalismo finlandês

O chamado ao Voto Nulo realmente favorece a direita? Uma resposta classista a Breno Altman

O “acidente” fatal de Campos e a “operação” embuste Marina: Teoria da conspiração ou uma exigência do imperialismo?

Porque os Trotskistas apoiaram Maduro para derrotar a direita golpista e não votam em Dilma contra a Tucanalha? Semelhanças e diferenças entre o nacionalismo Chavista e os neoliberais de esquerda do PT