“ESPAÇO UNIDADE DE AÇÃO”: POLÍTICA DE FLERTE COM A DIREITA
ESVAZIA PLENÁRIA SINDICAL E POPULAR
Ocorreu na última sexta feira dia 22 em São Paulo, a plenária sindical e popular do “Espaço Unidade de Ação”, dirigido pela CSP-Conlutas. O evento, que foi realizado na quadra do sindicato dos metroviários, contou com a presença de pouco mais de 100 pessoas, grande parte composta por representantes sindicais entre eles do Sintuff, metroviários, metalúrgicos de São José dos Campos, petroleiros, trabalhadores do Comperj, estudantes, militantes do PSTU e CST. A militância da LBI marcou presença com ativistas da oposição dos condutores de Guarulhos e camaradas de outras categorias e através de ampla panfletagem, além da intervenção no plenário, defendendo a necessidade urgente da articulação de uma frente única dos trabalhadores para derrotar as políticas anti operária e a austeridade neoliberal da gerência petista de Dilma Rousseff à serviço do grande capital financeiro. Também polemizamos e criticamos duramente a alternativa direitista proposta pelo PSTU de “Fora Dilma”, que nas atuais condições objetivas de crise de direção aguda do proletariado nacional, poderia resultar em uma gerência Planaltina ainda mais alinhada à Casa Branca e ao famigerado Consenso de Washington. Demarcando nossa posição bolchevique-leninista, contrapomos na atividade o “Fora Todos” do PSTU com o “construir uma alternativa revolucionária de poder dos trabalhadores” estampado em nossos panfletos e camisas.
Militância da LBI/SP presente na plenária
do "Espaço de Ação" distribui declaração defendendo
a construção de uma alternativa revolucionária
a construção de uma alternativa revolucionária
Apesar de no geral mantermos relativa concordância quanto a análise da atual conjuntura econômica e política nacional, sobretudo quanto a necessidade de “urgência da construção de uma alternativa política”, elaboradas no esboço de declaração política da plenária, vemos que na prática a Conlutas não mobilizou nem minimamente sua base e o grosso de sua militância para a importante atividade, o que mostra o grande esvaziamento da plenária. Por outro lado, apesar do encaminhamento e aprovação de algumas propostas, como a elaboração de um jornal do “Espaço Unidade de Ação” e de um ato marcado para o primeiro de maio, nada mais concreto ligado a resistência direta operária contra os ataques patronais foi encaminhado ou votado, o que deixa claro a limitação do “Espaço”. Fato que fica patente quando vemos a postura sindical em categorias onde atua a Conlutas como metroviários por exemplo, onde a burocracia sindical da Conlutas atua da mesma forma que os pelegos cutistas, freando as mobilizações e servindo como camisa de força contra o movimento dos trabalhadores.
Neste sentido, apesar das limitações, vemos como progressivo
a plenária que serviu como um fórum de denúncia contra a intensificação dos
ataques neoliberais às condições de existência das massas exploradas do país,
diferente do que faz hoje o grosso da canalha burocrática sindical como a CUT e
seus aliados, e todo o arco da esquerda chapa branca (PC do B, PCO e etc.),
corrompida pelas verbas estatais que sabota de forma criminosa toda iniciativa
de lutas dos trabalhadores contra os ajustes neomonetaristas de Dilma e
deseduca politicamente de forma covarde as massas com a chantagem barata do
“golpe da direita”. No entanto para sair da denúncia a ação, defendemos que o Espaço Unidade de Ação elabore e
fortaleça um calendário de luta concreta, real contra a gravidade e a proporção
dos ataques em curso no país contra o proletariado nacional. Para cumprir as
ordens do capital financeiro internacional, o governo petista através de seu
estafeta Nelson Barbosa levará adiante a proposta de reforma previdenciária e
trabalhista que resultará inapelavelmente em um arrocho qualitativo do padrão
de vida dos trabalhadores, o que potencializará ainda mais a já brutal concentração
de renda em favor do grande capital imperialista, fazendo com que as massas
regridam econômica e socialmente, ficando numa posição ainda mais defensiva
diante da burguesia e sua crise estrutural.
Organizar de verdade e urgentemente um polo de luta, revolucionário
das massas oprimidas contra os profundos ataques do grande capital e seus
gerentes, é nossa tarefa hercúlea e imperiosa nesta atual etapa histórica da
luta de classes. Está em nossas mãos tal combate de classe!